MÉXICO 1998
O sinal tocou e todos os jovens começaram a se retirar das salas, era o intervalo entre uma aula e outra e lá apareceu ela no topo da escada com um lindo sorriso a seu lado estava Cristina sua melhor amiga, elas conversavam e riam enquanto desciam as escadas. Quando chegaram ao final da escada ela foi tirada do chão e deu um berro e ele gargalhou correndo com ela dali para o lado de fora.
— Victoriano... - gritava rindo alto.
— A magrela!!! - ele ria assim como ela e parou gramado bem verde e se jogou no chão junto a ela que gritou mais batendo nele quando foi solta.
— Acabo com tua raça seu animal!!! - estava sem ar de tanto rir.
Ele estava jogado no gramado com os braços abertos e ria feito bobo e ela foi com metade do corpo para cima dele e se apoiou no peito dele com seus braços.
— Como foi a aula? - ela falou com um sorriso lindo.
Ele a olhou e sorriu mais levando a mão para debaixo da cabeça e respirou fundo.
— Muito chato sem minha parceira!!!
Ela riu com os olhos brilhando, eles eram amigos desde pequenos e faziam tudo juntos, os pais eram amigos também e mesmo que as más línguas falassem mal da relação de ambos, os pais não proibiam eles de estarem juntos. Eram inseparáveis e seria assim para sempre.
— Eu também senti a sua falta. - riu. - Pra me dar bala e salgadinho!!!
Ele soltou uma gargalhada e virou tirando ela de seu peito, ela deitou ao lado dele e ficaram se olhando.
— Você é uma interesseira!!! - começou a fazer cócegas nela que gargalhou serpenteando no chão.
— Para que assim você vai me sujar toda!!!! - Se afastou sentando e ofegando.
— Vocês dois deveriam parar de ser crianças!!! - Cristina falou rindo do jeito deles. - E ainda me deixam de fora de tudo!!!
Eles dois a olharam de imediato e começaram a rir a puxando para o meio deles, eram um trio, mas Cristina sabia que o vínculo dos dois era maior que com ela e ela sentia muito ciúmes, mas não dizia nada para não parecer uma boba.
— Para de ser tão ciumenta, Cris. - ela falou rindo. - Hoje podemos ir tomar sorvete né? - olhou os dois.
— Sim, vamos!!! - Victoriano falou rindo. - Aquele cheio de chocolate... - falou com os olhos brilhando.
— Vai dar dor de barriga. - Inês falou gargalhando e eles dois a acompanharam ficando ali por mais uns minutos conversando, brincando e rindo que era o que mais faziam juntos.
Depois os três voltaram para a aula deixando que aquela manhã se fosse dando entrada a uma linda tarde ensolarada os liberando daquele "inferno" que era a escola. Foram direto para a sorveteria e sentaram depois de fazerem seus pedidos. Victoriano ficou a observar o lugar e logo o sorriso sumiu ao ver que Benigno entrava na sorveteria com um sorriso enorme no rosto.
— Olá meninas!!! - Ele falou assim que se aproximou com um grande sorriso. - Tá calor né?
Elas sosrriram para ele e Victoriano não gostou nada, sabia que todas as meninas caiam aos pés dele e Cristina e Inês não eram diferentes das outras meninas e ele não gostava nada daquela aproximação. Era muito cuidadoso com elas e não permitiria que elas se machucassem por um imbecil como ele.
— Está atrapalhando nosso passeio!!! - Victoriano foi grosso. - Da licença que nosso sorvete chegou!!!
Eles se encararam e Benigno sorriu para Victoriano como afronta.
— Deveria relaxar mais, Victoriano, quem sabe pegar umas menininhas... - riu mais o vendo bufar. - Fiquei sabendo que nem beijar na boca Você beijou ainda, se dirá...
Victoriano ficou de pé no mesmo momento e o segurou pela camisa.
— Sou mais macho que você porque não é um status de comedor que vai me fazer homem!!! - o empurrou batendo em seu peito. - Saia daqui porco doentio!!!
Benigno não gostou nada do modo como ele o tratou ali na frente das meninas e avançou para socar a cara de Victoriano que apenas revidou antes com um soco no meio de sua cara que o fez cair desmaiado tamanha a forca que ele tinha.
— Victoriano... - Inês gritou de pé com a mão na boca. - Você o matou!!!!
Victoriano olhou para elas é respirou pesado.
— Vamos embora daqui e não quero saber de vocês duas com esse safado, pilantra!!!! - tirou o dinheiro do bolso e deixou sobre a mesa pegando seu sorvete pra sair dali.
Ele não quis nem saber se Benigno estava bem apenas saiu de dentro do estabelecimento e as duas se olharam. Elas sabiam que se não fossem ele ia voltar e elas não gostavam de vê-lo bravo como estava naquele momento porque ele era capaz de tudo, elas caminharam para fora e Cristina achou melhor ir embora.
Inês foi até ele que estava sentado na praça comendo seu sorvete, ela sentou a seu lado e sem conseguir segurar ela perguntou.
— Você é mesmo virgem?
E ele a encarou com os olhos pegando fogo...
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