– Você está falando sério? - o loiro o olhava sem crer no que tinha acabado de ouvir

– Sim, eu estou falando sério. – o mais velho disse firme

– Eu... não acredito. Isso é realmente verdade?

– Sim, eu estou aqui Albion, esperando por sua resposta.

– Bem, eu aceito ser seu.

– Fico feliz, muito feliz! – o grego abraçou o loiro pela cintura e o rodopiou no ar (N/A: Yupiiiii)

– Então, você gostava de mim?

– Eu sempre te amei Albion... – os dois beijaram-se calmamente, mas o clima logo ficou animado quando alguns dos convidados, nossos queridos Jamanthy, entraram na varanda com copos na mão, assoviando e gritando

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A festa de Orfeu durou bastante, o céu já se encontrava em um tom rosado quando os convidados começaram a ir para suas casas. Quando iam sair, Misty foi até Albion.

– Hey, nós já vamos. Quer carona?

– Na verdade... – Orfeu interrompeu – Ele vai ficar aqui.

– Ah... claro. – o loiro disse meio sem jeito – Eu vou indo, até logo.

– Hey Misty!

– O que? – o amigo lhe abraçou e disse baixinho

– Obrigado. Agradeça a Shina também.

– É pra isso que servem os amigos. E eu agradeço sim, agora vai lá curtir seu namorado.

– Noivo... – Albion disse tímido

– Nossa, melhor ainda!

– Vamos Misty! – Aiolia chamou manhoso

– Eu estou indo amor...

Depois de se despedirem apropriadamente de todos eles foram para os carros, antes de entrar no veiculo o grego perguntou ao marido:

– Hey, você não disse que veio ver alguém?

– Sim...

– E quem era?

– Ninguém.

– Fala sério...

– Só queria te fazer ciúmes.

– Então quer dizer que eu fiquei a festa toda olhando discretamente para todos que se aproximavam de você por nada?

– Você é muito bobinho... – o moreno entrou no carro e foi seguido pelo marido

– Isso não tem graça!

– Pra mim tem.

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No outro carro estavam Shaka, Mú, Shun, Hyoga e Shion, o mais velho do grupo olhava pela janela do carro o céu que já se tornava rosado e os primeiros raios de sol se faziam presentes, o ariano que estava no banco da frente junto com Shaka notou o olhar perdido do pai e se virou no banco e encarou o loiro.

– Papai... está tudo bem? – sussurrou o tibetano

– Claro meu filho... – o mais velho sorriu forçadamente

– Isso não é verdade, posso notar a preocupação em seus olhos...

– Em casa a gente conversa tá bom?

– Se prefere assim... – o jovem voltou a olhar para a frente

Shun estava sentado entre o avô e o namorado, sua cabeça estava encostada no ombro do russo que o olhava, mesmo sem o casal notar, Shaka os observava pelo retrovisor do carro.

– Está cansado, Shun? – o namorado lhe perguntou baixinho

– Não, apenas quero ficar assim... – respondeu no mesmo tom

– Os homens da sua família adoram falar “assim”, né? – o mais novo sorriu com a pergunta – Responda-me oras...

– Desculpe, eu acho que sim... sei lá.

– Rhun... Então, o que temos programado para hoje?

– Eu não faço a mínima ideia.

O dialogo do casal logo foi interrompido por buzinas e gritos, o carro onde estavam Milo, Camus, Dohko, Matteo e Afrodite passara deles, os outros para brincar fizeram um escândalo. O carro de Aiolos, Shura, Shiryu, Seiya vinha Atrás e o grego gritou pela janela do motorista:

– Parem cokm isso! Vão achar que tem alguém morrendo!

– Relaxa mano! – gritou Aiolia do carro de trás, o qual dividia com Misty, Mime, Alberich e Shina.

– Tá com raiva porque vai perder! – o italiano alfinetou

– Claro que não! Eu nunca perco! – o sagitariano gritou de volta

– Mas dessa vez vai! – Afrodite gritou – Pisa fundo Milo!

– Nem pensar! Não vou entrar em uma corrida.

– Então quer perder pra eles?! – o italiano disse novamente

– Isso é sem sentido, eles nem sequer estão tentando passar da gente. – Dohko disse

No carro que estava em ultimo, Aiolia apenas os amigos discutirem, enquanto todos discutiam, silenciosamente o leonino passou pelos dois carros que estavam a sua frente. Ao notarem, o grego já havia chegado em casa.

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O dia se arrastou, mas quando o céu se mostrava escuro, nossos heróis resolveram assistir a um jogo de futebol que passaria naquela noite. Quando a pipoca acabou, Milo resolveu ir até a cozinha e preparar mais, alguns minutos depois ele retornou com uma vasilha lotada, mas ao olhar pela janela que estava atrás de sua família, sim ele considerava todos ali seus parentes, viu aqueles olhos dourados que reconheceria em qualquer lugar, as pipocas caíram no chão junto com o recipiente e todos os olhares se voltaram para o jovem que continuava olhando para a figura peluda, aqueles eram sem duvidas os olhos dele, mas o corpo, o corpo estava repleto de pelos, parecia mais um lobo que conseguia andar sob duas patas, seus dentes estavam afiados como os de um tubarão.

– Radamanthys... – o grego disse num tom de sussurro ainda com os olhos arregalados

– Milo... – Camus foi o primeiro a ir até o grego, logo localizou aquele ser parado ali, e com o dedo escreveu no embaço da janela “Camus”, um sorriso perverso surgiu em seu rosto e a criatura pôs-se a se afastar da casa - Mon diêu...

Quando os demais viraram-se para ver o que o casal tanto olhava, se depararam apenas com o nome do francês escrito lá.

– Pai... o que houve? – Hyoga perguntou num misto de curiosidade e preocupação

– Nada meu filho... – o grego sorriu forçadamente

Mú e Shaka encararam o casal, “Eles já entenderam o que aconteceu aqui...” pensou Milo vendo os o olhares dos dois. Não sabia o que tinha visto ao certo, mas sabia que algo muito ruim estava por vir...

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Esperaram cautelosamente que os mais novos fossem para seus quartos, assim que o fizeram, foram até a biblioteca onde Shaka e Mú os aguardavam.

– Vocês viram Radamanthys, não foi? – o tibetano logo perguntou

– ...Bem...sim... – Milo respondeu meio acanhado.

– Eu sabia... – o outro loiro se exaltou

– Como assim? – Camus perguntou

– Eu tive uma visão muito estranha, vi Minos, Radamanthys e ...Hades.

– Hades? – o casal perguntou em coro

– Sim, vi Hades, mas ele não era mais um “humano”, ele era metade lobo...

– Então meu pai estava certo, eles tem mesmo uma segunda vida.

– Cest’é impossible! – bravejou o francês (N/A: Eu sei que não se escreve assim, mas é pras pessoas que não manjam do francês entenderem melhor, e se ainda tiver duvida isso significa “Isso é impossível!”)

– Não é, eles voltaram a vida. – o indiano disse calmo

– Por que toda essa calma? O homem que queria pegar seu filho voltou! – Milo estava encabulado com tamanha calma

– Se essa parte da minha visão está certa, provavelmente a outra parte também.

– Que outra parte?

– A de que... – antes de o loiro completar a frase, a porta se abriu e um loiro de olhos azuis entrou no lugar

– E aí? Estão falando de que?

– Nada Dite, nada. – Milo respondeu depressa

– Hum... estavam falando de mim, né?

– Claro que não. Por que estaríamos? – Mú perguntou

– Porque estavam conversando, eu cheguei, vocês pararam, significa que é algo secreto sobre mim!

– Claro que não, não estávamos falando de você. – o indiano disse

– Hum... então sobre o que falavam?

– Lobisomens. – o francês foi direto

– E o que vocês querem com lobisomens?

– Nada. – responderam os quatro

– E por que falavam deles?

– Ah meu Zeus! – Milo perdeu a paciência e começou a contar tudo ao companheiro, mesmo terminando a historia, o sueco continuou estático os olhando

– E vocês iam esconder isso de mim?

– Não, claro que não. – o tibetano falou logo

– Vocês iam sim. Estou decepcionado com vocês todos, menos com o Shaka.

– Por quê? – o indiano perguntou confuso

– Seguinte... depois que você me contar a outra parte da visão que teve eu grillo contigo.

– Ah pois eu não conto!

– Conta!

– Não conto!

– O que vocês tão contando aí? É dinheiro? – Aiolia entrou no lugar

– Nada!

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Shun acabara de sair do Box do banheiro, todo o cômodo estava cheio de vapor. Pegou suas roupas que estavam sob a pia e vestiu a parte debaixo colocando a camisa sobre o ombro, passou a mão pelo espelho que estava embaçado por conta da água quente.

– Cara... eu sou muito lindo... – ele riu e ajeitou um fio de cabelo que lhe caía pela face

Concordo... – uma voz um tanto familiar disse

Quem está aí?

Não se lembra de mim? – no reflexo do espelho apareceu Hades com um sorriso sádico no rosto

– Oh meu... como você...?

Sentiu saudades?

– Não. Como pode estar aqui? Eu, nós acabamos com você!

Vocês não acabaram comigo... apenas me libertaram! – com isso o espelho se quebrou, como reflexo Shun se abaixou e pôs o braço na frente do rosto. Em segundos Hyoga apareceu no banheiro

– Shun, o que houve? Você está bem?

– Umhum... – o garoto respondeu olhando para o espelho quebrado

– O que aconteceu?

– Nada.

– Como o espelho quebrou?

– Não sei.

– Shun, pare de mentir. Diz logo, como isso aconteceu?

– Hades... – o mais novo abraçou o namorado que não entendeu o que ele quis dizer com isso.

– Como assim? O que esse homem fez?

– Oga... ele tá vivo.

– Impossível, você lembra que...

– Meu avô disse que ele tem uma segunda vida.

– Você quer dizer que ele tá vindo atrás de você, é isso?

– Eu... eu não sei.

– Precisamos falar pros seus, ou pros meus pais...

– Acho melhor não... eles vão se preocupar.

– Mas isso é sério. Eles tem que se preocupar mesmo!

– Não, por favor. Eu contarei depois.

– Tudo bem...

– Sério?

– Sim.

– Obrigada Oga...

– Não precisa agradecer amor.

– Preciso. Você é o melhor.

– Você que é. – o loiro lhe deu um beijo no topo da cabeça e o pegou no colo. O mais novo foi deitado na cama com cuidado e os dois ficaram ali abraçados

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– Mais uma? – perguntou Camus

– Mais uma! – respondeu Milo

– Haha! Vinte e dois. Perdeu.

– Ah, vai tomar no... copo! Jogo ladrão.

– Calma ae...

– Eu sou infantil e odeio perder! (N/A: Death Note é mais a frente meu filho. XD)

– Nossa...

– O que?

– Filosofando...

– Só que não.

Sem ao menos notarem, um homem entrou pela janela, quebrando-a, os dois pensaram que a fortaleza estava sendo invadida e se puseram e posição de ataque. Mas ao olharem bem ele já estava morto.

– Quem jogou isso aqui? – o francês perguntou

– Desculpem-me. – um loiro entrou no lugar, um capuz lhe cobria o rosto, mas algumas mechas douradas caíam por seus ombros, logo outra figura pousou ao seu lado – Este homem era um espião, estava bisbilhotando sua casa Milo...

– Não pode ser.

– O que, não está feliz em me ver? – o homem retirou seu capuz revelando ser Kárdia

– Vocês são...

– Há quanto tempo, Camus. Saudades de você meu...

– Quem é esse homem, Camyu?

– Eu sou Degél, pai do Camus. – o aquariano cortou sua fala

– Como assim?

– Como assim dois. Vocês dois estão mortos!

– Assim como os Leubrary se levantaram de suas covas, nós nos levantamos também. – o loiro rebateu indo até Milo e o abraçando, virou-se em seguida para o genro – É um prazer te conhecer, sou Kárdia Alexei Tibria.

– Camus Leflair. – os dois apertaram as mãos.

Degél sorrateiramente se aproximou de Milo e o olhou fixamente.

– Você é meu genro?

– S-sim senhor.

– Você é a cara do Kádia...

– Obrigado... eu acho.

– Eu consigo ver agora que meu filho está sendo bem cuidado, Milo.

– Na verdade, eu e o Degél sempre soubemos que os dois se amariam, nunca foi algo que duvidamos..

– Então por que deixou em seu testamento o requisito do meu casamento com a Shina?

– Queria ver se você realmente desistiria do seu futuro como guerreiro, mas subestimei você meu filho, nunca mais o farei.

– Não precisa disso, meu pai.

– Então... – antes de completar a frase, os olhares de todos se voltaram para Hyoga que ia passando para a cozinha – Ele é...

– Sim. Hyoga! – Milo chamou

– Sim? – rapidamente o loirinho apareceu na sala a frente dos dois homens estranhos

– Esses são... Kárdia e Degél, seus avós.

– C-como é que é?

– É um prazer conhecer você, meu neto. – Degél olhava o garoto com um sorrido discreto nos lábios

– Meu netinho! – o escorpiano, mais despojado, se jogou sobre o menino e o abraçou – Esse menino não kparece nada com o Camus.

– Verdade. – o aquariano mais velho (N/A: cara tem três aquarianos aí, eu estou me referindo ao Degél qualquer coisa XD) concordou

– Vocês que pensam, ele é o Camus todinho em personalidade.

– Eu nem sei por que o Camus não nasceu loiro...

– Como assim pai? – o ruivo perguntou

– Ora bolas, você é filho do Kárdia. – com isso Camus, Milo, Hyoga e Kárdia arregalaram os olhos e disseram em coro

– COMO É?

Continua...