– Pai, não temos tempo para os seus joguetes. Temos apenas trinta minutos até a lua de sangue passar.

– Trinta minutos? Acho que a gente pode segurar vocês aqui por trinta minutos. – brincou Kárdia

– Mas é claro que a gente segura eles, ou melhor, a gente pulveriza ele em trinta minutos. – Hyoga disse cheio de fúria.

– Vocês são tão ingênuos ao ponto de pensar que conseguiriam me matar?

– Ingênuos? Como ousa? – o aquariano mais velho disse

– Vocês não sabem quando desistir?! Vocês já perderam!

– Não perdemos até a nossa ultima gota de sangue ser derramada, já você... você está morto desde que resolveu entrar nessa guerra contra nós.

– Que se dane isso. Eu vou matar todos vocês, um por um... lentamente. Quero que se humilhem e peçam por suas vidas.

De repente o grande animal caiu de joelhos no chão, suas garras feriam seu rosto na tentativa de tampar-lhe os ouvidos. Ao voltarem sua atenção para o lado notaram que os olhos do irmão do meio de Dite estavam roxos e seus cabelos começavam a flutuar, ao seu redor iam se acumulando massas de ar.

– Você matou meu irmão. Você matou tantos inocentes. Você merece sofrer por toda a eternidade.

– Mime! – Alberich chamou pelo amado.

– Eu vou explodir os seus miolos criatura!

Podia-se ver claramente que a dor de Hades tinha aumentado, este já rolava agonizando.

– Ele está fraco, é hora de por fim a isso tudo! – disse Seiya.

– Ainda não, temos que ajudar ao Mime antes, se ele continuar assim... todos morreremos!

– Mime para com isso! – Alberich pediu

– Não, ele tem que sofrer...

– Não faz isso! Se fizer isso vai se tornar ruim como ele!

– Mas... ele matou meu irmão.

– Ele matou muita gente, mas não se torne como ele por causa disso Mime... – o ruivo o abraçou por trás – Já basta.

Com certa dificuldade o menor parou, seus olhos e cabelos voltaram ao normal e este se apoiou no namorado.

– Deviam ter deixado ele me matar. – o moreno se levantou e limpou o sangue que escorria de suas orelhas – Você nunca mais terão uma chance como essa.

– Tem certeza disso? – questionou Milo

– Ainda duvidando de minhas palavras?

– Nunca consegui acreditar em nenhuma palavra que saia de sua boca.

– Deveria começar, afinal eu posso tudo.

– Você não pode nada.

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– Hum... portal pro submundo? Portal para o submundo? – Aiolia olhava para os lados procurando a passagem que ele e o irmão teriam que fechar

– Não seria aquele ali?! – o mais velho apontou para o centro do salão onde tinha uma espécie de parede azul e o chão estava escuro e vários homens passavam por lá

– É... pode ser que sim, mas pode ser que não seja.

– Aiolia... Às vezes me pergunto se você é mesmo meu irmão. Caramba...

– Não impota, vamos logo fechar isso.

– Boa... agora me diz como, gênio.

– Eu preciso de um tempinho pra pensar.

– Se eu for esperar você pensar eu fico velho caduco.

– Você não envelhece.

– Por isso mesmo.

– Eu não sou burro! – o mais novo elevou o tom atraindo a atenção de alguns dos homens que passavam

– Você é um retardado... olha o que você fez.

– Eu não fiz nada.

– Claro que não, apenas estragou nosso plano sigiloso.

– Eu sempre gostei de atenção.

– Eu sempre odiei isso em você.

Enquanto os irmãos conversavam, os soldados que saiam do portal de Hades os cercavam

silenciosamente. Mas Aiolos já havia notado, de vagar retirou uma pistola do bolso e sinalizou para o irmão que entendeu, milagrosamente o recado.

Quando um dos homens tentou golpear o mais novo pelas costas, seu irmão o empurrou para o lado e atirou no mesmo.

– Não dava pra fazer isso delicadamente? – o leonino protestou

– Sim, mas não quis.

– Obrigado pela parte que me toca! Olos, cuidado. – o mais novo retirou de seu bolso uma shuriken e lançou na mão do homem que iria enforcar seu irmão, o mais velho então retirou o objeto da mão do inimigo, virou-se e lhe cortou a garganta.

– Estamos quites? – perguntou Aiolia

– Não até a gente destruir aquilo ali.

– Temos que ir mais adiante.

– Verdade. Eu darei um jeitinho nisso. – os olhos verdes do sagitariano tomaram um azul celeste e na palma de suas mãos apareceram raios. O homem então socou o chão e os servos de Hades foram eletrocutados e caíram queimados ao chão.

– Mandou bem.

– Eu sei.

Os dois correram até o portal, de cara avistaram outros vindo, havia uma fila enorme com vários deles. Parecia não ter fim.

– Temos pouco tempo para fechar isso. – o mais velho lembrou

– Não vejo uma alavanca, livro de feitiços, chaves ou qualquer coisa que possamos usar.

– Nem eu, então façamos o que fazemos de melhor.

– O que seria? Fazemos muitas coisas bem...

– Improvisar.

– Certo.

– Trouxe suas bombas?

– Sempre as levo pro campo de batalha meu irmão.

– Pois bem. Eu sobrecarregarei a energia do portal e você vai jogar todos os seus explosivos lá, entendeu?

– Sim. Mas... a explosão não nos mataria?

– Não. Eu confio em você acredito que pode nos tirar de lá antes que tudo vá pelos ares.

– Você enlouqueceu?

– Não.

– Vai confiar em mim?

– Eu sempre confiei em você, só nunca demonstrei isso.

– E só agora que me fala?

– É, ué.

– Tenho vontade de te bater.

– Depois você faz isso. Agora nós temos que salvar o nosso pessoal.

– Tá...

Os olhos tão verdes de Aiolos tomaram uma coloração esbranquiçada como se as neblinas do inverno tivesse se instalado ali, os céus límpidos daquela noite tomaram uma coloração escura e nuvens negras se instalavam nas proximidades do castelo. As luzes do relâmpago e os sons do trovão já podiam ser ouvidos tanto de perto como de longe.

– Aiolia... no três!

– Umhum! – o mais novo acenou com a cabeça enquanto retirava algumas bombas de seus bolsos para lançar

– Um...

– Dois...

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– Mas o que diabos está acontecendo aqui?! – Hades olhou para a tempestade que rodeava seu castelo e a ventania que se espalhava pelo bosque

– É uma tempestade, e ela está furiosa. – Saga disse

– Não é tempestade. – Shura disse sorridente

– É... É o meu pai! – Seiya disse orgulhoso

– Do que você está falando moleque?! Ah, isso não importa. – “A lua de Sangue está chegando ao seu fim. Preciso pegar o sangue de Milo logo!” O moreno pensou consigo mesmo - Venha cá, Milo!

– Não.

O lobo começou a se contorcer, todos os presentes ficaram em posição de defesa. Junto com um estrondoso trovão, saio das entranhas do grande bicho uma espada. A mesma ainda estava com uns restos de sangue, os quais o moreno tirou com a língua

– Eu até tentei tirar-lhe somente o que eu necessitava, uma gota de sangue. Mas agora cortarei fora a sua cabeça! – quando o lobo ergueu seu braço para atirar espada, algo segurou seu braço, uma corrente com uma bola espinhosa na ponta – O que é isso?

– Sinto muito, mas não posso deixar que faça isso. – a voz de Albion chamou a atenção do mais velho

– Como você ou- a fala do mais velho foi cortada pelo loiro

– Seu sangue vai ser o único a ser derramado aqui. Agora, Camus!

– O que?! – o animal ouviu o som da arma do ruivo

– Morra! – o francês puxou o gatilho

– Pai! – Dimitri gritou

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– Três! – os raios partiram o grande vitral que era usado como teto e passou direto pelo portal aberto.

Os guerreiros que iriam sair naquele momento foram eletrocutados e os demais pararam de andar. Aiolia jogou suas bombas, as mesmas foram detonadas pela eletricidade dos raios de Aiolos. Tudo o que ambos viram foi uma grande luz e tudo veio abaixo.

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Boom! O barulho das bombas chamou a atenção de Shura e de Misty. Ambos olharam ao mesmo tempo para o castelo que agora se tornavam ruínas.

“Cadê você?!” Pensaram juntos, o raciocínio foi interrompido por um grito vindo de Dimitri:

– Pai!

A bala disparada por Camus foi rapidamente na direção da fera, mas antes de a bala o acertar, Hades usou sua telecinese e trouxe Shina para sua frente. Todos arregalaram os olhos quando a bala atravessou a jovem e não o seu verdadeiro alvo.

– Shina! – Gritou Milo, o grego ia correr até a garota, mas seu pai o segurou

– Não faça isso filho.

– Shina... não.

– Ela sabia dos riscos.

– Seu covarde! Usou uma mulher para se proteger! – Shiryu gritou furioso

– Sobreviver, isso é o que realmente interessa, não?

– Não! Sobreviver arriscando a vida de uma mulher é muita covardia!

– Dane-se, eu vou derrotar vocês,isso é o que importa. – o lobo jogou o corpo da garota no chão

– Você... – uma voz que não pertencia a nenhum dos presentes – está muito ferrado.

– Quem está aí.

– Alguém que você tentou matar. – as folhas ao redor das patas do animal começaram a apodrecer e uma roseira apareceu em sua frente

– Uma roseira? O que isso pode fazer contra mim?! Não sejam ridículos! – a fera esmagou uma rosa entre seus dedos

– Pai, não faça isso!

– Vai-me dizer que tem medo de flores, Dimitri?!

– Não, mas essas rosas...

– São venenosas. – Afrodite apareceu a frente da planta

– Mano! – Mime e Misty gritaram juntos

– Oi. – o loiro olhou para os irmãos por cima de seu ombro e sorriu, em seguida olhou novamente para Hades - Eu nunca toquei ela para ferir. Você não tinha o direito de tirar uma vida inocente!

– Pensei que não gostasse dela.

– Isso não deixa de ser verdade, mas é mentira.

– Não me interessa nenhum pouco. – a fera pegou sua espada e cortou a planta pela raiz

– Não deveria ter feito isso...

– E por quê?! Gosta de mais das suas rosinhas?

– Gosto, mas não é por esse motivo.

– E por qual outro seria?

– Essas rosas te contaminam pelo toque ou apenas por um simples cheirar em uma delas.

– Está blefando!

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“Se continuar assim meu pai vai acabar morrendo... tenho que ajudá-lo logo.” Pensou Dimitri.

– Pensa em ir a algum lugar? – Hyoga passou seu braço pelo pescoço do moreno enforcando-o

– M-me solte... – o mesmo disse com dificuldades

– Eu vou ajudar os outros, Oga. – Disse Shun se virando para sair

– V-você não vai... A lugar algum. – o filho de Hades segurou-lhe a perna com força

– Me solte!

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Hades viu que seu filho estava com problemas, mas mesmo assim ficou firme em sua “luta” com Dite.

– Saiam todos da minha frente seus insetos insignificantes! – com um uivo os vampiros ali presentes voaram para todas as direções, ao encontrarem o chão era como se mil montanhas estivessem sobre suas costas os impossibilitando de levantar, Milo foi congelado na posição em que estava, mesmo que tentasse seu corpo não se movia.

– Pai! – Hyoga gritou

– Que o sangue do Jamanthy seja finalmente derramado!

A criatura começou a correr até o loiro com sua espada em mãos, o menor tentava a todo custo se mover, mas não conseguia. Estava acabado, ele não poderia se defender desse golpe, os demais estavam presos ao chão... não restava mais o que fazer.

“Você não vai desistir agora!” Antes de a lâmina alcançar-lhe algo interferiu. Era uma lança feita de gelo.

– Por Zeus! Parem de interferir. – ao olhar para o lado o lobo localizou Degel com um discreto sorriso nos lábios

– Não.

– Vem cá, você achou mesmo que nos pararia com isso? – Kárdia surgiu ao lado do amado com uma espada em chamas

– Como vocês conseguiram se livrar?

– Você já se esqueceu?

– Do que eu me esqueci?

– Nós somos aqueles que foram chamados de volta da morte. – o aquariano disse

– Aqueles que foram forçados a voltar à vida.

– Se foram forçados por que vieram então?

– Voltamos para derrotar você! – os dois atacaram o lobo ao mesmo tempo.

– Eu sou o covarde aqui, não? Vocês estão em dois enquanto eu sou só um. – o animal se esquivou do ataque da lança de Degél, mas a espada de Kárdia lhe fez um corte no braço direito

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Quando se distraiu por conta de seu pai, Hyoga foi dominado por Dimitri. Agora este estava empurrando a cabeça do loiro quase a arrancando.

– Pare com isso! – Shun começou a puxá-lo

– Ele me tirou tudo.

– Você nunca teve o que ser tirado de você!

– Sim, tive. Meu pai, você... minha felicidade.

– Dimitri, você não sabe o que é felicidade.

– Eu iria aprender sobre ela com você... meu pai ficaria feliz e sorriria para mim, diria que me amava.

– Você sabe que seu pai só se importa consigo mesmo! Não mate por ele, ele não faria nada por você.

– Está mentindo! – algumas lágrimas rolavam a face do moreno

– Você sabe que não estou.

– Meu pai... ele... ele me ama.

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“Hyoga... Pai... Camus... todos os outros... eu vejo claramente o motivo de todos tentarem sobreviver agora, o motivo de todos terem entrado nessa batalha que só interessava a minha família. Dohko, Shion... dois velhos ( se souberem que os chamei de velhos estarei perdido) que estão arriscando seu corpo, sua mente, sua vida para proteger esses humanos aos quais nem conhecem... todos vocês são nobres. Todos vocês são fortes. Todos vocês são corajosos!”

Milo pensava consigo mesmo enquanto via seu pai e sogro lutando, via todos os seus amigos tentando se levantar mesmo que parecesse impossível de se fazer. Ver todos daquela maneira o fez ter mais vontade de lutar, de derrotar aquele mal que ameaçava não somente ele e seus amigos, mas também os humanos e os outros lobos.

“Pai, Milo, Hyoga. Eu jurei há muito tempo que protegeria vocês... eu vou cumprir essa promessa, vou lutar até não conseguir mais ficar de pé. Aiolia, Aiolos... espero que vocês estejam bem meus amigos. Mas agora não posso me fazer de fraco, ou de frio... tenho que me erguer. Já passei por sufoco pior.”

Camus tentava se levantar, o chão abaixo de si já começava a ruir por conta da força que colocava no mesmo. Com certa dificuldade se colocou de quatro, os demais vendo aquilo começaram a se erguer também.

– O que está havendo aqui? – Hades olhou para os homens que se erguiam pouco a pouco

– Isso é determinação. – Degel disse

– Quando se tem vontade de vencer... nenhum obstáculo é grande o suficiente para te impedir. – o escorpiano mais velho completou

– Vamos mandar você direto pro inferno...

– Aproveite para puxar o saco do capeta! – ambos gritaram

Os dois deram as mãos e recuaram suas armas. Em seguida atacaram o lobo juntos, o golpe ficou em uma forma de cruz e acertou em cheio o coração da fera. A linha da horizontal ( | ) ficou em chamas por conta da espada do mais velho, a linha da vertical ( – ) ficou azul por conta do gelo da lança de Degél.

– Malditos sejam... os Jamanthy. – a criatura olhou o céu e viu que a lua voltou ao normal e caiu no chão sem vida

Todos os vampiros conseguiram levantar-se sem peso algum e Milo conseguiu mover-se. O loiro foi até o corpo de Shina e fechou os olhos da mesma.

– Sinto muito por isso minha amiga...

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– Pai... – Dimitri viu seu pai ser morto pelos avós de Hyoga e recuou um passo, soltando o russo

– Acabou Dimitri. – Shun disse.

– Não. Não... – o garoto estava em estado de choque.

– Acalme-se.

– É tudo culpa daquele homem! – ele apontou para Milo que se levantava próximo ao corpo de Shina

O mais novo começou a correr furioso na direção do grego, Hyoga o seguiu.

– Parado aí! – Aiacos se colocou a frente do menor

– Seu traidor.

– Nunca os traí, meu senhor. – o moreno se curvou – Mas não adianta atacá-los mais.

– Aiacos... – Kagaho olhou para o velho amigo e notou o brilho em seu olhar – Onde está Ikki?! E o Matteo?! E nossa testemunha?!

– Bom... nosso avião caiu. Afrodite conseguiu vir na frente, os outros... eu os matei.

– Você o que?!

– Sinto muito por isso. Mas eu sou e sempre serei fiel ao senhor Hades.

– Aiacos, Aiacos... por acaso acha que sou tonto?! Eu vejo claramente em seus olhos a mentira. – o menor retirou de seu bolso uma arma – morra pelos Jamanthy.

– Aiacos! – Minos e Radamanthys gritaram

– Dimitri...

Uma voz desconhecida, aparentemente de um jovem, fez com que o moreno parasse seu movimento e soltasse o objeto.

– Nã-não é possível...

– Pare com isso por favor... você não é assim Dimitri.

Todos presentes ali olharam para o local de onde vinha aquela voz. Numa passagem que havia ali entre os arbustos estava uma figura com capuz, atrás de si, Matteo e Ikki.

– Isso não pode ser real.

A pessoa ali presente andou a passos lentos até o jovem. Chegando a sua frente o abraçou, Aiacos se levantou e foi até os colegas que o chamara há pouco.

– Eu estou aqui... – o capuz caiu deixando a mostra a cabeleira azul até a medida da cintura a mostra

– Meu pai disse que você estava morto...

– Ele mentiu. Eu estou aqui agora, volte para mim.

– Julian... – o nome saiu num tom de sussurro

Os dois jovens trocaram um singelo beijo, tudo ali se clareou com uma luz imensa. Nesse meio tempo, Aiolos e Aiolia surgiram. O mais novo estava apoiado no ombro do irmão e mancava um pouco. Quando a luz baixou Dimitri estava com os cabelos loiros, tão loiros como os de Kanon.

– Achei que tinha te perdido...

– Eu também.

– Por que nunca me mandou cartas ou algo do tipo para eu saber que você estava vivo?

– Eu era vigiado por homens do seu pai.

– Meu... pai... – o, agora, loiro voltou-se a Milo – Peço-lhe perdão... trouxe-lhes muitos aborrecimentos, mas não foi o que eu realmente queria fazer.

– Eu sei disso. Tudo foi por conta do seu pai, sempre foi. – o loiro parou ao lado do corpo do mesmo

– Ikki, você está bem?! – Kagaho abraçou o mesmo e o rodou no alto, beijando-o em seguida.

– Sim, eu estou bem. E você?

– Estou bem sim.

– Senti sua falta.

– Eu senti mais.

– Impossível.

Shun correu até seus pais e os abraçou com certa força, algumas lágrimas teimaram em rolar na face do garoto.

– Eu tive tanto medo de perder vocês.

– Foi você quem nos assustou. – Mú disse

– Não faz mais isso... eu tô velho de mais pra esse tipo de coisa. – o indiano disse arrancando um sorriso dos dois.

– Podemos participar desse momento? – Shion chegou na companhia de Dohko

– Vô!

– Você preocupou a gente seu moleque! – Dohko apertou o neto e correu até Shiryu em seguida.

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Milo e Dite estavam perto do corpo de Shina. Tinham lhe posto uma rosa no cabelo.

– Sentirei saudades sua chata. – o pisciano disse

– Eu também sentirei.

Flash Back On:

Um dia a garota de cabelos verdes jogou uma torrada no rosto de Afrodite, os dois brigaram muito e a mesa do café se tornou um campo de batalha.

Em outro dia, a garota colocou tinta verde no creme dental do escorpiano que ficou com os dentes esverdeados por dois dias e se vingou colocando tinta roxa no shampoo da mesma.

Os dois brigavam com a garota, mas ambos se amavam. Os dois homens abaixados ali se lembraram de uma noite onde fez muito calor, os dois loiros se sentaram na grama do jardim e se colocaram a conversar quando de repente Shina surgiu:

– Posso me sentar aqui com vocês?

– Claro. – os dois responderam rapidamente

Naquela noite os três conversaram, riram e secretamente começaram a gostar uns dos outros.

Flash Back Off.

Milo... Afrodite... – a voz feminina pôde ser ouvida pelos dois

– Shina.

Não chorem. Eu agradeço vocês... agora eu poderei ir para junto da minha família. Fiquem felizes por mim, tá legal? – a alma da garota se levantou com o vestido roxo no qual ela estava vestida no dia do assassinato de sua família e se transformou em pequenas luzes que foram ao encontro da lua.

– Se você não fosse tão ganancioso. – Milo olhou o corpo de seu inimigo caído ali e se virou de costas para ele

– A lua de sangue passou... meu exército já era... vocês contentes... – a voz de Hades soou fraca

– Oh Meu Zeus! – Misty gritou

– Milo cuidado! – seu marido sacou sua arma

– Eu já estou morto mesmo, mas não irei sozinho. – o animal fincou seus dentes no ombro direito de Milo, o loiro caiu de joelhos no chão e o francês acertou um tiro na testa do lobo, estourando-a.

– Por que não desiste nunca pai? – Dimitri perguntou a si mesmo.

– Milo! Olha pra mim! Non feche os olhos! – Camus segurou o marido em seus braços

– Camus...

– Papai. Você vai ficar comigo, lembra?! Aguente firme. – Hyoga implorou

– Precisamos levá-lo para casa agora. – Shion disse

– Podemos reverter a mordida. – Dohko disse

– Do que você está falando?! – o russo perguntou já chorando

– Uma mordida de lobisomem num vampiro pode ser fatal se você não possuir o antídoto.

– E vocês tem? – Kárdia sacudiu Shion pelos ombros

– Sim. Agora vamos levá-lo.

– Não vai dar tempo... – o aquariano mais velho disse

– Camus... que musica é essa?

– Musica...? Non tem musica.

– Eu ouço... parece a minha mãe cantando. Quando o sol se põe é fim da tarde... vagalumes brilham sem cessar, fique aqui que o sono te invade, como é bom sonhar, sonhar...

Os olhos azul-celeste de Milo se fecharam lentamente após o mesmo sussurrar a musica que ouvia.Kárdia socou o chão furioso, Camus apertou o esposo contra seu corpo, tudo o que podia perder, lhe tiraram uma das coisas mais importantes.

Continua...