Estávamos condenados no momento em que decidimos tentar.

Mergulhamos no gelo e caímos em águas profundas.

Descemos até o ar acabar. A pressão a um segundo de nos sufocar.

Perdemos a zagaia na escuridão. Assim como a fé e a razão.

Os gritos são estrangulados pelo silêncio. Tudo se passa rapidamente, enquanto definhamos devagar.

A superfície intocada, o caos imperceptível.

Queimamos todas as palavras que ousamos criar.

Não havia nada para achar, nem a nós mesmos.

Nós acabamos.

O mundo acabou, o eco dessa constatação permanecia retumbante em nossos ossos.

Mas a dúvida que permanecia era: havia mundo para acabar?