Na ilha Cocconut, Milla tentava de tudo para se comunicar com Gary, mas sem sucesso. Ela não entendia o motivo. Nunca que o professor havia desligado o seu celular.
— Ele foi para Mantisk com Jason. Não sei o que tá acontecendo.
— Entendo. Deve ter algo de grande importância nesse exato momento — disse Poirrot, tomando um pouco do café.
— Sinto muito.
— Não se preocupe, doutora. Hastings e eu resolvemos ficar um pouco mais e fazermos turismo na ilha.
O homem saiu com o seu Pikachu.
...
Martha olhou Jason com desprezo e pediu o café da manhã do seu marido. O chefe pediu desculpas e disse que em cinco minutos tudo estaria preparado.
— Vá colocar a sua roupa! — O homem empurrava Jason até uma salinha dos funcionários.
Jason trocou de roupa. Agora vestia uma farda de garçom (apesar da roupa estar um tanto folgada). Algo como uma calça social preta, camisa branca e um blazer roxo com o símbolo igual de um Koffing.
A comida era basicamente tortas, bolos, frutas, vitaminas, leite e derivados. Os alimentos foram colocados numa mesa de inox com rodinhas.
— O que está esperando, menino? Vai logo — o chefe apressou Jason.
O garoto empurrava a mesa pelo corredor. Martha sempre à sua frente. Ela parecia uma carrasca, uma diretora malvada de um orfanato. Jason pensou que ela seria uma péssima mãe.
— O elevador — Martha apontou para Jason entrar primeiro.
Uma coisa incomodava Jason: os olhos da mulher. Pareciam "mortos", ou seja, sem brilho.
No recinto, Prizoghin aguardava o desjejum à mesa de refeição. Gritou para que não fosse perturbado. Viu Martha e o "garçom" entrarem.
— Mas o que e isso? Estão contratando crianças para o trabalho? Quem é você? — Jason ficou calado. — Não vai falar? Um Meowth comeu tua língua?
— Eu me chamo... Simon.
— Tá, Simon. Quem te contratou?
Antes de Jason falar, Martha deixou claro que o novo garçom fora contratado por Barão na semana anterior. Prizoghin pediu para que chamassem Barão, mas ele estava ocupado naquele momento.
— Merda! Ele tinha que fazer isso agora? Deixa pra lá. Sirva a mim e a minha mulher. AGORA!!! Tá achando que aqui é moleza?!
A porta atrás do vilão abriu, revelando três figuras. Eram o trio de pokémons de Prizoghin. A pokédex alertou sobre os três, mesmo estando escondida no blazer do rapaz.
O primeiro era Arbok. A cobra de Kanto. Evolução de Ekans e muito pior do que ela. Era a primeira vez que Jason via a espécie.
Nome: Arbok
Designação: Pokémon cobra
Número: 024
Tipo: Veneno
Sexo: Fêmea
Grupo de ovos: campo / dragão
Peso: 120 kg
Altura: 4 metros
Razão de gênero: 50% masculino e feminino
Estado: Ataque
O segundo pokémon era um morcego com quatro asas que pousou sobre o lustre. Era a evolução final da linha evolutiva do Zubat. Seu nome era Crobat.
Nome: Crobat
Designação: Pokémon morcego
Número: 169
Tipo: Veneno/ Voador
Sexo: Macho
Grupo de ovos: voador
Peso: 75 kg
Altura: 1,8 metro
Razão de gênero: 50% masculino e feminino
Estado: Velocidade
O terceiro pokémon era um lagarto de coloração escura com parte do torso e da cauda em tons avermelhados.
— Salazzle, esquente um pouco esse pedaço — Prizoghin colocou a torta no chão. Salazzle soltou fogo pela boca. O homem agradeceu.
Nome: Salazzle
Designação: Pokémon lagarto tóxico
Tipo: Veneno/ Fogo
Número: 758
Sexo: Fêmea
Grupo de ovos: monstro / dragão
Peso: 22,2 kg
Altura: 1,22 metro
Razão de gênero: 100% feminino
Estado: Velocidade
Jason parecia ser vigiado por aquelas bestas venenosas. Não podia sair de perto da mesa até Prizoghin terminar de comer.
...
O governo ordenou que os policiais agissem para uma invasão completa do ginásio. Mesmo sob a chuva tóxica, os policiais cumpriram a ordem.
— O chefe te procura — disse um motoqueiro.
— Isso é impossível agora. Agora que a emoção ficou boa — respondeu Barão.
O homem estava sentado numa cabine no topo do ginásio, usando um óculos de realidade virtual. Ele ativou o canhão de plasma.
A lancha com os policiais desviava dos tiros. Os homens pegaram uma bazuca e atiraram contra o ginásio. O projétil atravessou a parede de fogo e abriu um buraco na estrutura. Prizoghin ficou com muito ódio e liberou Crobat.
— Aqueles merdinhas pensam que vão passar a perna em mim! Tomem isso — Barão deu mais outro tiro.
A turbina da lancha fez com que desviassem uma outra vez, deixando Barão com muito ódio.
— O chefe tá de sacanagem. Eu estava no controle — reclamou ao ver Crobat.
O morcego foi tão rápido que já estava sobre os policiais na lancha. Soltou um supersônico tão forte que explodiu o painel da embarcação. Liberou um golpe cortante com as asas, partindo a lancha ao meio.
...
— As notícias não são nada boas. O que os policiais estão fazendo lá? — indagou Melo ao ver o noticiário sobre a invasão ao ginásio.
— Já se passaram duas horas e até agora nada de acharmos um jeito seguro de invadirmos o ginásio — comentou Shingo.
— Precisamos esperar a pessoa que trará Castform. Não tem muito o que fazer — respondeu Gary.
Luiza, que não esboçava preocupação por ter sido infectada, sugeriu que houvesse um plano de invasão paralelo ao de Castform.
— O pior que Jason não deu mais notícias — Gary percebeu o Pichu subir em suas pernas.
Britney surgiu na sala em que todos estavam reunidos. A guria estava acompanhada de Jeepo.
— Posso dar uma sugestão?
— Lá vem ela — ironizou Luiza.
— Xiu aí. Quero falar com gente grande. Enfim, eu vi o seu outro filho ontem quando fui atacada. E ele é bem parecido com ele aqui.
— Claro, são gêmeos. Você é burra, mana?
— Cacareja pouco, tá? Ainda não acabei. Enfim, por que não enganamos os bandidos? O Jeepo se passa por Java e entra no ginásio.
Nem mesmo Gary acreditou nessa solução, mas Melo lembrou que Prizoghin nunca soubera que Java tinha um gêmeo.
— Espera, tenho que ligar para o Jason mais uma vez.
Gary, que estava mais perto da entrada, abriu a porta após a campainha tocar. Um homem loiro de cabelo raspado e usando uma roupa militar surgiu.
— E você?
— Sou Vinnie Eagle, ex-comandante da polícia. Preciso falar com o senhor Melo. Por favor?
Melo convidou o homem.
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