Ronaldo que estava ali junto a esposa por que tinha sido chamado pelo filho se levantaram de imediato para defender o filho.

— Papai... - Inês apareceu ali gritando.

— Esse maldito vai pagar por isso!! - estava fora de si e levantou a mão novamente para acertá-lo.

Ronaldo no mesmo momento segurou seu braço e o encarou.

— No meu filho você não vai bater! - o empurrou para longe.

— Ele acabou com a vida da minha filha!!! - berrou.

Victoriano que até o momento estava quieto disse mirando os olhos de Inês.

— Pode ter certeza que ela também acabou com a minha... - e ela somente chorou...

Inês chorou sentido porque ele não revelou que não era o pai, estava ali recebendo a "bronca" por algo que nem se quer tinha feito e ela correu para ele e o abraçou como se naquele momento fosse conseguir defende-lo dos ataques de seu pai. Ele num instinto de proteção a segurou com um braço e respirou fundo.

— Saia de perto desse moleque, Inês. - ele gritou fora de si e os seguranças apareceram.

— Para com isso Roger. - Laura gritou com ele e o puxou.

— É a minha filha!!! - gritou.

— Não vai resolver nada assim!!! - o encarou com raiva daquela situação toda.

— Papai, ele...

— Nós vamos nos casar! - Victoriano a interrompeu e Inês o olhou de imediato. - Seu neto não vai ficar sem um pai. - foi firme.

— Ia casar mesmo que fosse na ponta da minha arma mais ia!!! - Roger rosnou. - Vai casar sim.

— Victoriano... - Inês tentou falar.

— Eu braço está sangrando. - ele a cortou novamente. - Precisa descansar. - falou preocupado.

— Vem minha filha. - Laura chamou e Inês foi mais sempre olhava para Victoriano.

Ela não conseguia entender a atitude dele, não entendia e sua cabeça lhe fazia muitas perguntas, a enfermeira veio e a levou para o quarto para limpá-la e Valentina puxou o filho para o lado de fora e o encarou.

— Por que está fazendo isso? - o questionou sabendo a verdade.

— É isso que se faz quando se ama. - falou com o olhar vago.

— Meu filho... - ela tentou começar aquele assunto.

— Não vai me fazer mudar de ideia. - a olhou. - E não vai contar a verdade. - foi firme.

— Você tem certeza? - o segurou pela mão.

— Isso ainda vamos ver. - no rosto não trazia nem certeza e muito menos dúvida. - Vamos pra casa. - pediu.

Ela assentiu e ele foi para o carro e ela entrou no hospital para chamar o marido que ainda encarava Roger mais nada falava. A amizade estava quebrada e eles não tinham se quer a ideia de como seria dali em diante, não se despediu e eles foram embora.

No quarto Inês só sabia chorar agarrada a sua mãe e Laura ainda tentava entender o que tinha acontecido. Era tanta informação para uma única noite que ela nem sabia o que pensar, olhou a filha ali agarrada nela e disse:

— Inês, ele... - nem sabia o que dizer.

— Eu vou dizer a verdade para o papai. - falou soluçando.

— Vai, mas não agora. - acarinhou sua menina. - Agora você precisa descansar ou... - nem quis dizer e Inês se apertou mais nela chorando.

Ela apertou os olhos e deixou que mais lágrimas rolassem por seu rosto sem controle, queria nelas encontrar a solução para os problemas, mas naquele momento só sabia chorar...

(...)

NO OUTRO DIA...

Inês abriu os olhos com calma e respirou fundo tinha sido uma noite bem conturbada para conciliar o nosso, moveu os lábios e o corpo e quando olhou para frente ali estava ele todo vestido de negro e a observava. O coração de Inês disparou e ela se arrumou na cama esperando que ele dissesse algo.

— Está com dor? - perguntou com uma cara bem seria.

— Não... - falou num fio de voz.

— Ótimo. - se aproximou mais dela e sentou na beirada da cama a encarando. - Vamos conversar então.

— Victoriano... - ela tentou falar.

— Apenas me ouça. - foi firme e ela apenas assentiu. - Não vai dizer a seu pai que o filho não é meu... Escuta Inês. - Ele falou alto quando ela tentou falar. - Eu vou assumir porque não te quero sofrendo e aquele maldito não merece nada de você como eu sempre disse. - falou com rancor.

— Por quê? - foi o único que conseguiu dizer quando ele deu uma pausa.

— Porque eu te amo!!! - ficou novamente de pé. - Ninguém precisa saber que essa criança não é minha além de nossas mães. - a encarou.

— Eu não posso deixar que faça isso. - os olhos se encheram de lágrimas.

— E vai criar sem pai? Ou vai ir atrás daquele maldito que só quis te comer? - foi grosso e rude.

— Não fale assim comigo. - chorou. - Se for pra ser assim eu não vou aceitar nada de você!!! - o encarou.

Victoriano respirou fundo e baixou a guarda, sabia que maltratá-la naquele momento não era caminho pra nenhum dos dois. Ele estava ali pra ajudar e não piorar a coisas, a amava tanto que não podia deixar de fazer nada mesmo que isso o destruísse por dentro.

Inês carregava um filho que não era dele e mesmo assim ele estava ali dando a cara a tapa somente porque a amava, mas como seria dali em diante ele não fazia se quer ideia. Ele respirou fundo novamente e foi a ela e sentou.

— Vamos resolver isso juntos porque eu amo você e também porque sou seu melhor amigo. - queria que não tivesse consequências mais ele sabia que teria.

— Você tem certeza? - segurou a mão dela.

— Certeza eu tenho apenas que quero você em paz e que leve uma gravidez segura e que de tudo certo... Depois vemos o que vai acontecer. - respirou fundo. - Eu sei que não me ama, mas estou aqui por você.

Inês ao ouvir as palavras dele desabou ainda mais em choro e o puxou para um abraço que ele a correspondeu cheio de amor porque era isso que ele tinha para ela mesmo estando tão machucado. O que Victoriano queria era não dar vez aquele maldito para destruir ainda mais o coração e a vida dela, se era errado e tivesse consequências somente seria sentido mais a frente, mas naquele momento o que ele queria era ajudar.

Victoriano tinha a certeza em seu coração de que o que precisava fazer era aquilo mesmo que ela não o amasse, queria estar ao lado dela e cultivaria ou morreria com seus próprios sentimentos por ela. Mas ele estaria sempre ali a seu lado... Por ela e por ele mesmo...