— Eu quero ficar mais um tempo com você! - cheirou seu pescoço.
— Eu preciso ir! - se afastou dele e ele permitiu que ela fosse já que não conseguiria fazer com que ela ficasse.
Ele colocou sua cueca e foi até o bar e tomou duas doses de tequila e a viu segurar sua bengala e sua bolsa, o olhou por uma ultima vez e antes que fraquejasse saiu quase que correndo e ele riu, tinha conseguiu um belo orgasmo com sua ex e não seria o ultimo. Ele tinha provado novamente daquele mel que ela tinha no meio das pernas e agora seria difícil de controlar. Lupita entrou no carro e passou a mão no rosto, não podia ser possível que tinha caído no jogo dele novamente e pediu que seu motorista a levasse para casa, ainda podia sentir o pulsar no meio de suas pernas e tinha certeza que não seria a ultima vez.
Lupita se sentia profundamente culpada e decepcionada por ter estado novamente nos braços dele e o pior de tudo era saber que tinha estado nos braços de uma pessoa que não valia a pena e que somente tinha feito mal a própria família, limpou as lágrimas teimosas assim que percebeu estar perto de casa. Ela nem tinha se dado conta do caminho e o motorista a ajudou a descer do carro e ela agradeceu, andou para dentro de casa e rezou para não ver ninguém já que cedo ainda e assim subiu para o quarto.
Lupita tirou rapidamente aquela roupa e foi para o banho que durou mais de 30 minutos e quando passou pela porta do banheiro deu de cara com Inês sentada na cama a encará-la. Não precisou se quer de uma palavra de Inês para que ela iniciasse o seu choro e Inês se preocupou indo de imediato até ela, Lupita não deixou que ela falasse nada e apenas a abraçou com força, estava se sentindo tão culpada naquele momento que nem conseguiu olhar para sua menina nos olhos e isso deixou Inês ainda mais preocupada.
— O que aconteceu? - perguntou grudada nela.
— Não me pergunte nada, só fica um pouco aqui! - falou num suspiro carregado pelo choro.
Inês a respeitou por um longo tempo até que percebeu que ela estava mais calma e a soltou e secou seu rosto em busca de resposta sobre aquelas lágrimas.
— Quer me contar agora o que aconteceu? - segurou as mãos dela.
Lupita respirou fundo mais uma vez e elas foram até a cama para que ela ganhasse mais um tempo e criasse a coragem necessária para revelar sua intimidade e o que tinha se passado com Amaro.
— Primeiro me diga se a denuncia contra o seu pai é pra valer?!
Inês suspirou com tristeza por ter feito aquilo com o pai, mas era o melhor para todos.
— Sim, eu preciso cuidar de nos todos e também não quero que ele machuque a família de Victoriano!
Ela assentiu porque também pensava o mesmo.
— Você está certa! Ele precisa parar com essa loucura de vingança ou pode ser tarde demais! - olhou as mãos.
— Mas agora me conta o que aconteceu para que chorasse assim? - segurou a mão dela passando confiança.
Lupita a olhou nos olhos novamente e apertou sua mão.
— Eu vou direto ao ponto com você! - Inês assentiu e nada disse apenas esperou que ela completasse. - Eu acabei de fazer sexo com seu pai!
Foi impossível para Inês não arregalar os olhos com aquela noticia e Lupita ficou mais aflita ainda com aquele silencio todo dela.
— Eu fui conversar come ele e nem sei em que momento da conversa chegamos a isso, mas quando dei por mim já estávamos... - se explicava já fazendo gestos com a mão. - Eu...
Inês não aguentou e soltou uma gargalhada, nunca pensou que ouviria uma coisa como aquela vinda de sua mãe, muito menos com o pai. Eram anos dos dois separados e agora ela vinha com aquela noticia inesperada para ela.
— Do que está rindo? - perguntou afobada.
— Eu nunca pensei em ouvir isso da senhora! - falou assim que conseguiu. - Você e meu pai depois de tanto tempo?! - negou com a cabeça ficando seria. - Ele não merece nada da nossa família e muito menos da senhora!
— Eu sei que ele não merece nada da gente, mas aconteceu e eu não sei o que fazer agora!
— Você o ama?
Ela negou de imediato com a cabeça.
— Eu deixei de amá-lo há muito tempo! - disse com certeza.
Inês a olhava com atenção.
— Mas algo ainda mexe com a senhora ou não teria ido para a cama com ele!
— Foi no sofá! - a cortou contando e Inês teve que rir novamente.
— Estavam mesmo com urgência em...
— Pare! Não diga mais nada!
Inês levantou as duas mãos em forma de rendição e completou.
— Como pensa que vai ser agora?
— Não sei! - suspirou. - Mas o que posso te dizer é que seu pai não vai mais me deixar em paz!
— Eu posso imaginar que sim já que quando era mais nova me recordo dos dois pela casa cheios de fogo!
— Outros tempos e seu pai já não têm nem sombra do que foi um dia e eu vou lutar para que nada disso mais aconteça entre nós dois!
— Mãe, eu sei que papai não merece a gente como já disse, mas ele não é do tipo que desiste fácil e eu quero que tome cuidado com ele para que não te machuque!
— Eu sei do que ele é capaz e por isso o quero longe de mim e do meio de minhas pernas! - falou com certeza.
Inês caiu na risada e sem conseguir se conter disse:
— Quem diria que iria ouvir isso da minha mãe!
— Pare com isso! - ficou de pé. - Estou divorciada e não morta! - caminhou para se vestir.
— Eu não pensei que fosse voltar a fazer isso depois do papai! - foi verdadeira. - Eu sei o quanto a senhora se fechou depois do divorcio! - gostava de ter aquela relação de amizade com a mãe.
— Mas agora eu acordei e quero voltar a viver!
— A senhora sabe que tem todo o meu apoio sempre!
Ela olhou sua menina e sorriu voltando a ela com calma e as duas se abraçaram forte deixando Lupita mais calma com o que tinha se passado. Elas ficaram ali conversando por mais um tempo enquanto ela se vestia e logo saíram do quarto juntas para resolverem o que precisavam juntas.
(...)
E O TEMPO SE FOI...
Os preparativos para o casamento foram iniciados e Inês estava radiante por poder casar a sua menina, principalmente por saber que ela se casava com o seu grande amor, Inês se via tanto nela, mas sabia que não tinha tido a coragem dela no passado, mas se sentia realizada por ela e por sua felicidade. Tudo andava estranhamente calmo naqueles meses que iam se passando e isso dava certo temor em Lupita por saber que Amaro estava armando algo de muito ruim, ele tinha tentado procurá-la apenas por duas vezes naqueles três meses e em todas elas ela se negou a estar com ele sozinha e isso o deixou irritado, mas ela não queria saber dele e se manteve forme em suas decisões.
Cassandra estava feliz e a cada dia em que sua barriga ia crescendo ela se sentia ainda mais mulher e completa em sua vida, tinha o seu amor ali pendente dela assim como a família toda que a mimava sempre. Victoriano era o homem mais feliz do mundo ao lado de seu amor e seus filhos, as famílias estavam cada dia mais próximas e isso o deixava em alerta por conta de Amaro, a investigação contra ele seguia e isso o mantinha longe e receoso de colocar seus planos em pratica. Tinha sido os melhores meses de sua vida e ele apenas sorria por ser avó e logo por casar seu menino.
Naquela tarde ele parou no bar da cidade para tomar uma cachaça enquanto esperava um amigo seu para fechar um negocio, sentou e começou a conversar com o dono do bar, tomou sua cachaça e pediu uma cerveja para esperá-lo. Victoriano sorria e ao olhar para a porta o sorriso de seus lábios sumiu ao ver a imagem de Amaro e seu sorriso debochado, se encararam como o par de inimigos que eram e ele se aproximou parando frente a ele dizendo:
— A confiança deixa o sujeito cego! - pediu uma cachaça.
— A maldade também! - retrucou.
— Vejo que a felicidade está gritando alto em todos vocês! - sorriu e sorveu de seu copo.
— Diga logo o que quer e vá embora! - não o queria por perto.
Amaro sorriu com os olhos de maldade e começou a falar.
— Você sabia que Emiliano não é o único filho que Inês te escondeu?
Victoriano no mesmo momento sentiu a garganta secar e ficou de pé e praticamente gritou.
— Do que está falando?
Ele tomou ar e sem pena do estrago que iria fazer disse:
— Estou falando que Cassandra vai se casar com o meio irmão dela!
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