— Nossos caminhos nunca vão se cruzar com tanta desgraça... - falou com lágrimas nos olhos pelo fim trágico que teve aquele momento.

Terminou seu banho, vestiu-se e foi para cama, era difícil conciliar o sono com tantas lembranças, mas for fim pegou no sono deixando que aquele dia se fosse... Já Victoriano deitou em sua cama assim que chegou e dormiu como um anjo deixando assim Dana mais tranquila para descansar. E a noite se foi.

(…)

UMA SEMANA DEPOIS…

Era o dia em que sua menina chegava, o dia que Inês mais esperou, não gostava de sua menina tão longe estudando, mas sabia que assim ela poderia trilhar seus caminhos sem que Amaro interferisse tanto em seus estudos. Inês queria um destino diferente para Casandra e ali não conseguiria ajudá-la e por isso deixou que ela se fosse, mas ela estava de volta e ficaria por um bom tempo.

Inês olhou no relógio e seu coração disparou, sabia que o avião já tinha pousado e que somente precisaria esperar aquelas portas se abrirem para sua menina passar e não demorou nada para que aquele lindo sorriso fosse ofertado de uma para outra. Cassandra largou seu carrinho e correu para os braços da mãe e a apertou forte, Inês deixou que suas lágrimas rolassem e beijou muito sua menina era o seu amor a sua vida e sentia tanto por deixá-la longe.

— Meu amor, como você cresceu!! - falou como mãe. - Está magrinha, não tem se alimentado?

Cassandra sorriu e a beijou mais e mais, sentia tanta falta daquele chamego todo e a preocupação de sua mãe para com ela que aquelas primeiras palavras eram tudo para que seu sorriso fosse de orelha a orelha.

— Como eu senti falta disso!!! - falou toda feliz. - Como é bom estar de volta a casa!!! - beijou mais sua mãe.

— Minha filha, se eu pudesse nunca mais te deixaria ir embora!!! - a puxou para mais um abraço. - Vamos para casa!!!

Cassandra assentiu e foi pegar seu carrinho com as malas e saiu dali com sua mãe, tinha tanto que conversar, tanto que dizer que ela estava eufórica por falar tudo. Foram para o carro e conversaram sobre a fazenda e coisas banais do dia a dia de Inês até que chegaram a fazenda. Quando chegaram, desceram e entraram em casa agarradas e sorrindo, ela já sabia que teria uma recepção para ela, mas achou que seria uma big festa, mas pelo contrário apenas estava Lupita, Loli e o pequeno Emiliano junto a alguns empregados.

— Supesaaaaaaa Tassandra. - Emi jogou um monte de confete nela que riu e o pegou no colo o abraçando.

— Aaaaaaa que delícia de surpresa e que delícia de irmão também!!! - ela falou rindo e ele agarrou mais ela a enchendo de beijos era todo carinhoso e adorava um colo com chamego.

— Demolou em!!! - a olhou nos olhos.

— Desculpe a irmã não vai mais demorar tanto!!! - sorriu.

Ele a beijou mais e se jogou para sair do colo e ela foi até a avó e a encheu de beijos, Lupita quase chorou ao abraçar sua menina de tanta saudade que sentia naquele momento, foram muitos beijos e ela passou para Loli que chorou sem cerimônia ao tê-la em seus braços. Inês pegou o filho nos braços e ficou olhando para elas juntas e o encheu de beijo, tinha criado os filhos para o amor, mesmo que o pai quisesse sempre guerra.

— E onde está o velho mandão? - falou rindo assim que soltou Loli.

— Viajando para nossa alegria!!! - Lupita falou sem papas na língua e ela gargalhou.

— Amor e ódio sempre lado a lado. - zombou.

— É melhor assim que não temos conflitos e você fica sendo somente nossa!!! - falou ciumenta porque sabia se o ex-marido estivesse ali iria arrastar a pobre neta para falar de negócios.

— Vamos comer? - Inês falou para mudar o foco.

— Comer, comer, comer!!! - Emi começou a cantar rindo e batendo palmas.

Elas todas riram e foram comer enquanto conversavam…

(…)

LONGE DALI...

O carro preto parou em frente ao casarão dos Santos e ele desceu com um sorriso lindo, tinha um óculos escuro no rosto e trajava uma calça jeans com um tênis surrado do dia a dia e uma camisa azul, estava tão feliz de poder voltar que não conseguia esconder o seu sorriso, pagou e retirou suas malas de dentro do carro agradecendo ao motorista. Caminhou para a escada e subiu os cinco degraus que ali tinha e deixou suas malas ali, bateu palmas como se fosse um estranho e esperou.

A empregada veio e quando o viu quase deu um berro, mas ele fez sinal de silêncio e ela voltou para dentro e chamou por Dana e logo correu para o escritório e chamou por Victoriano que por sorte estava em casa. Ele saiu assustado por vê-la tão eufórica que pensou ter acontecido algo com sua mãe, mas para a sua surpresa e sorriso largo ela estava ali abraçando seu menino.

— Eu não estou acreditando nisso!!! - ele berrou e ele soltou Dana.

— Papai!!! - abriu os braços todo feliz. - Velho Santos!!! - soltou uma gargalhada.

Victoriano não ficou atrás e gargalhou também abraçando seu filho e deu alguns tapas em suas costas assim como ele. A saudade é o pior inimigo para o amor e estar longe do filho era algo que ele sentia muito mesmo não dizendo, seus dois filhos estavam longe dele e isso o incomodava muito.

— Seu moleque por que não avisou que vinha? - o soltou segurando em seu rosto estava cada dia mais bonito e parecido com ele.

Victoriano era um convencido e não negava que se achava uma bela espécime de homem assim como seu varão. Dana puxou o neto novamente e o agarrou sendo beijada por seu menino.

— Poderíamos ter feito algo para você, meu neto. - ela falou toda linda com ele.

— Justamente por saber que iriam fazer festa que eu não avisei!!! - falou logo.

Victoriano o analisou e perguntou.

— Pra vir assim só pode ter acontecido alguma coisa!!! - cruzou os braços.

— Alejandro, depois de velho está virando seu pai e agora anda aprontando? - Dana falou e viu Victoriano fechar a cara.

Alejandro gargalhou por alguns segundos, mas logo se recompôs e disse:

— Eu vim porque vou me casar!!!! - estufou o peito todo emproado.

— O que? - perguntaram juntos.

— Isso mesmo que ouviram!!! - sorriu mais.

— Nem se quer sabíamos que estava namorando, se dirá casar!!! - Dana questionou.

— Quem é ela? - Victoriano perguntou logo de uma vez achando aquela história muito estranha.

Alejandro segurou melhor a avó em seus braços sabendo que seria um tiro quando revelasse quem era sua noiva, respirou fundo e com um sorriso bem grande disse:

— Cassandra Huerta!!!

E foi o suficiente para Dana e Victoriano se olharam a guerra estava armada novamente para aquelas duas famílias...