Os Mistérios do Amor
Quem é o cara? (Cam)
P.O.V Cameron
Na sexta-feira, estava caminhando em direção a minha sala de aula, quando avistei Sammy no corredor. Este estava quase vazio, com algumas pessoas em transito, mas o que me chamou a atenção foi a pessoa com quem ela conversava: Nate.
Me aproximei lentamente, ficando atrás dela, antes de me pronunciar:
—Está tudo bem aqui, Sammy? - Coloquei a mão em suas costas como forma de suporte.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!—Claro.- Disse Nate. - É óbvio que ele apareceu. - Ele soltou um riso sarcástico, olhando para mim. - Sabe, eu tinha quase desistido da aposta até você aparecer. Foi quando Jason abriu meus olhos. - Eu o encarava profundamente. Apesar da vontade de repetir a sessão de socos que havíamos passado uma vez, Sam não merecia passar por isso. - Você estava, descaradamente, dando em cima da minha namorada… Só faltavam as vestes de salvador da pátria para completar.
—Loss,- Retruquei rapidamente.- Eu não preciso estar afim de Sam para protege-la. - Respirei fundo antes de continuar. - Mas você não saberia disso, já que a sua ideia de se preocupar com uma garota é foder com ela e depois com a vida dela.
—Há quanto tempo isso está acontecendo, Samantha? - Nate apontava para Sam e para repetidamente com um sorriso sarcástico no rosto.- A Emma sabe disso? Ela vai ficar uma fera. - Não tinha o que a Emma saber, meu querido.
—Não tem nada acontecendo, Nathan.- Sam negou, tanto em fala quando com seu gesto de cabeça. - Não coloque em cima de mim as justificativas para os seus erros. - Essa era a garota por quem eu estava apaixonado. Nos viramos e saímos em direção a sala de aula.
***
No sábado, fomos a festa de Catalina Von Lurk. Num certo momento, Sammy estava na pista e muitos pares de olhos se voltavam para ela, mas ela nem percebia. A verdade era que estava impossível não olhar. Ela estava dançando e rebolando de uma forma que fazia com que qualquer um ficasse maluco, eu principalmente.
Depois de poucos minutos, não me contive e me aproximei por trás, colocando as mãos em sua cintura. Ela continuou dançando, o que só fez com que eu a quisesse ainda mais. A puxei contra mim, colando nossos corpos, e suas costas se chocaram com a parte mais sensível do meu corpo, que precisava dela.
Afastei seus cabelos para um único lado, deixando seu pescoço disponível para que eu pudesse beija-lo. A resposta dela em reação a isso me fez não querer parar, mas ela se virou para mim, me lembrando que não deveríamos. Me afastei, antes que fizesse uma bobagem.
***
Na semana seguinte, estava no meu quarto ouvindo música, quando olhei pela janela, pensando em Sam. A cena que vi foi desapontadora: Sammy, a minha Sammy, estava estudando com outro cara… No quarto dela. Eles estavam rindo, se divertindo, e uma onda de ciúmes me percorreu. Não me contive e fui até a casa dela, para olhar na cara do infeliz, mas ela me expulsou rapidamente.
Ela estava me trocando por outro? Havia me largado para estudar com outro e em breve seus lábios estariam colados nos lábios de outro.
Só voltei a janela mais tarde naquele dia, quando Sam estava sozinha olhando o céu:
—Quem era o cara, Sam? - Perguntei, tentando me certificar de que ela não estaria saindo com ninguém outra vez.
—Por que você fez isso, Cameron? - Ela me olhou desapontada.- Como você sabia que ele estava aqui?
—Essa janela me rende mais do que conversas, Samantha. Eu vi vocês dois aí. - Disse fazendo uma careta e ela passou a mão pelos cabelos, cansada.
—Cam, era só um cara da escola. Nada demais. -Ela me olhou outra vez.- Estávamos apenas estudando.
—Porque nós dois nunca estudamos no seu quarto, Sam? - Ela desviou o olhar com timidez.
—Porque fica bem mais fácil de fazermos burrada com você aqui em cima. - Ela tinha razão. Com ela tão perto, seria fácil nos perdermos.
—Eu só queria você, Sammy. Como mais do que só amigos. - Respondi triste. Eu só queria Samantha Vermond.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!—Eu também, Cam, mas eu não quero ter que escolher entre você e a minha melhor amiga.
—Eu sei… E está tudo bem.-Respondi, forçando um sorriso.
***
Na manhã seguinte, estava tomando café da manhã em paz, quando Emma reclamou comigo por conta do cereal:
—Cam, você não deixou o suficiente pra mim.
—E quando é suficiente, Emma? - Aquela garota já estava me tirando do sério.- Quando alguma coisa vai ser suficiente pra você?
—Não precisa ser rude, eu só falei. - Respondeu minha irmã.
—Com você nunca é só falar, Emma. - Bufei. - Se as coisas não saem exatamente como você espera, você se revolta contra o mundo e ignora todos ao seu redor. Não sei como você acha que será o mundo fora da sua imaginação.
—Isso tudo por causa de um cereal? - Ela me questionou, mas não respondi, não poderia explicar como aquilo, na verdade, tinha a ver com Sam.
***
Na mesma tarde, lá estávamos eu e Sammy, na casa dela, mais uma vez estudando. Ela havia começado a me auxiliar com as outras matérias, para que eu continuasse no time de basquete.
Depois de três horas seguidas de matemática, não conseguimos mais pensar, e decidimos ir até a cozinha. Sammy pegou alguns morangos e estava saboreando-os enquanto conversávamos sobre as nossas bandas preferidas:
—Apesar de não existir mais, The Cab terá sempre um lugar no meu coração. - Respondeu ela logo antes de morder o morango, que soltou um líquido e escorreu rapidamente pelo seu decote. Segui a gota com o olhar e, assim que se perdeu, voltei meus olhos para seus lábios.
Ela os umedeceu com a língua, com o intuito de limpa-los, mas isso só me fez querer ainda mais que eles se colassem aos meus. Ela sorriu e eu soube que precisava dela na minha vida para sempre.
Sem pensar muito, passei a mão por trás de sua nuca e a puxei para um beijo. Ela retribuiu. O beijo foi profundo e lento, apesar do meu coração não bater no mesmo rítmo. Era apenas nós dois, nos reconhecendo, estando juntos.
Quando nos afastamos, continuei a conversa como se nada tivesse acontecido. Estávamos, aos poucos, desenvolvendo esse costume de matarmos o desejo de beijar um ao outro e fingir que nada havia acontecido, o que, no fundo, os dois sabiam o quão perigoso aquilo era.
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