Para Sempre Ao Seu Lado
Capítulo 6
– Responde filhote. – o italiano insistiu
– Tio Camus, por que a pergunta repentina?
– Porque o Hyoga me disse uma coisa... Mas responda.
– Pretendo me casar...
– Que orgulho do meu filhote. – o mais velho o abraçou – Mas vem cá, o que o Hyoga te disse Camus?
– Nós estávamos conversando ontem cedinho...
Flash Back On:
– E então filhote... o que tem de novo pra contar?
– Pai... eu pretendo me casar com o Shun.
– Casar? Já?
– Não agora, agora... Mais pra frente eu quero me casar com ele.
– Hyoga, casar é uma responsabilidade muito grande. Não case porque acha que é legal, é uma coisa séria, e você vai dividir sua vida com outra pessoa.
– Me diz... desde o principio você soube que estava apaixonado, certo?
– Sim.
– Acontece o mesmo comigo, desde que eu nasci já sabia que era ele, pai.
Flash Back Off.
– Então, faremos um casamento duplo? – gracejou o canceriano
– Claro que não! Eu quero exclusividade. – o leonino disse fazendo os mais velhos rirem de si
– Acho melhor voltarmos, já devem estar pensando que fomos sequestrados.
– Matteo, eu, você e o Ikki sequestrados? – o ruivo riu
– Ah vai saber o que passa na mente das crianças...
– Papi... nós somos os fodalhões, ninguém pega. – o mais jovem disse
– Ok, convenceram. Mas mesmo assim, estou com saudade de mi rosa.
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Já se aproximavam às dez da manhã, Shun continuava em seu quarto, trancado e encarando o teto pensativo. Um turbilhão de pensamentos passavam por sua cabeça, mas nada lhe tirava a atenção, exceto um peso a mais na beirada de sua cama que o fez olhar para o lado dando de cara com os olhos azuis de Hyoga.
– Você está bem? – o loiro perguntou
– Sim.
– Mentira, eu te conheço.
– Não é nada.
– Se não é nada, por que ficou aqui a manhã quase toda?
– Eu estou cansado.
– Shun, diz pra mim...
– Oga... se um dia eu for embora, você vai sentir saudades?
– Não. – o virginiano virou o rosto com um olhar triste, mas o loiro segurou o mesmo e fez com que o encarasse – Se um dia você for embora, eu vou junto com você.
– Oga... – o garoto se levantou e o abraçou, de imediato o russo notou que realmente tinha algo muito errado ali
– Shun, você não tá bem, me diz o que aconteceu... eu quero te ajudar. Por favor.
– Você, eu não posso falar.
– E por que?
– Se eu fizer isso você vai se preocupar.
– Eu estou preocupado agora.
– Ok...
– Conta?
– É que... de uns tempos pra cá eu tive sonhos estranhos.
– E como eram esses sonhos?
– Eu estava perdido no bosque, você me chamava na saída dele, quando eu me aproximava você e os outros desapareciam e tudo ficava escuro. Então uma voz começava a dizer que eu era dele. – o mais novo o apertou mais
– Não se preocupe, eu nunca te deixarei nem desaparecerei.
– Promete?
– Prometo. E eu vou te proteger mesmo que custe a minha vida está ouvindo?
– Umhum.
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Mime, Misty, Aiolia e Alberich estavam sentados na grama do jardim (N/A: Imagina, a grama da sala... ¬¬) conversando animadamente. Ao notar que Matteo se aproximava Misty fez sinal para os demais e começou a falar:
– Poisé... vocês sabiam que o Matteo tinha feito isso?
– Eu não sabia. – Aiolia disse com um tom de voz surpreso
– Eu ainda não acredito, o Dite sabe? – Mime entrou na brincadeira
– Eu acho que não, creio eu que se meu cunhado soubesse ele não estaria mais entre nós. – o ruivo disse
– Mas o que... – o italiano se encostou a porta e ficou ouvindo
– Tipo, e foi com quem? – o leonino perguntou
– Com uma italiana que ele achou. – o loirinho respondeu
– Do que diabos eles estão falando? – o italiano se perguntava baixo e colocava as mãos na cabeça
– Eu acho que meu cunhado merece saber? – Alberich disse “indignado”
Enquanto Matteo ouvia os três falando de si, Mime se levantou devagar e deu à volta na casa, ele viu o italiano concentrado na conversa dos outros e aproveitou para lhe dar um susto. Ele chegou sorrateiramente por trás do cunhado e colocou suas duas mãos nas costas do mesmo rapidamente.
– Buu!
– Dio Mio! – o homem pulou para trás e jogou os braços para cima fazendo os quatro caírem na gargalhada. Nesse momento Dite entrou na cozinha.
– E aí, o que eu perdi?
– Nada. – Mime e Matteo disseram
– Vocês estão falando juntos. Tem algo errado.
– No tem nada mi rosa.
– Certeza? – o sueco os olhou de canto.
– Absoluta. – Alberich entrou na cozinha e abraçou o esposo
– Relaxa mano. – Misty entrou abraçado a Aiolia.
– Hum... isso tá errado. Misty diz logo.
– Dizer o que?
– Vocês estão escondendo algo.
– Não estamos não. – todos disseram em coro
– Olha aí.
– Ok. Eu confesso... – Mime chamou a atenção de todos
– Confessa o que? – todos perguntaram
– Eu... sei tocar lira.
– E qual a novidade? – Dite perguntou
– Tipo... eu aprendi um truque novo.
– E qual seria?
– Acho melhor você não conhecer agora.
– E por quê?
– Porque sim. Mais tarde quem sabe eu mostre...
– Se você diz mano...
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– Me bate Shu... – Aiolos provocava o marido no bosque
– Não vou bater.
– Por quê?
– Não quero.
– Tenta.
– Se eu tentar vou te acertar.
– Quanta confiança.
– Sempre.
– Vai Shurinha, você nunca lutou comigo.
– Pretendo não lutar.
– Por...?
– Se um dia a gente chegar a lutar, eu acabo contigo.
– Que nada. – o grego pulou sobre o esposo e o derrubou no chão – Eu te peguei, eu venci.
– Será? – o espanhol girou deixando o outro por baixo – EU te peguei.
– Tá legal... me pegou. E agora?
– Em casa eu cobro meu prêmio.
– Sim senhor...
O casal se levantou e continuou andando de mãos dadas. Andaram e conversaram sobre tudo, até que um homem encapuzado apareceu na frente de ambos.
– Olá, o senhor está perdido? – Shura perguntou
– Eu...? – uma voz forçada perguntou – Eu não estou perdido. Mas não posso dizer o mesmo de vocês. – a figura ergueu o rosto, era algo estranho. Possuia os olhos dourados como mel, ou como os de um...
– Lobisomem? - Aiolos o olhou bem
– Eu? – a figura retirou a capa e deixou as garras de fora, seus dentes pareciam de um lobo selvagem
– Para de perguntar isso. Você sabe que só tem você além de nós. – Shura perdeu a paciência
– Me obrigue.
– Não me peça, eu não sou paciente...
– Rhun.
– Diga o seu nome criatura! – Aiolos disse
– Eu me chamo Iwan.
– E o que deseja?
– Eu quero a cabeça de vocês.
– Lamento, mas minha cabeça permanecerá aqui.
– Quem o mandou? – o espanhol perguntou já impaciente
– Não é da sua conta.
– Ah, você vem me matar e não é da minha conta quem mandou?
– Não direi.
– Quer morrer?!
– Calma Shu... – o grego colocou o braço direito a frente do mesmo
– Calma o caralho! Esse homem está me irritando...
– Então caí dentro.
– Seu...! – o espanhol retirou o braço do namorado e correu até o ser que estava na frente de ambos.
Shura já estava impaciente, pulou sobre os ombros do lobisomem e começou a puxar a cabeça do mesmo, mas notou que aquilo não funcionaria com aqueles seres.
– Sei maldito! Desça daí! E eu não morro como um simples vampiro!
– Ah é? Então que tal isso? – o homem segurou de ambos os lados da cabeça de Iwan e a virou brutalmente quebrando seu pescoço. Desceu de seus ombros e olhou para o cadáver – Morreu agora?!
– Shura... você está louco?
– Não, por que a pergunta?
– Você nem sabe lidar com essas feras e se joga assim?
– Venci não venci?
– Sim... mas tenha cuidado.
– Ok... – o moreno olhou para seu braço e viu um pequeno rasgado na manga de sua camisa e um arranhão em seu braço que cicatrizava – Maldito! Minha camisa azul favorita!
– Eu sempre odiei essa camisa.
– Vamos voltar. E ninguém precisa saber disso, tá?
– Não vai contar?
– Não. Nem você. Tem uma festa amanhã, se contarmos deixarão o pobre Orfeu na mão e ficarão preocupados.
– É, você tem razão.
– Sempre tenho... agora vamos.
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– Me dê isso! – ao abrir a porta o casal deu de cara com Seiya e Shiryu brigando pelo controle da televisão
– Não dou! Eu quero ver minha série! – o sagitariano dizia
– Essa série tem episódios repetidos, e passa todo dia! Meu filme é inédito! Dá o controle!
– Não!
– Seiy.... não faça pirraça, dê o controle pra ele... – Shura se intrometeu
– Mas pai...
– Seiya obedeça, seu pai mandou. – Aiolos disse
– Ok... Toma... – o jovem entregou o controle ao namorado
– Obrigado tios.
– De nada. – disseram os dois e foram em direção a seus quartos
– Meu! – o moreninho pegou o controle e colocou novamente em sua série
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– Eu vou ter que fazer o que? – Milo olhava incrédulo para Shina e Misty
– Por favor Milo! – o loirinho pulava em sua cama
– Milo, ajude o rapaz... – Camus disse achando graça da situação
– Camus, você também terá que ajudar... – Shina disse tirando o sorriso do rosto do francês
– Eu? Por quê?
– Porque sim. – os dois responderam
– Eu ajudo... – o escorpiano respondeu derrotado
– Oba! E você Camus? – Misty o olhava confiante
– Non.
– Por favor.
– Non.
– Por favor.
– Non.
– E se fosse você e o Milo que estivéssemos tentando juntar? Não iria querer que isso acontecesse?
– Sim, mas...
– Por favor.
– Ok, os ajudarei.
– Obrigada! – Shina disse, em seguida a dupla se retirou
– É... acho que nos metemos em encrenca. – o ruivo comentou
– Você acha? Eu nunca duvidei que iríamos nos meter em encrenca desde o momento em que esses dois entraram em nosso quarto.
– E vem cá, você acha que esse plano dará certo?
– Nem sei, amanhã descobrimos...
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Misty, Shina e Aiolia estavam no quarto do casal, a garota estava sentada na cama de frente para o loiro enquanto o leonino os observava encostado a porta. O loiro ligava para Albion, assim que ele atendeu o jovem colocou o celular no viva-voz.
– Alô?
– Oi...
– Tudo bem?
– Tudo sim e com você?
– Estou bem...
– Aconteceu algo?
– Não, não... eu só queria saber se você topa ira pra uma festa amanhã.
– Festa? De quem?
– Do Orfeu.
– Hum... não sei não. Ele nem me convidou.
– Mas ele disse que era para levar todos, e você faz parte da família.
– Acho melhor não.
– Por favor Albion, vamos lá!
– Por que quer que eu vá tanto?
– Porque sim. Vamos, vamos, vamos, vamos, vamos, vamos...
– Ok. Ok! Eu vou...
– Oba! Tipo, a festa é as oito, esteja aqui as sete ok?
– Tá bom.
– Beijos.
– Beijos, até amanhã.
– Yeah! – Shina e Misty bateram as mãos
– Tomara que tudo dê certo... – a moça diz
– Somos dois, e vai dar, tem que dar tudo certo...
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Ikki se dirigiu até a cozinha, ao entrar se surpreendeu ao ver o namorado sozinho sentado num dos bancos do balcão com um copo de suco na mão, aproveitou e se sentou ao seu lado.
– Oi.
– Oi.
– Melhorou?
– Umhum... desculpe.
– Pelo que?
– Pelo “espetáculo” de ontem...
– Ah tudo bem, o importante é que esteja bem agora.
– Agradeço pela preocupação.
– Não precisa, eu te amo, por isso me preocuparia mesmo que não quisesse.
– Eu também te amo muito...
– Quer ir descansar comigo hoje?
– Claro...
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18:59 do Dia seguinte:
Ding Dong! Ding Dong!
– Eu atendo, é o Albion. – Misty desceu as escadas correndo e abriu a porta
– Oi... – o loiro saudou
– Você tá muito gato...
– Para com isso.
– Entra.
– Com licença. – o loiro entrou na casa – Cadê os outros?
– Estão se arrumando.
– Hum... só você que está pronto?
– Não, a Shina também.
– Oi meus amores. – a moça apareceu na sala com um vestido negro
– Oi. – responderam em coro
– Misty, me ajude aqui um instante?
– Claro, já volto Bio.
– Ok.
A dupla entrou em um corredor e parou em frente a porta do quarto da garota e o loiro disse:
– Está tudo pronto, agora é só esperar e ver o que vai acontecer.
Continua...
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