– Responde filhote. – o italiano insistiu

– Tio Camus, por que a pergunta repentina?

– Porque o Hyoga me disse uma coisa... Mas responda.

– Pretendo me casar...

– Que orgulho do meu filhote. – o mais velho o abraçou – Mas vem cá, o que o Hyoga te disse Camus?

– Nós estávamos conversando ontem cedinho...

Flash Back On:

– E então filhote... o que tem de novo pra contar?

– Pai... eu pretendo me casar com o Shun.

– Casar? Já?

– Não agora, agora... Mais pra frente eu quero me casar com ele.

– Hyoga, casar é uma responsabilidade muito grande. Não case porque acha que é legal, é uma coisa séria, e você vai dividir sua vida com outra pessoa.

– Me diz... desde o principio você soube que estava apaixonado, certo?

– Sim.

– Acontece o mesmo comigo, desde que eu nasci já sabia que era ele, pai.

Flash Back Off.

– Então, faremos um casamento duplo? – gracejou o canceriano

– Claro que não! Eu quero exclusividade. – o leonino disse fazendo os mais velhos rirem de si

– Acho melhor voltarmos, já devem estar pensando que fomos sequestrados.

– Matteo, eu, você e o Ikki sequestrados? – o ruivo riu

– Ah vai saber o que passa na mente das crianças...

– Papi... nós somos os fodalhões, ninguém pega. – o mais jovem disse

– Ok, convenceram. Mas mesmo assim, estou com saudade de mi rosa.

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Já se aproximavam às dez da manhã, Shun continuava em seu quarto, trancado e encarando o teto pensativo. Um turbilhão de pensamentos passavam por sua cabeça, mas nada lhe tirava a atenção, exceto um peso a mais na beirada de sua cama que o fez olhar para o lado dando de cara com os olhos azuis de Hyoga.

– Você está bem? – o loiro perguntou

– Sim.

– Mentira, eu te conheço.

– Não é nada.

– Se não é nada, por que ficou aqui a manhã quase toda?

– Eu estou cansado.

– Shun, diz pra mim...

– Oga... se um dia eu for embora, você vai sentir saudades?

– Não. – o virginiano virou o rosto com um olhar triste, mas o loiro segurou o mesmo e fez com que o encarasse – Se um dia você for embora, eu vou junto com você.

– Oga... – o garoto se levantou e o abraçou, de imediato o russo notou que realmente tinha algo muito errado ali

– Shun, você não tá bem, me diz o que aconteceu... eu quero te ajudar. Por favor.

– Você, eu não posso falar.

– E por que?

– Se eu fizer isso você vai se preocupar.

– Eu estou preocupado agora.

– Ok...

– Conta?

– É que... de uns tempos pra cá eu tive sonhos estranhos.

– E como eram esses sonhos?

– Eu estava perdido no bosque, você me chamava na saída dele, quando eu me aproximava você e os outros desapareciam e tudo ficava escuro. Então uma voz começava a dizer que eu era dele. – o mais novo o apertou mais

– Não se preocupe, eu nunca te deixarei nem desaparecerei.

– Promete?

– Prometo. E eu vou te proteger mesmo que custe a minha vida está ouvindo?

– Umhum.

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Mime, Misty, Aiolia e Alberich estavam sentados na grama do jardim (N/A: Imagina, a grama da sala... ¬¬) conversando animadamente. Ao notar que Matteo se aproximava Misty fez sinal para os demais e começou a falar:

– Poisé... vocês sabiam que o Matteo tinha feito isso?

– Eu não sabia. – Aiolia disse com um tom de voz surpreso

– Eu ainda não acredito, o Dite sabe? – Mime entrou na brincadeira

– Eu acho que não, creio eu que se meu cunhado soubesse ele não estaria mais entre nós. – o ruivo disse

– Mas o que... – o italiano se encostou a porta e ficou ouvindo

– Tipo, e foi com quem? – o leonino perguntou

– Com uma italiana que ele achou. – o loirinho respondeu

– Do que diabos eles estão falando? – o italiano se perguntava baixo e colocava as mãos na cabeça

– Eu acho que meu cunhado merece saber? – Alberich disse “indignado”

Enquanto Matteo ouvia os três falando de si, Mime se levantou devagar e deu à volta na casa, ele viu o italiano concentrado na conversa dos outros e aproveitou para lhe dar um susto. Ele chegou sorrateiramente por trás do cunhado e colocou suas duas mãos nas costas do mesmo rapidamente.

– Buu!

– Dio Mio! – o homem pulou para trás e jogou os braços para cima fazendo os quatro caírem na gargalhada. Nesse momento Dite entrou na cozinha.

– E aí, o que eu perdi?

– Nada. – Mime e Matteo disseram

– Vocês estão falando juntos. Tem algo errado.

– No tem nada mi rosa.

– Certeza? – o sueco os olhou de canto.

– Absoluta. – Alberich entrou na cozinha e abraçou o esposo

– Relaxa mano. – Misty entrou abraçado a Aiolia.

– Hum... isso tá errado. Misty diz logo.

– Dizer o que?

– Vocês estão escondendo algo.

– Não estamos não. – todos disseram em coro

– Olha aí.

– Ok. Eu confesso... – Mime chamou a atenção de todos

– Confessa o que? – todos perguntaram

– Eu... sei tocar lira.

– E qual a novidade? – Dite perguntou

– Tipo... eu aprendi um truque novo.

– E qual seria?

– Acho melhor você não conhecer agora.

– E por quê?

– Porque sim. Mais tarde quem sabe eu mostre...

– Se você diz mano...

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– Me bate Shu... – Aiolos provocava o marido no bosque

– Não vou bater.

– Por quê?

– Não quero.

– Tenta.

– Se eu tentar vou te acertar.

– Quanta confiança.

– Sempre.

– Vai Shurinha, você nunca lutou comigo.

– Pretendo não lutar.

– Por...?

– Se um dia a gente chegar a lutar, eu acabo contigo.

– Que nada. – o grego pulou sobre o esposo e o derrubou no chão – Eu te peguei, eu venci.

– Será? – o espanhol girou deixando o outro por baixo – EU te peguei.

– Tá legal... me pegou. E agora?

– Em casa eu cobro meu prêmio.

– Sim senhor...

O casal se levantou e continuou andando de mãos dadas. Andaram e conversaram sobre tudo, até que um homem encapuzado apareceu na frente de ambos.

– Olá, o senhor está perdido? – Shura perguntou

– Eu...? – uma voz forçada perguntou – Eu não estou perdido. Mas não posso dizer o mesmo de vocês. – a figura ergueu o rosto, era algo estranho. Possuia os olhos dourados como mel, ou como os de um...

– Lobisomem? - Aiolos o olhou bem

– Eu? – a figura retirou a capa e deixou as garras de fora, seus dentes pareciam de um lobo selvagem

– Para de perguntar isso. Você sabe que só tem você além de nós. – Shura perdeu a paciência

– Me obrigue.

– Não me peça, eu não sou paciente...

– Rhun.

– Diga o seu nome criatura! – Aiolos disse

– Eu me chamo Iwan.

– E o que deseja?

– Eu quero a cabeça de vocês.

– Lamento, mas minha cabeça permanecerá aqui.

– Quem o mandou? – o espanhol perguntou já impaciente

– Não é da sua conta.

– Ah, você vem me matar e não é da minha conta quem mandou?

– Não direi.

– Quer morrer?!

– Calma Shu... – o grego colocou o braço direito a frente do mesmo

– Calma o caralho! Esse homem está me irritando...

– Então caí dentro.

– Seu...! – o espanhol retirou o braço do namorado e correu até o ser que estava na frente de ambos.

Shura já estava impaciente, pulou sobre os ombros do lobisomem e começou a puxar a cabeça do mesmo, mas notou que aquilo não funcionaria com aqueles seres.

– Sei maldito! Desça daí! E eu não morro como um simples vampiro!

– Ah é? Então que tal isso? – o homem segurou de ambos os lados da cabeça de Iwan e a virou brutalmente quebrando seu pescoço. Desceu de seus ombros e olhou para o cadáver – Morreu agora?!

– Shura... você está louco?

– Não, por que a pergunta?

– Você nem sabe lidar com essas feras e se joga assim?

– Venci não venci?

– Sim... mas tenha cuidado.

– Ok... – o moreno olhou para seu braço e viu um pequeno rasgado na manga de sua camisa e um arranhão em seu braço que cicatrizava – Maldito! Minha camisa azul favorita!

– Eu sempre odiei essa camisa.

– Vamos voltar. E ninguém precisa saber disso, tá?

– Não vai contar?

– Não. Nem você. Tem uma festa amanhã, se contarmos deixarão o pobre Orfeu na mão e ficarão preocupados.

– É, você tem razão.

– Sempre tenho... agora vamos.

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– Me dê isso! – ao abrir a porta o casal deu de cara com Seiya e Shiryu brigando pelo controle da televisão

– Não dou! Eu quero ver minha série! – o sagitariano dizia

– Essa série tem episódios repetidos, e passa todo dia! Meu filme é inédito! Dá o controle!

– Não!

– Seiy.... não faça pirraça, dê o controle pra ele... – Shura se intrometeu

– Mas pai...

– Seiya obedeça, seu pai mandou. – Aiolos disse

– Ok... Toma... – o jovem entregou o controle ao namorado

– Obrigado tios.

– De nada. – disseram os dois e foram em direção a seus quartos

– Meu! – o moreninho pegou o controle e colocou novamente em sua série

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– Eu vou ter que fazer o que? – Milo olhava incrédulo para Shina e Misty

– Por favor Milo! – o loirinho pulava em sua cama

– Milo, ajude o rapaz... – Camus disse achando graça da situação

– Camus, você também terá que ajudar... – Shina disse tirando o sorriso do rosto do francês

– Eu? Por quê?

– Porque sim. – os dois responderam

– Eu ajudo... – o escorpiano respondeu derrotado

– Oba! E você Camus? – Misty o olhava confiante

– Non.

– Por favor.

– Non.

– Por favor.

– Non.

– E se fosse você e o Milo que estivéssemos tentando juntar? Não iria querer que isso acontecesse?

– Sim, mas...

– Por favor.

– Ok, os ajudarei.

– Obrigada! – Shina disse, em seguida a dupla se retirou

– É... acho que nos metemos em encrenca. – o ruivo comentou

– Você acha? Eu nunca duvidei que iríamos nos meter em encrenca desde o momento em que esses dois entraram em nosso quarto.

– E vem cá, você acha que esse plano dará certo?

– Nem sei, amanhã descobrimos...

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Misty, Shina e Aiolia estavam no quarto do casal, a garota estava sentada na cama de frente para o loiro enquanto o leonino os observava encostado a porta. O loiro ligava para Albion, assim que ele atendeu o jovem colocou o celular no viva-voz.

– Alô?

Oi...

– Tudo bem?

Tudo sim e com você?

– Estou bem...

Aconteceu algo?

Não, não... eu só queria saber se você topa ira pra uma festa amanhã.

Festa? De quem?

– Do Orfeu.

Hum... não sei não. Ele nem me convidou.

Mas ele disse que era para levar todos, e você faz parte da família.

Acho melhor não.

Por favor Albion, vamos lá!

Por que quer que eu vá tanto?

– Porque sim. Vamos, vamos, vamos, vamos, vamos, vamos...

Ok. Ok! Eu vou...

– Oba! Tipo, a festa é as oito, esteja aqui as sete ok?

Tá bom.

Beijos.

Beijos, até amanhã.

– Yeah! – Shina e Misty bateram as mãos

– Tomara que tudo dê certo... – a moça diz

– Somos dois, e vai dar, tem que dar tudo certo...

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Ikki se dirigiu até a cozinha, ao entrar se surpreendeu ao ver o namorado sozinho sentado num dos bancos do balcão com um copo de suco na mão, aproveitou e se sentou ao seu lado.

– Oi.

– Oi.

– Melhorou?

– Umhum... desculpe.

– Pelo que?

– Pelo “espetáculo” de ontem...

– Ah tudo bem, o importante é que esteja bem agora.

– Agradeço pela preocupação.

– Não precisa, eu te amo, por isso me preocuparia mesmo que não quisesse.

– Eu também te amo muito...

– Quer ir descansar comigo hoje?

– Claro...

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18:59 do Dia seguinte:

Ding Dong! Ding Dong!

­– Eu atendo, é o Albion. – Misty desceu as escadas correndo e abriu a porta

– Oi... – o loiro saudou

– Você tá muito gato...

– Para com isso.

– Entra.

– Com licença. – o loiro entrou na casa – Cadê os outros?

– Estão se arrumando.

– Hum... só você que está pronto?

– Não, a Shina também.

– Oi meus amores. – a moça apareceu na sala com um vestido negro

– Oi. – responderam em coro

– Misty, me ajude aqui um instante?

– Claro, já volto Bio.

– Ok.

A dupla entrou em um corredor e parou em frente a porta do quarto da garota e o loiro disse:

– Está tudo pronto, agora é só esperar e ver o que vai acontecer.

Continua...