Capitulo doze.

A casa dos ruivos.

- Ron! Meu filhinho! Vem cá dar um abraço na sua mãe! – Rony sorriu e entrou correndo.

- Oi mãe!

- Gina! Como seus cabelos estão longos!

Gina sorriu largando sua mala no chão. Ela abraçou a mãe e entrou n’A Toca.

- Harry! Como você cresceu! Já parece um homem!

- Obrigado por me deixar ficar, senhora Weasley.

- Que nada, querido! Você já é de casa. – Ela abraçou Harry, afogando-o em suas longas vestes. – Hermione! Que bom que você veio, querida! Você é tão amiga da Gina e isso é muito bom, porque você pode fazer companhia para ela. Afinal, ela mora rodeada de meninos.

Hermione riu.

- Mamãe, cadê o Carlinhos?

- No Santo Mungus, querido. Mas nós temos uma boa, na verdade ótima, noticia dele. Ontem à noite, ele abriu os olhos e perguntou por Jasmine. Depois voltou a dormir. Ele está dando sinais de vida. Isso é realmente muito bom!

- Uau! É realmente muito bom! Mas quem é Jasmine? – Perguntou Rony já se esticando no sofá.

- A amiguinha dele.

- Amiga? Mamãe! Ela é a namorada dele! – Disse Gina.

- Namorada que nada! Ele é muito jovem para namorar!

Nesse meio tempo, Gina e Harry se encararam. Pareciam estar tendo um ataque escondido, ou algo do tipo. Do mesmo jeito que Rony e Hermione. Só que Rony quase chorou ao ouvir aquilo.

- É? Mu-muito jo-jovem para namo-morar? – Perguntou.

- Claro Rony! Ele precisa curtir a vida!

- Hum... – Disse ficando vermelho.

- Rony e Gina, levem seus convidados para se instalarem nos seus quartos. Eu vou fazer o almoço. Logo os homens chegam.

Era uma sexta feira muito ensolarada, era final de verão. E A Toca, como sempre, estava muito barulhenta. Harry estava com saudade daquele lugar. Ele seguiu Rony pela estreita escada.

- Imagina o que a minha mãe vai falar quando souber que eu e a Mione estamos namorando! Ela com certeza vai enlouquecer, cara!

- Não! Ela vai enlouquecer mesmo, quando souber que você fica andando com a camisa aberta para enlouquecer as garotas. – Brincou Harry.

- Eu não tenho culpa se tenho um tanquinho fenomenal!

- Claro! Realmente fenomenal! – Ironizou. – Cadê os gêmeos?

- Sei lá! Vamos logo! Quero afanar alguns biscoitos antes da hora do almoço. – Disse Rony atacando a mala sobre a colcha dos Chudley Cannons.

Harry jogou seu casaco sobre a escrivaninha de Rony. Mas ela derrubou alguma coisa. Uma pequena caixinha.

Nela tinha uma etiqueta rotulada: NÃO ABRA! Mas o fato de estar escrito para não abrir, dava ainda mais vontade em Harry de abri-la.

- Rony, o que é isso? – Rony puxou a caixinha, com força, de sua mão.

- NADA! NADA! NADA! NADA! NADA!

- Ah cara! Qual é?! Deixa eu ver, vai!

- N-Ã-O! – Soletrou. – Nem sonhando, cara!

- Se você me mostrar, eu te mostro o diário da Gina! – Mentiu Harry. Ele nem sabia se Gina tinha um diário, mas ele sabia que quando se tratava dela, Rony concordava com qualquer coisa.

- Tudo bem! Mas por favor, não dê risada de mim!

Harry concordou, e abriu. Tinham algumas fotos de Hermione rindo. E embaixo, tinha uma carta. Harry a abriu devagar.

- Vai logo!

- Calma, que eu vou ler a primeira pagina do seu diário.

- Seu idiota! É uma carta!

Mione,

Porque eu não consigo dizer o que eu sinto por você? Talvez seja porque eu não consigo saber o que sinto por você! Eu não sei o que você faz comigo! Deixa-me tão louco. Tão confuso! Tão irritado! E quando seus olhos olham nos meus, um tipo de fogo penetra na minha pele. É tão ruim, ao mesmo tempo que é tão bom... O único problema é que essas palavras nunca vão sair do papel. Nunca. Porque eu nunca vou conseguir dizer que preciso de você aqui e agora. Porque eu nunca vou conseguir olhar para os seus olhos e te dar aquele beijo que você sempre quis. Porque a minha boca nunca vai conseguir se abrir para poder dizer: Eu te amo Hermione Granger.

Harry estava indeciso. Ele não sabia se ria ou chorava.

- Você é um idiota, Ron!

- Porquê?

- Porque, você só se fez de bobo! Você é um bobo, mesmo!

- Eu sou bobo mais perfeito do mundo! – Harry gargalhou.

- CHEGAMOS! – Duas vozes alegres ecoaram pelo segundo andar. – Onde está o Roniquinho da mamãe? – Berrou um dos gêmeos.

- Aqui em cima, seus idiotas! – Gritou Rony.

Eles subiram. E, Cara! Como eles estavam altos! Pensou Harry. E de terno eles pareciam, um pouco, mais sérios que o normal. Eles cumprimentaram Rony e depois Harry.

- Olá, Harry!

- Oi Jorge! Ou você é o Fred?

- Eu sou Fred!

- E eu sou o Jorge!

- Oi, Jorge!

- Brincadeira, eu sou o Jorge!

- E eu sou o Fred!

- Não! Eu sou o Fred!

- CHEGA! Eu me confundi! Oi para os dois ruivos idênticos! – Disse Harry impaciente. – Como vão vocês?

- Excelente!

- Muito bem! Mas não estamos tão bem quanto você, Harry. – Disse, provavelmente, o Fred. – Estou sabendo que está pegando uma ruiva das boas.

Harry corou.

- Então vocês já estão sabendo de tudo. – Concluiu.

- Claro! Gina mandou uma carta para mim quando você a pediu em namoro. – Disse Fred.

- Ah... – Disse timidamente.

- Cuida bem da nossa maninha!

- É! Isso! Fica de olho nele, Rony! – Pediu Jorge. – Falando nisso, e você Rony? Já beijou alguma menina?

- Não é da conta de vocês! – Disse escondendo a carta dentro da caixinha.

- Ah! Fala! Já deu umas beijocas?

- JÁ! – Disse farto.

- Em quem?

- Na Mi... Na... Não interessa!

- Ele deu umas beijocas na nãointeressa! Ela é bonita, essa naointeressa?

- MUITO!

Os gêmeos decidiram deixar Ron em paz.

- Pense rápido, Harry! – Fred atacou alguma coisa em Harry. – É uma cesta cheia de produtos Weasleys! Espero que goste...

- Ah! Eu adorei! Valeu!

- De nada. Vamos almoçar?

- VAMOS! VAMOS! – Disse Rony todo animadinho.

Os garotos desceram para o primeiro andar. Gina e Hermione ajudavam a senhora Weasley a arrumar a mesa. O senhor Weasley chegou, e depois de cumprimentar todos, eles se sentaram em volta da mesa.

- Mãe! Cadê o Percy?

- Ele está no trabalho. Ele nunca sai de lá.

Rony deu um sorriso torto e começou a comer, ferozmente. Por debaixo da mesa dava para ver que ele estava de mãos dadas com Hermione. Já Harry, deve o azar de se sentar bem longe de Gina.

- Harry, me passa a vasilha de maionese, por favor? – Pediu Gina.

- Claro.

Ele passou a vasilha para ela, fazendo questão de tocar em seus dedos. Como se estivesse marcando território. Jorge com certeza percebeu, porque arqueou as sobrancelhas.

Tirando o fato de Rony ter se engasgado com a farofa, umas duas vezes, o almoço foi bem tranqüilo. Harry não tinha nem terminado de comer os segundo prato e a senhora Weasley já estava empurrando o terceiro.

- Obrigado. Estou satisfeito.

- Tudo bem... Porque então, vocês quatros não vão jogar Snap explosivo no quintal?

Rony concordou levá-los para fora enquanto ela lavava a louça. Fred e Jorge estavam em seu “escritório”, planejando novas invenções. Os quatro foram para o quintal enlameado e jogaram até cansar.

- Chega! Não agüento mais jogar isso! – Exclamou Gina. – Quero fazer outra coisa!

- Tipo o quê? – Perguntou Rony se sentando na grama.

- Tipo, brincar de dar uns amassos no Harry.

Harry corou e Hermione riu enquanto Rony fechava a cara.

- Hum... Como nós vamos contar para mamãe e papai, sobre nós quatro?

- Não vamos! – Disse Gina, decidida.

- Uma hora ou outra eles vão descobrir! Tirando que os gêmeos já sabem!

- Gina, você não acha melhor eu contar para o seu pai? – Perguntou Harry. – Sobre nós?

- Você que sabe, amor... Vamos falar com ele.

- Claro, querida.

Eles entraram na casa. O eco do riso dos gêmeos alegravam a casa. O senhor Weasley lia o Profeta Diário indiferentemente.

- Bem... Senhor Weasley, eu e Gina queremos te contar uma coisa...

Ele subiu os olhos, fazendo cara de desconfiança.

- Digam.

- Papai... Eu e Harry estamos... – Ela se calou.

- Vocês estão o quê? Estão felizes? Tristes? Desapontados? Mau-humorados?

- Não. Nós estamos namorando.

Ele jogou o jornal de lado. Com certeza estava sem reação.

- É mesmo? Que ótimo! – Sua boca dizia ótimo, mas seus olhos diziam péssimo. – A quanto tempo, mais ou menos?

- Uns cinco...

- Dias?

- Meses.

A senhora Weasley entrou na sala sorrindo.

- Sobre o que vocês estão falando? – Ela perguntou se acomodando ao lado de seu marido.

- Harry e Gina estão juntos.

- Juntos como?

- Juntos tipo namorando.

- Tipo, o quê? – Ele repetiu. – Namorando?

- Sim, mamãe! E não me diga que somo jovens demais! Eu amo Harry! E nada que você fizer vai mudar isso! Vou casar com ele e ter dois filhos!

- Três. – Acrescentou Harry.

- Isso! Três lindos filhos.

- Estou sem palavras! – Disse a senhora Weasley de boca aberta. – Eu autorizo esse namoro. Eu sempre soube que vocês iriam ficar juntos.

- Sabia?

- Não! Mas sempre quis! – Gina riu e agradeceu sua mãe com um abraço.

- Senhor Weasley... Você autoriza? – Harry se encolheu envergonhado.

- Só porque você é Harry Potter! – Harry ofegou aliviado. Depois de muito agradecer, Gina perguntou:

- Agora posso beijá-lo?

- Você está achando que isso é um casamento? – Ela fez que sim. - Claro que não! Agora vão brincar para lá!

- Papai! Não somos mais crianças para irmos brincar!

- Tanto faz desde que suas bocas mantenham uma GRANDE distancia!



Harry viu o sol se pôr pela janela da sala. Ao seu lado, Gina não parava de falar. O garoto estava tão exausto, que sua cabeça doía.

- ... E então, Carlinhos caiu de cabeça! – Ela riu. – Que saudades dele... Espero que ele esteja bem!

- Ele vai estar!

- É... – Ela sorriu pensativa.

Harry ouviu um som bem agradável vindo do andar de cima. Uma mistura de musicas conhecidas.

- Que barulho é esse?

- São os gêmeos e o teclado deles, você deve saber o que é já que é um instrumento trouxa. Eles pediram isso de aniversário para poder ficar fazendo música. – Ela mordeu o muffin.

- Genial! Pede para eles tocarem aqui embaixo!

A música deles era muito boa! E eles cantavam realmente bem! Pensou Harry.

Gina subiu e voltou com os ruivos.

- Chama Mione e Rony! Vamos tocar algumas músicas legais...

Rony e Hermione estavam no sótão d’A Toca, “aprontando”. Quando Gina foi chamá-los, soltou um gritinho agudo. Harry nunca soube o motivo.

Rony foi para a sala sorrindo de orelha a orelha. O cabelo desarrumado e a roupa tão amassada que parecia ter sido guardada dentro de uma garrafa, denunciavam que ele e Mione estavam passando de nível. Harry deu um sorriso de duplo sentido para Rony, que estava tentando dar um jeito na sua roupa.

Hermione parecia estar levemente tonta, pois cambaleava até o sofá.

Depois que todos já estavam lá, Jorge começou a tocar uma música lenta. O senhor e a senhora Weasley, se sentaram ao lado de Rony.

- Harry! Dança essa música comigo! – Gina o puxou para o centro da sala.

- Quer dançar, Mione? – Harry olhou surpreso. Não tinha sido Rony quem chamara. E sim Fred! Ela aceitou entusiasmada. Ron cruzou os braços, realmente irritado.

- Chega mais perto! Não mordo! – Gina o puxou para mais perto de seu corpo. Ele conseguia sentir o coração da garota.

Harry olhou para o lado e viu o senhor Weasley o fuzilando com os olhos.

- Melhor a gente se afastar. Seu pai está olhando... – Cochichou Harry.

- Ele está olhando? – Harry confirmou. – Então feche seus olhos... – Harry a olhou desconfiado. – Não confia em mim? – Ele fechou os olhos como resposta.

Ele não sabia o que esperar. Ficou ali balançando o corpo no ritmo da música. Em cerca de segundos, algo tocou seus lábios. Eram os lábios de Gina, e logo suas línguas estavam em pura harmonia.

Ele nunca tinha dado um beijo tão intenso como aquele. Borboletas voavam em seu estômago, e ele conseguia sentir seu coração na garganta. Os dois dançavam de olhos fechados e bocas coladas. Ela diminuiu o ritmo do beijo, para poderem se separar e respirar. Os olhos verdes dela, sorriam para os olhos azuis, dele. Era como se ninguém estivesse lá. Era como se não estivessem mais n’A Toca.

- Harry, eu sou a garota mais feliz do mundo inteiro!

As borboletas,no estômago de Harry, o empurraram para a boca da garota. Ele a beijou poupando palavras. De tão felizes, eles estavam quase flutuando. As mão dele, não paravam quietas. Primeiro estavam em seus cabelos cor de fogo, depois desceram para sua nuca, depois, até sua cintura, até chegar em sua...

- OPA! Agora chega! – Gritou Rony.

Harry abriu os olhos assustado. Ele ainda estava n’A Toca. O senhor Weasley atacava o pudim com fúria na cozinha, se livrando de ver a cena de beijo dos dois. Gina continuou abraçada com Harry.

- Nos deixe em paz, Rony! – Disse nervosa.

Os olhos de Jorge, brilhavam enquanto ele deslizava os dedos no teclado.

A senhora Weasley fingia não ter visto o beijo, mas ela sorria. Ao contrário de Rony. Ele voltou a se sentar, esperando que a música acabasse logo.

Fred e Hermione pareciam não terem visto nada. Ele dançavam de olhos fechados. Dava para perceber que Fred queria muito mais que uma dança, com ela.

- Harry, você me leva a loucura! Acho que a minha pressão até caiu depois disso! – Sussurrou Gina mostrando que ela também tinha sentindo borboletas no estômago.

A música diminuiu ainda mais a velocidade. Se é que aquilo era possível.

Fred começou a se entusiasmar mais que o necessário. Ele passou a mão em um lugar não muito apropriado do corpo de Mione.

Rony se levantou como um leão, prestes a atacar sua presa. Ele puxou Fred pela gola da camisa e deu-lhe um soco no olho esquerdo.

Fred bateu a cabeça na parede, desorientado.

- RONALD! – Berrou a senhora Weasley

Fred se levantou pronto para revidar. Ele apertava a varinha com força na mão. Harry o segurou, impedindo-o de se mexer. Hermione fez o mesmo com Ron, mas precisou da ajuda de Gina.

- Ronald! Só porque você não toma uma atitude, não significa que eu não possa tomar! – Jorge estava imóvel com a boca aberta.

- Mas eu tomei uma atitude!

Fred gargalhou com ironia.

- Ah, é?! Qual?

Rony se esquivou de Gina, virando de frente para Hermione. Ele a beijou rudemente. Todos arregalaram os olhos chocados. O senhor Weasley voltou da cozinha e quase tropeçou ao ver a cena. Harry segurando Fred e Rony tirando todo o ar de Hermione.

- Eita! O que eu perdi?

Rony deu-lhe os ombros.

- Eu a namoro desde o natal! E não admito que você fique encostando-se nela daquele jeito!

O senhor Weasley caiu no sofá.

- E porque você não me contou? – Gritou Fred se debatendo.

- Porque NÃO!

- A Gina confia em mim! Ao contrário de você! – Ele se aproximou de Hermione. – E você? Porque não me contou?

- Fred... – Ela ia cair no choro.

- PARA DE CHORAR! É só isso que você faz! – Gritou batendo o pé no chão.

- Me desculpe, Fred...

- Não desculpo não! – Ele subiu e Harry jurou ver um liquido incolor escorrer em sua bochecha sardenta.

Jorge colocou o teclado debaixo do braço.

- Que mancada Ron! – Ele seguiu o irmão.

- Ron! Nós já estamos atolados de problemas! Pensei que com vocês aqui, isso ia diminuir, não aumentar! – Disse a senhora Weasley. – Para piorar, você nem nos avisou que estava namorando Hermione! Somos sua família! Não é para ficar escondendo essas coisas da gente! – Hermione se encolheu, batendo as costas na parede da escada. A senhora Weasley percebeu que pegara pesado, pois diminuiu o tom. – Fique calma, Hermione. Não é sua culpa se você se apaixonou pelo Rony! Ele deveria ter nos contado!

- MÃE! Chega de me humilhar! Não adianta chorar pelo leite derramado!

- Mas alguém tem que limpar esse leite! E eu suponho que seja você! Amanhã você vai pedir desculpas para seu irmão! Agora vão deitar! Já está tarde!

Rony se arrastou pela escada. Hermione e Gina foram atrás.

- Harry. Venha cá, um segundo...

- Sim, senhor Weasley?

- Eu agradeceria se não a beijasse na minha frente. – Disse calmamente.

- Mas senhor, foi ela quem me beijou!

- Eu sei! A Gina é meio louquinha ás vezes, e eu realmente espero que você a controle.

- Cl-claro. Isso não será problema. Farei isso.

Ele corou.

- Agradeço.

Harry correu para o andar de cima. O ruivo folheava um gibi. Harry até tentou ficar triste como ele, mas não conseguia. Estava tão feliz pelo beijo. As malditas borboletas ainda o incomodavam.

- Você está bem, Ron?

- Sim! É só que eu não consegui aguentar vê-la com Fred! Afinal, eu nunca imaginei que ele gostava dela!

- Mas você precisa parar de ser ciumento! Hermione nunca te trairia!

- Eu sei disso... Mas tenho muito medo de perdê-la! – Ele respirou fundo. – Não sou tão bom para ela, quanto ela é para mim!

- Cala a boca! Você é ótimo! – Os dois olharam surpresos para o batente. Lá estava Mione com Gina. Elas entraram na ponta dos pés. – Você não me ama mais do que eu te amo!

- Amo sim! – Ela se sentou ao lado dele. Ele aproveitou e a beijou. Eles se deitaram na cama de Ron.

- GALERA! Eu não sei se vocês perceberam, mas vocês não estão no sótão e nós dois continuamos aqui! – Disse Gina tapando os olhos.

- Foi mal... Vamos nos deitar. Boa noite! Amanhã a gente se vê!

Gina deu um beijo em Harry de boa noite e saiu. Levanto consigo, as borboletas.

A primavera estava no final. As flores caiam, entristecendo o jardim. Harry assistia Rony roncar e se revirar na cama. Ele estava sem sono, tentava acordar o ruivo.

- RON! Acorda! RONY! – Harry o chacoalhou, mas nada.

Até um porco dormia menos que Rony. Hermione entrou no quarto vestida com um roupão florido.

- Bom dia, Harry!

- Bom dia...

Ela se inclinou sobre Ron, beijando-o delicadamente.

- Amor. Acorda... – Disse baixinho. Instantaneamente o garoto acordou, como mágica.

- Brincadeira, isso! Eu o chacoalho e grito, mas ele não acorda. Agora você cochicha, ele abre os olhos! – Harry murmurou.

- Oi... – Disse Ron se espreguiçando. – Deita aqui um pouco... – Pediu para Mione.

- Não posso, Ron! Tenho que ir tomar um banho!

- Ah... Fica aqui!

Harry começou a se sentir ligeiramente enjoado.

- Francamente... Vocês são dois chicletes!

- Então, espere! Deixe-me morder meu chiclete! – Ela deu um sorriso e mordeu os lábios do Ruivo. Sem se caber de alegria, Ron a puxou para cima da cama.

- Já não basta ontem? – Perguntou Harry. – Me dêem licença. Preciso sair daqui! – Eles o ignoraram. Harry saiu e topou com Fred no corredor,

- Bom dia.

- Bom dia, Harry. Como vai?

A cicatriz de Harry queimou, fazendo-o cair no chão. Sua vista escureceu enquanto ele se contorcia de dor. A Toca sumiu. Sua cabeça girou o enlouquecendo. Ele abriu os olhos. Onde ele estava? Era um ambiente frio e escuro. Ele se levantou e percebeu que era uma mulher de cabelos negros. Ele se arrastou por um corredor. Alguém o chamava.

- Você demorou. – Disse uma voz, horrivelmente, fria. A cicatriz duplicou a dor.

- Me desculpe, milorde. – A mulher parecia ser meio insana, pela voz. Ela andava como bêbada e fedia. – O que o senhor deseja?

- Marieta! Ela anda sendo inútil! O garoto não quer mais entrar na sala! Ele perdeu o interesse completamente. – A mulher o encarou. Seus olhos eram vermelhos e demonstravam ódio.

- Ela está fazendo o máximo! O problema é que Draco não está mais colaborando! Ele decidiu ir para o lado do bem... – Disse amedrontada.

- Chame Narcisa... AGORA!

- CISA! – Harry gritou.

- Estúpida! Indigente! Se fosse para gritar, eu mesmo faria isso!

A mulher choramingou. A senhora Malfoy entrou na sala fazendo uma reverencia.

- Posso saber o motivo do seu filho não querer mais colaborar comigo? Está planejando morrer, por acaso?

- Não, milorde! Eu não sei o motivo! Ele não responde nossas cartas, mais! Mas tentarei convencê-lo de reiniciar a tarefa... – Disse tão assustada quanto Harry.

- Se caso você não conseguir... Mandarei Marieta usar a maldição Imperius nele!

- Si-sim! – Disse Narcisa, relutante. – Quem é Marieta, milorde?

- Marieta é Mariane! Nossa recente comensal. Ela anda bebendo a poção polissuco para poder se transformar em uma bibliotecária. – Respondeu a mulher que Harry possuira. – Foi ela quem jogou a maldição Imperius, na filha do Brown e no filho do Weasley. – Harry deu uma risadinha maléfica. – Só para tirar o Weasley traidor do sangue do caminho!

- Ah... Então é ela quem anda colocando seus objetos na sala precisa?

- Milorde... O senhor a mandou fazer isso?

- Sim, Bellatrix. Eu mandei! Ela pegou alguns objetos de seu cofre. – Disse a voz fria novamente.

Bellatrix sorriu torto.

- Quando Draco voltar... Liquidaremos Harry Potter! – Ela riu brilhando os olhos.

- HARRY! Por favor! Acorda! – Ele abriu os olhos suando frio. Sua cabeça lateja e sua cicatriz parecia ter sido queimada a ferro. Gina berrava debruçada sobre seu corpo.

- Gina! Voldemort! – Ela se arrepiou ao ouvir o nome dele. – Chame Rony! E Hermione!

- Eu chamo! – Harry esticou a cabeça e viu Fred. Ele abriu a porta do quarto de Ron e pareceu não gostar muito do que vira.

Então Gina perguntou:

- O que foi? Hermione ainda está de roupão, não é?! – Ele não respondeu. – NÃO É?!

- Que roupão? Esse? – Fred esticou o braço mostrando o roupão de Hermione não mão.

- Então com o que ela está vestida? – Perguntou Gina assustada, ajudando Harry a se levantar.

- E quem te disse que ela está vestida? – Fred fez uma cara brava. – Liçencinha. Vou ali vomitar um pouco! – Ele saiu correndo levando o roupão da garota.

- RONALD WEASLEY! Vem já aqui! – Gritou Gina preocupada com Harry.

Ele veio correndo com uma toalha amarrada na cintura.

- O que foi? – Harry contou sua visão para ele, detalhadamente.

- Nossa! Precisamos avisar Dumbledore! Temos que falar que Marieta é uma comensal e que Draco corre perigo! – Exclamou Gina.

Ron ficou parado tentando assimilar tudo.

- Precisamos voltar para Hogwarts! Mas não podemos contar para ninguém daqui, o motivo. Senão, não nos deixarão voltar! Vão fazendo suas malas. Gina! Avise Hermione. Vou falar para mamãe que queremos voltar hoje para Hogwarts por causa do... Hum! Já sei! Por causa do Quadribol!

Todos fizeram o que Rony mandara.

Eles iriam voltar para Hogwarts, e salvar, mais uma vez, aquela escola.