A dupla retornou para a sala e ficaram a conversar com Albion enquanto esperavam os outros se aprontarem, os três falaram sobre tudo e todos. Depois de tanto esperarem, os companheiros finalmente começaram a aparecer.

– Oi... – Shura cumprimentou

– E ae? – Aiolos entrou em seguida

– Tudo belê. Cadê o Olia? – Misty perguntou

– Ele estava ali em cima se arrumando. – o espanhol respondeu

– Ainda?

– Sim, ele disse que vai ter uma pessoa importante lá... – o grego disse

– Como assim?! – o loirinho disse e foi andando em direção a seu quarto

– Lascou... – Shina olhou o rapaz sumir no corredor

– Oi gente... – Shun adentrou o lugar junto a Hyoga

– Oi Shun. – Albion foi até o virginiano e o abraçou deixando o russo desconfortável

– Nossa, tá tão gatinho assim por que?

– Shun... – o namorado o olhou pasmo

– Tudo bem Hyoga, e eu sei lá... – o mais velho riu

– Umhum, sei!

– Sério.

– Tá, chega dessa conversa, por favor. – o loiro mais jovem puxou Shun até o sofá onde se sentaram

Com mais alguns minutos todos estavam presentes na sala, prontos para saírem, com exceção de Afrodite.

– Cadê ele hein? Faltam quinze minutos para a festa começar. – Milo perguntou

– Eu vou chamar ele. – o italiano saiu da sala em direção ao quarto.

Ao adentrar no lugar viu o pisciano colocando uma mecha de cabelo atrás da orelha direita e se enchendo de perfume. O olhou com uma cara feia e o sueco perguntou:

– O que foi?

– Primeiro, todos estão prontos e só falta você. Segundo, por que está se emperiquitando todo?

– Eu já acabei, vamos... E, isso é uma festa mi amor.

– Tá bom então.

O casal foi até a sala, eles dividiram-se em quatro carros e começaram a dirigir até a casa de Orfeu, no carro onde estavam Mime, Misty, Aiolia, Alberich e Shina o assunto não era outro senão a junta do casal que seria feita naquela noite, Albion que estava no carro com Afrodite, Matteo, Ikki e Kagaho, nem suspeitava do que lhe aguardava.

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Dez minutos dirigindo levaram nossos heróis até seu destino, todos desceram do carro e enquanto todos saiam do carro, Seiya olhava boquiaberto para o casaram em sua frente:

– Caramba... esse cara deve ser muito rico...

– É, ele é sim... – Shura respondeu

Com algum tempo o dono da casa apareceu, Albion o olhou e paralisou e pensou “Ele ainda está tão lindo” , mas não teve tempo de pensar mais e o mesmo foi cumprimentá-los.

– Boa noite, Milo, Camus...

– Boa noite. – o casal disse uni solo

– Você deve ser o Ikki... – o rapaz se voltou para o rapaz de camiseta cor-de-rosa

– Sim, sou eu.

– Você é a cara do Matteo...

– Ah... obrigado, eu acho.

– Você é o Kagaho...? – ele perguntou ao jovem que vestia uma roupa semelhante a de Ikki porem num tom de roxo

– Sim, é um prazer conhecer você...

– O prazer é meu. – o homem agora olhou para o chinês e o japonês que vestiam roupas semelhantes, porém o mais velho vestia uma camiseta num tom bege e o outro na cor preta – Vocês são Seiya e Shiryu?

– Sim. – os dois responderam em coro

– É bom conhecer os dois, dizem que Shiryu herdou muita sabedoria dos pais e o Seiya uma resistência muito grande, é verdade?

– Bem... – o moreninho começou a falar, mas o namorado o interrompeu

– Sim, é verdade.

– Ok... – Orfeu riu e andou até Hyoga que trajava uma camisa branca com as mangas dobradas até os cotovelos e os primeiros botões abertos mostrando um cordão – Você deve ser o famoso Alexei Hyoga Yukida.

– Em pessoa... ou vampiro. Bem, sou eu.

– É bom conhecê-lo, Alexei.

– Chame-me apenas de Hyoga.

– Ok, Hyoga. – dessa vez o homem se dirigiu ao mais ingênuo do grupo que usava uma camiseta social azul e uma gravata preta e branca que entravam em contraste com sua pele extremamente branca – Você deve ser o belo Shun.

– Sim... obrigado, mas não sou bonito...

– É sim, muito belo meu jovem...

– Agradeço...

Ao terminar de cumprimentar os jovens a atenção do grego se voltou a um loiro que estava perto de Shina e Misty, sim, Albion. Os dois ficaram se olhando por algum tempo, um observando ao outro, o loiro olhava para a roupa despojada do outro e ele olhava seu terno negro que se encaixava perfeitamente.

– Er... Olá, Albion. – o grego saiu da “hipnose”

– Oi... – o loiro corou ao notar o mico que havia passado – Como vai?

– Bem, e você?

– Eu vou muito bem. Há quanto tempo.

– Poisé...

– É um prazer rever você.

– O prazer é meu, Orfeu.

– Então... vamos? – o grego lhe estendeu a mão a qual ele segurou

– Vamos.

– Sigam-me. – os dois jovens foram na frente guiando os demais, no final da fila, Shina e Misty cochichavam.

– Eu acho que a gente nem vai precisar fazer nada...

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Do lado de dentro da residência havia um salão de festas, que estava enfeitado nas cores azul, preto e cinza e lotado de convidados, alguns dos quais eles nem haviam ouvido falar.

– Devo admitir, isso aqui ficou muito bonito... – Mime disse

– Realmente, boa combinação de cores. – Misty o acompanhou

– Fico feliz que os decoradores tenham gostado do meu gosto...

– Mas eu aprecio muito seu bom gosto. - o irmão mais jovem olhou para Albion que estava ao seu lado

– Misty! – Afrodite o advertiu vendo que o rapaz tinha ficado envergonhado

– Desculpe, não quis...

– Sem problemas. – Orfeu os interrompeu

– Er... podemos ir dar uma volta rapidinho? – Hyoga se voltou para os pais

– Sim. – Milo respondeu

– Não. – Camus disse

Posso ou não posso?

– Pode... – os dois disseram

– Shun, vem comigo?

– Papai, eu posso?

– Claro, mas não vá para longe e não demore... – Shaka respondeu

– Ok. – os dois jovens começaram a se dirigir para o lado de fora enquanto os outros foram para as mesas.

Já do lado de fora, nem tão perto da residência, o casal caminhava de mãos dadas observando o céu, ele estava totalmente estrelado, Shun mirava o céu e o loiro olhava para si.

– Por que está me olhando desse jeito? – o menor perguntou sem tirar o olhar das estrelas

– Você é muito lindo.

– Você é mais.

– Que nada, sou um loiro sem-graça, existem vários por aí... já você tem um jeito de ser, um físico... únicos.

– Hyoga, pare com isso. Você sabe que não é um loiro sem-graça, e não há ninguém que seja como você.

– Pode até ser que não... mas sempre haverá alguém semelhante.

– Não se preocupe, só terei olhos pra você Oga.

– Bobo...

– Você.

– Não, você.

– Você.

– Desculpe interromper o momento meiguice dos dois, mas os pais de vocês chamaram por que o Orfeu vai discursar. – Ikki interrompeu o casal

– Ah claro... – Shun disse meio sem graça, logo os três jovens se encontravam novamente no grande salão decorado. Ambos se sentaram nas mesas juntos a seus companheiros

– Boa Noite. – Orfeu chamou atenção para si, ele se encontrava no encontro de duas escadas que levavam ao andar de cima – Eu gostaria de agradecer a presença dos que vieram para essa minha pequena reunião, espero que esteja do agrado de vocês. Queria fazer um agradecimento especial ao Milo e ao Camus que depois de tanto tempo aceitaram ainda minha amizade. Agradecer também ao Misty e a Shina... – nesse momento o olhar do grego se voltou para Albion – Então, um brinde a nós todos.

– Um brinde! – todos ergueram seus copos e disseram em coro

– DJ! – o dono da festa gritou, o salão ficou cheio de luzes coloridas e lazers, musicas animadas tocavam e os convidados todos dançavam

Todos dançavam ao som da musica like a g6, Albion era do tipo tímido em excesso, por isso não conseguia dançar com tanta gente lhe olhando. O loiro se encostou então a parede e ficou observando os outros convidados dançarem, ao notar que ele estava desconfortável, Orfeu chegou perto de si e falou alto perto de seu ouvido:

– Vem cá, quero te mostrar uma coisa.

– Umhum. – o mais velho o puxou pela mão até uma porta que havia escondida ali, subiram alguns lances de escada e chegaram a uma varanda que estava bem iluminada – Que lugar lindo...

– Fico feliz que tenha gostado... Albion...?

– Sim?

– Posso lhe fazer uma pergunta?

– Claro.

– Você...Você... Você...

– Eu...

– Você ainda se lembra de quando estudávamos juntos?

– Claro. Como poderia me esquecer?

– O que o Misty disse é verdade?

– C-como a-assim?

– Você era realmente apaixonado por mim?

– P-por q-que isso agora?

– Eu preciso saber. Diga-me, é verdade?

– Sim... – o loiro abaixou o rosto envergonhado – Desculpe-me.

– Pelo que se desculpa? – o grego ergueu seu rosto

– Isso é errado...

– “É”? Então ainda gosta de mim?

– É que...ah... Er... Meu...

– Vou aceitar isso como um sim de sua parte. – o mais novo teve o rosto erguido mais um pouco e Orfeu selou seus lábios

– Por que está fazendo isso? – o loiro estava confuso

– Eu gostava de você... mas encontrei o Odisseu que precisava de mim...

– E eu não?

– Você era um vampiro, tinha a esperança de te encontrar num futuro próximo, já ele, um humano doente que poderia ter dias, semanas ou meses de vida.

– Eu não sabia que ele era doente...

– Eu sempre soube...

Flash Back On:

Orfeu andava sozinho por uma rua que se encontrava deserta, o sol já estava se pondo no horizonte quando sentiu um cheiro de sangue humano, fingiu não ter notado a presença do outro ser, mas logo uma voz conhecida o chamou:

– Orfeu...

– O-Odisseu? – o vampiro se virou surpreso – O que faz pra essas bandas? Sua casa não é do outro lado da cidade?

– Sim, é... Mas eu quero falar contigo.

– Pode falar.

– Bem... Eu te amo Orfeu-kun.

– Odisseu... você...

– Eu queria te pedir algo...

– E o que seria?

– Case-se comigo.

– Por quê? Somos tão jovens...

– Você foi o único que consegui amar, por favor... E...

– E...?

– Eu tenho uma doença, um tumor na cabeça que não tem tratamento. Quero passar esse restinho de vida com a pessoa que amo, você.

– Isso... Isso é terrível.

– Eu sei. Mas você me fará esse favor?

– Eu... Bem... Eu farei.

– Obrigada Orfeu!

Flash Back Off.

– Foi por isso que no dia seguinte vocês estavam noivos…

– Sim, foi. Depois que nos casamos, eu aprendi a amá-lo.

– E ele sabia que você era imortal?

– Eu contei a ele depois da nossa lua de mel, que foi no Havaí.

Flash Back On: (De novo)

– Orfeu, ontem à noite eu acordei e notei que você estava acordado. Tem insônia por acaso?

– Não, não é isso...

– É o que?

– Nada de mais... fique sossegado.

– Você fica estranho quando alguém passa por perto,não dorme, não come... nunca te vi corar.

– Eu sou assim...

– Qual ser humano não come ou dorme? E além do mais ... – o jovem colocou a mão sobre seu peito - parece que seu coração nem bate...

– Bem, Odisseu. Posso te contar um segredo?

– Claro que pode, eu te contei o meu.

– Bem, eu não sou um humano...

– Como assim?

– Eu, Orfeu, sou imortal...

– Isso não tem graça.

– Eu sei. Quer que eu te prove?

– Prove então.

– Veja só... – o grego abaixou o rosto e ao erguê-lo novamente seus caninos estavam à mostra, seus olhos estavam vermelhos como sangue e as garras apareciam – Eu sou assim.

– Zeus! O que você é?

– Bem, eu sou um vampiro.

– E como não me disse isso antes?

– Eu não queria te assustar.

– Eu estou assustado agora!

– Desculpe... não precisa ter medo. – o grego voltou ao normal – Estou aqui para te proteger.

– Você promete?

– Prometo.

Flash Back Off.

– A gente resolveu morar no Havaí, em uma casinha de praia... uns dois anos depois ele morreu, eu voltei para a Grécia, mas todo ano eu retornava para lá na data de sua morte, e tocava minha lira no lugar favorito dele.

– Isso realmente é bem triste...

– Sim, eu sei. Mas agora tenho uma nova chance, quero fazer tudo direito com você.

– Como assim?

– Você se tornar-se-ia meu?

Continua...