Prisioneira do Passado!

#PrisioneiraDoPassado - 16


— O que você é de Loreto? - perguntou e Inês sentiu o coração disparar somente em ouvir o nome daquele maldito.

— Irmão! E Loreto já está vindo com meu filho!

Victoriano naquele momento encarou Inês que retribuiu o olhar e ficaram ali perdido um no olhar do outro remoendo o passado que não era assim tão passado... Era uma coisa de louco ou o mundo gostava mesmo de pregar peças como assim a irmã de Victoriano estava justo com um da família de Loreto isso não podia ser verdade e Inês sentiu que a hora da verdade estava bem mais próxima do que ela pudesse imaginar. Victoriano olhou para Linda e disse sem "papas na língua".

— Não tinha um menos filho da puta pra você dar? - estava mais que furioso naquele momento.

— Victoriano... - ela tentou falar.

— Eu não vou permitir que fale assim do meu filho! - Vicente defendeu o filho.

— Você cala a sua boca ou eu vou sentar porrada em você de novo! - estava bufando.

— Pare com isso, Victoriano! - Inês pediu cheia de medo sabia o quanto ele era impulsivo.

Vozes foram ouvidas no corredor e César entrou no quarto e logo Loreto entrou atrás rindo de algo besta que ele tinha dito ao sobrinho e quando olharam a todos ali Loreto sorriu não podia ser melhor momento para que estivessem ali frente a frente. Inês não virou tinha o corpo congelado e pediu a Deus que Victoriano a protegesse e não a julgasse.

— Ora, ora... - ele falou cínico.

César foi até a cama e beijou Linda e sorriu.

— Você está bem? - ela sorriu para ele.

— Sim e nosso bebê também! - tocou a barriga e ele sorriu também levando a mão junto a dela.

— Graças a Deus. - a beijou de novo enquanto nos olhos de Victoriano tinha apenas fogo e no de Loreto deboche. - Aquele é o seu irmão? - falou baixinho somente para ela ouvir e ela assentiu e ele se levantou. - Senhor Santos. - tirou a atenção de Victoriano para ele.

— O que foi moleque?

— Eu quero que me deixe casar com, Linda. - foi direto não tendo medo da cara de Victoriano.

— Mas nem morto minha irmã se casa com alguém da sua família. - Inês ainda estava de costas na mesma posição.

— Você deveria superar Victoriano, que levou chifre. - Loreto provocou. - Deveria superar que ela quis a mim e não a você!

E nesse momento Victoriano perdeu o resto do juízo que tinha e partiu pra cima dele estava tão cego de ódio que nem percebeu que jogou Inês para sentar porrada na cara dele e ela gritou saindo daquele transe e foi amparada por César enquanto Vicente apartava a briga entre os dois gritando por ajuda enquanto Linda se desesperava ainda mais por não poder fazer nada para impedir apenas chamava também por ajuda.

O circo estava armado e Loreto ria enquanto também socava a cara de Victoriano que revidava duas vezes mais forte tão grande era seu ódio tinha sido assim no momento em que Inês tinha contado a ele que tinha ido embora com ele e agora no reencontro com aquele maldito. Os seguranças vieram e com muito custo apartaram a briga, mas ele ainda bufava de ódio.

— Não vai ser esses soquinhos que vai mudar o passado! - tripudiou com a boca sangrando. - Inês é minha e sempre vai ser!

— Eu vou matar você!

Os aparelhos apitaram e Linda gritou de dor e os médicos entraram fazendo com que todos fossem para fora e César mesmo querendo ficar amparou Inês até o lado de fora que sentia um pouco de dor e chorava com aquela confusão toda e ao estar do lado de fora cruzou seu olhar com o de Loreto que sorriu para ela fazendo com que se lembrasse de tudo.

— Estou de volta meu amor! - sorriu mais ainda.

Inês sentiu seu sangue ferver não podia mais ter medo dele ou seria sempre esse mesmo inferno porque Loreto se alimentava de seu medo e ela não queria mais isso para sua vida e se soltando de César ela se aproximou bem dele e deu um soco bem dentro de sua cara ela sentiu dor no mesmo momento e balançou a mão mais era a primeira vez que tomava coragem em sua vida.

— Eu não sou seu amor! - cuspiu nele. - Porco! - e sem mais ela caminhou para sair dali ou para que pudesse ser examinada por um medo parecia que a mão tinha quebrado com aquele soco.

Victoriano olhou o nariz de ele sangrar e gargalhou da cara dele se soltando dos seguranças.

— Fica longe da minha mulher seu maldito! - olhou para Vicente e para César. - Linda, não vai ser nunca da sua família! - e sem mais ele saiu dali para ir atrás de Inês.

Inês pediu ajuda a uma enfermeira que pediu seus documentos para abrir uma ficha e foi encaminhada para o Raio-X e Victoriano ficou ao lado de fora esperando que ela saísse. Foram minutos até que ela saiu e apenas o olhou sem dizer nada a ele e caminhou junto a enfermeira que ele seguiu e ela sentou em uma maca e ele foi obrigado a sentar em outra para limpar o rosto.

— Inês... - ele tentou falar sentindo arder com a mulher limpando.

— Cala a boca, Victoriano. - estava cansada de toda aquela situação. - Você me jogou no chão! - suspirou pesado.

Ele a olhou cheio de culpa nem tinha nem percebido e nem se lembrava até aquele momento.

— Amor, me perdoe, mas eu perdi o tino! - suspirou.

— Você sempre perde o tino. - falou com deboche. - Nem parece um homem e sim uma criança. - estava enraivada e enquanto falava a enfermeira passava a pomada em sua mão para aliviar a pressão do golpe.

Ela segurava a risada porque os dois ali tendo aquela discussão não levar a nada.

— Você queria que eu fizesse o que? Aquele filho da puta... - olhou a enfermeira. - Me desculpe... - voltou a olhar Inês. - Aquele filho da puta estava falando como se tivesse algum direito sobre você! - se alterou.

— Você é um idiota nunca vê nada além de seu umbigo!

— Prontinho senhora. - a enfermeira chamou a atenção dela. - Passe três vezes ao dia e em três dias estará bom!

— Obrigada. - ela sorriu de leve e se levantou para ir embora e não o esperou apenas se foi.

Victoriano tirou a mão da enfermeira com cuidado e apenas agradeceu rapidamente e correu atrás de Inês que caminhava de pressa para que ele não fizesse pergunta e ele a fez parar do lado de fora e ambos se encararam.

— O que eu não vi? Me diz! - falou com desespero e Inês apenas tomou ar e disse.

— Não percebe que eu tenho medo dele? Não vê que eu o odeio que eu tenho nojo dele! - os olhos se encheram de lágrimas. - Eu não posso nem vê-lo na minha frente e você apenas não enxerga que deveria me proteger ao invés de me julgar! - falou com ressentimento por ele ser tão idiota.

— Me diz de uma vez o que aconteceu? - o coração disparou ao ver que os lábios dela tremiam com ela segurando o choro.

Inês pensou por alguns segundos ali não era lugar, mas ela não aguentava mais aquela situação e disse quase sem voz...

— Loreto abusou de mim, Victoriano... - e as lágrimas caíram por seu rosto enquanto ele apenas perdeu o ar a encarando...