Prisioneira do Passado!

#PrisioneiraDoPassado - 8


- Benigno, fique a vontade! - sorriu para ele sentado.

Victoriano no mesmo momento olhou para Benigno e não acreditou que era ele mesmo e sentiu o sangue ferver.

— Não acredito! - falou logo a encarando.

Benigno que até então nem tinha dado importância a ele se levantou e nem pensou apenas sentou o soco em sua cara deixando Inês de boca aberta e assustada pelas filhas, mas Benigno estava com sangue nos olhos e mesmo não tendo a mesma estatura de Victoriano o puxou pela camisa e o levou para o lado de fora e o socou na cara por três vezes seguidas não dando chance a Victoriano de revidar, pois o choque foi tão grande que ele nem sabia porque estava apanhando.

— Maldito! Maldito idiota! - socou mais três vezes e Victoriano raciocinou e o socou também.

— Papai! - Ana gritou nervosa e Cassandra a segurou para que ela não se metesse no meio deles ou poderia ser pior.

Victoriano e Benigno se socavam arrancando sangue um da cara do outro até que Inês vendo aquela cena deplorável se meteu no meio dos dois os empurrando e sentando tapa primeiro na cara de Benigno e depois na de Victoriano que pararam e se encararam com ódio um do outro.

— Já chega dessa palhaçada aqui na frente do meu estabelecimento ou eu vou chamar a policia! - falou com raiva olhando para os dois.

— Esse cara quem começou! - Victoriano esbravejou.

— Não quero saber quem começou apenas quero que parem com isso! - apontou o dedo. - Olha como sua filha está chorando ao ver essa cena! - Victoriano olhou a filha e suspirou. Inês olhou para Benigno. - E você o que tem na cabeça? - estava possessa.

— Alguém tem que mostrar a esse idiota o quanto ele está errado! - bufou limpando a boca que sangrava.

— Quem é você para querer me mostrar alguma coisa seu bosta! - ameaçou avançar nele e Inês se colocou na frente segurando no peito dele.

— Para com isso agora! - ele sentiu o corpo tremer todo apenas com o toque da mão dela.

— Você ainda vai se arrepender de tê-la deixado por ser um idiota! - Benigno tirou os dois daquele transe e Victoriano o olhou.

— Você, não é ninguém pra querer apitar aqui! Some daqui ou eu vou acabar com sua raça maldito!

— Eu tenho todo direito! Todo! - esbravejou e Inês o olhou sem acreditar na confusão que ele estava armando ali por nada. - Eu tenho todo direito porque, Inês, é a minha mulher!

Inês o olhou sem entender aquela afronta e Victoriano partiu novamente para cima dele e os dois se socaram ainda mais e ela pegou o telefone cansada daquela situação ligou para a policia que não demorou nada para chegar ali e os separou algemando os dois e levando para a delegacia. Victoriano estava furioso em ir preso, mas Inês não voltou atrás e deixou que eles fossem levados.

Ela entrou no restaurante e se desculpou com todos dando sobremesa de graça a todos, levou as filhas para seu escritório e ali as acalmou e logo foi fazer o almoço delas que comeram e ficaram ali com elas até que Ana insistiu que tinha que voltar para a casa do pai e Inês sem escapatória as levou afinal era o final de semana dele e ela dirigiu até a casa de Victoriano e quando chegou deu de cara com Débora.

— Mãe, não quero ficar aqui! - Constança falou logo ao vê-la e a agarrou.

— Calma, minha filha. - caminhou até a porta.

— Cadê Victoriano? - a voz saiu tão irritante que Inês sentiu até enjoo.

— Se você não sabe não sou eu quem vai te responder! - passou por ela e Cassandra deu a copia da chave que tinha e Inês abriu a porta.

As meninas entraram correndo e Inês encarou Débora.

— O que pensa que está fazendo? - Débora a questionou.

Inês de canto.

— O que eu estou fazendo? - pensou por um momento. - Eu vou entrar fechar a porta na sua cara ajudar minhas filhas a tomarem banho depois eu vou tomar banho e esperar pelo meu marido pelada na cama dele!- fingiu gemer com cara de prazer. - Quando ele chegar vou fazer questão de dar a ele naquela janela. - apontou. - Espero que você esteja aqui do lado de fora para ver como ele me come deliciosamente bem! - cruzou os braços.

— Você é uma vagabunda! - falou com sangue nos olhos.

— Vagabunda é você! - se aproximou e sentou o tapa na cara dela e a pegou pelos cabelos a fazendo olhar em seus olhos. - Escuta bem o que vou te dizer sua meretriz! - Débora tentou se soltar mais ela não permitiu. - Victoriano pode ser um trouxa e cair nesse seu conto de mulher sofrida que não sabia de nada, mas eu sei quem você é e sei bem que está com Loreto...

— Me solta!

— Pode se debater, mas eu vou te falar uma unica vez e quero que você preste muita atenção! - apertou mais o rosto dela. - Você pode ficar com Victoriano pode fazer o que quiser com ele e com sua vida medíocre, mas se eu descobrir que está maltratando as minhas filhas como eu acho que está, mas não tenho provas ainda eu vou acabar com sua raça e não vai ter Victoriano pra me impedir essa vez! - a soltou jogando longe. - Agora some daqui! - entrou na casa e bateu a porta a ouvindo gritar.

— Eu vou acabar com você! - esbravejou e caminhou para o carro tentando ligar para Victoriano e como não conseguiu ligou para Loreto. - Você tem que voltar! - ouviu o que ele disse. - Não me interessa, eles estão preste a ficar juntos de novo! - deduziu e afastou o telefone ouvindo o grito dele. - Problema teu! - ela falou e desligou o telefone indo embora dali, mas voltaria a noite.

[...]

NOITE...

Victoriano entrou em casa sentindo o corpo doer de ficar naquela cena tendo que olhar para Benigno que o fuzilava mais nada mais tinha dito, entrou em casa e sentiu o cheiro delicioso e sabia que ela estava ali e tinha cozinhado divinamente para eles e sentiu o estomago doer de tanta fome que tinha foi até a cozinha e antes que pudesse dizer alguma coisa ela falou.

— Vá tomar seu banho as meninas o espera para jantar! - ele arregalou os olhos não tinha feito nenhum ruído.

— Como... - ela se virou para ele estava vestida num avental e os cabelos presos.

— Eu conheço o seu cheiro mesmo que hoje não seja um dos melhores! - voltou a se virar e continuou a cortar o tomate. - Vá que eu já terminei aqui e preciso ir para casa!

Ele nada mais falou e subiu para o quarto e tomou um banho longo enquanto no quarto estavam Constança e Ana conversando.

— Ana, a mamãe vai descobrir se a gente tirar a comida para ele agora!

Ana tinha o coração apertado porque sabia que Alejandro deveria estar com fome e ela não queria isso não podia permitir que ele tivesse fome.

— Mais eu podo distair a mamãe e você tira já está tudo na mesa! - ela se levantou. - Vamos antes que papai chegue! - puxou a irmã e as duas desceram, mas Constança se escondeu e Ana foi fazer a sua parte.

— Mamãe, eu peciso de ajuda! - Inês a olhou.

— O que foi minha vida? - foi até ela que pediu colo toda dengosa e Inês deu.

— Eu peciso de ajuda para fazer cocô.

— Mas você sabe fazer sozinha filha! - a beijou que estava toda manhosa no colo.

— Mais eu não consigo hoje a minha baliguinha doí munto mamãe! - falou mais errado que o normal e Inês sorriu e caminhou com ela para o banheiro nunca se negava a ajudar as filhas.

Constança aproveitou e correu até a mesa tirando a comida num prato farto e ouviu gente vindo e correu para o lado de fora, mas não foi rápida o suficiente e Inês que tinha voltado para desligar o fogo a viu e foi atrás da filha achando que tinha algo errado foi com calma e ouviu vozes.

— Ana, não conseguiu vir, mas a comida está aqui come tudinho depois deixa o prato no nosso esconderijo que eu pego! - falou cheia de medo e Inês se aproximou mais para ver com quem ela estava falando.

— Obrigada, eu achei que nem ia comer hoje! - falou com pesar e Constança o beijou no rosto.

— Ana, não te deixa sem comer nunca! - sorriu e ele passou o dedo no purê e colocou na boca.

— Nossa que delicia! - Inês sentiu seu coração disparar com aquela cena e se fez presente.

— Constança... - e os dois arregalaram os olhos olhando para ela naquele momento...