Prisioneira do Passado!

#PrisioneiraDoPassado - 7


Alejandro apertou a correntinha que sempre trazia no pescoço e mais uma vez orou para encontrar sua mãezinha era 14 anos vivendo assim nas sombras sendo perseguido por aquele maldito homem que não dava paz a ele e ele só tinha um desejo encontrar a sua mãe.

— Onde está mamãe, Inês? - dizia olhando para o céu. Alejandro ouviu barulho e saiu dali correndo para seu esconderijo.

[...]

DENTRO DE CASA...

Victoriano olhou suas filhas sentadas no sofá e a única que sorria era Ana Carolina que sempre estava feliz ali, pois Débora nunca conseguia chegar nela já que ela contava tudo e muito menos fazia as coisas na frente dela porque sabia que assim seu "casamento" corria risco e não era isso que ela queria.

— O que vamos fazer hoje? - ele falou animado.

Cassandra o olhou e suspirou pesado antes de falar.

— Algo de pai e filhas que tal? - falou logo.

Victoriano a olhou e lembrou-se das palavras de Inês e se aproximou mais delas.

— O que foi? Querem me contar alguma coisa? - sentou na mesinha na frente delas.

Constança se moveu inquieta e sentou melhor era a hora de acabar com aquele relacionamento.

— Queremos que volte com nossa mãe e largue essa mulher! - olhou para ele. - Ela é... - Cassandra beliscou a irmã com medo de Débora cumprir as ameaças.

— Nos só queremos que o senhor deixe essa mulher e case com nossa mãe! - tomou a frente.

Ana levantou e foi agarrando o pai enchendo de beijo e ele a segurou sorrindo amava os afagos da filha e retribuiu sem tirar os olhos de suas meninas maiores.

— É papai e queremos um irmão... - Ana olhou o pai. - Um não dois! - sorriu e ele também.

Victoriano olhou suas filhas não podia fazer o que elas estavam pedindo porque na cabeça dele ele e Inês já não tinham volta e muito menos depois de tudo que eles tinha dito um ao outro era tão dura aquela realidade dos dois que mesmo se amando tinham o orgulho muito maior que qualquer coisa e Victoriano estava cego que não via suas filhas sofrendo na mão de Débora.

— Vamos ao parque? - sorriu mudando de assunto e espantando aqueles pensamentos.

— Vai ser pai e filhas? - Constança questionou.

— Sim, minha filha, vamos só pai e filhas! - ele pode ver os olhos delas brilharem e ele se levantou. - Agora vamos passear que o dia apenas começou!

Elas se levantaram e agarraram o pai e eles saíram de casa indo para o carro mais Ana se lembrou de Alejandro e pediu para descer do colo.

— O que foi minha filha? - ele a olhou no chão.

— Quero fazer pipi, papai. - ela o olhou. - Eu za volto. - ela correu de volta para dentro de casa e foi até a geladeira e pegou tudo que encontrou de fruta pão e suco o que aguentou carregar ela levou para o lado de fora da casa e chamou por Ale. - Come tudinho tá! - o beijou.

— Obrigada! - ele olhou aquela fartura com os olhos brilhando e a beijou mais uma vez.

— Eu ao parque e volto ta não some em! - ela riu e saiu correndo com medo do pai vir atrás dela e ele chorou e saiu com a comida era uma condição tão desgraçada que ele apenas queria encontrar sua mãezinha, mas ele não sabia nem onde começar.

Alejandro sabia que para encontrar sua mãe teria que ir atrás do miserável que o perseguia e ele não estava disposto a apanhar mais a sofrer maus-tratos e mendigar nas ruas por um prato de comida ali escondido na casa de Victoriano ele tinha comida e um teto para não tomar chuva e por enquanto ali era o seu lugar mais seguro do mundo para ele.

[...]

Inês chegou ao seu restaurante com um sorriso no rosto mesmo depois de "brigar" com Victoriano ele não conseguiu estragar sua manhã ela cumprimentou alguns de seus funcionários e foi direto para a cozinha seu dia tinha que começar e ela colocou uma musica para alegrar a todos que arrumavam as mesas e ela prendeu seus cabelos e colocou seu avental. Inês naqueles cinco anos tinha conseguido seguir sua vida sem precisar de Victoriano nunca foi uma mulher encostadas e agora cinco anos depois ela prosperava em seu restaurante que era um dos mais frequentados da cidade.

E assim a manhã se passou e ela picou, cozinhou junto as meninas que eram seu braço direito e as 11h30min ela abriu as portas e começou a atender quem chegava sempre com um sorriso no rosto e no parque as meninas brincaram tanto que quando a hora do almoço chegou elas tinham um plano e colocaram em pratica queriam os pais juntos e iriam dar uma pequena ajuda.

— Papai, vamos almoçar no restaurante da mamãe? - Constança falou na frente dele um tanto suada.

Victoriano sentiu uma pontada no estomago e negou com a cabeça.

— Pai, é só um almoço e hoje é dia da mamãe comprar verdura nem vai estar lá! - Cassandra mentiu.

— Papa de mamãe é "bão!" - Ana se animou pulando. - Vamos, vamos! - ela puxou o pai para o carro.

Victoriano olhou as filhas que fizeram umas caras de pidonas ele não conseguiu negar e assim eles seguiram para o restaurante de Inês com as meninas comemorando a primeira parte de seu plano elas sabiam bem que Inês já tinha ido ao mercado e que naquele dia era o dia mais cheio para ela no restaurante e ela gostava de supervisionar tudo ela mesmo. Victoriano sentiu seu coração acelerar não sabia o porquê mais ele sentia o corpo todo gelar mesmo sabendo que ela não estaria ali e eles seguiram...

Quando chegaram 40 minutos depois ele ajudou a cada uma e caminharam para dentro do restaurante e para a surpresa de Victoriano, Inês estava sim ali e sentada na mesa de um homem tomando vinho enquanto eles riam muito de algo que ele tinha falado e ele observou a cada detalhe até que o homem tocou o rosto dela que recuou um pouco não gostava muito de contato extremo e Ana Carolina correu até a mãe.

— Oi mãe! - a agarrou que se assustou.

— Oi meu amor! - a olhou e depois buscou as outras filhas e logo as viram junto a Victoriano que se aproximou.

— Viemos comer seu papa! - Ana falou toda empolgada e as outras meninas a beijaram muito e ela sorriu amava as filha mais que tudo e depois olhou Victoriano.

— Henrique. - chamou um de seus garçons. - Arrume uma mesa para eles! - sorriu e o rapaz se foi arrumando a mesa de sempre. - Vou preparar algo bem gostoso pra vocês, minhas princesas.

— Eu quero caldinho, mamãe! - Ana beijou mais ela e o homem olhava a cena sorrindo ela era e sempre foi maravilhosa, mas agora estava duas vezes mais.

— Mamãe, vai fazer amor. - olhou as outras filhas. - E vocês o que querem?

— Eu quero surpresa! - Cassandra disse rindo sabendo que a mãe faria um prato todo montado para ela.

— Eu também e com bastante cenoura! - Constança riu e saiu com as irmãs para a mesa deles e Victoriano continuou ali ao vê-la ficar de pé.

— Benigno, fique a vontade! - sorriu para ele sentado.

Victoriano no mesmo momento olhou para Benigno e não acreditou que era ele mesmo e sentiu o sangue ferver.

— Não acredito! - falou logo a encarando.

Benigno que até então nem tinha dado importância a ele se levantou e nem pensou apenas sentou o soco em sua cara...