Pokémon Pyro Max
PPMAX-307: O adeus à Terra do Gelo
Xoxo, capenga, manco, anêmico, frágil e inconsistente era como Jason se sentia após pegar uma virose por ter ficado muito tempo no Pokécentro vigiando o estado vegetativo de Zeraora. Algum vírus foi transmitido ao rapaz, por isso sequer saía da cama.
Quem apareceu batendo na porta do quarto do garoto? Gary Oak. O professor tirou um tempo na sua agenda para olhar o seu aluno mais prodigioso. Também havia um desejo em reunir Jason com Robert.
— Professor?
— Conseguiu mais uma insígnia?
— Consegui.
— Ótimo. Vamos embora hoje.
— Como assim?
— Teu pai quer te ver, Jason.
— Papai?!! Cadê ele?
— Primeiro terá que se recuperar, mas provavelmente voltaremos para Cocconut com você ainda doente.
Shingo abriu a porta do quarto com força e impediu que o professor levasse o menino. Ele precisava da ajuda de Jason numa missão diferente do que Gary programava.
— Esse pirralho foi salvo por mim, por isso ele me deve um favor.
— Mas... senhor Shingo, preciso ir atrás do meu pai. Essa é a minha meta agora.
— Eu ouvi a conversa de vocês. Vamos unir o útil com o agradável. Você me ajuda e vê o seu pai ao mesmo tempo.
O ex-militar explicou que precisava de Jason para um favor que prometera a um amigo: recuperar o seu ginásio.
— E por que você não fez isso? Por que precisa dele? — indagou Gary.
— O ginásio fica numa ilha no meio de uma lagoa. O problema é que os intrusos que tomaram o local implantaram paredes de fogo para impedir que as autoridades ou quaisquer pessoas entrassem lá. Meu Emboar atravessaria o fogo de boa, mas ele tem pavor a água. Você tem um Charizard, voador e fogo.
— O senhor pensou em tudo, né?
— Bom, faremos o seguinte: o professor aqui leva teu pai àquele distrito, você se encontra com ele, me ajuda a recuperar o ginásio e de quebra ganha uma outra insígnia. Todo mundo sai ganhando.
Gary deixou a decisão com Jason. Seu intuito original era fazer o reencontro em Cocconut.
— Tem certeza que há insígnia lá?
— Absoluta. Meu amigo tá ofertando a quem recuperar o ginásio.
— Eu topo.
— Então falarei com Victoria para mandar Robert a esse distrito — concluiu Gary.
O que nenhum dos três sabia era que a conversa era grampeada por membros da Equipe Black. Um pequeno microfone sob a cama do menino, implantado dias antes por um funcionário do chalé, que também era blacker disfarçado.
...
À tarde, Baoba ligou para Jason e pediu que ele fosse para Moscold e visse o milagre que aconteceu. O menino se arrumou e foi até o centro pokémon.
— Senhor Baoba!
— Ele acordou. Vamos lá.
Gary, Luiza e Shingo ficaram no salão da recepção enquanto Jason e Pyro acompanhavam Warden para ver Zeraora acordado.
Zeraora olhou com desdém para Warden, como se tivesse reprovando o senhor. Viu para Jason com outros olhos. O rapaz se tocou que o pokémon mudou o jeito de ser desde a guerra e, por isso, agora o respeitava.
— Zeraora, o que você quer de mim?
O mítico ainda teve uma breve conversa com Charmander. Logo, os outros pokémons do garoto saíram das pokébolas, lotando o quarto.
— Creio que ele quer te acompanhar, Jason.
— Mas... senhor Baoba...
— Tudo bem. Ele já era um pokémon livre desde a morte do meu neto. Achei que leva-lo à Zona do Safári fosse o melhor, mas não foi. E se outros criminosos tentarem o mesmo? Por isso, aceito que ele vire o seu pokémon.
Gary entregou uma ultrabola a Jason. Este se aproximou de Zeraora e lançou o objeto até ele. Sem nenhuma surpresa, Zeraora entrou na bola e virou o novo parceiro de Jason.
— Nem acredito que capturei Zeraora! Mas agora... acho que a minha febre voltou...
Todos riram, exceto a enfermeira que estava possessa por causa do tumulto.
...
Jason e Luiza se despediram da família Romanov e Lorelei. Agradeceram a estadia na vila e foram para o aeroporto.
— O que tá lendo? — Jason viu Luiza ler uma revista.
— Um catálogo com as berries conhecidas. Também tem sobre plantas que vivem em climas extremos. Olha essa orquídea.
— Uau. Bonita.
— Essa resina foi Dimitri que me deu. Ela é uma orquídea rara e muito elegante. O fruto dela é uma berry que dificilmente é visto.
O menino percebeu que a berry da tal orquídea rosa era a mesma que Cheyenne dera a ele.
— Enfim, é uma berry lendária. Mortais como você e eu jamais veriam.
— Tem razão hehehehe — Jason preferiu não contar.
Gary e Shingo chamaram os dois. O voo para o tal distrito estava para sair. Entraram no avião.
Jason observou Permafrost ficar cada vez mais distante à medida que o avião subia. Lembrou do dia que havia chegado naquele distrito e se encantado pela neve.
— O que nos aguarda, Pyro? — Charmander dormia em seu colo.
...
Doutor Love soube do desaparecimento de Iceburgh e lamentou profundamente. Seu amigo de longa data, desde a época de Equipe Rocket, ajudava-o a sequestrar as crianças para um projeto secundário. Love não costumava se abalar facilmente mesmo com as perdas importantes para a organização, como Lady Kumo e Dark Ling. Perder Iceburgh era como perder um irmão.
Na sede da Equipe Black, nos andares mais profundos, adolescentes eram vigiados 24 horas por dia. Podiam brincar, jogar videogame e estudar, mas toda semana precisavam doar sangue para a formação das criaturas híbridas.
Nesse ínterim, El Charco não voltou para mais trabalho. Nem mesmo Yamashida teve o seu paradeiro, deduzindo que o general havia retornado à sua ilha natal.
O 5° general tinha um segredo: era o terceiro mensageiro do espírito maligno. Entrou em contato com Mr. Wint e Mr. Kidd. Seu nome verdadeiro era Mr. Belial.
Belial, Wint e Kidd eram criaturas que serviam ao espectro que havia mudado a personalidade de Yamashida. Usando a Equipe Black como fachada para porem em prática o verdadeiro plano: conquistar todo Hokkaishin. E um importante começo para isso era fazer um novo corpo a esse espectro: o Mewtwo no laboratório da Black.
Continua...
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