— Não houve correspondência entre ela e nenhuma pessoa na Terra — a voz masculina estava longe demais para ela tentar reconhecer ou realmente entender o que estava sendo dito.

A luz branca em cima de sua cabeça a fazia ter vontade de destruir as lâmpadas que a traziam de volta à consciência. Ela abre os olhos e se repreendeu imediatamente por isso em uma tentativa de se virar ela caiu da cama em que estava, no chão com um forte baque.

A dor que se apoderou do corpo da garota de pouco mais de um e sessenta de altura foi forte o bastante para mudar seus olhos para Branco sem que ela conseguisse reverter. Alguma coisa provavelmente tinha se quebrado ou pelo menos perfurado seu interior.

Olhando para única fonte de reflexo naquele quarto, viu os malditos olhos brancos que ela sempre detestou. Seu rosto estava roxo e um pouco inchado, a pele bronzeada já não era tão chamativa. O lábio rachado e gosto de ferro em sua boca lhe fazia lembrar da surra que levara a não se sabe quanto tempo. As roupas sujas de terra e lama, rasgadas e com sangue seco.

Sua Espada desapareceu. A sala ao seu redor é completamente branca com uma porta grande num dos cantos, sem janelas, com apenas uma cama e alguns aparelhos que ela desconectou de seu corpo.

— Você acordou — a voz feminina e calma não conseguiu a atenção da morena, principalmente porque esta estava com muita dor para se importar com quem fosse seu captor. Ninguém poderia ser pior do que o homem a quem ela serve.

— Qual o seu nome ? — a morena reconheceu a voz masculina, se virando para o mesmo homem loiro que impediu sua fuga rápida.

— Acho que não é da sua conta — ela responde levantando o rosto expondo mais os machucados. A garota moveu a mão até o rosto curando seu rosto, porém seus olhos não deixaram o tom branco.

— Você... — o loiro ficou pasmo por alguns segundos ao ver a morena se curar.

— Não, eu não sou humana, se é isso que ia me perguntar.

— Vai me dizer seu nome? — o loiro falou e ela balançou a cabeça.

Seis homens com roupas pretas entraram no cômodo todos armados e com capacetes. O homem loiro olhou para todos eles como se soubesse exatamente o que aconteceria.

Dois homens algemaram os braços da jovem que não resistiu a prisão, e a retiraram do local. Eles caminharam por alguns corredores, o silêncio só era cortado pelo barulho das botas contra o chão. Steve caminhava atrás dos agentes da SHIELD com o escudo preso nas costas.

— Tesla? — a voz feminina roubou a atenção de Steve e da garota.

Engolindo em seco, a morena desviou o olhar da garota que acabara de entrar no corredor.

De todos os imundos lugares desse desprezível planeta eu tinha que ser pega justo aqui? Minha sorte é uma merda — ela pensou, reconhecendo a skaariana.

Ayla parecia melhor do que na última vez que as duas se viram. A mais nova parecia ter começado a se alimentar direito, ganhando peso para se tornar mais saudável. O sangue seco e ferimentos de batalhas haviam desaparecido, apesar da pele acinzentada mais limpa ainda eram os olhos verdes marcantes.

Era consolável de certa forma que a garota que Tesla salvou estivesse bem, claro seria melhor que a própria morena nunca tivesse sido arrastada para a Terra para toda essa merda de situação. O consolo não era lá essas coisas.

— O quê? — ela parou no meio da conversa me olhando da cabeça aos pés vendo as roupas sujas de sangue — foi você que invadiu o cofre?

— Não, só estou aqui passeando — Tesla diz, sempre ácida com perguntas tolas de Ayla — ouvi dizer que esse lugar estava bombeando algumas semanas atrás.

— O que branco significa?— Ayla pergunta, ignorando o comentário da outra.

Tesla percebeu a alguns anos que Ayla havia notado como seus olhos mudam de cor em alguns momentos, mas tinha certeza que ela não sabia a razão — que era completamente inconsciente — ou o que significava cada cor.

— Vocês se conhecem ? — o homem loiro sem capacete atrás de mim falou.

— Ela é de Sakaar assim como eu.

— Não me rebaixe Ayla, eu não nasci naquele fim de galáxia que você chamava de casa — Tesla responde com desprezo — onde está o grandão?

— Não acho que você queira vê-lo — ela diz, recuando. A mais velha levanta a cabeça para encará-la, as sobrancelhas franzindo.

— Não foi ele que me nocauteou — ela garantiu, talvez mais para si mesmo do que para as pessoas ao seu redor. Mas ela já havia lutado contra o jovem e nunca perdeu, não seria agora que isso aconteceria.

O sorriso zombeteiro de Ayla é a prova de que não foi realmente Skaar que deu o golpe final, mas possivelmente foi o que a lançou contra a lama com um tapa. Não que importasse, ela precisa estar em movimento para poder fugir dessas pessoas.

Eu prometi que voltaria, e não vai ser ninguém aqui que vai me fazer quebrar uma promessa para ele — ela pensou voltando a caminhar com os guardas que me cercam.

Atravessando uma porta no final de um corredor, o que resta da alegria, que não é muito grande, desaparece de vez. O brilho fraco nos olhos branco sumindo de vez.

Há muitas pessoas reunidas próximo a porta de saída, vários dos quais ela se lembra de ter lutado contra em sua tentativa de fuga frustrada.

Ayla foi rapidamente para o lado do irmão e de um homem não muito alto que parecia muito com uma mistura dos gêmeos. Essa deve ser a versão fraca do Hulk, que assim como Skaar pode ter uma forma humana — ela pensou infeliz.

Escorado em uma parede um homem de cabelo longo e braço de metal está conversando com uma bela ruiva. O cara das flechas está perto de uma morena alta e um cara negro e careca. Todos reunidos para intimidá-la, não que fosse realmente funcionar.

Foi o homem loiro com cabelos mais compridos, presos em tranças que atraiu a atenção da invasora por mais tempo. Ela suspirou internamente, amaldiçoando Odin e toda a sua prole, e a própria sorte de ter a infelicidade de estar na mesma sala que o maldito Thor, o deus do Trovão, e rei da destruída Asgard.

Skaar com um sorriso idiota no rosto, encara sua antiga inimiga. Tesla por sua vez tem a impressão de que ele vai jogar muito em sua cara que conseguiu a machucar depois de tantos anos mal conseguindo encostar nela.

— Isso tudo é para mim Ayla? — Tesla diz com sarcasmo — Não precisava de uma recepção.

Não adiantaria mentir sobre os dois, não depois da conversa no corredor, e Skaar entregaria facilmente se ela tentasse. Mesmo que eles não saibam tanto quanto acreditam, Tesla não pode confiar na própria sorte, já que esta era claramente muito ruim.

— Vocês a conhecem? — um homem negro com um tapa olho e sobretudo aparece, do nada, perguntando.

— Essa é Tesla Skyler — Skaar responde ainda com um sorriso no rosto.

— Eu estenderia a mão como vocês costumam se cumprimentar — ela diz endireitando minha postura — mas minhas mãos estão meio presas.

— Seu senso de humor continua maravilhoso, não é Tesla ? — o garoto diz.

— Ao contrário da tua cara — ela responde tirando aquele sorrisinho idiota do rosto de Skaar.

Ela pode até admitir para si mesma em pensamento que Skaar, na forma humana, não é feio, é até um pouco atraente. Mas essas palavras não saíram da sua boca nem hoje, nem nunca.

— Por que você está usando o meu colar? — Tesla pergunta assim que vê a pedra verde envolta por um cordão negro.

Skaar olha para o peito onde a pedra bate, antes de olhar de volta a morena, dessa vez posso ver que ele está confuso.

— Heiko me deu esse colar — ele respondeu, só então percebendo que mesmo depois de tudo não tinha se livrado daquele presente.

Claro que deu, aquele verme inútil e traidor — ela pensou desviando o olhar. Ela sabia que Heiko é o imprestável do filho do Rei Vermelho, mesmo na época de Sakaar, e foi babaca o suficiente para se infiltrar entre os escravos gladiadores e conseguiu a confiança dos gêmeos. Ele e o pai acreditavam que com isso poderiam usar os dois como parte de seu exército, mas o ódio dos irmãos contra o tirano rei sempre foi muito grande.

Aquele colar pertencia a ela, e o verme miserável a roubou com a desculpa de que ela estava ficando fraca e ineficiente. Ela só nunca soube onde foi parar, não que ele fosse realmente significativo, era só uma pedra encantada que seu primo Henno deu a ela uma vez.

— Desculpe-me, eu esqueci que você era a putinha do Heiko — disse ela fingindo ser avoada.

A intenção era magoar, ferir seus sentimentos e fazer com que a impulsividade natural dele fizesse sua parte em criar uma confusão grande o suficiente para ela fugir. Claro que ela estava mais devagar devido a sua dor, mas ela ainda conseguiria vencer ele.

Skaar ameaçou investir contra mim, mas Ayla entrou para evitar uma morte, obviamente a dele. Frustrando os planos de Tesla, não que a mais nova tivesse tanta noção assim na opinião da mais velha.

— Então essa é a — o homem das flechas hesita em terminar a frase, como se estivesse escolhendo a melhor palavra — Tesla.

— Vocês falaram de mim? Estou emocionada — ela responde fingindo emoção — ainda me chamam de cadela do rei?

O silêncio dos gêmeos confirma a desconfiança dela. Desde sempre eles, assim como vários outros escravos, costumam a chamar de A Cadela do Rei, pois servia o Rei Vermelho o ex governante de toda Sakaar. Bem na época que ela existia pelo menos.

Bem que o Galactus podia ter matado esse rato quando devorou o planeta.

— Você fez mal aos meus filhos — o homem entre os gêmeos disse irritado, as veias adquirindo um tom forte de verde.

Tesla pode ter estado vários anos em Sakaar, não que o tempo fizesse muita diferença para ela, mas, mesmo tendo chegado ao planeta após a partida do Hulk e consequentemente do nascimento dos filhos dele, ela já ouviu falar dele, teve uma estátua dele na entrada da Arena principal. Com isso foi fácil identificar quando Skaar tendia a ficar na sua forma maior.

A reação dele deve ser considerada normal considerando a relação que os une. Não que Tesla entenda muito sobre isso, ela nunca teve pai, e sua mãe não era o tipo de pessoa que deveria se reproduzir.

— Você não contou a eles, não é mesmo Ayla — Tesla diz, passando os olhos pela garota. Um sorriso perverso se abre em meu rosto.

Não que ela particularmente goste de usar aquele acontecimento contra Ayla, mas ela não era o tipo que se importava com os sentimentos e o bem estar dos outros, além de seus primos.

— Não sei do que você está falando — Ayla tentou se fazer de desentendida.

Sim, havia coisas que ela não contou ao irmão, ao pai ou a qualquer pessoa naquele lugar, mesmo Natasha e Wanda claramente desconfiarem do que aconteceu, Ayla nunca falou com eles. A única que sabia tudo o que houve naquela noite é Tesla.

— Ah claro que sabe — diz dando um passo para frente — Estou falando sobre tudo que aconteceu no último dia de vida de Sakaar.

Manter a si mesmo como vilã depois de ter salvo a vida dela, Tesla tinha que admitir que esperava mais dela. Mas essa capa seria útil para ela.

Skaar deu passo a frente com as sobrancelhas franzidas. Ele não sabia muito do que aconteceu com a irmã durante o dia da fuga, as informações da garota eram escassas e superficiais.

— Do que ela está falando Ayla? — Bruce perguntou tocando o ombro da filha.

Ayla não fez um único movimento, permaneceu em silêncio observando os olhos de Tesla mudarem de cor, de branco para amarelos.

—Bem, podemos ir ? — a prisioneira olhou para os guardas — não gosto de briga de família.

Um dos guardas a puxou para trás, pronta para tirá-la dali quando Skaar voltou a falar.

— O que ela tem contra você? — Bruce questionou a filha.

A garota balançou a cabeça negativamente, fechou os olhos e suspirou fundo.

— Nada.

— Você não estaria pálida como uma folha de papel se fosse nada — o moreno rosnou.

Ayla não só se recusava a falar como agora abaixou a cabeça se negando a olhar para o irmão. teve uma ideia, baseado em coisas que aprendeu nas últimas semanas, ele seria útil. Skaar olhou para Tesla.

— Loki pode ler mentes — o garoto falou olhando para Thor — Ele pode ler a mente dela e nos contar que merdas ela tem contra Ayla.

O sorriso de Tesla morreu, e seu olhos voltaram finalmente ao tom natural de verde.

Ótimo pensou ela com sarcasmo. Um estupido filho de Odin não era o suficiente.

Thor, por mais estúpida que a ideia de colocar um homem que tentou dominar a Terra usando o Tesseract e a garota que quase roubou o mesmo objeto juntos em uma sala, concordou em usar o irmão. Tesla foi arrastada para uma sala de interrogatório e presa com algemas a uma mesa, o que ela achou cômico, porque aquela coisa de metal é fraco demais para prendê-la de verdade. Mas ela ainda precisava reunir energia, e ter que enfrentar uma tentativa de invasão mental requer muita energia. Loki foi trazido de seu quarto/cela, ele mal era visto pela sede, com razão já que a maioria não gostava dele, mas ainda assim teve contato com os gêmeos algumas vezes.

— O que eu ganho com isso? — foi a primeira coisa que o moreno disse quando Thor terminou de explicar o que o mesmo tinha que fazer.

— O que você quer irmão?

Loki fingiu refletir, como se não tivesse plena noção do que poderia pedir naquele momento. Liberdade, já estava fora de seu vocabulário a um bom tempo, porém fora substituída por algo um tanto interessante.

— Torta de chocolate com sorvete.

Assim que Thor concordou com a exigência um tanto infantil do irmão mais novo, Loki entrou na sala de interrogatório onde Tesla estava.

Loki adentrou a sala pequena com duas cadeiras separadas por uma mesa no meio do cômodo, e um grande espelho em uma das paredes. Numa das cadeiras a garota de cabelos negros e pele bronzeada estava sentada com os pés sobre a mesa e as mãos algemadas.

— Você é parecido com ela — a morena falou, com um super interesse nas próprias unhas.

Loki franziu o cenho sem entender sobre o que ela estava falando. Do outro lado da parede onde havia um falso espelho, Thor, Fury e Steve estavam com a mesma cara de curiosidade.

— Me pareço com quem? — ele perguntou se sentando à frente da morena e empurrou suas pernas até que ela se sentasse direito.

— Hela — o nome causou um arrepio nos dois asgardiano — a filha de Odin.

Ela sorriu se acomodando melhor na cadeira desconfortável, Tesla colocou os cotovelos sobre a mesa e apoiou o rosto nas mãos, analisando o homem à sua frente. Ela tinha razão, Loki e Hela tinham características similares, tanto físicas quanto em suas personalidades.

Ambos altos, de cabelos negros e olhos verdes. E ambos querem o trono de Asgard, ou seja, afinal um deles está morto e Asgard está destruído.

— Odin nunca parou para pensar que seus filhos morenos são um tanto problemáticos? — ela disse com um ar distante, como se tivesse apenas pensando em voz alta — bem, vamos acabar logo com isso.

Loki ficou surpreso com as palavras dela, a garota à sua frente não passava dos vinte anos de idade mesmo assim tinha conhecimento sobre Hela, a filha renegada de Odin e falou sobre ele no passado como se soubesse que ele estava morto.

— Sabe o que eles me pediram para fazer?

— Ler minha mente — ela respondeu dando de ombro — boa sorte com isso.

Loki se sentiu desafiado com aquela frase, ele levantou o braço em direção a ela colocando sua mão sobre a cabeça dela. O que ele viu através de sua mente foi apenas uma escuridão, por mais que vasculhasse a procura de nem ele sabia bem o que ele foi atraído por uma luz, uma única memória visível aos seus poderes.

Um lugar que se parecia com uma velha caverna, uma pequena criança caminhava com dificuldade com as mãos abraçando o próprio corpo que tremia de medo. A palavra mãe ecoou dentro da cabeça de Loki, porém na imagem nada apareceu, apenas a garota andando devagar. Como se fosse um degrau a menina subiu sobre um corpo, não era como se tivesse espaço sem corpos para que ela pudesse atravessar sem problemas. Um suspiro de alívio escapou pelos lábios da criança quando tocou no pescoço branco de um Pegasus que estava parado no meio de toda aquela morte.

Loki retornou à realidade com um solavanco recaindo sobre a cadeira. Olhando para Tesla, ela não se abalou, não atacou o moreno assim como Valquíria fez quando ele leu sua mente e descobriu quem ela realmente era.

— Divertido não? — ela disse jogando os pés novamente sobre a mesa e encostando-se na cadeira.

Loki apenas a encarou por mais alguns momentos, antes de se levantar e sair da sala.

— Quem diabos é ela ? — Loki perguntou assim que viu o irmão.

— Sabe os filhos do Hulk? — Loki olhou com desdém para a pergunta do irmão, afinal foi ele que disse que os gêmeos vindo do fim da galáxia eram filhos do gigante estúpido — ela é do mesmo planeta que eles.

— Não me difame, seu bárbaro sem inteligência — ela gritou de dentro da sala ao lado.

Loki retornou a sala acompanhado de Thor e Steve. Tesla estava na mesma posição que antes, só que olhando para a porta.

— Eu já disse que não nasci naquela merda de planeta — ela esclarece.

— Então de onde você é? — Steve perguntou se sentando trazendo a atenção dela para ele.

— Não é da sua conta — ela disse sem dirigir o olhar para ele.

— Continue com essa soberba que eles irão te matar — Loki blefou.

— Por favor Loki — ela disse sorrindo — se esses humanos fracos não conseguiram te matar e você nem tem sangue asgardiano de verdade, a mim não farão nem cócegas.

— Você é de Asgard ?— Thor perguntou em choque — Eu sou Thor o novo rei de Asgard filho...

— De um velho caolho e morto — Tesla interrompeu — eu não dou a mínima para quem você, seu irmão e o supersoldado aí são.

Steve mudou de expressão. Nunca foi dito a ela que sou um supersoldado, o loiro pensou intrigado. Ele se levantou e tirou Thor da sala para conversarem fora da presença dela.

Bruce e Tony em seus laboratórios, Natasha, Bucky e Sam estavam treinando. Scott, o homem formiga, e Clint saíram para comprar presentes para o dia das crianças, já que ambos têm filhos e deixaram isso para a última hora. Como estava quase no horário do almoço, Wanda e Visão estavam na cozinha e os Gêmeos Gama estavam jogando vídeo game do outro lado da base.

Juntando-se a Tony, Bruce e Natasha, os loiros passaram longos minutos discutindo como Tesla poderia estar manipulando-os para conseguir fugir.

Uma risada alta foi ouvida quando Thor, Steve e Natasha estavam retornando à sala de interrogatório.

— Então você tentou dominar esse planeta — Tesla e Loki estavam conversando como se fossem colegas se reencontrando — como fez um exército alienígena chegar aqui sem que as criaturas desse lugar notassem?

— Um portal, com o Tesseract, ele é...— Loki ia responder quando ela o interrompeu.

— Uma joia do infinito, mais precisamente a do Espaço, eu sei — ela sorriu — inteligente.

— Diga a ela como foi derrotado por nós Loki — Natasha disse atrás dele. Ele bufou e revirou os olhos.

— Não foi você que me derrotou, foi o Hulk.

— Sei como se sente ele também me deu uma surra quando eu cheguei aqui — ela disse complacente — aliás loirinho a quanto tempo estou aqui exatamente?

Steve sabe que ela está falando com ele, pois ninguém mais na sala é loiro e ela chamou Thor de bárbaro idiota.

— Quatro dias.

Bolas murchas de Odin ela pensou. Só tinha mais dois dias para voltar ou ele seria morto.

Olhando para os lados, não havia tempo para explicações, manipulações, desculpas ou planos que envolvia esperar. Mesmo sem o Tesseract ela precisava voltar uma vida dependia disso, uma das poucas vidas com a qual ela se preocupava.

Tesla colocou as mãos ainda algemadas debaixo da mesa, olhando para as pessoas à sua frente, a vantagem da magia quando se aprende desde pequeno é que não precisa ser falada apenas sentida.

"Uma rajada de luz é o bastante para distraí-los e encobrir a fuga" ela pensou antes de fazer com que uma luz cegar a todos ali.

— Que merda foi essa? — Natasha questionou esfregando os olhos até conseguir ver novamente.

— Onde ela está ? — Steve disse, percebendo que a garota tinha desaparecido. Fury adentrou correndo na sala tão surpreso com o desaparecimento dela quanto todos ali.