— Como chegamos a isso? - perguntou com a voz embargada.

Ela o segurou pelos braços e tentou sair, mas ele não permitiu sabendo que ela queria era fugir daquela conversa mais uma vez.

— Me solte!!! - o olhou. - Não estamos aqui para falar do passado e sim do seu prêmio. - respirou fundo.

Ele sentiu o estômago doer e bem próximo a seu rosto disse:

— Quero uma noite contigo!!! - tinha toda a certeza do mundo no que dizia naquele momento e ela apenas o encarava. - Quero estar em seus braços mais uma vez.

Para Inês aquela resposta era como um tiro no peito e pensou que ele pediria algo mais fácil, mas uma noite com ela? Passar uma noite nos braços daquele homem? Respirou pesado e se afastou saindo de perto dele mesmo ele não querendo deixou que ela saísse e esperou a resposta. Victoriano sabia que ela iria se negar, era arriscado aquela proposta, mas a queria e estava cansado de esperar.

Eram anos em guerra e eles nunca conseguiam ficar em paz, os pais também contribuíam muito para que aquela paz não vingasse mesmo que Lupita e Dana estivessem sempre apaziguando as coisas nada parecia ter progresso com aqueles dois no pé deles. Victoriano se aproximou novamente dela e ficou colado em suas costas sentindo o perfume de seus cabelos e ela se tremeu todinha pronta para fraquejar.

— Eu te quero... - tirou o cabelo dela para o lado e sentiu seu cheiro. - A muito te quero sentir em meus braços, te fazer mulher... - beijo de leve o pescoço dela e Inês teve que ser forte mais uma vez ou ele teria o que queria ali naquele momento.

— Eu não estou nesse trato!!! - virou-se depois de se afastar.

— Você tem dois dias para pensar!!! - e sem mais virou para ir porque sabia que ali não iria conseguir nada e dar as costas para ela era sempre um tiro porque ela odiava ficar com a palavra na boca.

Inês respirou pesado aquela festa já tinha terminado para ela, mas não poderia mandar a todos embora e ela apenas retornou aos convidados e ficou por mais alguns minutos por ali e buscou por Victoriano em todos os cantos, mas ele já tinha ido, tinha ido porque ali não tinha mais nada para ele e ele se foi sorrindo. Inês aguentou ali por mais ou menos duas horas e logo anunciou que tinha terminado e aos poucos todos se foram e ela foi para casa.

Foi direto para seu quarto e arrancou a roupa quase que rasgando e entrou no chuveiro deixando que a água morna levasse seus pensamentos e toda aquela confusão daquela noite e não pode deixar de se recordar das palavras de Victoriano...

(...)

Inês cavalgava com pressa tinha as emoções à flor da pele e quando chegou próximo a cabana, ela praticamente pulou de seu cavalo e correu para dentro da casa, estava afoita e queria apenas um pouco de paz depois de brigar novamente com seu pai por conta de terras e dos "Santos" novamente. Entrou e buscou por algo que pudesse beber, nunca tinham se desfeito daquele lugar que era deles e ao virar-se deu de cara com Victoriano que a encarou.

— Procurando isso? - mostrou a ela a garrafa.

Inês estava tão brava com o pai e com ele também por sempre ser motivo de discórdia que ela avançou nele, mas não foi para agredir e sim o beijou com fogo de uma vida, ele a segurou em seus braços e momento algum relutou ou se negou aquele beijou. Victoriano devorou os lábios dela com sofreguidão enroscando sua língua na dela e a dela na dele, era quase que uma guerra para ver quem ficava no controle daquele momento que certamente ela se arrependeria depois.

Ela se afastou o suficiente para começar a arrancar a roupa dele que soltou os lábios dela e a olhou, estava louca ou coisa parecida? Como depois de tanto tempo estava ali querendo o enlouquecer daquela maneira? Não era possível que ela conseguia ter tanto controle sobre ele daquele modo. Inês o olhou com os olhos em fogo e disse:

— Não diz nada!!! - arrancou a blusa dando a ele a perfeita visão de seus seios sem nada que os segurassem e ele enlouqueceu de vez e não precisava mesmo dizer nada mais.

Victoriano a puxou para ele e ia levá-la para a cama, mas ela se negou e o queria ali em cima daquela mesa e ele a atendeu não queria mesmo perder tempo e apenas subiu a saia dela arrancando a calcinha que estalou em sua pele branca a fazendo gemer, ela queria aplacar sua necessidade e sua raiva ali com ele e o beijou com loucura. Victoriano tinha os lábios mais doces do mundo e ela se perdeu neles apenas o sentindo invadir sua intimidade com força, era tão grosso e grande que suas unhas foram direto as costas dele.

Ele se arremeteu para dentro dela com força e intensidade, estavam fora de si e apenas queriam estar juntos naquele momento, desceu os lábios e sugou o seio dela com loucura a fazendo arfar enquanto jogava a cabeça para trás há tanto tempo não sentia um prazer como aquele que gemeu apertando os cabelos dele para que fosse ainda mais intenso em seu seio e ele foi com ainda mais fome enquanto se arremetia para dentro dela como um animal.

Urrou, ela gemeu e quando estavam a ponto de gozar ele saiu de dentro dela e a virou de costas a fazendo apoiar as mãos na mesa e voltou a estar dentro dela, puxou seus cabelos e lambeu seu pescoço sem parar de arremeter-se nela e ela revirou os olhos gozando e o apertando intimamente o fazendo gozar tão ou mais gostoso que ela.

— Você me enlouquece... - desceu os dedos e tocou o clitóris dela apertando.

— Aaaaahhh... - gemeu sentindo o corpo todo tremelicar.

Victoriano somente parou de tocar quando ela gozou novamente o apertando dentro dela, não tinha saído e muito menos a soltado... Inês sentiu que ele retomava as estocadas e arranhou a mesa quase que pedindo arrego e mais uma vez gozou em seus braços. Ele a virou e a beijou gostosamente a segurando pelo pescoço e a sentou novamente na mesa. Foram muitas arremetidas, gritos, urros e por fim mais uma vez gozaram juntos.

Eles se olharam nos olhos, estavam suados e cansados daquele momento de prazer e ele sorriu a soltando sabendo que ela iria fugir e ele não iria atrás naquele momento, ela passou a mão no rosto e seu telefone tocou. Inês buscou por ele e o achou embaixo da mesa, ofegando o atendeu e apenas ouviu a noticia que mudava tudo em sua vida naquele momento, olhou para Victoriano com lágrimas nos olhos e ele nada entendeu.

Inês se tremeu toda e não acreditou no que ouvia, seu marido estava morrendo enquanto ela fazia amor com Victoriano...

(...)

— Nossos caminhos nunca vão se cruzar com tanta desgraça... - falou com lágrimas nos olhos pelo fim trágico que teve aquele momento.

Terminou seu banho, vestiu-se e foi para cama, era difícil conciliar o sono com tantas lembranças, mas for fim pegou no sono deixando que aquele dia se fosse...