Indo á Dunbroch

Jack jogou outro globo de neve no chão, e eu vi mais um portal se abrir. Dessa vez, não fui a primeira a entrar. Eu estava com um certo receio de voltar, mas eu precisava. Tudo isso logo iria acabar e enfim eu poderia voltar á minha vida normal.

Fomos andando pela floresta e estava bastante escuro. O céu estava nublado e ameaçava chover a qualquer momento. Estávamos quase no inverno e eu nem tinha percebido isso. Andamos muito, muito mesmo. Parei para descansar e beber água umas duas ou três vezes.

Foi quando eu vi a minha salvadora. Uma luz mágica. Sem nem esperar Jack vê-la também, corri até ela, e então, começou a me mostrar o caminho. Jack tentava me alcançar, sem muito sucesso. Foi então que ela parou. Era um lugar bastante conhecido por mim, eu até sentia saudades.

Todas as vezes que eu me sentia triste ou solitária, ia para lá, subia em uma árvore e pensava. Parei em frente á um tronco que eu reconheceria de qualquer lugar. Eu havia feito uma marca naquela árvore. No dia, minha mãe tinha começado novamente com a história de casamento, e eu estava mais triste que nunca por ela não me entender.

Foi então que Angus me seguiu até lá e ficou a tarde inteira comigo, mesmo quando começou a nevar. Foi naquele dia que o declarei meu melhor amigo. E então, eu marquei na árvore "Merida & Angus".

– Quando tempo eu não venho aqui. – resmunguei.

– Talvez o seu pertence esteja aqui, não? – Jack perguntou.

– Talvez. – respondi.

Subi no galho da árvore que eu costumava ficar e me deparei com um cordão. Era marrom com um vermelho bem forte, da cor dos meus cabelos e dentro tinha um arco. Eu sorri e pulei da árvore. Mostrei o cordão á Jack e coloquei em meu pescoço, assim como ele tinha feito com o dele.

A nossa parte havia acabado, espero que Soluço e Rapunzel também consigam.

Soluço Narrando.

No dia seguinte após aquela cena patética que a Astrid tinha feito, acordei com uma certa dificuldade. Minhas costas doíam um pouco e minha cabeça latejava. Por incrível que pareça, eu não estava chateado ou coisa assim por Astrid ter terminado comigo. Nós não nos parecíamos muito.

– Vamos, Soluço! – Rapunzel me tirou dos meus pensamentos quando me gritou. Ela havia terminado de guardar a barraca e me entregou a mochila. Começamos a caminhar.

Posso dizer que quase morri de tanto andar? Pois é. Nessas horas sinto falta de Banguela me carregando para lá e para cá. Andamos até ficar de tarde. Foi quando me deparei com um lugar bastante conhecido por mim.