Paulina e Carlos Daniel - Perdoa-me

Reconstrução de um Amor / Dias Depois / Oh não, sangue!


Carlos Daniel subiu as escadas com Paulina em seus braços, trocando beijos, pequenas carícias e risos contentes.

Suavemente, ele a deitou na cama, e levantando-se apagou algumas das luzes, deixando apenas as luminárias. Paulina que o mirava cuidadosa, sorriu ao vê-lo se aproximar, e suavemente sentou-se sobre a cama, beijando-o nos lábios.

Carlos Daniel apoiou-se sobre os punhos, beijando-a. Entre beijos e carícias, ele livrou sua amada daquelas poucas roupas, logo das suas, e com carinho deitou-se as costas dela, tocando seu peito a ela, beijando seu pescoço com maestria, provocando aquelas sensações que ele adorava ver a pele de sua amada despertar.

Seus corpos que tanto se conheciam e desejavam um ao outro, encaixaram-se com divina perfeição.

Paulina agarrou-se aos braços dele que a envolviam, e gemeu o nome dele pressionando seu corpo ao de seu amado. O toque, a sensação incrível de pele com pele despertou todas as emoções naqueles dois, que buscavam-se a todo instante, em busca da maravilhosa plenitude que juntos encontravam.

–Sim Paulina... eu te amo... minha Paulina... -sussurrou Carlos Daniel ao ouvido de sua amada, ouvindo-a pedir por mais, quando ambos aproximavam-se do ápice.

–Carlos Daniel... por favor! -gemeu ela contorcendo-se empurrando seu sexo ao dele, que incessante chocava-se ao dela, aproximando-se mais e mais daquela libertação.

–Ah Paulina...eu vou gozar... vou gozar dentro de ti... -gemeu ele segurando firme a cintura dela, calando seus gemidos nas costas de sua amada.

–Faça... ah sim... sim...

Juntos, um saciando as necessidades do outro, Paulina e Carlos Daniel chegaram ao puro ápice, fortalecendo a cada segundo mais aquele amor verdadeiro.

–Paulina, -sussurrou Carlos Daniel beijando a nuca de sua amada. -Você acaba comigo hein...

–Eu? -riu ela. -Quem faz isso comigo é você!

Suavemente, ela virou-se de frente para ele, tocando seus lábios, selando a reconstrução de um amor perfeito.

Naquela noite, aqueles corpos que se desejavam mais do que nunca, se amaram de forma intensa e apaixonada, trocando beijos, carícias, relembrando entre risos todos os momentos mágicos que juntos passaram...

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Dias Depois...

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Depois de muita insistência, Paulina que havia parado no hospital duas vezes com sangramentos no final dos 7 meses da gravidez, concordou com a Filha mais velha e o futuro marido, de que seria mais fácil e tranquilo se os pequenos fossem para o México, dando tranquilidade ao final da gravidez da mãe. Os pequenos aceitaram contentes, adorando a ideia de verem os primos e passarem mais tempo com os irmãos.

–Carlos Daniel, você está neurótico com isso, acalme-se. -Pediu Paulina sentando-se com dificuldade no sofá.

–Amor meu, é horrível ver-te sentindo dor. -Disse ele ajoelhando-se aos pés dela.

–É Necessário Carlos Daniel... -murmurou cerrando os olhos, quando mais uma contração a pegou de surpresa.

–Paulina, meu amor... vamos para o hospital, sim?

Carlos Daniel a pegou pela mão, tentando transmitir a ela apoio e proteção. Mas era complicado e doloroso ver sua amada contorcendo-se em dores, enquanto ele nada podia fazer.

–Já Liguei pra Doutora Talita, amor... e isso é normal... acalme-se... por favor. Ajude-me a levantar, e vamos tentar descansar... essa pequenina tem que ficar aqui dentro mais uns dias.

–Sim Sim...

Carlos Daniel a pegou nos braços, e ela, estralando um beijo na bochecha dele entrelaçou seus braços no pescoço do amado. Ele ajudou Paulina a arrumar-se e vestir uma camisola, e logo a deitou na cama, acomodando-se a suas costas.

Paulina suspirou, puxando-o para si, e ele a acomodou em seus braços, apoiando suas mãos ao ventre dela. Logo, ambos dormiram, mas um incomodo já conhecido despertou Paulina.

Ela, pedindo tranquilidade a sua Virgem de Guadalupe, Firmou-se na beira da cama e levantou com cuidado, cerrando os olhos rapidamente quando as verdadeiras contrações começaram a dar sinais.

Tentando não fazer barulho, Paulina foi para o banheiro, e logo ligou a ducha em água quente. Segurando-se em dores, ela engoliu um gemido quando as ferroadas ecoaram dentro de si, e tirando a pouca roupa entrou debaixo d'água.

Uma dor quase insuportável atravessou o ventre de Paulina, e contorcendo-se ela apoiou-se ao vidro frio. Tremendo em meio a dor, seus dedos desceram por entre as coxas, e ela apavorou-se quando viu seus dedos ensanguentados, e logo, a poça de sangue no chão se formar.

–Oh... Deus do Céu.

Desligando a ducha, sem se importar com a dor, ela enrolou-se em uma toalha, e saiu pelo quarto, a chamar Carlos Daniel. Quando ela ligou um dos interruptores, ele rapidamente virou-se na cama, e ao perceber que ela não estava ali, acordou, procurando-a pelo quarto.

–Paulina, esta tudo bem? -murmurou ele sentando-se na cama, mirando-a ainda sonolento.

–Não Carlos Daniel... estou sangrando... demais. Preciso ir ao Hospital.

–Merda!

Carlos Daniel deu um salto na cama, parando frente a ela, vendo-a chorar baixinho.

–Vai ficar tudo bem...

Ele correu até o banheiro, e pegando mais um roupão e uma toalha ajudou Paulina com o sangramento, colocando uma das toalhas entre as pernas dela enrolando-a em seguida no roupão.

–Sente-se meu amor... -disse ele ajudando-a a sentar a cama, vendo-a completamente pálida. Em poucos segundos, Carlos Daniel vestiu-se, e correndo até o quarto preparado para a bebê, pegou as malas para maternidade e as coisas de Paulina. Quando ele regressou ao quarto, Paulina contorcia-se em dores, e ele começou a se desesperar.

–Vamos Paulina, vamos meu amor, você tem que ser forte... -disse ele pegando Paulina em seus braços. Ela soluçou alto entre as lágrimas agarrando-se a ele que rapidamente desceu as escadas e a colocou no carro.

Carlos Daniel dirigia em alta velocidade até o Hospital, onde Paulina tentava fazer contato com Doutora Talita. Assim que chegaram lá, uma equipe médica e a doutora já esperavam Paulina. Vários enfermeiros ajudaram-na a sair do carro, e colocaram-a em uma maca. Carlos Daniel não soltava a mão dela em momento algum, e seu coração apertava-se ao vê-la pálida responder as perguntas da doutora. Ele mal conseguia raciocinar as falas dela.

–Não me deixe sozinha, por favor... de novo não. -pediu ela firmando seus dedos aos dele. -Não vou conseguir sem você.

Com as lágrimas nos olhos, e o coração machucado, ele acariciou o rosto dela em meio o corre corre todo, e seguro a afirmou:

–Não vou a lugar algum, estou contigo meu amor, estou contigo.