Nas tardes seguintes, depois do almoço, Kath sempre conversava com Luke.

Ela fazia a aula sozinha, de forma que sempre tinha muito tempo com ele, e aos poucos ela sentia seu humor voltando.

Já era quinta-feira, e ela viu o céu nublado escurecer ainda mais. Parecia carregado de chuva e tesmpestade contidas.

– É melhor eu ir logo - diz ela, depois de meia hora. - Hoje terei que ir a pé. mesmo com guarda-chuva, vai ser ruim.

– Tudo bem - ele diz. - Boa tarde!

Ela se despede e sai da sala.

A aula só acabara havia meia-hora, mas tudo estava estranhamente vazio.

Ela anda pelos corredores, pensativa. Sente uma vibração na mochila e se contorce para puxar o celular.

Uma chamada perdida. O visor dizia 'Dean Winchester (Dee)'

Ela encara a tela por alguns instantes.

Seu celular estava sempre cheio de ligações dos irmãos. Pareciam brotar do nada, de cinco em cinco minutos.

Ela suspira. Já estava mais que na hora de voltar para casa. Já quase esquecera do 'incidente' com Sam, e, depois de vários dias sem mais encontros, ela estava pronta para esquecer tudo.

Ela decidiu que ligaria para Mary quando voltasse para casa.

Tudo está quase deprimente nos corredores. O silêncio era completo, e a caçulinha não gostava disso.

Inconscientemente, ela começa a cantarolar uma musiquinha: a Angel With a Shotgun.

.

Get out your guns, battles begun
Are you a saint, or a sinner?
If loves a fight, than I shall die
With my heart on a trigger
.
They say before you start a war
You better know what you're fighting for
Well baby, you are all that I adore
If war is what you need, a soldier I will be
.
I'm an angel with a shotgun
Fighting til' the wars won
I don't care if heaven won't take me back
I'll throw away my faith, babe, just to keep you safe
Don't you know you're everything I have?

.

Às vezes era assim que ela se sentia. Matando monstros. Salvando pessoas.
Como um Anjo com uma arma.

De repente, Kath ouve um ruído.

Olha par trás, achando que veria Luke, mas nem sinal dele.

Ela continua andando.

Outro ruído.

Devagar, Kath tira uma faca da meia. Qualquer um veria o movimento, o que poderia tanto ser bom como ruim, mas ela não trouxera nenhuma faca na manga. Não esperava nenhuma surpresa, já que a semana inteira tinha passado sem nada de estranho naquela escola - à não ser, talvez, a crueldade dos alunos. Eles eram ainda piores do que vários dos fantasmas que já enfrentara.

Continua andando, dessa vez mais devagar e silenciosamente.

Então, um movimento atrás de si.

Ela para de andar e empunha a faca ainda com mais firmeza.

Depois, um outro movimento, onde antes era sua frente, a faz se virar novamente.

De repente, uma mão agarra seus cabelos e outra tapa sua boca. Katherine se debate, mas um forte golpe a atinge na nuca e ela cai, inconsciente.