Our Love Story
Festa
- O que o senhor está me dizendo? –Tentei manter a calma, mas a minha vontade era de acertar uma faca naquela mulher.
- Quando você nasceu, sua mãe foi obrigada á entregá-la para outra família, pelo fato de ela não ter condições de te criar, e ela ser Brasileira. Então, você foi traga aos 7 meses para a casa de dona Pattie, que cuidou de você até os 17 anos. Nós estamos apenas passando nas casas das crianças doadas para outras famílias para verificar o comportamento das mães. Bom, tenham um bom dia.
- Meu senhor, volte! –Fiz sinal com a mão. –Ela não cuidou de mim até aos 17 anos. Ela cuidou de mim até os 8 meses e depois me largou com o meu pai, o senhor sabia disso? É. E quando eu completei 5 anos ele começou a sair de casa, Eu tive que viver sozinha, aprender a fazer tudo sozinha. Ou seja, eu não fui criada por ninguém. Eu quero conhecer a minha verdadeira mãe!
- Vamos pesquisar quem é a sua mãe, e você pode sim encontrá-la, por que já sabes se virar sozinha. Quanto a você, senhorita Pattie, trate-se de me acompanhar até a delegacia. E chame também o seu marido.
- Me avisem o mais rápido possível! Obrigada senhor! Agora, eu vou até a delegacia com você, o senhor me espera?
Subi correndo até o meu quarto, e peguei todas as minhas despesas. Eu iria pagar pro justin sair da cadeia hoje. Não tinha muito dinheiro, mas como acredito que a cretina da Pattie já tenha pagado grande parte, isso irá ajudar.
Até por que, a própria bandida dando o dinheiro para soltar o garoto, vale muito mais, não vale? Haha!
Eu desci com todo o dinheiro na carteira e nós fomos rumo a delegacia. Pattie pegou outro rumo, e eu fui pagar a fiança.
Felizmente, era suficiente para liberar a saída do Justin. Fiquei toda alegre quando o vi. Dei um abraço nele.
- Obrigada Justin, você não precisava fazer isso por mim.
- Precisava sim! Senti que precisava de mim, e só fiz o que o meu coração mandou. Como você está?
- Estou péssima! Descobri que Pattie não é minha mãe, oooh. –Ironizei. –Acredita nisso? Haha, vou encontrar a minha nova mãe! Wooho.
- Sério? Não é filha da minha mãe? Não? Não? Não? Sério?
- Sério! Por que toda alegria?
- Por que nós não somos mais irmãos.
- Somos sim! Por parte de pai!
- Lógico que não! Meu pai não é o seu pai.
- Não? A gente era irmão só por parte de mãe.
- Sério? Haha. –Tentei disfarçar a alegria.
- Mas de qualquer forma, tenho que visitar a mamãe. Ela deve estar muito abalada.
- E eu também estou! Mas quero muito conhecer a minha mãe, poder abraça-la, beija-la... A minha verdadeira.
- A única parte ruim é que você ta indo embora...
- Ah, mas eu vou continuar estudando na mesma escola. Já está no final do ano, e eu vou terminar o ano aqui mesmo. Depois, se a minha mãe morar em outro país, cidade, eu vou embora definitivamente.
- Eu não quero te esquecer.
- Você não precisa.
- E como nós vamos nos comunicar?
- Tudo é tão tecnológico hoje, Justin! Deixa de besteira! Vou voltar pra casa, ver como o Day está! Beijos!
- Beijos! Até mais.
Corri para casa, juntar tudo que eu tinha. Eu só odeio o fato que eu vou mudar para longe do garoto que eu gosto. Espera, agora não é mais proibido amá-lo. Eu não sou sua irmã!
Saí correndo com um sorriso de orelha a orelha no rosto, não conseguia disfarçar a felicidade. Eu acho que é a primeira vez que isso acontece comigo, mas vamos esperar e vê no que vai dar, certo?
- Daaayle! –Cantarolei.
- Eeeelle. –Ele cantarolou de volta.
- Hahaha, para! Estou super feliz!
- Imagino!
- Agora eu posso me apaixonar pelo justin, sem me sentir cuipada.
- Mas já considerou o fato de que você possa mudar pro Brasil?
- Já sim! Mas não, não é possível que ela tenha voltado. Além de eu não ter dinheiro pra viajar para o Brasil.
- Entedi... Mas então. Pretende ficar aqui até quando?
- Não faço a mínima idéia.
Ouvi a porta se abrir, e era Justin. Ele entrou com a cabeça baixa, e eu fui logo confortá-lo. Dei um abraço longo nele, e nós nos sentamos no sofá.
- Sinto muito!
- Eu sei muito bem o que ela fez, então não sinta.
- Justin, ela é sua mãe.
- Ela “era” sua “mãe”! E você não a respeitava nem um pouco.
- A situação é diferente. Eu sempre soube no fundo que ela não era a minha mãe. Mas você é filho legítimo dela.
- Verdade... O juiz disse que ela ficará na custódia por alguns meses até a fiança ser liberada. Segundo eles o que ela fez foi muito grave.
Seu pai também está a caminho da casa de custódia.
- Ele também merecia. Mas tanto faz! Vamos numa festa? Esfriar a cabeça? Todos nós temos que pagar pelos nossos pecados um dia.
- Você me chamando pra balada? Ficou doida? Está com febre? Hahaha, só isso mesmo pra me animar. E acho que ela merece mesmo...
- Para Justin! É só pra te deixar mais alegre, poxa! Eu não gosto, e nunca freqüentei uma, apenas as festas de São João lá aonde eu morava.
Mas pelo que eu sei, não é nada comparado com o que tem aqui. Tudo bem se irmos? Eu, você & Day?
- Perfeito! Você virá Day?
- Nem pensar!
- Caramba Day! Será que você não percebeu que a nossa vida vai mudar? Mas no fundo continuaremos os mesmo, ok? Eu prometo! Vamos, por favor, por favor, por favor?
- Tá bom! Mas não tenho roupa adequada.
- Nem eu! Vamos logo nos arrumar.
- Eu te empresto uma Day!
- Aí! Ótimo! Até logo meninos!
Despi-me e me troquei :
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Nunca tentei algo do tipo, acho que estava vulgar demais. Eu só estava tentando impressionar o Justin. Sei que isso é ridículo, e na minha cabeça estão se formando milhões de perguntas.
Quando desci as escadas, os dois garotos me olharam da cabeça aos pés, e ficaram deslumbrados. Sorri envergonhada e Justin me ajudou a terminar de descer as escadas.
- Nossa, que princesa!
- Obrigada Justin!
- Deveria usar um vestido mais longo.
- Para Day!
Justin abriu a porta do carro gentilmente para mim e Day entrou sozinho. Ele dirigiu até a balada e nós entramos. Era lindo, tudo lindo.
- Eles vendem bebida alcoólica aqui?
- Sim.
- Vou ter que experimentar isso, cara!
- Haha, e sobramos nós.
- Sim, sobramos.
- Vou sentir sua falta, se eu tiver que me mudar.
- Não pensa no pior, vamos considerar o fato de que sua mãe mora na casa na frente da minha.
- Hahaha, ta brincando? Aposto que a minha mãe continua pobre... se ela não tinha condições para me criar, eu não acho que ela terá condições hoje. Por isso quero acha-la, pra cuidar dela.
- Está certo! Mas eu também não quero que você mude. Você se tornou muito importante pra mim!
- Digo o mesmo pra você!
- Sabe de uma coisa?
- Não... o quê?
- Seu lápis de olho está borrado.
- Sério? Então passa o dedo e tira ué!
- Tá bom!
Ele se aproximou, olhou nos meus olhos, e ao invés de limpar o meu rosto, pousou sua mão na minha cintura e puxou meu corpo contra o seu, selando nossos lábios.
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