Dionísio correu e a pegou nos braços nem disse nada apenas saiu dali com ela para o andar onde estavam os médicos para prestar primeiros socorros a ela.Estava desesperado e esperou para vê o que iriam dizer. O atendimento de Victória foi rápido e vinte minutos depois o médico veio falar com ele.

— O senhor é o marido da senhora Victória? – O médico perguntou porque tinha acabado de ser contratado ali.

— Sim, vai ser preciso levá-la ao hospital!

— Ela não precisa ser levada no hospital está tudo bem ela teve apenas uma queda de pressão o bebê está bem ela também, mas não pode se aborrecer. Você deve levá-lá para casa ela já está medicada.

— Eu vou levá-la sim para casa. Eu posso entrar para vê-la? Ou já posso levar pra casa?

— O senhor pode entrar e vai logo com ela para casa. O melhor é que ela durma depois que tomou o sedativo.

—Obrigada, doutor. – Ele entrou apressado e parou olhando ela.

Victória estava com os olhos fechados e as mãos ainda tremiam de nervoso. Uma lágrima rolou do rosto dela.Ele se aproximou e sentou na cadeira e disse baixinho:

— Me perdoa, meu amor.

Ela só sabia chorar.Era tão triste pensar isso.Pensar que tinha perdido o seu amor e que as coisas nunca mais poderiam ser como antes. Estava com o coração fora do lugar. Ele segurou a mão dela e beijou.

— Vamos pra casa, você precisa descansar!– Ela não disse nada apenas ficou esperando que ele a pegasse no colo.Ela nem tinha forças para lutar e estava com medo de fazer mal ao filho então ficou em silêncio.

Dionísio a pegou em seus braços com todo amor do mundo e saiu dali indo para o carro quando chegou sentou ela com calma ajudou com o cinto e saiu dali com ela direto para casa.Estava silenciosa e quando chegaram em casa e ela foi levada ao quarto deixou mais lágrimas caírem?

— Por que fez isso? Por que mentiu?

— Victória, me ouve, por favor.– Ele ajoelhou ao lado da cama e segurou a mão dela. – Como acha que eu posso ter feito isso com você? Amor, eu te contei o meu problema, eu te amo, eu não sei nem quem é essa família. Você é a única na minha vida durante esse ano todo eu não me lembro dela, então, só pode ser consequência de minha doença e por isso vou entender se não quiser ficar mais comigo de qualquer forma eu te trai.

Ela não podia ignorar que já tinha visto ele daquele modo. Era verdade mesmo que ele não se lembrava de nada então a justificativa dele batia mas a dor de saber que ele tinha estado com outra pessoa não deixava de existir.

— Eu não posso imaginar você com aquela família e muito menos com outra mulher!– Falou chorosa.

Ele suspirou derrotado.

— Eu não te mereço! Me perdoa eu vou deixar você ser feliz só te peço para que me deixa acompanhar o nosso bebê.

Ela estendeu a mão para que a abraçasse.

— Não fala nada agora só fica aqui comigo! Eu não quero pensar em nada só quero que você me abraça.

Dionísio foi até ela e a abraçou forte a amava tanto. Beijou seus cabelos e deitou com ela.Victória não tinha condição de decidir nada naquele momento. Por mais raiva que estivesse sentindo não conseguiria decidir o que fazer, não queria perder Dionísio mas ao mesmo tempo não ia aceitar aquela situação. Ela respirou fundo e disse:

— Eu não quero saber se foi ele ou se foi você, mas vai acabar com esse casamento esse noivado, seja lá o que essa desgraça for...

— Você não vai ficar com essa mulher, é meu marido e o pai do meu filho!

Dionísio a pegou mais contra ele e disse com toda a verdade de seu coração.

— Eu não quero outra além de você entenda isso você é a minha mulher e vou terminar com essa mulher pode ter certeza eu não tenho nada com ela.

— Ela me disse que tem sim e a mais tempo do que você tem comigo.Ela é uma cachorra desgraçada, mas não é uma mentirosa. Eu vi na cara dela o desespero quando eu falei que você era meu marido.– Ela sentiu um nó na garganta de novo.

— Me perdoa...– Ele falou com tristeza.– Me perdoa por te fazer sofrer!

— Eu não quero você com nenhuma outra!– A voz dela era sofrida não queria de modo algum pensar naquilo.– Não posso nem pensar uma coisa dessas!

Ele se arrumou e a olhou nos olhos.

— Olha pra mim... você acha que depois de tudo que eu fiz pra te conquistar pra estar com você eu iria mesmo ter outra mulher? Eu tenho duas personalidades e eu nessa aqui que sou eu nunca na vida iria te trair.

Ela suspirou sentindo o coração disparado com ele ali. Colou sua cabeça na cabeça dele e um suspiro deixou lágrimas caíram.

— Eu mato você! Se não resolver isso, se não largar aquela mulher, eu mato você, não vai ser meu, mas também não vai ser dela.

Ele a beijou nos lábios com calma e depois a olhou.

— Me de o endereço que vou lá agora.– Ela falou o endereço para ele sem muita vontade e depois olhou diretamente nos olhos.

— Ele está lá também!– Era uma confissão porque tinha que contar.– João Paulo, o pai da minha primeira filha é irmão da sua namorada da sua suposta noiva. Foi por isso que eu descobri ele esteve na empresa para falar comigo que Bernarda a mãe deles está morrendo.

— Você o encontrou?

— Ele foi a empresa.– Ela deu um suspiro pesado.

Dionísio tocou o rosto dela secando as lágrimas.

— Depois de todo esse tempo pra que?– Ficou desconfiado.

— Ele disse que queria que eu fosse a casa dele.Disse que Bernarda tinha algo a me dizer.Que ela queria me ver porque está morrendo.

— Essa história está muito mal contada...

— Ele me parecia bem e não é mais Padre.Não estava de batina está falando com um homem normal.– ela suspirou que sabia que ele ia reclamar.

— E você sai com esse homem assim do nada? E se ele te ataca te machuca? Você está grávida, Victória Sandoval!– Falou bravo.

Ela se sentou na cama olhando brava para ele.

— E você queria o quê?Que eu dissesse Ok o meu marido tem um outro casamento está tudo bem?Ele me disse que você era casado com a irmã dele é claro que eu ia descobrir essa história. Sem chance de não ir!

— Você estava a poucos andares do meu porquê não me chamou?Eu sou seu marido tinha que vir falar comigo primeiro antes de ir tirar a prova, você poderia ter se machucado ou pior agora poderia nem ter mais no nosso bebê!

— Eu não ia perguntar a você se me traia!– Ela falou zangada querendo sair da cama, mas não saiu.– Não ia subir de dizer para você que eu sabia de algo que eu não tinha certeza!

Dionísio se levantou.

— Você desconfiou de mim na primeira chance e ainda por coisas que saiu da boca de seu ex!

— Ele não veio para me contar sobre você estava lá por outro motivo e somente quando eu falei quem era o meu marido que ele me contou da história toda! Ele não armou nada para você, foi um acaso!

— Claro um acaso muito conveniente!

— O que você acha que aconteceu?– Ela falou se chateando quando tom dele.– Ele apenas foi lá por causa da maldita mãe dele!

— Eu acho que eles estão com sua filha! – Falou o que vinha pensando desde cedo quando ela contou da filha. – Primeiro você me conta da sua filha e o modo como as coisas se deram e aí ele aparece no mesmo dia?

Victória sentiu o coração explodir.

— Minha filha está morta, Dionísio.Eles não podem estar com a minha filha ele não faria assim.

Ela começou a gaguejar porque aquilo parecia absurdo.

— Ele não ia me esconder algo assim!

— Você o conhece de verdade? Conhece o pai da sua filha? Se nem eu sei quem eu sou imagina se você vai conhecer um homem depois de vinte anos!

— Eu não sei quem ele agora, mas ele não é mentiroso!E sei também que ele não conseguiria esconder uma filha todo esse tempo.

— Victória você acha que ela esta morta não vai procurar a menina nunca e se ele já não é mais padre deve servi ao diabo agora.

Ela ficou horrorizada com que ele disse.

— Mas podemos começar a buscar agora, mas eu recebi notícias da polícia agente enterrou um corpo.

— Tudo pode ser armação!

O telefone dela tocou naquele momento.Ela estava espantada e atendeu.

— Alô?

— Vick... Temos problemas.– Pepino falou com calma pra não assustá-la.

— O que foi que houve? Pode falar.

— Maria caiu da passarela...

— Meu Deus! Ela está bem?– falou nervosa se levantando da cama. Olhou Dionísio e disse com calma.– Amor, precisamos ir ao hospital Maria caiu! Estou indo agora, Pepino!

— Ela bateu com a cabeça, Vick foi um horror! – Falava com a mão no peito.

— Vamos, então, meu amor.

— Eu já estou indo para lá, Pepino, não precisa ficar nervoso.

Victória se levantou foi até o banheiro se ajeitou estava se sentindo muito mal, mas naquele momento nem pensou em nada. Deu a mão ao marido e os dois foram para o hospital ela só conseguia pensar que queria que a menina estivesse bem era tão jovem ainda Quando chegaram ela se identificou e quando virou de costas para a sala de espera dando a mão Dionísio para irem ao sofá sentiu uma presença.

— O que faz aqui?

— Acho que isso não é da sua conta. – Foi rude sentindo ainda o chute ela.

— Não fale assim com minha mulher!

Ele riu de Dionísio.

— Está com seu probleminha de cabeça de novo?

— Cale a sua boca e não fale de meu marido seu pouco homem!– ela disse com nojo dele.– Não se aproxime de nós ou eu chamo os seguranças!

Ela segurou a mão do marido mais forte e disse o puxando para longe.

— Deve estar aqui porque a maldita mãe dele deve estar morrendo.– odiava Bernarda.

— Ele sabe da minha doença? Mas por que eu não me lembro dele?

— Esse homem ai é João Paulo, o irmão de sua outra esposa!– ela disse bufando e se afastando com ele.– João Paulo Iturbide!

— Eu não tenho outra esposa, não fale assim!

Pepino veio e a olhou.

— Estão fazendo exames nela.

— O que houve? Me conte tudo, por favor...– disse suspirando pesado.

— Ela estava na passarela aí começou uma briga de outra duas modelos mais no empurra, empurra ela caiu batendo a cabeça. Hum horror, estou toda me tremendo até agora! – Mostrou as mãos.

— Vamos esperar para ver o que os médicos falam, eu espero que esteja tudo bem.

— Eu vou me sentar porque eu não estou me sentindo bem.

— Vamos passar no médico, Victória foi muito pra você hoje.

— Eu quero estar aqui... – Ela disse terca como era.– Não quer ir a nenhum lugar...

Dionísio bufou de raiva.

— Se acontecer alguma coisa a nosso filho a culpa vai ser sua!

Ela puxou para perto.

— Não se atreva a falar comigo desse jeito porque não vou permitir que nada aconteça com nosso filho.E não fale comigo assim!

— Terca! – Falou com raiva enquanto sentou incomodado.

Ela simplesmente ignorou.Não queria nada naquele momento apenas ter certeza de que Maria estaria bem.Não sabia explicar porque mas desde o primeiro momento tinha um carinho especial por aquela jovem.Ficou de pé com os braços cruzados andando de um lado a outro.Meia hora depois o médico veio e os primeiros a se aproximar foram João e Victória.

— Como ela está?– Disse com coração acelerado.

— É, doutor, como ela está?

— Está bem vai ficar em observação porque ficou muito tempo desacordado.

— Por que você quer saber da minha modelo?– Olhou para a cara dele abismada.– Você é namorado dela?Está tendo um caso com Maria?– Ela sentia nojo quando dizia aquilo.

— Você ficou louca? Eu não tenho nada com ela e não te devo esse tipo de explicação!– Desviou.

— Vai falar agora!– Ela encarou ele com raiva.– Não vai sair daqui sem me dizer porque está interessado em minha modelo, ela é minha funcionária!E não quero que se meta com as pessoas que trabalham comigo, não quero gente como você perto das pessoas que trabalham comigo ou que eu goste!– Falou completamente autoritária com ódio dele.

Ele riu.

— Você não manda em mim!– Olhou o doutor.– Eu posso vê-la?

O médico devolveu a mirada.

— O senhor é o que dela?

João Paulo suspirou não tinha com o fugir mais e olhou Victória e disse pra rasgar ela ao meio...

— Ela é minha filha. Maria é minha filha...