Poesia Compulsiva

Pacato Cidadão


Pacato cidadão

C’est fini la utopia

Pacato da civilização.

Ironia

Mas quando vale a vida?

Cidadão sem opinião?!

Polemizado

Organizado

Estupidado!

Nesta bela trilogia

Analogicamente organizada

E inutilmente programada

Nesta pacata civilização

Desnaturada

Quanto vale a vida?

Hein? Pacato cidadão?

Que não mais presta a atenção!

Inutilmente programado

Para a moderna escravidão!

Num pacato sindicato

Com um prato de destrato

Barata educação!

Berço da inópia da poesia

Ironia da vida

Que sinfonia mais que perfeita

Para a cultura da maioria

E a copia da diplomacia

Sem senso da hipocrisia

Surge mais um empregado

Sem senso de simpatia

Empregado com bacharelado

Belo retrato

Desta pacata civilização

Eis mais um:

Pacato cidadão!