Os Valentes

A Pança Nunca se Engana


Soluço Narrando.

Após toda aquela confusão, eu sentia todos um pouco mais distantes. Eu quase não via Jack, ele estava sempre com Jamie, ou então em algum lugar mais afastado. Rapunzel estava todo o tempo com Pascal, evitando falar de algum assunto e Merida? Essa eu nem via, para falar a verdade. Ela andava um pouco dispersa esses últimos dias. A última vez que eu a vi falar foi quando agradeceu por Jack tê-la salvado de Mordu.

– Quem pegou a minha espada? Estava bem aqui! – Merida gritou, e Jack interviu, começando uma discussão. Foi quando Fada entrou, atordoada. Rapunzel fora ajudá-la, enquanto eu terminava com a discussão dos dois.

– O que aconteceu?

– Temos um jeito de acabar com Breu. De uma vez por todas.

E então ela nos explicou. Nos mandaria para uma missão, eu e Punzie, Jack e Merida. Cada um teria de procurar o seu pertence mágico, que ajudaria na destruição de Mordu. Todos tinham um colar, com a sua cor e seu símbolo.

Merida não gostou muito da ideia de ter que voltar para a floresta, mas concordou. Então, nos preparamos. Punzie e eu começaríamos por mim, o que não seria nada fácil.

Jack Narrando.

– Vamos, Jack. – Merida me apressou, novamente.

– Espere um minuto, senhora dona-do-tempo. – ironizei, rindo.

Começaríamos por mim. Fomos andando pelo lugar que eu mais gostava de estar: no auge do frio. Andamos, andamos. Já estava de noite e Merida morria de frio, eu sentia. Seus lábios batiam freneticamente. Eu estava com pena e queria aquecê-la, mas como? Montamos a barraca em uma caverna e eu a enchi de edredons. Ela ainda batia os lábios.

– Me desculpe por estar nesse estado. – eu disse, por fim.

– Não é sua culpa. – sorriu.

– Não posso sequer te aquecer, isso é frustrante. Você vai perder os dedos de tanto frio, Merida.

– Não me importa, se tiver uma chance de achar o seu pertence, Jack. – ela fechou os olhos, como se quisesse dormir, mas logo os abria. – Você pode fazer uma coisa por mim?

– Qualquer coisa. – respondi. Confesso que estava com medo do que ela poderia pedir, mas eu tinha que ajudá-la naquele momento.

– Se eu não sair viva da briga com Mordu, conte á minha mãe que eu a amo. – disse, baixinho. Dava pra ver que Merida sentia saudades de sua casa.

– Você não vai morrer. Vamos todos ficar bem, acredite. Já enfrentamos males piores do que Mordu, isso vai ser moleza. – ela sorriu.

– Por que toda essa confiança? Tudo isso vai ser difícil, você sabe. – ela tinha razão, isso eu não iria descordar.

– Mas o Norte disse que podemos ganhar. A Pança nunca se engana. – ela gargalhou.