Os Filhos De Carlisle Cullen

Capítulo 5 - Humano Talentoso


Helen saltitava animadamente pelos corredores do palácio Vulturi acompanhada por Ruth, seu gato de estimação, estava indo em direção ao quarto Jane convida-la para comprarem vestidos novos para o baile, um tentativa de se reaproximar da garota relembrando dos velhos tempos quando ouviu Felix chama-la a distância.

— Raio do Sol! — Ele correu até ela. — Até que enfim eu te achei. Eu rodei esse castelo inteiro procurando você, preciso de contar uma coisa muito importante que aconteceu comigo nos últimos em você não esteve aqui.

— E o que seria grandão?

— Eu encontrei ela Rory, eu encontrei a minha companheira! — exclamou ele, sorridente.

Por um segundo os olhos de Helen se arregalaram e o choque percorreu o seu rosto sendo rapidamente substituído por um enorme sorriso brilhante seguido de um abraço caloroso no vampiro.

— Felix, meu Deus! Parabéns! — Ele desfez o abraço. — Qual o nome dela? Quantos tem? É talentosa? Quando vou poder conhece-la?

— Obrigado, Rory. — agradeceu. — Ei vamos com calma com essa perguntas okay? Bom, Eileen Colleman ou melhor Volturi, 36 anos, sim, eu estava indo encontra-la agora, ela está com Jane.

— Ah, eu estava indo encontrar Jane agora, vamos! — Helen puxou Felix pela manga da blusa até chegarem ao quarto de Jane.

— Toc Toc! Janezinha, sua Harper e seu bruta montes favoritos estão aqui!

— Podem entrar. — decretou Jane.

Ao entrar no quarto da pequena Volturi, Helen vislumbrou a cena de Jane sentada em frente a sua penteadeira enquanto uma mulher trançava os cabelos de Jane, seu sorriso diminuiu, por um segundo a híbrida pensou ter tido um dejá vu como se aquela cena fosse estranhamente familiar, talvez por conta de suas memórias da época em que esteve na guarda, por um momento ela se viu com Jane no lugar daquela mulher desconhecida.

Desconhecida.

Após voltar a realidade, Helen passou a observar a vampira a qual ela imaginava ser a companheira de Felix, ela era uma mulher de aparência alta e magra, a pele em um tom azeitonado com, o cabelo ondulado castanho que se clareava nas pontas estendia-se até os ombros e os olhos vermelho-sangue a encaravam de forma curiosa.

Suas roupas eram diferentes das da maioria da guarda, sofisticas como as de qualquer membro da guarda, porém um pouco mais atuais. Botas de cano longo, uma meia calça preta, um vestido rodado da mesma cor e um casaco preto de botões. Simples, contudo lindo. Aquela deveria ser Eileen Colleman, ela uma uma mulher muito bonita e bem estilosa também, Helen tinha que admitir isso.

— Leen! — exclamou Felix, se aproximando da moça e a puxando para si. — Essa é Helen Harper, minha melhor amiga. Eu havia te falado dela, lembra? A que tem um irmão oxigenado com um topete feito de meio quilo de gel!

Helen riu com a última parte, ela concordava em parte com Felix, apesar do loiro de seu irmão ser natural, ele as vezes exagerava no gel quando ia pentear seus cabelos no formato de topete.

— Helen, essa é a Leen! Minha incrível, deslumbrante e maravilhosa esposa! — apresentou.

— Muito prazer. — ambas disseram simultaneamente.

— Uau, mulher eu amei a sua roupa! — disse Helen admirada, com o sorriso retornando ao rosto.

— Ah obrigada! Eu também amei a sua! E essas joias meu Deus, nunca vi tão lindos.

— O que? Essas velharias aqui? São uma pequena herança de família sabe? Nada demais!

Helen usava seus brincos de lápis lazúli em formato de gota alongada, exibia também seus belos anéis de prata e pedras preciosas, sem contar seu deslumbrante colar azul encantado. Ela vestia uma blusa vermelho carmim de manga comprida e gola, calça legging preta e botas de cano curto.

— Se as duas já acabaram, o que vieram fazer aqui Helen?

— Bom, como vai haver um baile em algumas eu pensei que nós poderíamos ir as compras, assim como fazíamos nos velhos tempos, o que acha?

Jane pensou por um momento olhando para Eileen e em seguida para Helen.

— A Leen pode ir?

— É claro que pode! — exclamou Helen, dando um sorriso forçado. A intenção da híbrida era que fossem apenas ela e Jane em uma tentativa de reaver seu antigo laço. — Com esse gosto para roupas ela está convidada para ir em todas as nossas compras!

— Sério? Obrigada. — agradeceu Eileen, com um sorriso gentil.

— Não há de que! — Helen retribuiu o sorriso.

— É bom ver estão se dando bem! — disse Felix. — Vejo vocês mais a responsabilidade chama! — Ele deu um beijo na testa de Eileen, um aceno de cabeço para Helen seguido de um "Cuida bem da minha esposa, Rory" e saiu do quarto.

— Então vamos? A propósito, Jane você sabe se aquela loja Full Dresses ainda está operando?

Para a felicidade de Helen a loja ainda estava operando e ainda possuía vestidos lindos, os quais ela ficou mais do que satisfeita ao fazer Jane e Eileen provarem todos os que ela julgava bonitos o suficiente para um baile Volturi e depois fazer com que elas fossem suas juradas e dessem notas aos vestidos. Em geral foi uma tarde muito agradável, sem contra tempos e muitas trocas de roupas, sem falar nas outras lojas que elas passaram para comprar ternos para Harry, Felix e Alec.

Eileen era uma boa companhia, divertida, meio silenciosa e gentil, sempre com um sorriso no rosto, era impossível não se sentir encantada por ela. Mesmo assim algo incomodava Helen, nessa tarde ela havia observado a relação de Eileen com Jane, a vampira loira parecia se importar muito a opinião de Leen, sempre a puxando para todos os cantos para ver as coisas, era algo muito singular entre as duas, lembrava a relação de uma mãe e uma filha.

Por um segundo, Helen sentiu inveja de Eileen e saudades do passado com Jane, a relação que as duas tinham era algo mais como irmã mais nova e irmã mais velha, era diferente do laço atual de Jane. Apesar da garota tê-la convidado para se arrumarem juntas como nos velhos tempos, ela não parecia estar realmente interessada na companhia de em sua companhia como havia imaginado, talvez Jane estivesse irritada com ela pelo últimos cinquenta anos.

Helen não sabia dizer.

Olhando as roupas da loja, Helen avistou um vestido azul Tiffany comprido e com manga longa que ela julgou lindo, era exatamente o que ela estava procurando, sem pensar duas vezes ela comprou o vestido que nem mesmo era para ela, mas que com certeza iria servir bem seu propósito.

Helen havia retornado das compras, assim que deixou as coisas em seu quarto ela pegou o vestido azul e colocou em uma caixa de presentes fechando com um belo laço vermelho. Em seguida, ela pegou o terno de seu irmão e se dirigiu ao quarto dele.

— Sim? — perguntou ele abrindo a porta.

— Trouxe sua roupa. — anunciou ela, passando por Harry e deixando o na cama dele e a caixinha de presente em uma mesinha ao lado da cama.

— E como foram as comprar?

— Foi bem agradável, aliás eu conheci a esposa do Felix.

— Desde quando Felix tem esposa?

— Desde que ele encontrou a companheira dele!

— E quando foi isso?

— Eu sei lá Harry!

— Calmo, calmo, eu entendi. Então qual é a desse presente aqui, hein? É para mim? — Harry foi até a mesa e cutucou a caixa ameaçando retirar o laço.

— Não encosta nisso, não é para você!

— E nem para você eu suponho. Então é para quem? — perguntou, encostando-se na mesa e cruzando os braços.

Helen respirou fundo e passou a mão em seu colar "Silêncio" ela proferiu.

— Irina Denali.

— Quem?

— Irina Denali, foi ela quem dedurou os Cullen para os Volturi, aparentemente ela é uma vampira vegetariana e prima deles ou coisa do tipo. — esclareceu Helen.

— Uau, com uma prima dessas quem precisa de inimigos não é mesmo? — Harry riu. — E como você descobriu sobre isso?

— Conversei um pouco com Renata e Heide, você sabe com aquelas duas amam uma boa fofoca, não foi muito difícil conseguir algumas informações. — explicou. — Elas até me apresentaram a nossa queria informante.

— E você pretende presenteá-la com um vestido em troca de mais algumas informações, por quê? Não conseguiu tirar das duas modelos de Milão o que queria?

— Para falar a verdade não. Eu sinto que tem algo que elas não me contaram sobre a nossa missão, eu ainda não sei o que é, mas vou descobrir.

— Falando em missão, tio Jack ligou.

— Por que?

— Ela estava em uma situação meio complicada sabe? Tipo tinham dois Cullen na casa dele querendo ajuda. — disse ele, com indiferença.

— Fale mais. — pediu.

— Ele me contou que uma tal de Alice Cullen, é um tipo de vidente em uma de suas visões do futuro ela viu Jack. Com isso, eu perguntou se ela sabia sobre nós e ele disse que não, mas que ela sabia que ele sabia de algo, falou também que foi um erro ele ter mandado os Volturi até nós, aí eu falei que tínhamos aceitado ser testemunhas dos Volturi, ele surtou, eu disse que planejávamos visitar os Cullen para saber se a criança era realmente meio imortal, ele surtou mais ainda e nos proibiu de ir até lá, eu ri da cara dele e disse que a ideia de ir até lá foi sua e que não tínhamos escolha, ele falou que sim a criança era meio imortal e que não tinha necessidade de ir lá, eu discordei e falei que mesmo assim você iria querer conhecer a criança, imagino ter acertado nessa parte.

— Sim. — concordou Helen.

— Ótimo. Bom, juntos chegamos à conclusão de que Jack teria que ajuda-los e contar a verdade sobre nós!

— Vocês o que? — gritou ela.

— O que você queria que eu fizesse, era o único jeito! Tio Jack também não queria, mas nós não tínhamos alternativa, você havia saído e não tinha como eu te consultar naquele momento, e eu imaginei que você concordaria comigo! — falou Harry em uma velocidade sobre humana, quase não se dava para entender o que o rapaz falava.

Helen massageou as têmporas tentando ficar calma e respirou fundo

— E depois? — perguntou.

— Bom, ele tentou me fazer mudar de ideia sobre ir nos Cullen e eu disse que mesmo com a confirmação da criança você ainda iria querer conhece-la e depois eu desliguei na cara dele.

— Harry me passa seu celular, eu vou ligar para o tio Jack.

— Usa o seu!

— Dá a droga do celular Jonathan! — esbravejou.

— Não me chama de Jonathan, Aurora! — exclamou ele, passando o celular para ela.

— Eu mereço viu. — murmurou.

Pegou o telefone e ligou para seu tio o mais rápido que conseguiu.

"No momento eu não posso atende, deixe seu recado após o bip"

"Oi, Tio Jack, é a Helen. Harry me contou que você ligou e tals. Só, por favor, me liga no meu celular assim que você ouvir essa mensagem, eu preciso falar com o senhor o mais rápido possível"

— Tá e agora?

— Agora, nós vamos entregar o presente que comprei para Irina Denali e ver se eu converso com ela e consigo algumas informações.

— Conversar né! — gargalhou. — Me engana que eu gosto Helen Harper, eu sei desse teu conversar aí viu.

— Vai se ferrar Harry! — disse ela, pegando o presente e indo até a porta do quarto. — Você não vem?

— E eu preciso?

— Sim, caso eu não faça o tipo dela, acredito que a presença de um homem seja bem vinda.

— E você ainda chama isso de conversar é?

— Cala a boca, Harry.

Helen e Harry caminhavam pelo corredores do palácio Volturi em direção ao quarto em que Heide e Renata disseram que Irina estaria alojado, os híbridos pararam em frente a porta, ele colocou seu sorriso mais gentil no rosto e Harry preparou o tom de voz mais sedutor que tinha.

— Sim? — Uma mulher loira e alta, olhos dourados, pele pálida, lábios e nariz finos atendeu a porta.

— Olá! Você deve ser Irina Denali! Sou Helen Harper, muito prazer! — apresentou-se. — Trouxe um presente. — Helen estendeu a caixa para Irina. — Com licença. — Ela entrou sem reverências e olhou em volta. — Simples, porém aconchegante.

Irina ficou sem reação com as ações da outra vampira que parecia ser muito mais nova que ela, sua postura ao sentar-se na cama de Irina de balançar os pés como se esperasse algo e a lembrou muito uma criança curiosa.

— Perdoe a minha irmã, senhorita. — desculpou-se. — Ela pode ser meio extrovertida de mais as vezes, mas garanto que ela não faz por mal.

Irina encarou o homem a sua frente calada e sem reação.

— Sou Harry.

— Irina. — ela sussurrou.

— Muito prazer, Irina.

— Harry para de ficar aí encarando a moça, você está deixando ela envergonhada. — chamou Helen. — Vem pra cá.

Irina piscou algumas vezes como se estivesse acabado acordar de um transe, Harry apenas sorriu divertido e piscou para moça enquanto ia até onde sua irmã estava.

— Então não vai abrir?

Irina mesmo ainda meio desnorteada abriu o pacote e deslumbrou-se com o elegante vestido.

— É para o baile.

— O baile? Obrigada, mas eu não pretendia participar. — declarou gentilmente.

— Ah, mas você tem que participar! — argumentou Helen. — Você poderia ser nossa convidada de honra, o que acha?

— Eu não sei. — admitiu.

— Ah vamos, por favor. Eu preciso de um par para o baile, pensei que poderia ir comigo, doce Irina. Por isso o vestido, pensei que combinaria com você. —

Harry se aproximou de Irina tocando sua mão e a conduzindo para a frente de um espelho que havia no canto do quarto, ele pegou o vestido e o retirou da caixa a entregando para sua irmã. Ele colocou o vestido na frente do corpo de vampira passando por de trás dela para que ela pudesse ter um vislumbre de como ficaria vestida naquilo.

— Bonita, muito bonita. — ele sussurrou em seu ouvido. — Irina Denali, você me concederia a honra de ser seu acompanhante? — seu rosto estava a poucos centímetros do dela.

Helen os encarava de forma maliciosa acompanhado de um sorriso satisfeito.

— Sim. — ela sussurrou de volta.

— Que maravilha! — exclamou Helen, levantando-se e batendo palminhas. — Então está combinado. Harry vamos?

Ambos se afastaram um do outro, Irina envergonhada por ter se deixado levar pela beleza do outro e Harry satisfeito com a reação da moça.

— Esperem, como posso agradecer pelo convite e pelo vestido? — indagou de forma inocente.

— Oh querida, não precisa agradecer, a sua presença no baile já o suficiente para mim. — disse Harry, fazendo Irina sorrir.

— Bom, na verdade tem uma coisa que pode fazer por nós sim. — Helen interveio.

— Ah claro, e o que seria?

— O que exatamente trouxe você até os Volturi?

— Como assim? Pensei que Aro já tivesse explicado a vocês a situação, não?

— Sim, sim, ele explicou. Contudo, gostaríamos de ouvir da sua boca exatamente o que aconteceu.

— Bom, no casamento do meu primo Edward Cullen e sua atual esposa Isabella Swan, nós tivemos um pequeno desentendimento e eu fui embora do casamento. — contou. — Algum tempo depois minhas me convenceram a ir até os Cullen par ame desculpar pelo inconveniente no casamento, foi quando eu vi...

— Viu o que?

— As crianças, junto com a recém-criada. Eram muito bonitas, eles estavam pegando flocos de neve, brincando, saltando cinquenta metros do chão como se não fosse nada.

— Espera, crianças? No plural? — perguntou Harry;

— Sim, um garoto e um garota. — afirmou Irina. — O garoto devia ter uns dez, onze anos no máximo e a menina uns quatro ou cinco anos, não mais do que isso. Quando eles me viram eu corri e pulei no mar, fugi para cá e vim contar aos Volturi sobre o que havia visto.

— Tem certeza de que eram crianças imortais? — indagou Helen.

— Bom, o garoto, eu já havia visto ele antes no casamento de Edward, ele era apenas humano na época e os Cullen pareciam adora-lo, principalmente a Rosalie. Sinceramente, não me admira que eles tenham o transformado logo após a esposa de Edward.

— Entendo. Obrigada por nos esclarecer isso Irina. — agradeceu Helen.

— Não há de que! E obrigada pelo vestido e pelo convite. — agradeceu de volta.

Os gêmeos sorriram e saíram do quarto de Irina, deixando de lado seus sorrisos e expressões gentis, sendo substituídos por expressões sombrias, uma sensação de enganação e indignação.

— Duas crianças? Sério isso? — esbravejou Helen. — Eles nos falaram apenas de uma delas! Uma!

— Eu sei, irmã. Compartilho da sua indignação, porém o que vem na minha cabeça nesse momento é o porquê de terem omitido essa pequena informação de nós. — admitiu ele. — Não que eu ache que isso mude algo em nossa missão, mas é algo que me deixa intrigado.

— Que tal descobrimos? O que acha? — Antes de seu irmão responder, Helen já havia partido em direção ao salão Volturi, sem poder impedi-la ele apenas a seguiu.

— Duas crianças! — enumerou Helen, entrando no salão Volturi.

— Perdão? — disse Caius.

— Acabamos de falar com a acusadora, ela disse ter visto duas crianças imortais! Não apenas uma criança! Por que esconderam isso de nós? — indagou, irritada.

— Irmã se acalme, eu imagino que os Volturi tenham um bom motivo para terem omitido essa informação de nós. — Harry encarou os três reis Volturi sentados em seus tronos e depois os vampiros que estavam em volta, Alec, Jane, Demetri, Heide, Renata, Felix, Santiago, Chelsea, Afton e mais uma mulher agarrada a Felix a qual ele não reconhecia. — Não é mesmo, Aro?

— É claro. — afirmou. — Meus queridos o que aconteceu foi que não achamos necessário a divulgação desta segunda informação.

— Não acharam necessário incluir uma das informações mais importantes sobre o caso? Mio Dio! — exclamou Helen.

— Eu entendo a sua irritação querida, mas deixe me explicar melhor a situação. — ponderou Aro.

— Mestre! Se me permite. — disse a mulher agarrada a Felix. — Gostaria de explicar a situação os Harper.

— E quem seria você afinal? — perguntou Harry.

— Esta é Eileen Colleman, Harry. Ela é a companheira do Felix, a qual eu comentei hoje mais cedo. — apresentou.

— Ah sim, prossiga. — pediu Harry. Eileen olhou para Aro pedindo permissão e ele assentiu.

— Uma dessas crianças a qual vocês se referem é meu filho, Nathaniel.

— Seu filho? — perguntou Harry, chocado.

— Sim, eu o tive quando ainda era humana, quando fui transformada eu o deixei sob os cuidados do pai, o garoto é humano! Isso eu, assim como todos nessa sala podemos afirmar isso. — garantiu ela.

— Se ele é humano, como explica a visão da testemunha? — perguntou Helen.

— Ah isso. Bom, desde pequeno o meu garotinho demonstrava ser especial, ele era diferente das outras crianças. Com o tempo essa diferenças se manifestaram em habilidades sobrenaturais, em outras palavras meu filho pode até ser humana, mas é tão talentoso quanto um vampiro. — concluiu. — Por isso não queríamos espalhar nada em relação a ele, nós sabemos da verdade, não precisamos provar isso a ninguém. Eu como mãe, não me sinto confortável com todos pensando na minha criança como uma ameaça ou uma possível arma, como já chegou a acontecer antes.

— Entendo.

Para Helen fazia sentido que uma mãe queira proteger seu filho, mesmo que de longe. Contudo, algo incomodava Harry, se o garoto era tão talentoso dessa maneira com certeza os Volturi teriam segundas intenções por trás do acolhimento da mãe do garoto, provavelmente usando a mãe e com uma pequena ajudinha de Chelse convencer o garoto a se transformar quando ele tivesse idade o suficiente e junta-lo ao seu clã.

Porém o comentário seguinte de Heide desestruturou todo a raciocínio de Harry e o substituiu por piadas e zoações.

— Além de que não me admira Felix e Demetri não terem falado nada sobre ele a vocês, depois da surra que eles tomaram do garoto, até eu ficaria envergonhada de contar a alguém. — caçoou, causando risadas em Santiago, Chelsea, Renata e Afton.

— Espera aí, vocês dois apanharam de um pirralho humano? — Harry gargalhou alto com a confirmação dos dois. — Deus, como eu queria ter visto isso.

— Você não riria desse jeito se estivesse no nosso lugar, Harper. — disse Demetri.

— Primeiro que eu nunca tomaria uma surra de alguém, principalmente de um garoto humano. — argumentou Harry.

— Você não o conheceu, não viu o que ele é capaz de fazer Harry, o garoto é forte.

— Sim! Sem dúvidas o humano mais talentoso que eu já vi em séculos! — confessou Aro.

Jane rosnou.

— Isso o torna muito desejado por aqui, não? — perguntou Helen de maneira inocente.

— De fato. — admitiu Aro.

O silêncio se instalou pelo salão até ser quebrado pelo celular de Helen que exibia a música "Girls Just Wanna Have Fun" como toque. Era Jack.

"É ele!", Helen transmitiu em pensamento para Harry. "Precisamos ir"

Ele assentiu.

— Com licença, eu preciso atender.

Harry encostou em sua irmã e em segundos eles não estavam mais no salão e sim no quarto de Harry.

— Cause silêncio. — ordenou ela a Harry.

— Tio Jack, oi! Harry me contou que você conversaram, imagino que tenha contado sobre nós a Alice Cullen e que saiba dos meus plano de visitar os Cullen em breve. Sim, eu entendi. Daqui duas noites? Certo, vamos estar lá. — ela desligou.

— Então?

— Tio Jack, vai estar em Forks em duas noites e nós vamos encontra-lo lá, ele pretende falar pessoalmente com Carlisle, pelo o que ele me disse parece que ouve uma pequena confusão no passado deles que ele precisa resolver.

— Por mim tudo bem, desde que eu possa bancar o policial mal é claro!

Helen riu.

— Como quiser irmãozinho.