Proesiando
Propina
Chamava a política de aparatosa, de muita aparência e pouquíssimo conteúdo. Discursava com fervor sobre as burocracias irrisórias e os argumentos falaciosos. E usava essas tantas palavras complicadas, era mais fácil camuflar sua ignorância assim, com aparatos verbais.
Guarda de trânsito, reclamava do seu salário. Mas era contra o movimento sindical. Uma luta desnecessária. Certos dias, distribuía multas entre os carros, ralhando sobre como era por isso que o país não andava; ninguém sabia respeitar as leis, afinal.
Porém, ao ver um irregular carro importado, abria um largo sorriso.
O agrado seria gordo.
Melhor pagar a ele que ao Estado.
Acesse este conteúdo em outro dispositivo
Fale com o autor