Para Sempre. Ou Não...
Saidinha a sós
PDV Carlisle
- Pequena, vamos! - a chamei da escada.
- Já to indo, amor! - ela respondeu. Finalmente a vi descendo. Fui até ela.
- É você? - perguntei e ela me olhou confusa. - parece uma deusa. - completei a rodando para ter a visão completa. Esme estava com um vestido dourado um pouco acima dos joelhos e saltos pretos, os olhos marcantes e seus lábios avermelhados ainda mais tentadores.
Descansei minhas mãos em seu quadril, a puxando para mim. A senti sorrir.
- Você não está tão mal... - ela provocou, rimos. - está perfeito. Como sempre.
- Vamos? - a puxei pela mão e nos despedimos de nossos filhos.
Abri a porta do carro para ela, dei a volta e fiz o mesmo.
- Para onde vai me levar esta noite, amor? - ela questionou.
- Espere e verá. - beijei sua bochecha e mordisquei sua orelha antes de dar a partida.
- Sempre misterioso.
Dirigi por uns quarenta minutos e já estava em nosso destino. Saí e estendi a mão para ela que a segurou. Ela olhou para a fachada e para mim, então sorriu.
- Balada? - ela perguntou sorrindo.
- Será que um casal jovem não pode fugir da rotina um pouquinho?
- Claro que pode. - suas mãos delicadas e pequenas seguraram meu rosto e assim que nossos rostos estavam próximos, passei minha língua pela sua, com intimidade.
Infelizmente tive que me afastar e a puxei pela mão para dentro da balada. O lugar estava repleto de jovens da nossa idade, com seus 23 a 27 anos, embora estávamos tão acostumados em ter que fingir que eramos adultos, que era estranho ser jovem de novo.
Uma música lenta começou a tocar e Esme enlaçou os braços no meu pescoço, me puxando para perto. Apertei sua cintura e ficamos assim. Dançando lentamente, sua cabeça apoiada em meu peito, e meu queixo sob sua cabeça.
Logo a música ficou um pouco mais rápida e começamos a dançar. Realmente, pareciamos recém-casados, sem seis vampiros e uma netinha para tomar conta.
Estávamos em sincronia, nossos corpos se movimentam de acordo ao outro e a música.
- Eu amo aquela família. - ela cochichou em meu ouvido. - mas ficar assim, só eu e você é maravilhoso.
- É eu sei. Também amo ter essa mulher só para mim. - ela riu e me beijou com desejo. Me controlei ao máximo para não passar dos limites.
Paramos um pouco e nos sentamos na mesa. Um garçom que se aproximava quase torceu o pescoço para ver as pernas de Esme. Dei-lhe um olhar irritado e ele se afastou.
- O que foi? - ela perguntou.
- Aquele garçom só faltou se enfiar debaixo da mesa para ver suas pernas. - disse emburrado.
- Owwnn, você tá com ciúmes é? - ela perguntou sorrindo.
- Isso não é legal.
- É que só sente ciúmes quem ama.
- E você acha que eu não lhe amo? - ela sorriu e colou nossas testas. - estou com ciúmes sim. Porque te amo e não suportaria de dor em ver alguém em meu lugar.
- Mas não existe e nunca vai existir ninguém que possa lhe substituir. - a beijei. - então você entende o ciúmes que sinto do assédio daquelas piriguetes...
- Esme...
- Enfermeiras. - ela corrigiu.
- Entendo. - respondi. - e as vezes até gosto.
- Mas eu não gosto nada, se elas não tem marido, não com o meu que elas vão desencalhar.
- Ei. - a chamei, ela me olhou. - vamos acabar com esse negócio de ciúmes? Você sente de mim e eu de você. Porque a gente se ama, não é?
- É. - ela roçou o nariz no meu e tomei seus lábios, afagando seu cabelo.
Nos levantamos e dançamos mais um pouco, então resolvemos ir embora.
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