Os Valentes

O Término de Astrid


Rapunzel Narrando.

Soluço e eu já estávamos na terra dos Vikings. Confesso que eu sentia um pouco de medo e estranheza por ver dragões vivendo ali, junto com os humanos. Ora, Soluço tem um dragão de estimação, como eu iria me surpreender? Espantei meus pensamentos quando chegamos em um lago. Era tão lindo. Haviam lindos pássaros, que cantavam uma melodia tão bonita. Foi quando ouvi um grito. Os segundos seguintes foram meio perturbadores. Soluço e uma garota rolando no chão. Banguela ameaçando tirar a garota de cima dele com as próprias patas. Ela gritando e ele pedindo desculpas. Se aquilo estava confuso? Não, imagina.

– Chega! – gritei e os dois me olharam. – Quem é você?

– Meu nome é Astrid. – fiquei na mesma, mas tudo bem. – Eu sou a namora... Ex-namorada do Soluço.

– Ex? – perguntou Soluço, abismado.

– Espera um pouquinho. Vamos colocar ordem nessa bagunça. – eu disse, tentando parecer superior. Banguela ficou ao meu lado e se agachou. Comecei a falar enquanto fazia carinho nele. – Por que terminou com Soluço, Astrid?

– Simplesmente por que ele sumiu sem dar notícias, e agora, aparece com você, aqui, nesse lugar que era somente de nós dois! – gritou.

– Não grite, Astrid. Vai assustar o Banguela. – Soluço se defendeu.

– Banguela, Banguela, Banguela. – repetiu. – Sempre o Banguela. Eu já estava tentando terminar com você, já faz algum tempo. Você só tem tempo para ele, Soluço.

– N-Não é verdade. – gaguejou Soluço.

– É sim você sabe que é. – falou, calma. – Eu não quero nem saber oque você está aprontando, tá legal? Eu vou embora. – ela disse, caminhando para fora da floresta. Pensei que Soluço fosse atrás dela, mas ele ficou parado, talvez processando tudo.

Preferi não tocar no assunto, então, deixei para lá. Acampamos ali mesmo, perto do lago, e Soluço estava rezando para que Astrid não contasse nada á seu pai. Como será que Jack e Merida estão se virando?

***

Em outro ponto.

Merida Narrando.

Nossa noite foi extremamente desagradável. Enquanto eu congelava ali, tentando dormir, Jack estava numa boa. Oras, ele domina o frio, obviamente ele não sente nada. De manhã bem cedinho saímos para procurar o pertence de Jack. Chegamos á um ponto que ele parou de andar e fitou uma cratera que estava no chão.

– Eu me lembro daqui. – falou, baixo. – Foi aqui que eu caí quando Breu quebrou o meu cajado e eu fiquei sem forças. Também foi aqui que lembrei de minhas memórias!

Jack não esperou eu falar nada e pulou lá em baixo. Voltou alguns minutos depois, segurando oque parecia um cordão. Era marrom e azul, e bem no centro tinha o desenho de um cajado. Definitivamente era o pertence de Jack.

Agora era a minha vez. Dunbroch, aí vou eu novamente.