Past said hello

The visit of the devil


POV Elijah Mickaelson

Já era metade da madrugada, eu e Audrey estávamos dormindo quando um grito me desperta de forma bruta e ao olhar para o lado percebo que era ela. Estava se contorcendo de dor em meio aos lençóis e gritava a plenos pulmões. Sei o que está¡ acontecendo, seu corpo está sofrendo com o desequilíbrio entre os sangues e isso provoca os espasmas terríveis

- Audrey, tente ficar calma - Digo isso no ouvido dela - Se concentra na minha voz... vamos lá respire fundo, vai passar - Eu sentia sua pele molhar de suor e tremores percorrer o corpo.

Depois de cerca de cinco minutos os gritos amenizaram, mas em seguida veio vômito que pude perceber que na verdade era sangue, este que também escorria pelo seu nariz.

Percebo nos olhos dela que antes de tudo, ela aparenta estar envergonhada por toda essa situação e lágrimas começaram a cair de seus olhos.

— Ei, fique tranquila. Isso o que aconteceu... não precisa ficar nervosa. Vai dar tudo certo, estou aqui com você.

Eu a envolvo em um abraços passo a mãos pelos cabelos dela.

- Me desculpe - Diz ela em meio as lágrimas

- Shhh, tudo bem... tudo bem. Vamos para o outro quarto, amanhã eu arrumo isso, não se preocupe.

Eu a pego no colo e em seguida a levo para o quarto de hóspedes, quando a deito pego uma toalha molho com água gelada e limpo o sangue que escorria de seu nariz e passo pelo seu busto para refresca-la das ondas de suor.

Quando tudo parecia estar mais tranquilo, me deito novamente ao lado dela e envolvo em meus braços

- Elijah.. - Audrey diz com uma voz tímida.

— Diga.

Ela se ergue um pouco e volta seu rosto para o meu, pega delicadamente em meu rosto e em seguida me beija.

- Eu te amo - Aquilo me surpreende, nunca ouvi isso como sendo uma verdade. O que sentia por Katherine agora sei que era apenas uma paixão movida pelo interesse, mas por Audrey é algo leve e aconchegante.

Eu me sento, a seguro pela cintura e a faço envolver suas pernas em minha cintura.

— Eu também te amo Audrey - E a envolvo em um beijo apaixonado.

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Na manhã seguinte, tomamos o café da manhã juntos e em seguida Audrey vai até a cozinha para preparar seus chás que aliviam as dores do espasmos.

— Elijah, as ervas acabaram preciso ir até em casa e coletar mais - Diz ela para mim.

— Podemos ir agora, sei que isso é algo de urgência.

- Eu posso ir sozinha, não é bom ficarmos chamando atenção indo a floresta juntos. Além do mais você tem uma reunião com Hector, se ele perguntar por mim diga que fui a costureira mandar fazer vestidos.

Ela era tão determinada, independente e tão segura de si que confesso... as vezes me intrigava. Audrey vestiu uma capa e transmutou seus olhos parra ocultar o lado vampira.

— Estarei de volta em menos de uma hora, fique tranquilo - Ela me dá um beijo e em seguida sai pela porta da frente.

Quando ela saiu, aproveitei para trocar os lençóis do quarto e tirar a mesa do café da manhã e quando estava prestes a começar a me arrumar para esperar pela visita de Hector, ouço batidas na porta.

Em um primeiro momento penso ser Audrey, talvez ela tenha esquecido algo, mas em seguida reprimo esse meu pensamento... Audrey tinha a chave de casa, não poderia ser ela. Mas no momento em que eu abro a maçaneta, nada poderia ter me preparado para quem estava a minha frente.

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- Olá irmão, senti sua falta. Nao vai me convidar para entrar? - Nicklaus diz com seu típico sorriso de canto de boca.

No primeiro instante fico sem reação, querendo entender como que ele chegou em Mystic Falls, como sabia que estava aqui e o que veio fazer.

— Olha só, percebo que te emocionei a um ponto de te tirar as palavras, fico muito satisfeito com isso.

— Como me encontrou aqui? - Pergunto de maneira dura.

— Devo admitir que dessa vez você se superou, não foi fácil chegar nesse fim de mundo em que você resolveu transformar em seu refúgio, foi necessário tempo e alguns corpos pelo caminho para eu chegar até essa porta. Mas ao me deparar com aquela bela jovem que saiu por essa casa, posso perceber que você está muito bem.

Meu sangue gela ao ouvir ele falar de Audrey, contudo aparentemente ele não a reconhecera.

- Me diga Elijah, quem é a moça que acabou de sair? Foi a sua diversão da noite ou ela foi boa o suficiente para durar uma semana?

Avanço contra ele e pressiono seu pescoço com a minha mão, consigo pega-lo desprevenido e percebo seu rosto ficando vermelho e o ar faltando em seus pulmões.

— Nunca mais abra essa boca imunda pra falar assim dela.

- Vai mesmo querer me matar aqui na frente de todos Elijah? - Nicklaus diz com uma voz falha, mas não posso discordar se alguém vir essa cena será praticamente impossível justificar. Com isso eu o solto, mas a minha raiva não diminui nem um pouco. Muito pelo contrário.

Nicklaus leva as mãos ao pescoço e começa a rir de forma sádica

- Agora entendi o que o prende aqui Elijah, não imaginava que isso fosse acontecer com você. Mas se não me convidar para entrar eu esperarei aqui até ela voltar, preciso conhecer a minha bela cunhada e eu tenho certeza que ela logo voltará.

Estou entre a cruz e a espada, não posso deixa-lo aqui fora para esperar por Audrey, mas ao mesmo tempo se permitir que ele entre deixarei meu lar inseguro para sempre.

Mas ao mesmo tempo, o deixando entrar ganharei mais armas para poder dar um jeito nessa situação

- Entre Nicklaus - Digo abrindo a porta para ele - Por favor seja breve no que veio fazer aqui.

— É muito simples, vim te levar de volta para a Europa. Devo admitir que cometi erros e isso terminou em um mal momento em nossa família...

— Onde estão os outros, Rebekah, Kol, Finn... onde eles estão?

— Ainda em repouso, o momento de acordar ainda não chegou. Estavam todos muito... inquietos.

— Ou seja estavam todos fugindo do seu controle, pois por alguma razão voce não aceita não possuir o controle sobre nós. E respondendo a sua proposta de uma maneira muito clara, eu não voltarei! - Digo de maneira bem firme e convicta.

Ele dá um breve risada e em seguida diz.

- Meu caro Elijah, quando vai entender que isso... - Ele retira um punhal de seu paletó - Não foi um pedido. Foi uma ordem.

Em seguida ele avança para mim com o punhal em mãos, mirando em meu coração. Consigo empurra-lo e o faço cair em cima da mesa. Minha arma não está ao meu alcance para combate-lo com igualdade, minha melhor chance é tentar pegar a dele.

— Está brincando com fogo irmãozinho - Diz ele se levantando e indo em minha direção com as presas amostra.

- Na verdade, estou pra te por no seu lugar. Onde você insiste em ficar saindo - Consigo prensa-lo contra a parede e pressionar seu pulso, dessa forma o punhal cai no chão e eu consigo ter posse da arma. Contudo no momento em que abaixo ele se joga por cima de mim e rolamos no chão entre um duelo pela posse da arma.

Quando conseguimos nos ajoelhar ainda segurando a arma, o ouço falando em meu ouvido.

- Olha só quem chegou para a diversão... sua ruivinha favorita Elijah - Minha espinha gela ao pensar em Audrey na porta olhando para tudo aquilo, contudo no momento em que me viro.... vejo a porta fechada e sem ninguém

Percebi na hora na armadilha que tinha caído, mas já era tarde demais, pois logo em seguida sinto o metal do punhal penetrando em meu peito e em seguida tudo se tornou escuro....

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POV Nicklaus Mickaelson

 - Quando você vai aprender meu caro Elijah, que sou eu quem manda nessa famí­lia - Digo isso falando no ouvido daquele corpo, agora já rígido.

Uma parte do meu plano acaba de ser concluído, mas ainda preciso pensar em uma maneira de levar o corpo dele para a Europa sem ninguém desconfiar. Se Elijah já¡ tinha construído uma vida aqui, fica evidente que já é conhecido nessa cidade. Preciso descobrir que tipo de vida ele fez aqui.

Subo as escadas e vou até o quarto que supus ser o dele, ao entrar me deparo com um caderno na escrivaninha, ao abrir leio coisas que me intrigam. Aparentemente meu querido irmão se envolveu em uma espécie de sociedade e haveria um encontro com um dos membros hoje. Posso esperar uma visita a qualquer momento agora. Ao olhar com mais atenção o quarto percebo também a presença de um grimório.

— Elijah estava se envolvendo com bruxas? - ao abrir aquele grimório, percebo escritos peculiares diferente dos de todas as bruxas - Mas que estranho, isso me parece ser muito incomum, mas ao mesmo tempo é como se já tivesse visto isso antes...

E é então que minha ficha cai.

- Aquela moça, tinha cabelos ruivos e eu não via essa cor desde... - Minha cabeça está trabalhando a mil e me leva de volta séculos atrás - Desde aquele massacre de uma comunidade bruxa... Bruxas de Mérlim.

 Aquilo tudo deveria ser impossível, ela deveria ter morrido, todos naquela aldeia deveriam ter morrido. Mas de uma coisa tinha certeza, ela era uma bruxa e eu já tinha achado uma saída para esclarecer um assassinato, até pelo menos descobrir tudo o que está por trás dessa cidade.

 Nesse momento escuto a porta se abrindo, resolvo esperar o melhor momento para descer.

- Elijah? O que houve aqui? - Escuto uma voz preocupada.

Em seguida veio um silêncio, ele deve ter visto o corpo de Elijah. Preciso descer, não posso deixar que ele retire a adaga.

Desço as escadas cambaleando e ofegante.

— Por favor... por favor me ajude - Desço e me deparo com um homem de aparentemente uns quarenta anos, mas há algo peculiar, ele segura uma estaca de madeira em suas mãos

— Quem é você - Sua voz é fria e ele olha de maneira desconfiada para mim e já consigo entender uma coisa... ele sabe sobre os vampiros.

— Sou irmão mais novo de Elijah, acabei de chegar. Vim fazer uma visita surpresa para ele e encontrei o seu... - Deixo umas lágrimas escorrerem de meu rosto - Por favor me ajude a entender o que aconteceu aqui.

- Elijah nunca tinha me contado que tinha irmão - Ele continua a olhar de maneira cautelosa comigo.

- Ele chegou na cidade a pouco tempo, saiu de casa., creio que não deve ter dado o tempo para se aprofundarem no assunto família. Mas ao todo somos quatro irmãos... ou éramos no caso - Tento aparentar estar o mais abalado possí­vel - só temos uns aos outros, por favor me ajude a descobrir quem fez isso ao meu irmão.

- Como saberei que posso confiar em você. Afinal de contas é você quem está na cena do crime - Diz ele.

- Porque pelo fato de estar segurando uma estaca de madeira ao invés de uma arma de fogo deve saber da existência dos vampiros....

- Como você..? - Ele tenta começar mas eu o impeço.

— Como eu sei? Sou da Europa e lá isso já se tornou um problema antigo, acredite em mim estou do seu lado. Teste verbena em mim, faça o que se sentir mais seguro. Mas eu já lhe digo quem cometeu este pecado contra meu irmão não foi um vampiro.

— Por que acha isso?

— Por que a vampiros matam usando armas. Tenho um palpite para tudo isso, mas se eu estiver certo eu mesmo farei justiça com as minhas próprias mãos. Mesmo que eu tenha que passar por cima de você.

— Qual o seu palpite?

— Uma bruxa.

Continua.....