Proesiando
Camuflagem
Certa vez, disseram-lhe que necessitava se desfazer da camuflagem, passar a agir como si mesma, jogar fora as tantas máscaras da conveniência social.
Meteu-se em uma viagem exótica, dessas um tanto tântricas. Despiu-se dos costumes, dos vícios, das regras da sociedade. Foi completamente egoísta, sincera, visceral. Nunca tinha se sentido tão nua na vida, tão sua, cheia e satisfeita.
Voltou de viagem, à realidade dos dias comerciais. Foi vulgar, imprópria, mesquinha. Perguntavam todo o tempo o que havia acontecido. Qual motivo de tamanha mudança?
“Sou feliz, algo mais importa?” respondeu.
No outro dia, foi internada em uma clínica psiquiátrica.
Acesse este conteúdo em outro dispositivo
Fale com o autor