Era loucura imaginar que o homem estava ferido de morte ali sobre o corpo dela e nem sabia o que fazer se gritava se corria não sabia nada só ficou em choque. Naquele segundo em que ela respirou pela porta entrou Dionísio, Sofia e Fernanda e os três pararam com os olhos arregalados com aquela cena.

— Victória...– Dionísio falou desesperado.

— Meu Deus, ele está morto está morto tira de cima de mim, está morto! Ele está morto ele está morto tira de cima de mim!– Ela gritava em choque.– Por favor, tira esse homem de cima de mim!

Dionísio correu até ela e o tirou de cima dela e Sofia abraçou Fernanda que se tremia toda.

— Vovó, meu pai está morto! Ele tá morto, vovó, está morto! Ele tá morto! Tá morto, ele tá morto!– Fernanda falava aquilo sem saber como reagir também olhando o desespero da mãe.

— Victória...Meu Deus, o que foi que houve?

— Eu não sei o que foi que houve!

— Você fez isso?– Dionísio perguntou preocupado.

— Eu não sei o que dizer apenas aconteceu!

Sofia não sabia falar e apenas consolou a neta.

— Eu não sei o que dizer, ele está morto agora e não vai fazer mais nada com ninguém!– Victória fechou a mão como se segurasse ali objeto que tinha matado ele.

Fez um gesto de modo tão natural que Dionísio prestou atenção na mesma hora.

— Victória... Nós temos que chamar a polícia. – Sofia falou!

— Pode chamar a polícia! E diga a polícia...– Vitória abriu bem os olhos e olhou em torno as três pessoas que ela mais amava e disse com a certeza de seu coração. – Pode dizer que estou aqui esperando por eles para depor.

Sofia tirou Fernanda dali que só sabia chorar e a levou para o outro quarto e de lá mesmo chamou a polícia. Dionísio olhou bem para Victória e esperou que ela dissesse algo. Victória olhou dentro dos olhos dele. Ela não disse uma palavra apenas fez um gesto com a cabeça e o gesto significava sim.

Mas ela não disse uma única palavra apenas estava com as mãos tremendo toda suja de sangue olhando para o marido com sua noite destruída.

— Vem, você precisa de um banho e tirar todo esse sangue de você. Eu vou chamar os advogados a coisa vai se complicar aqui.

Ela estava completamente muda ficava apenas olhando para ele fazendo gesto com a mão não sabia o que dizer não sabia como fazer só estava em choque.Ela respirava profundamente e obedeceu ele. Faria tudo que seu marido mandar se naquele momento porque ela não estava pensando por ela.

Ele a levou para o banheiro e depois de tirar a camisa e os sapatos a levou a água.

— O certo é deixar você assim até a polícia chegar mais vamos te ajudar a não se incriminar tanto.– Começou a lavar ela..

Estava com os olhos parados respiro profundamente e como se alguma coisa mudasse de repente dentro dela vitória apenas seguiu seu instinto e fez tudo o que tinha que fazer para ficar ali pronta para o momento que a polícia chegasse.

Ele a ajudou a se banhar e quando ela estava completamente limpa ele saiu com ela. Sofia veio até a porta e disse que a polícia já estava na casa e com o corpo e ele ajudou Victoria com a roupa e logo se aprontou.

— Vamos, raposinha.– Deu a mão a ela beijando sua bochecha.

Victória saiu em silêncio nada disse apenas perguntou pela filha depois disso não falou mais nada. A única coisa que queria ter certeza era que a filha estava bem.

A polícia isolou a área e a perícia começou os procedimentos e um policial alto, forte quase do tamanho de Dionísio os cumprimentou.

— Boa noite, a senhora precisa nos entregar as roupas que usava no momento do ataque, vamos colher suas digital e buscar a arma do crime pela casa e preciso que me conte com detalhes o que aconteceu.

— Eu darei todo depoimento necessário. – Ela suspirou sem saber como dizer aquilo.– Iria contar a verdade!– Olhou o marido sentiu o coração arder.

Ele apertou a mão dela dando apoio e Sofia apareceu e falou baixinho.

— Tive que dar um sedativo para Fernanda ela estava em choque e só repetia que o pai estava morto.

— Tudo bem, mamãe, obrigada, eu só quero que a minha filha fique bem e que ela tenha um futuro. – Disse aquilo com os olhos cheios de lágrima.

— O seu pai esta vindo! – Beijou a filha com amor.

— Os nosso advogados já estão vindo! – Dionísio falou ao homem.

— Eu não quero dar nenhuma declaração antes dos meus advogados chegarem!–Ela disse certa do que estava fazendo porque sabia que não devia falar antes disso.

— Vocês vão precisar a vítima foi assassinada a sangue frio.

— Somente quando meus advogados chegarem, eu darei minha declaração.

— A senhora está escondendo algo?– O policial analisou o comportamento dela.

— Eu não tenho nada a declarar enquanto os meus advogados não estiverem aqui!– Ela falou bem baixo.

Não queria dar nenhuma declaração naquele momento não queria falar nada que não fosse parte do depoimento que daria depois.Sabia que seus advogados então aconselhada a coisas que nem podia imaginar para poder se livrar daquela condição de ré.

Mas fosse o que fosse que ela diz esta aquele depoimento uma coisa estava certo, Osvaldo seu ex-marido estava morto. E ele estar morto era algo tão assustador, complicado porque envolvia sua filha.

— Não há nada que eu queira declarar.– O homem assentiu e saiu anotando em seu bloquinho de notas e dez minutos depois os dois advogados entravam pela porta da sala.

Ela suspirou agradecendo aquele momento em que seria defendida por que a última coisa que precisava era ir para a cadeia. Aquilo que estava acontecendo ali já seria um escândalo na casa de modas e já colocaria ela em baixa. Os homens cumprimentaram eles e pediram para falar em privado e ela foi com Dionísio e os para o escritório.

Ela se sentou e ficou esperando que os advogados conversassem e depois eu guardou as perguntas que seriam feitas.

— Preciso que me diga o que aconteceu para que possamos te defender. Ele me atacou e disse coisas horríveis e me bateu e puxou minha roupa e de repente ele estava cheio de sangue em cima de mim.

Ela começou a chorar nervosa sem conseguir controlar aquela sensação terrível.

— Você viu quem foi? – Dionísio a abraçou forte dando seu apoio.

— Fui eu!– Ela disse de forma muito direta.– A pessoa que matou ele, fui eu!– Ela sabia que aquilo seria como uma bomba.

— Podemos alegar legítima defesa ele te atacou.– O homem foi firme.– Alegamos que você não queria matá-lo e sim tirá-lo de perto, mas quando viu já tinha atacado pra se defender.

— Sim, pode ser porque de verdade, ele me atacou e eu não queria que ele tocasse em mim porque ele já me atacou outras vezes, eu posso declarar isso! Os seguranças da minha empresa podem provar que precisaram retirá-lo uma vez por isso!Osvaldo é um homem violento.– Ela suspirou pesado e voltou a falar.– Ele era um homem violento!

— Não se preocupe que vamos fazer de tudo para que responda esse processo em liberdade. – Se levantou.– Meu assistente vai ficar aqui enquanto eu converso com os policiais e depois volto pra que você declare tudo.

— Eu agradeço porque eu quero ficar com a minha filha um pouco se for possível.– Ela soltou algumas lágrimas apoiadas no marido.– Eu preciso ficar com a minha menina!

— Tudo bem, mas não saia da residência por motivo algum não precisamos que se complique ainda mais.

— Eu vou ficar em casa não se preocupe eu vou estar aqui com a minha família... Mas, por favor, não deixa o corpo desse homem muito tempo aqui dentro. Eu preciso que ele não esteja aqui!

— Eu vou ver a quantas anda tudo e logo nos falamos.– Ele saiu junto a seu assistente deixando apenas Victória e Dionísio ali e ele se afastou olhando para ela dentro dos olhos.

— Foi ela?– O coração batia apressado.

— Fui eu, Dionísio, fui eu!Fui eu que fiz aquilo não foi minha filha! Minha filha nunca mataria o pai dela!– Ela falou com firmeza olhando para ele.

Ele suspirou não queria ser indelicado naquele momento.

— Tudo bem, vá ficar com nossa filha.– Beijou os lábios dela com cuidado.

Foi sem dizer mais nada porque estava destruída e quando entrou no quarto e viu a filha deitada ela apenas abraçou sua menina e chorou desesperada porque o seu coração estava partido em mil pedaços. Agora ela era tudo que Fernanda tinha e tudo que Fernanda precisava continuar tendo depois daquela morte tão trágica do pai.

Fernanda dormir sob o sedativo que Sofia tinha dado a ela, era fraco mais a fazia dormir por algum tempo serena.Victória ficou passando a mão pelos cabelos dela pensando em tudo que tinha vivido naqueles minutos terríveis então ela fechou os olhos tentando dormir, mas não conseguiu porque a imagem dele ficava se processando em sua cabeça o rosto possesso o sangue caindo e por fim o silêncio.

AS HORAS SE FORAM....

Os advogados trabalharam ali junto aos policiais para que não fosse preciso a ida de Victória a delegacia, mas foi impossível ela teria que ir prestar esclarecimento já que a arma do crime não tinha sido encontrada pela pericia que estava ali fazendo seu trabalho, o corpo de Osvaldo foi levado e o quarto isolado assim como a casa.

Dionísio fui instruído a que levasse Fernanda e a sogra para sua casa ali elas estariam comodas até que a casa fosse liberada e assim ele o fez, as levou e depois foi com Victória para a delegacia junto a seus advogados, ele sentia uma coisa ruim no peito e não conseguiria deixar sua mulher ali presa.Victória sentia seu coração cheio de dor e medo, estava presa, não numa cadeia ainda, mas aquela cena da noite em que o ex-marido o pai de sua filha era morto sobre o corpo dela.

Era o pior que poderia acontecer estava claro que as coisas vão se complicar em muito não era nada simples. Ela se apoiava na presença do marido que estava ali com ela todo tempo e ficou aguardando qual era a decisão do delegado em relação declaração que ela tinha dado.

— Você esta mentindo para acobertar alguém.– o delegado foi rude com ela.

— Eu não estou!– ela disse calma com ele ali olhando para ela com rudeza.

—Me diga quem está acobertando ou vou expedir uma ordem de prisão para a senhora.

— O senhor não pode fazer uma acusação desse porte.– o advogado argumentou.

— Eu tenho provas. – o delegado barrigudo falou balançando uns papéis.

— Eu não estou acobertando ninguém, Delegado aquele homem me atacou e eu apenas me defendi. Eu não estou escondendo ninguém!

— Acho que terá que passar o dia aqui na cadeia! – chamou um policial para que a levasse.

— O senhor não pode fazer isso, a ré confessou o crime! – o advogado não deixou que a levassem. – Ela apenas se defendeu dele!

O delegado levantou de sua cadeira e falou alto.

— Como ela poderia acertar a nuca de seu ex marido se ele estava por cima dela, cade a arma do crime? – falou olhando para Victória. – Com o que você o matou?

Ela ficou atordoada não sabia o que responder porque na verdade não tinha como responder aquilo.

— O senhor não precisa gritar, eu vou explicar, esclarecer tudo. Aquele homem estava me atacando, ele avançou em mim. Eu preciso que o senhor entenda que eu não tinha outra coisa que eu pudesse fazer ele estava me agredindo.Eu levantei a mão por trás e bate nele com. – Ela ficou pensando no que ia responder. – Com a arma...

— Levem ela e só a tragam quando decidir falar a verdade!

O policial que ali estava foi todo gentil pedindo que ela se levantasse e o acompanhasse, o advogado começou a argumentar sobre a prisão e o delegado riu.

— Você tirou seu diploma hoje? Ela vai ficar detida!

Victoria se levantou e ficou em silêncio apenas tocou em Dionísio.

— Amor, cuide de Fernanda por mim, por favor, minha filha não pode ficar sozinha! – ela disse num suspiro resignada a estar presa.

Dionísio levantou e beijou seus lábios.

— Eu vou te tirar daqui, não se preocupe que ela vai estar segura.

— Eu te amo, cuida da minha filha e da minha mãe!– O rosto de Victória demonstrava que ela estava vencida. Não estava lutando para sair dali.

— Pelo amor de Deus faz alguma coisa pra tirar a minha mulher daqui. – Olhou o advogado que assentiu enquanto ela era levada pelo policial.– Minha mulher não pode ficar aqui.

— Ela esta se auto condenando então ela vai ficar aqui até um juiz estipular fiança ou expedir um abescorpus. E isso só vai ser na segunda já que hoje é sábado.

Victória continuou andando por que sentir seu coração completamente destruído. Era mais do que terrível imaginar que ela estava assim sendo presa por assassinato. E não era o assassinato de qualquer pessoa era do seu ex-marido do pai de sua filha.

Dionísio saiu dali furioso com o advogado não podia permitir que sua mulher ficasse naquele lugar e pediu que pelo menos ela ficasse longe das outras presas não queria ela machucada ou coisa do tipo e o advogado fez, mas não conseguiria tirar ela dali se não coopera-se com a verdade e mostrasse de fato que tinha sido legítima defesa.

Ele não podia acreditar que aquilo estava acontecendo com sua mulher e procurou juntar as peças e ela só poderia estar encobrindo a mãe ou a filha porque não tinha mais ninguém dentro da casa já que os convidados estavam indo embora.

Todas as questões que passavam pela cabeça de Victória dentro daquelas cela eram terríveis. Segurou na grade abaixou a cabeça e sentir vontade de chorar.Era mais que complicado para ela, ele estava morto e não tinha sido um acidente tinha sido assassinado.Ficou ali na grade pensando em saber como reagir e sentiu que sua vida estava amaldiçoada...

Dionísio saiu dali e foi para casa, não podia mais ficar ali não conseguiria ver seu amor e preferiu ir cuidar de Fernanda e minutos depois quando chegou encontrou o pai de Victória.

— Onde está minha filha?– A voz dele era firme e ele estaria decidido a pagar o que fosse para tirar a filha da cadeia.

— Victória ficou detida, não sai até um juiz determinar.

— Vamos tirar a minha filha da cadeia agora, ela é ré primária e não vai ficar presa por que não oferece perigo a ninguém!– Ele andava de um lado a outro tentando imaginar como resolver o problema da filha.– Que advogado são esses que você contratou que mantiveram minha filha lá? Mesmo ela tendo sido preso em flagrante e ela não resistiu à prisão e ela é re primária! Não há nada que impeça que ela aguarde pelo julgamento dela ou indiciamento dela em liberdade!

— Victória está encobrindo o crime de alguém.– Dionísio falou logo de uma vez.

— Não interessa o que ela esteja fazendo, minha filha, não vai ficar na cadeia! – Eduardo estava falando tão sério como nunca tinha falado na vida.

— Então, trate de fazer alguma coisa que eu não esteja fazendo pra tirar a minha mulher da cadeia. – Falou aborrecido.

— Eu vou ver minha filha. – Começou a caminhar.

— Não fique zangado comigo por tentar fazer o que você não conseguiu! Minha filha está presa! Ela não é uma bandida! Eu não sei o que aconteceu hoje, você permitiu que esse homem chegasse perto dela a ponto dela querer matar! Isso também é culpa sua!

Dionísio o olhou com raiva.

—E você estava aonde que não aqui para protegê-la? Certamente em mais uma viagem cara com alguém que não é a sua mulher, se eu não consegui protegê-la o senhor não fez muito diferente. – E sem dizer mais nenhuma palavra ele começou a subir.

Eduardo saiu sem dizer mais nada porque ele tinha que tomar providências para ajudar a filha sair da cadeia e não ia descansar até conseguir. Foi exatamente assim que as coisas começaram a se complicar ainda mais.

No quarto quando Dionísio entrou Fernanda olhou para ele. Não disse nada apenas ficou esperando que ele falasse alguma coisa.

— Como você está?– Ele caminhou até ela e sentou na cama.

— Cadê minha mãe?

Ele suspirou.

— Sua mãe ficou na delegacia!

— E quando ela vem pra casa?– ela falou com calma para ouvir ele.– Me diz, pai, quando?

— Os advogados estão trabalhando no caso dela e se Deus quiser e um juiz amigo meu permitir ela vem pra casa amanhã.

— Eu quero a minha mãe que eu quero ficar com a minha mãe! – Ela começou a chorar e abraçou ele apertando bem forte.– Eu nunca me senti assim na minha vida, nunca nunca me senti desse jeito! Eu perdi a minha mãe e pedir o meu pai!– Ela falou chorando nos braços do homem que ela considerava o pai dela também.

Dionísio apertou ela em seus braços e beijou seus cabelos.

— Ela já vai vir pra cada, meu amor, você comeu? Não pode ficar sem comer! Sua mãe já vai volta pra gente.

— Eu não tenho fome, pai, eu quero ela, quero ela! Eu não posso passar por isso sozinha, não mesmo.– ela sentiu um nó na garganta.

— Filha, você não está sozinha, eu estou aqui sempre! Estamos fazendo tudo para que ela venha logo para casa, você não precisa ficar nervosa!

— Pai, conversa com minha vó, por favor, ela não está bem, ela está sofrendo.– disse com o corpo todo doendo.

— Eu vou conversar com ela, meu amor, mas agora preciso cuidar de você!– Beijos os cabelos dela.– Te amo muito, minha filha.

— Eu também te amo, pai, eu não queria que nada disso tivesse acontecido!– Ela ficou parado ali recebendo o amor dele.

— Eu tenho tanto medo de ver meu pai morto!

— Você não precisa ver, podemos colocar ele num caixão fechado. – Beijou ela tentando uma solução.

— Por favor, pai, você pode pedir isso a quem vai enterrar o meu pai porque eu não quero saber de nada disso.

— Não me importa ver o rosto dele, eu quero me lembrar dele como ele.Eu não quero pensar nele como alguém que morreu.

— Tudo bem, meu amor, como você quiser. Eu vou ligar lá e pedir para que seja lacrado. Você quer que eu faça algo pra você? Ligue pra alguém?

— Pai o que você faria para salvar um filho ? Você faria qualquer coisa para salvar um filho?

— Eu faria qualquer coisa pra salvar meu filho, qualquer coisa mesmo.

Ela abraçou mais ele de novo e depois deito na cama em silêncio não ia falar mais nada. Estava morrendo de medo do futuro e nem sabia como se comportar.Agora não tinha pai não tinha mãe. Dionísio a beijou nos cabelos e a abraçou forte.

— Você quer que eu chame aquela menina que vive com você?

— Te amo, sim, por favor, a Milena.Te amo muito, pai!– Ela suspirou sem saber como reagir.

— Eu também te amo muito, minha filha, eu vou chamar sua amiga.– Beijou os cabelos dela e saiu do quarto e pegou o telefone de Victória que estava com ele e ligou para a amiga de sua menina e desceu para ver se encontrava a sogra... Quando chegou ao andar de baixo a viu.

— Sofia... – A chamou.

— Oi...– Disse toda tímida olhando para ele.

— Esta tudo bem?

— Não está nada bem! Tudo que aconteceu, eu só penso na minha filha!

Ele foi até ela e sentou ao seu lado.

— Eu estou fazendo tudo que está ao meu alcance não quero minha mulher naquele lugar.

— Precisamos descobrir quem foi! Você sabe que Victória não vai dizer quem foi! Você sabe muito bem que Victória não vai dizer que não foi ela!

Ele suspirou.

— Eu sei muito bem disso. Precisamos ser fortes para superar o que vier pela frente.

— Mas precisamos descobrir quem foi precisamos entender! Ela vai querer ficar mentindo até o último momento e vai ficar presa lá. Eu não sei o que aconteceu, mas a minha filha não matou aquele homem! Um homem terrível que fez tantas coisas!

— Sofia, ele disse que ela jogou uma filha no lixo?

Sofia ficou sem saber como reagir.

— Ele é um maluco, ele não pode ter falado uma coisa dessa de verdade da minha filha!E não pode de jeito nenhum! – Ela estava destruída arrasada. Mas tinha certeza que a filha não estava entre os assassinos daquela cadeia.

— Você ouviu, ele disse na frente de todo mundo! Mas isso não é assunto para agora, eu vou fazer umas ligações para ver se consigo trazer ela para casa, uma amiga de Fernanda está vindo.

— Eu não sei o que pensar, mas eu tenho certeza de que ela não foi. Ela não faria isso posso te garantir que ela não faria isso com o pai da filha dela! Minha filha não é um animal não é um assassino! Isso eu posso provar!– Ela sentia as lágrimas rolarem de seu rosto. Victória não fez isso, ela está encobrindo alguém, mas não vamos conseguir fazer ela confessar nada eu vi nos olhos dela.Mas ela tem que contar quem foi!– Os olhos dela ficaram nervosos.– Minha filha tem que dizer quem foi!

— A senhora poderia ir falar com ela.

— Eu posso ir agora se você quiser!

Ele se levantou.

— O que eu não quero deixar minha filha naquele lugar eu criei minha filha para ser uma princesa uma rainha. Ela não é uma assassina!

— Eu posso consegui uma visita. Ela não é uma assassina disso eu tenho certeza, eu vou ligar enquanto a senhora vai até a delegacia.

Ele falou e saiu indo para o escritório. Ela apenas ficou ali sentada estática pensando em todas as coisas que a filha seria incapaz de fazer.Dionísio ligou para o advogado e conseguiu a visita para Sofia e disse que ela já estava indo para lá e ali ele ficou pensando em todas as coisas que tinha que fazer para livrar seu amor.

NA DELEGACIA...

Algumas horas tinham se passado e Eduardo estava aguardando a liberação de Vitória uma vez que ele tinha conseguido com o seu advogado que a filha fosse liberada naquele mesmo momento. Tudo que eu queria era a liberação da sua menina dar um abraço em sua filha bem apertado e dizer a ela que as coisas vão ficar bem.

E assim Vitória saiu liberada sem saber o que dizer quando viu que era seu pai que tinha conseguido que ela saísse daquele lugar.Ela parou diante do pai disse com calma.

— O que você fez para me soltar?

— Seu pai sabe o que faz, minha filha e agora vamos pra casa!

— Pai!

Abraçou sua filha com todo amor, ela agarrou ele com um pouco de medo.

— Eu quero a minha filha. Eu quero um banho, uma cama e não pensar em nada!

— E ela também te quer, meu amor, tenho certeza! Vamos que essa noite foi longa e o dia apenas na metade! – Beijou mais ela apertando com calma.

— Vamos embora!– ela agarrou ele e saiu daquele lugar.

Eduardo a levou dali e dispensou os advogados de Dionísio os chamando de incompetentes e assim eles foram para casa. Sua filha estava longe daquele lugar!