Ela gargalhou e depois ordenou com a caneta na boca.

— Você vai contratar em sigilo essa lista de modelos aqui.

Ele pegou e olhou.

— Tudo isso?

— Sim, todos esses Pepino, quero todos! – ela sorriu malvada.

— Megera do nilo! Eu vou contratar agora e vou sentar no colo deles pra ver se serve.– Falou brincando nunca faria semelhante coisa.

— Eu quero eles muito bem tratados e você não vai contar a ninguém sobre a lista.– ela disse sorrindo.– Vamos sentar nos colinhos os dois.

Ele pegou o celular e simulou ligar para Dionísio.

— Oi, boy sabia que sua mulher tá frescando aqui na empresa?– Falou rindo. – Se ele te pega, Sandoval ele te acaba! – Ele riu e caminhou para fazer as ligações.

— Ele não precisa saber!– ela sorriu levantando.

Foi para sua sala, estava tensa e preocupada quando chegou e se sentou, queria conversar com a filha, estava preocupada, depois ligaria e quando estava me paz ouviu a voz dele na porta.

— Victória? – Ele a olhou da porta.

— João?– ela sentiu o coração na boca sem saber como reagir a ele.

Ela olhou mais como se não acreditasse que aquele homem era o homem que tinha conhecido. Ficou de pé e teve medo do que sentiu.

— É você?

Ele sorriu lindamente para ela e entrou.

— Victória, quanto tempo! – Ele se aproximou dela e a abraçou forte.

Victória não negou o abraço apenas ficou sem saber como reagir. Tantos anos sem ver aquele homem.

— O que está fazendo aqui?

João sentiu o cheio dela e o corpo tremeu.

— Eu precisava te ver! – A soltou e segurou em suas mãos. – Você está linda! – Sorriu mais ainda.

— Você...– ela sentiu uma coisa diferente e se se afastou.– Você ficou longe todos esses anos...– ela recuou mais e o olhou esperando ele falar.

— Eu precisei voltar, minha mãe está muito doente e...– Ele a olhou.

— Não fale de sua mãe...

— Ela me contou de você e da...

Ela disse mudando a expressão naquele momento. Ela o olhou com atenção.

— Victória, ela quer falar com você...

— Nunca!– disse com raiva.– Nunca vou falar nada com sua mãe.

— Victória, por favor, ela está morrendo. – Falou com pesar.– Ela disse que tem algo a te confessar...

Ele foi pra se aproximar dela. Estava tão linda e parecia com tanta vida.

— Você está casada?

Ela suspirou, tinha sofrido tanto nas mãos de Bernarda.

— Eu não quero ver sua mãe, João! Eu sou casada sim, com Dionísio Ferrer.– ela falou como se ele soubesse quem era.

Ele pareceu não acreditar no que ouvia.

— Dionísio?

— Sim, Dionísio...– ela o olhou e esperou a reação dele.– O que tem?

— Isso não pode ser verdade! – O rosto mudou no mesmo momento.

— Por que? O que tem?– ela disse chegando mais perto dele ainda.

— Cadê a foto eu quero ver se não estou enganado! – Passou as mãos no rosto.

Ela o olhou assustada e pontou o rosto do marido em uma foto no armário. Ele esperou pelas palavras dele. Ele olhou e se aproximou pegando e num acesso de raiva tacou no chão.

— Esse homem não pode ser seu marido! – Falou com raiva.

— Que isso, João? Está louco? Você sumiu todos esses anos e aparece assim do nada falando desse modo?

João estava zangada agora e olhou a foto no chão.

— Você não podia quebrar, está louco?

— Ele não pode ser seu marido porque ele é noivo da minha irmã!

Victória ficou branca e tocou a barriga sentindo que estava tonta.

— O que disse?Como assim? O que está falando?

— Isadora... minha irmã! É noiva desse homem... noiva não mulher já porque eles vivem junto ou viveram não sei só sei que ele não presta e maltrata a minha irmã.

Aquilo era o maior tiro que ela poderia receber naquele momento.

— Dionísio a estava traindo?– Saíram lágrimas de seus olhos.– Meu marido não me trai!Ele não seria capaz de uma coisa dessa!

— Você acha que eu vim aqui para atrapalhar sua vida? Não, Victória eu só vim cumprir um pedido da minha mãe e descubro semelhante barbaridade se não acredita em mim vem comigo e conversamos com minha irmã.

Ela olhou nos olhos e nem pensou duas vezes.Pegou a bolsa e foi com ele andando rápido.

— Se fizer alguma coisa ruim comigo...– ela bufou.

— Eu não tenho essa intensão!Nunca tive e você sabe disso!– Caminhava com ela.

Victória não disse mais nada estava furiosa com aquela possibilidade como assim ele tinha uma família?

— A quanto tempo supostamente meu marido está casado com ela?

— Uns três anos!Mas ele vive sumindo. Aparece bem menos agora.– Abriu a porta de seu carro para ela.

Na mesma hora ela pensou. Suspirou se lembrando de todas as coisas dele.Da doença da memória de tudo tudo veio a cabeça e fez sentido naquele segundo.

— Apenas me leve lá eu quero falar com ela.

Ele ajudou ela a entrar no carro e depois saiu dando partida. Victória não quis dizer nada não ia conversar nada até chegar lá e ver o que realmente estava acontecendo. Suspirou sentindo o coração acelerado porque tudo que ela não precisava era de mais problemas naquele momento.

O caminho demorou mais ou menos trinta minutos e ele parou frente a casa de sua mãe. Desceu e abriu a porta do carro pra ela. Victória desceu e quando parou na porta deu um suspiro pesado.Não queria fazer mal ao bebê nem podia emoções fortes, mas não ia voltar atrás.

— Vamos entrar e resolver logo isso porque eu quero ir embora!

Ele abriu a porta e deixou que ela entrasse. A casa estava quieta e ele fechou a porta.

— Eu vou ver onde ela está fique a vontade!

Victória não conseguia ficar à vontade de coisa nenhuma e nem conseguiu se sentar. O coração acelerando cada vez mais e ali esperando que ele voltasse.Fosse qual fosse a resposta Dionísio estava ferrado. Uma coisa era ele ter problemas de personalidade outra coisa era ele ser marido de alguém. As mãos suavam e ela sentiu que ia desmaiar.

— Você não pode ter feito isso comigo.– Repetindo desesperada falando baixinho.

Foram apenas alguns minutos e ele voltou com Isadora ao seu lado. Ela olhou a mulher e suspirou. Um ímpeto a invadiu e ela nem sabia como se controlar.

— Victória, lembra de Isadora?

— Olá, Isadora...

— Olá, Victória.– ela disse de longe cruzando os braços.

— Você é a esposa de meu marido Dionísio?– disse logo de uma vez com a boca tremendo. Não podia ficar floreando.– Seu irmão me disse que você é a esposa dele!

Ela mostrou a aliança na mão direita.

— Não somos casados, mas ele é meu noivo!

Victória segurou a lágrima e a olhou mostrando a dela.

— E ele não é seu marido!

— Ele é meu marido a mais de uma ano.– foi firme.– E estou grávida dele! Vamos ter um filho juntos!

Victória não estava ali para perder aquela briga porque ela sabia que tinha o direito de acabar com a raça de Dionísio mais não ia permitir sair dali humilhada!

— Estamos juntos a muito tempo, Victória mais que isso. Você está mentindo!– Mesmo que depois sofresse e demonstrasse toda dor que estava sentindo não seria ali na frente deles.

— Mais uma vez querendo se meter na vida da minha família!

— Não estou mentindo, estou grávida dele!

— Bem que minha mãe diz que você é uma pecadora!

— E não se atreva a falar dessa maldita família que foi sua família que tirou minha filha!– ela gritou com raiva.– Por causa de vocês eu sai desesperada e sofri aquele acidente! Minha filha morreu por culpa de vocês! Malditos Iturbides!– ela foi ate os jarros da sala e jogou vários nas paredes e tudo que achou foi jogando e quebrando.– Saiam do meu caminho!– gritou.– Eu não quero nem saber da mãe de vocês dois, que ela morra!

João foi até ela a segurando.

— Pare com isso!– Foi firme.

— Me larga! – gritou empurrando ele.

— Você está louca, Victória e ainda quer roubar o meu homem!

— Ele não é seu homem sua infeliz!– pegou a bolsa e deu na cara dela com a bolsa três vezes e se afastou para que a outra não revidasse.– Maldita, piranha, vagabunda!

— Vadia. – Isadora puxou o cabelo dela com toda força.

— Vadia é você, sua piranha do inferno!

João entrou no meio soltando as duas.Ela deu mais bolsadas nela e algumas não pegaram porque ela a segurou.

— Parem vocês duas não vale a pena brigar por homem!

— Me solta, não toque em mim seu imundo! Não estou brigando por homem!

— Pistoleira!– Isadora gritou.– Piranhona! Vadiona!Cresceu na vida sempre por abrir as pernas. Sua pecadora imunda!– Falou como a mãe.

— Ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhh!– Victória se soltou dele e embolou com Isadora dando tapas na cara dela a puxou pelo cabelo e jogou no chão sentando em cima dela e comendo no tapa, estava louco e sua força estava maior. Deu vários tapas na cara dela com ódio e parecia um animal despenteado.– Maldita, não me xingue, vocês são umas malditas!!!!! E você um idiota!

Isadora se defendeu como pode e João a tirou de cima dela.

— Saia da minha casa! Maldita trepadora!

Victória sentou tapa na cara dele se se afastou bufando.

— Isso é por me usar como sua vagabunda!Você não me amou apenas me usou para satisfazer seus desejos e me largou jogada, pobre e com uma filha! Eu te odeio, João!– gritou indo para porta com ódio.

João a olhou e com raiva e a pegou pelo braço a batendo na porta perdeu completamente a razão e a enforcou com raiva.

— Se tocar em mim de novo, eu te mato sua maldita desgraçada. – Os olhos ficaram vermelhos.

Ela deu um chute no meio das pernas dele com força e ela o empurrou e segurou em sua garganta tossindo.

— Vocês são demônios!– correu para porta para ir embora e disse com ódio de lá.– Que ela morra, assim como vocês!

— Maldita meretriz!– Ele gritou no chão.

Victória saiu sem dizer mais nada correndo apressada agora já chorava e tocava sua garganta. Ela chamou um táxi e entrou chorando estava em choque, ligou para Dionísio e esperou que ele atendesse. Mas o celular estava sobre a mesa e ele tinha acabado de sair para resolve um problema com o outro sócio na sala de reuniões. Ele ainda tentava entender o que tinha acontecido no dia anterior do roubo e logo a ligação caiu na caixa postal.

Victória xingou todos os palavrões que podia e foi para a empresa dele, não ia espera, ela queria saber naquele momento quando desceu no prédio que ela conhecia bem ela só disse obrigada e pagou. Desceu do carro e subiu até onde ele deveria estar e não estava e ficou esperando na sala dele com a pior expressão que podia.

Odiava tudo que tinha ouvido sentiu a cabeça doer e esperou por ele. Dionísio demorou uma hora até que entrou em sua sala falando com a secretaria sem se dar conta dela ali.

— Você viu meu celular preciso ligar para Victória.– Ele olhava para trás na porta ainda. – Com a moça atrás dele quando se virou a viu e sorriu lindamente.

— Oi amor.– Ele caminhou até ela.

— Canalha!!– ela avançou em tapas nele com ódio sem nem conversar nada. – Infeliz, traidor!Você me traiu e tem uma noiva!

Ele se defendeu como pode sem nem saber o porquê apanhava. Estava sem pensar nem ia dar a ele a chance de contar nada.

— Ela é sua piranha das horas vagas? É isso? Não sou boa o bastante para você?

— Para com isso, Victória o que aconteceu?

— Tinha que comer uma Iturbide?

Ele falou sem entende nada.

— Você! Você mentiu e é noivo!– ela gritou e em choque e se afastou dele com o coração em chamas.

Ele a olhou vermelho pelos tapas.

— Você é um mentiroso!

— Você ficou doida? Vai fazer mal a nosso bebê.

— Me trai com ela, me trai todo esse tempo que está comigo!

— Se acalma.

Ela o olhou nos olhos e chorou.

— Você devia ter me dito que não me amava, que não me queria.Eu não ia pedir para que ficasse comigo! Não!

Ele avançou nela a segurando.

— Quem são esses Iturbide?

— A mulher que você come!– gritou com ele com ódio.– A mulher com quem você dorme a mais tempo que comigo! A sua mulher, sua noiva!

— A minha mulher é você sempre foi a um ano! Não tenho outra mulher que não seja você. – Falou verdadeiro porque para ele só tinha ela.

— Meu Deus, você sumia, viajava e sumia, e quando voltava n]ao estava louco de desejo, claro, que tola que eu sou você estava era exausto de fuder a outra!

— Não fale assim, eu nunca te trai! Nunca depois que comecei a ficar com você!

— Para de mentir...

— Eu não posso ter feito isso porque eu te amo!– ela disse olhando firme para ele. Passou as mãos no cabelo.– Se você não fez o outro fez!O outro fode ela e bem porque ela estava brigando por você ou acha que estou toda desgranhada por que ? Não foi um penteado que eu escolhi...

— Você...

— É apenas o resultado da sua mulher brigando comigo!

Ele desacreditou nas palavras dela.

— Você arriscou nosso bebê? Você ficou louca?

— Você acha que eu estou pensando em alguma coisa? – Falou bem alto com ele

— Inconsequente! – Ele falou alto.

— Eu acabei de descobrir que você me trai, Dionísio!Acabei de descobrir que o homem que eu amo tem outra mulher.Eu amo meu filho mas eu não consegui pensar em nada! Eu quero acabar com você nesse minuto eu quero destruir essa sua cara cínica olhando para mim!

— Eu não te trai inferno se esse maldito que vive aqui...– Socou a própria cabeça. – Só pode ter sido só isso.

Victória segurou a barriga e sentindo uma dor tremenda ela desmaiou e caiu perdendo completamente os sentidos...