Os Valentes

A Menina dos Cabelos Ruivos


Quando entrei no portal, o mesmo me levou até o Reino de Dunbroch, talvez a ruivinha brava seja uma princesa, não é? Enfim, logo que cheguei, percebi uma imensa floresta e um relincho de cavalo. Nesse momento me lembrei do cavalo ao lado da imagem da garota, que se eu me recordo bem, se chamava Merida. Entrei na floresta com uma certa rapidez, afinal, eu ainda tinha que encontrar mais duas pessoas. Vi uma garota, – que pelos cabelos, se parecia com Merida – estava montada em um cavalo, que corria rápido. Sem pensar duas vezes, fui atrás. Nessas horas eu agradeço ao vento. Ela corria e acertava flechas nos alvos, admito, ela era muito boa. Quando terminou, desceu do cavalo comemorando, e tirou uma maçã de sua bolsa, dando-a na boca do cavalo.

– Meus parabéns, Angus. – ela disse, sorrindo. O cavalo lambeu seu rosto, eca. – Menino bom, menino muito bom! – ela riu. Sem querer pisei num graveto que estava ao meu lado, e ela se armou. Estava com uma flecha apontada para a minha direção, mas não me via, graças á folhagem.

– Não se preocupe, princesa. – eu disse, andando devagar em sua direção. Ela me lançou um olhar curioso. – Não vou machucar você.

– Quem é você? – perguntou.

– Meu nome é Jack Frost e eu preciso da sua ajuda. – ela ainda estava com o arco em suas mãos. – Existe uma equipe, Os Guardiões. O nosso dever é proteger as crianças e todos que acreditam em nós. E agora, um grande perigo se aproxima, e nós não vamos conseguir sozinhos. Precisamos de sua ajuda.

– Como posso saber que não está mentindo para mim? – garota teimosa, hein?

– Simplesmente por que eu não minto. – afirmei, e ela abaixou o arco. – Bem melhor.

– E para onde nós vamos, salvar as crianças e sei lá oque? – perguntou.

– Vamos ao Pólo Norte. – ela riu. – Juro. Vá falar com seus pais. – ela riu novamente. Onde é que ela estava vendo graça?

– Meus pais nunca me deixariam ir, se soubessem. Angus, faça-me um favor. – o cavalo se aproximou. Ela pegou um papel e um lápis de sua bolsa e escreveu um bilhete á seus pais. – Por favor, leve isto ao reino e faça de tudo para ser entregue á meus pais. – ela colocou o bilhete grudado na cela do cavalo e foi, ainda mais rápido. – Pronto, nós podemos ir.

E então, joguei mais uma bola de neve no chão, e um portal se abriu. Ela ficou com um certo receio no começo, mas logo se jogou lá dentro. Eu apenas ri de sua atitude. Entrei no portal e então fomos atrás da loira com os cabelos que mediam vinte e um metros de cumprimento.