Os Valentes

Menina Loira e Garoto do Nome Engraçado


E então, chegamos a um local onde eu só via árvores. Elas tapavam toda a minha visão e eu não enxergava nada além delas. Merida estava novamente com seu arco em mãos, pronta para o ataque. Eu tinha medo dela. Quando estávamos cansados de andar, parei para me escorar em uma pedra, que estava repleta de plantas. Quando encostei, caí com tudo. Só pude ouvir as altas gargalhadas de Merida do outro lado. Quando a maluca finalmente parou de rir, entrou naquela passagem. Andamos até o outro lado e vimos uma torre grande, não, uma torre enorme.

Tem alguém lá em cima? Merida perguntou, com receio.

Não sei. respondi. Mas se tem alguém lá em cima, tem jeito de entrar. E nós vamos descobrir. saí em disparada tentando achar algo, mas nada. Merida me ajudava, mas não conseguir achar uma porta ou algo assim.

E agora? Como entramos? perguntou Merida.

Com o vento, é claro. respondi, sorrindo.

Como assim com o ven... Ai meu Deus, eu to flutuando! Haha! gritou. Juro que eu pensava que ela iria gritar ou algo assim. Talvez ela fosse durona sempre.

Quando chegamos na janela, subi e puxei Merida pela mão. Agradeci silenciosamente ao vento por me ajudar e entramos. Andei devagar, mas tive que desviar de algum golpe que iria acertar em cheio a minha cabeça. Merida novamente estava com seu arco em mãos. Fui para perto de Merida, e quando uma figura loira se aproximou, assustou a mesma, fazendo com que ela soltasse a flecha, que passou uns dois centímetros da cabeça da pessoa.

Ai meu Jesus, vocês vieram me matar? O que é isso? gritou a figura loira, que agora percebi que era uma menina. Era a Rapunzel, da imagem.

– Olá. Nós não viemos matar você. Meu nome é Jack, e esta é Merida. apontei para ela, que encarava a loira com cara de poucos amigos. Nós viemos pedir sua ajuda. Tem um mal muito grande se aproximando e só conseguiremos vencê-lo se vier conosco.

M-Mas, sair da torre? E-Eu nunca sai da torre. N-Nunca. respondeu, gaguejando.

Nunca? Caramba, quando tempo. Você deve ter o que, uns quinze anos? Merida perguntou.

Na verdade, dezesseis. Merida soltou uma gargalhada e eu apenas a encarei, sério. Ela parou de rir e se virou, contrariada.

Precisamos que venha conosco, por favor. pedi, com uma cara de cachorro abandonado.

Ai, eu mereço. ouvi Merida gritar do outro lado da sala e eu ri.

Tudo bem, eu vou com vocês. Rapunzel se rendeu, levantando as mãos. Merida soltou um “Ufa” e joguei outro globo de neve no chão, abrindo outro portal. Merida foi a primeira a entrar, saltitando. Eu apenas ri e entrei logo depois. Por último foi Rapunzel, que ainda estava meio contrariada.

E fomos atrás do cabeludo com o dragão de estimação.

Quando chegamos, admito que se parecia bastante com o último lugar. A não ser por que Vikings passavam para lá e para cá a todo momento. Fomos andando e Merida tinha acabado de inventar um apelido para Rapunzel: Punzie. Admito que achei ridículo no começo, mas eu estava me acostumando. Andamos mais um pouco e ouvi alguém falar:

Tudo bem, Soluço. Pode ir agora. – lembrei-me do que Norte havia me dito, o nome engraçado do garoto engraçado. Corri até o garoto, que agora eu reconhecia.

– Ei, garoto! – Merida gritou, indelicada. – Espere por nós!

– Em que posso ajudá-los? – perguntou o garoto, que agora estava parado.

– Você é o Soluço? – ele assentiu. – Bem, a história é longa, mas vou resumir. O mundo está ameaçado por um mal e só podemos vencê-lo juntos. Juntos, no caso, somos nós quatro. – expliquei, e ele sorriu.

– Acredito em tudo depois do que aconteceu ano passado. – relembrou. – Eu vou com vocês, mas o Banguela tem que ir junto. – apontou para um dragão, que estava roubando frutas de uma barraquinha. Eu apenas ri.

– Não acredito que foi tão fácil. – ri. – Tudo bem, vamos lá. – joguei outro globo de neve no chão e mais um portal se abriu.

– Eu adoro essa parte! – Merida riu e entrou, saltitante. Eu apenas ri. Rapunzel e Soluço entraram logo depois, e por último, eu.

Minha missão estava cumprida, eu acho.