Música do Capítulo

Eu não podia acreditar que aquilo estava acontecendo, não com a minha irmã, não com a Candy, só Deus sabe o que ela e o Jeremy significam pra mim, eu n não sei o que faria se algo acontecesse com algum deles, e agora ela foi sequestrada... – meus pensamentos enchiam minha mente enquanto minhas lágrimas rolavam livremente pelo meu rosto e eu olhava fixamente pro chão, segurando meu celular.

– Demi, o que houve ? – Damon perguntou preocupado.

Eu simplesmente não conseguia responder, eu estava em choque, estatelada.

– DEMI ! – Damon gritou enquanto segurava meus ombros e me sacudia

– Damon, minha irmã... – eu falava com a voz trêmula

– O que houve com a Candy ? – ele me olhava aflito

– Sequestraram ela – eu permiti as lágrimas rolarem exacerbadamente.

– Shhhh – ele me abraçou forte – vai ficar tudo bem, nós vamos encontra-la, ok ? – ele segurou meus ombros, me afastando para poder me olhar

Eu assenti com a cabeça.

– Vamos, vamos arrumar as coisas e ir pro aeroporto – ele passou o braço em volta de meu ombro e pegamos o elevador.

Eu não tinha reação de nada, eu estava sem chão, o medo tinha dominado todo meu corpo, a sensação de impotência vendo minha irmã nessa situação era enorme, e isso me deixava mais aflita e angustiada.

Arrumamos nossas malas e fomos direto para o aeroporto.

– Você me espera aqui ? – Damon me perguntou enquanto eu me sentava em uma cadeira .

Assenti com a cabeça.

– Ok, eu já venho – ele sorriu fraco e foi ver as nossas passagens.

Logo ele chegou e fomos despachar as bagagens.

O tempo parecia estar se arrastando, senti como se demorasse séculos pro nosso voô ser chamado, mas finalmente foi ! Entramos no avião e a viagem pareceu mais longa do que nunca.

– Vai ficar tudo bem – Damon sussurrou pra mim enquanto via as lágrimas rolarem novamente – Eu prometo ! – ele sorriu fraco

Tentei sorrir de volta. Fracassei.

Finalmente chegamos à NY. Damon foi pegar as bagagens e eu fiquei esperando ele perto de uma lanchonete qualquer que havia por lá.

Senti meu celular vibrar em meu bolso, imaginei logo que fosse minha mãe, ela deve estar louca de preocupação com a Candy, como eu queria estar lá, como eu queria que nada disso estivesse acontecendo, parece um pesadelo do qual eu não consigo acordar. Coloquei a mão no bolso e peguei o celular, era um número restrito.

**

– Alô ? – atendi

– Alô, Demi ? – ouvi uma voz feminina bem distante, era conhecida, eu só não lembrava quem era.

– Eu, quem é ? – perguntei ainda sem reconhecer

– Não importa quem é, mas talvez você tenha interesse em falar com a sua irmã – isso soou dolorosamente pra mim.

– Quem tá falando ? Cadê a Candy ? – eu perguntei voltando a chorar

– Ela está comigo, você quer falar com ela ? – a pessoa do outro lado da linha riu de forma maldosa. – Demi ? – era a voz de Candy

– Candy, m- meu D-De-eus ! C- Candy, quem está c- com você ? Candy ? – eu atropelava as palavras

– Demi, eu estou bem ! Eu não posso falar quem é, por favor, fica calma, vai ficar tudo bem – eu podia ouvi-la chorando, mesmo que ela tentasse me acalmar.

– Candy, me diz, quem é ?

– Ela não vai dizer, mas quem sabe você possa vê-la novamente – a voz feminina que não me era nada estranha voltou

– Por favor , solta minha irmã ! O que você quer em troca ? eu faço qualquer coisa ! – eu estava desesperada

– Qualquer coisa me soa muito bem – ouvi a risada novamente, era Blanda.

– Blanda ? – eu senti meu sangue ferver – Solta minha irmã ! sua vadia

– Olha como fala, não é você quem está no controle da situação, DEMETRIA !

– Blanda, por favor, solta minha irmã, ela não tem nada a ver com isso, o seu problema é comigo e não com ela – eu já estava implorando – eu fico no lugar dela, não é comigo o problema ? – eu tentava negociar com ela

– Você não é grandes coisas, mas me parece uma troca justa, seria muito bom ter você em mãos – ela riu maleficamente de novo

– Solta minha irmã, eu vou no lugar dela.

– Eu espero você em frente a sua escola, e é bom que você esteja sozinha, porque eu não estou e qualquer gracinha quem sofre é sua querida irmã !

**

Eu não tive tempo nem de responder, ela desligou o telefone e eu estava mais desesperada do que nunca.

Olhei para os lados e vi que Damon ainda estava procurando nossas malas. Corri em direção a saída do aeroporto, fui procurar um táxi, e pra minha sorte havia uma fila deles, passei o endereço da escola ao motorista e logo ele deu partida.

Eu sabia que o Damon iria ficar louco, e provavelmente uma fera quando descobrisse o que eu fiz, mas eu precisava, era minha irmã ali, e ela estava num problema que era eu quem tinha que resolver.

Logo chegamos à Trinity. Paguei ao motorista e desci do taxi, sem mala, sem bolsa, sem nada ! Olhei para os lados e não havia ninguém. Esperei alguns minutos e nada, absolutamente ninguém, ela só podia estar brincando comigo.

Vi um carro preto e todo apagado se aproximando, eu não sei porque eu estava com tanto medo da vadia da Blanda, talvez fosse por eu não esperar isso, nem mesmo dela, eu realmente não sabia do que ela era capaz. Minhas pernas pareciam gelatinas. Ela abaixou o vidro escuro do carro e eu pude ver sua cara de felicidade quando viu minha feição de medo e angustia. Entrei no carro e ela seguiu com ele para um beco onde eu não fazia ideia que fosse.

Saímos do carro e eu entrei num lugar que mais parecia um depósito abandonado.

– Demi – Candy gritou de longe, ela estava amarrada numa cadeira, mas aparentemente estava bem.

– Candy – eu ia correr até ela mas Blanda segurou meu braço com força me impedindo e me arrastou até uma cadeira, e me amarrou a ela.

– SOLTA ELA, EU JÁ ESTOU AQUI – a raiva havia me dominado

– Cala a boca – Blanda riu

– SOLTA ELA AGORA, BLANDA ! ELA NÃO TEM NADA A VER COM ISSO !

– Parece que eu vou ter que te obrigar a calar – ela disse enquanto pegava um pano

– Blanda, solta ela, pelo amor de Deus ! – eu pedi mais calma mas não adiantou, ela me amordaçou e foi aos fundos do depósito.

Depois de um tempo ela voltou, mas não estava sozinha, Olivia estava com ela.

– Venda ela e leva ela, deixa em qualquer lugar que ela saiba chegar em casa – Blanda dava as ordens, fitei-a com ódio, eu ainda não acreditava que ela estava sendo capaz de tudo isso.

Olivia sorriu maleficamente e obedeceu as ordens.

– Você já está mais calminha ? – riu irônica – acho que agora que você está sentada como uma menina calma e obediente nós podemos conversar, Demi – ela era puro deboche ...