Proesiando
Gentilezas
Não desperdiçava tempo com sonhos, gostava de auferir resultados. Nas manhãs de segunda, recitava Maquiavel, ouvia o noticiário, lia sobre o comércio. Nas noites de sexta, tomava uma cerveja, beijava a testa dos filhos, dormia em paz.
Todos dia, recebia um beijo de sua mulher. Trabalhava para viver bem. Vivia para o trabalho.
Um dia, seu carro quebrou. Foi de ônibus.
O veículo lotado lhe fez torcer o nariz. Cheirava a suor, corpos que disputam com um sacolejar ininterrupto. Estava transbordando frustração quando alguém cedeu-lhe o lugar, com um sorriso bem apessoado.
Sentou. Agradeceu.
Auferiu a beleza dos pequenos atos.
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