– Clint, você sabe onde estão as minhas Berettas?! – perguntou Natasha ao parceiro que se encontrava no banheiro enquanto terminava de preparar sua mochila para a missão.

– Achei que fosse levar as Eagles. – disse o arqueiro, saindo do banho com os cabelos molhados e apenas uma toalha enrolada em sua cintura.

– E eu vou leva-las. Mas nunca se sabe, então quero levar as Berettas também. – ela disse procurando-as nas gavetas de seu criado mudo.

– Estão aqui. – ele falou, entregando a ela as duas armas – Você tinha pedido que eu as levasse na última missão, se lembra?

– Obrigada. – ela sorriu, pegando-as de sua mão depois de analisar o corpo do namorado, finalmente fechando sua mochila – Eu vou pegar um Quinjet na base, depois vou até a Central, e então pego outro avião para a Noruega. Você vai ficar bem? – ela perguntou.

– Quem disse que eu vou ficar aqui? – ele sorriu – Me dê dois minutos para eu me trocar, e eu irei com você.

– Clint, você acabou de voltar. Seria melhor você ficar e descansar. Não precisa...

– Natasha. – ele falou, se aproximando e acariciando o rosto dela – Não tem a menor possibilidade de eu ficar aqui sem você, ok? – ele continuou, trazendo os lábios dela para junto dos seus – Eu irei com você até a Central, e depois vou para o nosso apartamento em Washington para eu poder acompanhar a missão no Triskellion, combinado?

– Eu não vou conseguir te fazer mudar de ideia, vou?

– Não. – ele riu – Mas, talvez, eu consiga te fazer mudar de ideia e ficar por aqui, o que você acha? – sussurrou em seu ouvido, beijando o pescoço e o ombro da mulher, que não demorou em derruba-lo na espaçosa cama de casal, tomando o cuidado para que o peso de seu corpo não caísse sobre as costelas fraturadas dele.

– Você sabe que ficar aqui, com você, era tudo o que eu mais queria. – ela disse, o encarando – Mas eu preciso ir.

Ele suspirou.

– Continuamos quando você voltar, então?! – ele perguntou em sorriso malicioso, fazendo-a sorrir.

– Sim, continuamos Clint. – respondeu beijando-o lentamente, antes de se levantar, pegar sua mochila e seguir para a sala.

– Odeio quando você faz isso! – ele gritou do quarto.

– Não demore a se arrumar Gavião! – ela falou apenas, ignorando o comentário dele.

Horas mais tarde, Natasha e Clint chegavam a Central, onde Maria Hill os aguardava.

– Oi Maria. – cumprimentou Natasha com um sorriso, enquanto Clint somente acenou.

– Oi Natasha, Barton. – ela respondeu – West está uma fera porque você fugiu mais uma vez, Clint.

– Ele supera isso, Maria. – ele riu.

– Acredito que sim. – ela concordou – A Agente Hand também está aguardando seu relatório da missão.

– Ela está aqui ainda?

– Sim, está finalizando algumas operações de campo.

– Vou entregar meu relatório a ela. Vejo vocês mais tarde. – ele disse, olhando signitificamente para Nat, antes de se afastar em busca de Victória Hand.

– Vocês disfarçam bem para os demais agentes. – comentou Maria, caminhando junto com Natasha pelas instalações da Central.

– Não sei do que está falando, Comandante Hill. – riu a Viúva Negra.

– Ah, vamos lá. Como se ainda fosse segredo para mim, Nat.

– Eu sei que não Maria. Mas, não é prudente tornar a minha relação com Clint pública.

– Evidentemente não. Pode ser o risco para vocês dois.

– Exato. – ela assentiu - Então, já está tudo pronto para que eu possa partir?

– Agora que você chegou, não temos mais nada a esperar.

– Ótimo.

– Aqui estão os dados que você precisa para se infiltrar – disse Hill passando para Natasha um iPad, que a mesma analisou rapidamente.

– Me atualizarei durante a viagem. – ela assentiu, guardando o aparelho – Noruega?

– Espero que tenha trazido o seu casaco.

– Vou me trocar. Encontro com você no hangar?

– Não, eu preciso voltar para Washington. Steve, Tony e o Bruce vão partir também ao amanhecer, e eu preciso estar lá também.

– Entendo. Vejo você quando eu voltar então.

– Boa sorte lá, Natasha. – despediu-se ela, tomando um caminho diferente.

– Obrigada Maria.

Certo tempo depois, Clint entrou no dormitório onde Natasha aguardava por ele, pronta para partir.

– Você já vai? – ele perguntou.

– Sim, já está tudo pronto. – respondeu ela, se aproximando dele que a envolveu em um abraço apertado.

– Eu sei que pode ser besteira falar isso para você, mas, tenha cuidado lá, ok?

– Pode deixar. – sussurrou ela, sorrindo e o beijando levemente. – Comporte-se enquanto eu estou fora.

– Pode deixar, mamãe.– ele riu, recebendo um tapa dela em seu braço.

– Idiota. – ela riu também.

Logo os dois seguiram até a pista de decolagem, onde o Quinjet e a equipe já esperava por Natasha, que não demorou em subir na aeronave e seguir para o frio Norueguês.

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No dia seguinte a reunião da Torre dos Vingadores, Tony, Steve e Bruce deveriam partir em missão logo pela manhã, do Triskellion em Washington, como havia ficado determinado pela Comandante da SHIELD.

– Onde ele está?! – perguntou Hill, quando terminou de checar o Quinjet que eles usariam, encarando o Capitão e o Dr. Banner que o aguardavam da mesma maneira que ela pela chegada do Homem de Ferro.

– Ele deve chegar em breve, tenha paciência Hill. – disse Steve, tentando um leve sorriso.

– Eu deixei bem claro na noite passada quando expliquei a vocês o que é preciso ser feito nessa missão, que não poderia haver atrasos. – ela suspirou, exasperada – Ele já deveria estar aqui.

– Você o conhece. Ele sempre se atrasa... – riu Bruce, no momento em que a armadura vermelha e dourada aproximava-se do edifício – Mas ele vem. – terminou, indicando o amigo com um aceno de cabeça.

– Maria Hill! Devo dizer que seu trabalho é extremamente eficiente! – zombou Stark, ao pousar no deque de decolagem do Triskellion - Eu estava louco para aproveitar que Pepper finalmente parecia ter decidido dar um tempo em Nova York para variar, mas parece que você foi mais rápida em acabar com as minhas horinhas de liberdade. E eu ouvi essa, Doutor. Eu não me atraso, são vocês que estão adiantados. – ele riu.

– Stark, você está atrasado. - disse Hill - Precisam partir imediatamente.

– Eu sei, e é por isso que eu estou aqui. – ele falou, subindo pela rampa da aeronave onde retirou sua armadura, enquanto os outros dois o seguiam.

– Manteremos contato, Comandante Hill. – disse Steve, voltando-se para a mulher parada ali, que apenas assentiu.

– Boa sorte, Capitão. Tenham cuidado.

– Obrigado, Maria. – ele se despediu com um sorriso retribuído por ela.

Quando a porta se fechou, o loiro se voltou para Tony sentado no banco do piloto observando-o com um olhar sugestivo.

– Você não aproveitou para abraça-la Rogers?!

– Fique quieto Stark. – ele resmungou, tomando o assento do copiloto – Vamos sair daqui.

– Ah vamos lá! Que mal tem isso? – ele questionou – Você não concorda comigo Verdinho?!

– Eu prefiro não interferir nos assuntos que não se referem a mim Tony. – cortou Bruce, continuando a analisar tranquilamente os dados na tela de seu notebook na parte de trás da nave.

– Pepper me disse que aprova a ideia.

– Já chega Tony. – disse Steve, ligando os propulsores – Não quero falar nesse assunto.

– Tudo bem, se você prefere assim, não está mais aqui quem falou. – sorriu Tony, acomodando-se enquanto decolavam.

Algum tempo depois, o continente já havia desaparecido e apenas a imensidão azul do Oceano Atlântico surgia à frente.

– E então, qual o nosso destino Banner? – perguntou Tony.

– Com os dados que a SHIELD nos forneceu, eu consegui usar o seu algoritmo e rastrear o nosso pacote na Alemanha.

– Alemanha?! – perguntou Steve, cético.

– Sim, a mercadoria está sendo transportada pela Floresta Negra na Alemanha. Vou transmitir as coordenadas para o seu celular Tony.

– Bom... Alemanha, aí vamos nós.