Paulina permanecia imóvel, mirando Carlos Daniel que parecia aflito frente a ela. Seus olhos já embaçados pelas lágrimas estavam congelados nele, e sua mente raciocinava aquelas palavras que não pareciam reais.

–Você está... -murmurou ela em meio a um soluço. -Me pedindo em casamento? Outra vez? -Enxugou as lágrimas mirando a caixinha aberta sobre as mãos de Carlos Daniel.

–Sim... com direito a vestido, festa, lua de mel... e tudo tudo tudo. -Disse-lhe sorrindo.

–Carlos Daniel, você está enlouquecendo... -riu ela balançando a cabeça em negativa, sorrindo para ele em seguida.

–Devo estar mesmo... você fica insuportável de TPM e aqui estou eu te pedindo em casamento de novo. -Riu ele levando uma das mãos para o rosto dela.

–E você fica mais insuportável ainda quando não te dou o que... queres. -sorriu ela, baixando o rosto com a face corando.

–Ah, isso é verdade. -Ele ergueu o rosto dela com o indicador. -Tem muitas coisas que quero de ti ainda hoje, mas uma delas, é que diga-me sua resposta. -Sorriu para ela.

–Carlos Daniel... eu... -Paulina ficou pálida, mirando-o com certo nervosismo, não sabendo realmente o que dizer. -Te amo demais, mas... achas mesmo que podemos voltar a ser... ser... felizes outra vez? -Ela ergue sua mirada, encontrando a dele que sorria um tanto marejada.

–Absoluta. E irei provar-te isso a cada manhã.

–E... se eu... e seu eu dissesse não? -Ela questionou movendo-se inquieta no banco, fugindo sua mirada da dele.

–Não pensei nessa possibilidade, mas... -ele limpou a garganta, fechando a caixinha. -Não sei o que realmente faria. Acho que teríamos que ver a guarda das crianças, afinal, são meus filhos também, e... tem o seu parto, que eu... gostaria de estar contigo. -

Ele suspirou alisando a caixinha com um olhar baixo, completamente confuso.

–E seu eu aceitasse? -murmurou Paulina correndo sua mão até a dele.

–Bem, não sei... Gostaria que voltasse para o México, que voltasse para a nossa casa.

–E meu trabalho?

–Manuela cuidaria disso... eu acho.

–Não sei sei isso funcionaria. -Disse Paulina enlaçando seus dedos aos de Carlos Daniel. -Mas... independente do que faremos, amo-te demasiado para dizer-te um não. Aceito Casar-me contigo outra vez, Carlos Daniel Bracho.

–Você está falando sério? -perguntou ele sorrindo amplamente, levando suas mãos para o rosto de Paulina.

–Sim, -o mirou nos olhos. -Aceito casar-me contigo.

Carlos Daniel puxou Paulina para seus braços, e carinhosamente a beijou, em um beijo que começou leve, mas logo tomou proporções maiores, e Paulina já afastava sua boca da dele ofegante, dando acesso para seu pescoço receber os beijos dele.

–Minha Paulina. -sussurrou ele antes de morder levemente o pescoço dela, fazendo-a contorcer-se em um arrepio.

–Sim... sua.

Carlos Daniel acalmou aqueles lábios que desejavam despi-la em um milésimo, e rindo, agarrou a mão de Paulina, colocando-a sobre sua ereção que clamava por ela.

–Sinta como você me deixa com apenas um beijo...

–Oh Meu Deus... -Gemeu Paulina apertando-o entre os dedos, cerrando os olhos em prazer.

–Quer que te leve pro meu quarto? -questionou ele entre os dentes cerrados, aproximando-se dos lábios dela, roçando-os.

–Sim. Por favor... -sussurrou ela mordendo os lábios, logo passando a língua por eles, umedecendo-os.

–Oh Paulina... essa boca... Hm... -disse ele baixinho, puxando o lábio inferior dela entre seus dentes. -Poderia fazer coisas bem malvadas com ela, que sei que você gosta.

Paulina gemeu, sentindo-o latejar em sua mão, ainda coberto por todo aquele tecido, e suavemente tomou os lábios dele, beijando-o com lentidão e ousadia, movimentando também sua mão sobre o colo dele, fazendo-o gemer em sua boca.

–Paulina... te desejo tanto... -sussurrou outra vez, acariciando o rosto dela. -...Mas quero levar-te a um lugar... tudo bem?

–Pensei que... íamos... -disse ela protestante, pressionando os dedos na ereção coberta dele.

–E Vamos, mas depois. Se te colocar naquele quarto agora, não sei quando você irá sair.

–Ok, Ok... -disse rendida, segurando o rosto dele entre suas mãos. -Vamos logo então.

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Depois da insistência de Carlos Daniel, Paulina sentou-se no banco do passageiro e ele segui com o BMW para as ruas de Miami. Ela que já conhecia as ruas, ficou confusa quando ele estacionou em um shopping.

–O que vamos fazer aqui? -questionou ela descendo do carro.

–Vamos comprar algumas coisas... -disse ele misterioso, fechando a porta dela, segurando em sua mão.

–O que, por exemplo?

–Algumas coisas para o enxoval do bebê, por exemplo. -Sorriu ele apoiando as mãos espalmadas sobre o ventre de Paulina.

–Carlos Daniel, nós temos que conversar... as crianças vão ficar confusas com isso tudo. Não podemos...

–Podemos sim. -ele a interrompeu. -Vamos sair daqui e iremos almoçar com eles e explicar o que houve. Prefere almoçar fora ou fazemos algo em sua casa?

–Eles são duas crianças... como vou dizer que o filho que espero é seu? -questionou Paulina tocando a face dele com os dedos, desenhando sua mandíbula. Ele riu.

–Vai dizer com essa boca danada que faz umas coisas bem gostosas... -sorriu malicioso para ela.

–Carlos Daniel! -Levemente ela deu um tapa no rosto dele, que riu da maneira como ela corou.

Eles entraram de mãos dadas no shopping, e depois de quase três horas sairão de lá carregados de sacolas.

–Amor, não está curiosa para saber o sexo do bebê? -Questionou Carlos Daniel guardando as sacolas no porta-malas.

–Um pouco. Tenho consulta para daqui... hm... dois dias. -Disse ela pensativa.

–E... Poderei acompanhar-te? -questionou Carlos Daniel abrindo a porta do carro para ela. Paulina travou, virando-se para ele.

–Gostaria de ir? -seus olhos marejaram efetuando tal pergunta, recordando de outras consultas a qual foi sozinha.

–Sim, é claro. -Disse ele acariciando o rosto dela, plantando um beijo suave em sua boca. -Agora vamos que temos que conversar com as crianças. E você precisa comer, mal tocou no seu café.

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Após mudarem o rumo das coisas e irem buscar as crianças na casa de Manu, O Casal com os filhos seguiram para casa, onde Paulina com a ajuda dos demais preparou uma enorme lazanha de frango com legumes. As crianças fizeram questão de ajudar pegando us utensílios, enquanto entre beijinhos e carícias escondidas dos olhares dos pequenos, Paulina e Carlos Daniel preparavam todo o resto. Era quase meio da tarde quando tudo ficou pronto, e sentaram-se a mesa para comer. Paulina mal tocou na comida, alegando os frequentes enjoos a qual começara outra vez a acostumar-se. Carlos Daniel cuidou de tirar a mesa com a Ajuda das crianças e Paulina riu sentada ao banco que ele a fez sua na noite anterior vendo-o lavar a louça. Ele não perdeu a oportunidade.

–Esse banco ai é o meu favorito. -disse ele virando-se para vê-la, que imediatamente corou com o comentário.

Após esse momento, Todos sentaram-se na bancada e Paulina e Carlos Daniel trataram de tentar explicar as coisas; que ela e Carlos Daniel estavam juntos, que iriam se casar novamente, e tudo mais.

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Depois de todos jogarem vídeo game na sala, e Paulina vencer Carlos Daniel em Duas partidas, Ela decidiu tomar um banho enquanto ele ficava com os filhos. Do Andar de cima, Paulina podia escutar os risos dos filhos, que a muito tempo ela não via tão contentes. Ela tomou seu banho tranquilamente, e aproveitando o tempo que tinha, lavou os cabelos e logo os secou com o secador, deixando-os lisos, fazendo-a lembrar da época em que morava no litoral. Ela sorriu com a lembrança.

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–O que fazes aqui sozinho? -perguntou Paulina descendo as escadas, de pés descalços, usando apenas um shortinho de pijama e uma regata.

–Eles cansaram. Tomaram banho e já estão dormindo... acho que deixei eles bem cansados. -Sorriu.

Paulina aproximou-se dele, sentando em seu colo, acomodando suas mãos ao pescoço dele, tocando seus cabelos com carinho.

–Hm... Gosto disso. -Disse ele sorrindo, acariciando a cintura dela e logo seu ventre. Carlos Daniel congelou com os olhos arregalados e Paulina o mirou, esperando sua reação quando seus dedos tocaram o ventre dela e o bebê anunciou sua presença.

–Você sentiu? -perguntou ele mirando-a nos olhos.

–É claro que senti. -Disse ela rindo, apoiando sua mão sobre a dele. -Está reconhecendo o papai.

Carlos Daniel que tinha os olhos marejados, apoiou uma das mãos na nuca de Paulina e a puxou para si, beijando-a de forma faminta. Seus lábios passavam contra os dela em um ritmo acelerado, e ela lhe correspondeu acariciando-lhe a língua com a sua.

–Você é incrível. Te amo tanto... -disse ele afastando sua boca da dela, mirando-a nos olhos.

–Digo o mesmo.

–Hm, -riu Carlos Daniel colando sua testa a dela. -Aqui está muito bom, mas... tem algumas coisas bem melhores, e que eu e você fazemos de uma forma divinal.

–é? -questionou ela passando a língua nos lábios dele.

–Sim Senhora Bracho. -Fez o mesmo gesto dela, e correndo uma das mãos tocou seu seio. -Ontem lhe poupei, mas hoje não, e irei realmente usar você de todas as formas... -provocou.

–Todas as formas? -perguntou-lhe com a boca entreaberta, e ele a beijou.

–Você quer de todas as formas?

–Você quer?

–Quero o que você quiser. -disse a ele com um sorriso travesso.

–Hm Senhora Bracho, vamos lá pra cima, e então veremos o que podemos fazer nesse caso.