Os Filhos De Carlisle Cullen

Capítulo 4 - O Lobo em Pele de Cordeiro


Jack estava correndo pelas fronteiras de seu território como sempre fazia durante as calmas manhãs desde que retornou a Inglaterra. Enquanto rondava a região, ele sentiu dois cheiros que não pertenciam aquele lugar, eram vampiros que haviam acabado de entrar em seu território. Ele podia sentir os invasores se aproximarem de sua posição que por sua vez decidiu atraí-los para uma clareira, como planejado os visitantes o seguiram até o local, Jack parou borda do outro lado da clareira e esperou que chegassem até ele, o que não demorou mais do que alguns momentos.

— Você é Jack Hills ? — perguntou uma voz feminina, fina e aguda, porém firme.

Era uma mulher baixa de cabelos curtos no tom preto intenso, pele naturalmente pálida e olhos cor de Âmbar. Seu acompanhante era um homem alto, cabelos louro cor de mel e olhos também cor de Âmbar, já havia muito tempo desde que Jack vira aquela coloração de olhos, o que o deixou intrigado sobre aqueles indivíduos em sua frente.

— Você é Jack Hills? — repetiu a pergunta?

A cabeça de Jack tombou de lado, os olhos de íris vermelha os encararam e ele respondeu:

— Quem quer saber?

Jack era um homem alto, com tom de pele azeitonado, feições rústicas e músculos definidos, cabelos curtos espetados e escuros, olhos vermelho-vibrante com aspecto afiado, ele a encarava como se pudesse perfura-la apenas a olhando. Usava botas e roupas feitas de couro preto, seus dedos possuíam anéis de vários tipos, com olhos, com escudo, com espirais e pedras pretas.

— Sou Alice Cullen e esse é meu parceiro Jasper Hale. — O postura de Jack ficou mais ereta, seus ombros tencionaram-se e ele semicerrou os olhos, fazia muito tempo que ele não ouvia esse sobrenome. — Nós somos parte do clã de Carlisle Cullen, imagino que reconheça esse nome não é mesmo?

— Carlisle Cullen... — ele repetiu em um sussurro. — Já faz tanto tempo. — O vampiro fechou os olhos, inspirou fundo e depois expirou devagar. — Eu já tive muitos nomes ao longo da minha vida menina, mas sim suponho que esse seja um dos nomes que eu usei a muito tempo. O que querem comigo?

— Nós, gostaríamos que nos ajuda-se a achar uma pessoa. — explicou Jasper.

— E por que eu ajudaria vocês? — Jack perguntou

— Jack, eu e minha família estamos sendo acusados de um crime, o qual nós não cometemos. — tentou explicar Alice.

— Não estou interessado. — disse Jack saindo em disparada na direção oposto aos vampiros.

— Por favor espere. — pediu Alice correndo atrás dele junto a Jasper.

— Já disse que não estou interessado. — Jack apertou o passo.

— Pelo menos ouça o que temos a dizer. Por favor, eu estou implorando. Eu tenho certeza que nos der um chance vai interessar ao senhor, então por favor.

— Vocês não vão me deixar em paz, enquanto eu não ouvir, não é? — Jack parou para encara-los vendo Alice assentir silenciosamente.

— Me sigam.

Jack estava sentado em uma poltrona no canto da sala bem perto da lareira, enquanto Alice e Jasper exploravam com o olhar todo aquele lugar. Eles estavam dentro de um pequeno chalé mais adentro da floresta, era simples e confortável o que mais se destacava eram as velas acesas, alguns quadrados espalhados pela sala e a cabeça de um cervo empalada bem acima da lareira de pedra.

Jack pigarreou.

— Agora que já estamos em um lugar mais apropriado, me digam o que os trouxe até mim?

— Fomos acusados de criar crianças imortais, o que nós não fizemos, mas por causa dessa acusação os Volturi estão atrás de nós ameaçando a existência da minha família. — explicou Alice olhando para a feição rígida e neutra de Jack.

— E o que eu tenho haver com isso exatamente?

— Acredito que você não saiba, mas o meu talento é de prever o futuro, como você pode imaginar ele já me ajudou em diversas situações e me mostrou soluções para meus problemas, isso incluí você. Eu vi você...

— E por isso acha que eu posso ajudar com seu problema?

— Sim, você é um vampiro muito antigo Jack e eu conheço seu histórico com Carlisle. Vocês eram amigos quando ele ainda era humano e foi você quem cuidou dele durante a transformação, o ensinou sobre o mundo sobrenatural, você abriu as portas do mundo para ele. — disse Alice na esperança de convence-lo a ajudar.

— Carlisle nos disse que vocês eram como irmãos. — acrescentou Jasper reforçando o argumento.

Jack fechou os olhos por alguns segundos, mantendo do se imóvel e com o rosto neutro enquanto um flash de memória passava por sua mente, como se revisa-se cada situação dita por Alice em sua cabeça desde o momento em que conheceu Carlisle na Igreja frequentada pela família de Elizabeth ao momento em que ele o transformara em um recém-criado, onde a história deles realmente teve início.

(...)

O sino badalava lentamente indicando o final de mais uma missa de domingo, Jack encontrava-se nos portões da igreja conversando com o pastor, Walter Cullen, que se empenhava em convence-lo a doar dinheiro para ajudar nas reformas do santuário quando foram interrompidos pela neta de uma família nobre da região, Elizabeth Anne Harper e o próprio filho do pastor, Carlisle Cullen.

— Muito boa tarde senhores. — Elizabeth e Carlisle fizeram um reverência. — Peço que me desculpe por interrompe-los, mas –

— Ah Carlisle! — O pastor cortou Elizabeth ao notar a presença do filho. — Venha aqui garoto e apresente-se para o senhor Hills.

— Sou Jackson Hills II, é um prazer jovem Cullen. Seu pai falou muito bem de você.

— Sou Carlisle, o prazer é todo meu senhor Hills. — Fez uma reverência. — Eu também ouvi muito sobre o senhor, tanto de meu pai, quanto de Elizabeth. — Deu um sorriso gentil, enquanto olhava para Elizabeth que corou. Algo que não passou despercebido por Jack.

— Eu espero que tenha ouvido coisas boas de Elizabeth sobre mim, assim como eu ouvi de você.

— Com certeza senhor.

— Agora, se nos dão licença eu e a senhorita Harper retornaremos a casa. Foi um prazer conhece-lo jovem Cullen. — Jack virou-se e seguiu em direção a sua carruagem sendo seguido por Elizabeth após ela reverenciar os Cullen em despedida.

— Ele é muito gentil. — comentou Jack. — Carlisle. Vocês dois são muito próximos? — perguntou a Elizabeth.

— Amigos de infância. — respondeu.

— Mas você obviamente gosta dele e aparentemente ele de você. — deduziu. Elizabeth deu um pulo no lugar surpresa pelo que o homem havia dito, seus olhos arregalaram e seu rosto ficou vermelho. Jack riu. — Eu também já fui jovem, Lizzie. E sou muito observador também.

— Então, o senhor acha que ele se interessa por mim? — perguntou timidamente com sua voz fina e suave.

— Eu tenho certeza querida.

Alguns se passaram desde que conhecera Carlisle, Jack passou a conversar com ele e ter interesse no rapaz, o vampiro descobriu que o jovem não gostava das caçadas e de todo o fanatismo de seu pai, sua personalidade gentil e empática não o permitia compactuar com a morte de pessoas com a possibilidade de nem serem realmente culpadas.

Segundo Carlisle, era melhor que 20 bruxas escapassem da fogueira a uma pessoa inocente ser condenada. Contudo, Walter Cullenm adoeceu e deixou Carlisle encarregado da igreja e das caçadas e mesmo Carlisle sendo do jeito que era, nem mesmo ele pode conter a vontade do povo de culpar, caçar e matar e muito menos decepcionar seu pai, por isso ele organizou uma caçada nos esgotos de Londres onde havia identificado um suposto grupo de vampiros.

Má ideia.

Carlisle era um jovem perspicaz, inteligente e muito mais cuidadoso que seu pai nas investigações, ele não saia por aí apontando dedos, ele procurava se apoiar em fatos e provas. É como dizem “Quem procura, uma hora acha”, foi exatamente o que aconteceu com ele naquela noite.

O grupo liderado pelo jovem Cullen seguiu pelos esgotos de Londres a procura dos vampiros, com tochas e armas, Jack os acompanhou apenas por curiosidade, mal sabiam eles que os vampiros os aguardavam, eles haviam ouvido falar da caçada e tramaram um emboscada.

Foi um massacre.

Gritos, tiros e muito, muito sangue.

Alguns dos vampiros tentaram atacar Jack o afastando do grupo, porém ele era mais rápido e habilidoso do que seus adversários e os desmembrou rapidamente, mesmo assim não foi o suficiente para salvar as pessoas das criaturas.

A não ser, uma delas.

Ele procurou dentre o mar de sangue e corpos até encontrar quem buscava, o jovem agoniava no chão, Jack se aproximou dele e o deitou sobre o colo. Seus cabelos dourados e suas roupas brancas agora estavam manchadas de sangue, Carlisle quebrara algumas costelas e tomara um tiro no abdômen, ele morreria de hemorragia antes que Jack pudesse leva-lo daquele lugar. Então, o que ele deveria fazer?

De repente uma ideia surgiu em sua mente.

E se ele o transforma-se? Não, ele não podia. Carlisle era bom demais para isso, ele jamais poderia ser um monstro como o que Jack era. Contudo, ele merecia uma chance de uma nova vida, Jack não podia deixa-lo ali estirado no esgoto para morrer se houvesse chance de salvação. Mas, e se Carlisle odiasse o que se tornou, será que um dia ele o perdoaria da privação de uma vida humana normal? Pensou também em Elizabeth e como ela ficaria triste se ele deixasse seu amor morrer desse jeito sabendo que poderia salva-lo.

— Eu sinto muito por isso jovem Cullen. — Ele aproximou o rosto do pescoço de Carlisle. — Espero que um dia você me perdoe por isso, mas eu não posso te deixar morrer. — Foram as últimas palavras que o rapaz ouviu em sua vida humana, Jack o mordeu e o infectou com seu veneno iniciando a transição.

Foram três dias de transformação, três dias de pura dor e queimação.

Ele havia sido levado a residência de Jack que passou os três longos dias sentado imóvel como uma estátua bem ao lado de Carlisle esperando que ele acordasse.

Definitivamente o jovem Cullen era a pessoas mais compreensiva que Jack já conhecera em todo, quando ele o contou o que era, o que havia acontecido e o que ele havia tornado foi um choque para o rapaz, mas sua reação foi calma e pacífica e até meio agradecida pela chance de uma nova vida, por mais difícil que ela fosse tanto que ele só havia uma contestação a fazer.

— Eu agradeço que tenha me salvado senhor Hills, mas eu devo dizer que me recuso a matar pessoas para me manter vivo.

— Tudo bem garoto — Ele estendeu a mão e tocou o ombro do outro. —, nós não precisamos nos alimentar necessariamente de sangue humano, existem outras maneiras de sobreviver.

— Obrigado senhor Hils, me alegra muito saber disso. — Ele deu um pequeno sorriso.

— Você não precisa mais me chamar de senhor Hills, pode me chamar apenas de Jack. — falou. — Eu sei que não está muito feliz com o que se tornou, posso ver isso nos seus olhos garoto. Contudo, eu gostaria que visse por outro lado, tentasse enxergar a imortalidade não como uma maldição e sim como uma nova chance de vida, como um presente enviado por Deus ou seja pelo o que você acredita. — Jack o encarava com firmeza e ao mesmo tem solidariedade. — Eu sou seu criador e você é meu recém criado. A partir de agora jovem Cullen, nós dois somos irmãos entende? Você faz parte do meu clã, nós somos família. Ajudamos um ao outro, protegemos um ao outro, aprendemos um com o outro e principalmente cuidamos do outro. É assim que vai funcionar daqui para frente, entende?

Carlisle apenas assentiu com a cabeça e disse:

— Obrigado, Jack. — Ele apenas o puxou para um abraço o que surpreendeu o jovem.

— Eu que agradeço, jovem Cullen.

(...)

— Por isso precisamos que testemunhe ao nosso favor quando os Vulturi vierem atrás de nós. — pediu Alice.

— Eu quero saber mais, por quê eu deveria ajudar vocês?

— Porque essa criança não é como as outras. Ela nasceu da esposa do meu irmão quando ainda era humana, não foi mordida, ela cresce e aprende a cada dia que passa, sangue humano corre em suas veias. — explicou.

— Agora você está me falando apenas de uma criança, mas no começo de nossa conversa você mencionou que estavam sendo acusados de criar crianças imortais, no plural. — apontou. — E você só me falou de uma delas até agora.

Jasper e Alcie se entre olharam.

— Tem outro. — disse Jasper. — Um garoto.

— Como ele é?

— Ele não é imortal. É apenas um humano. — garantiu Alice.

— E o que um humano faz perto de uma família de vampiros? Isso me parece quebrar nossa regra não revelação.

— Ele é especial, é diferente dos outros humanos. — contou Alice, ela parecia estar nervosa em falar sobre o garoto com Jack que parecia cada vez mais desconfiado da mulher.

— Diferente como?

— Ele é humano, mas é tão talentoso quanto um vampiro. — disse Jasper. — E os Vulturi sabem disso, eles o conhecem, a mãe dele é uma vampira da guarda de Aro, companheira de Felix Vulturi.

— Como foram acusados desse crime?

— Uma prima nossa, Irina Denali, viu os dois brincando de pegar flocos de neve e correu aos Vulturi para contar o que havia visto, ela deduziu que ambos eram crianças imortais por conta de suas habilidades sobrenaturais e os Vulturi claramente acreditaram dando em contas os pensamentos dela.

— Irina, estava irritada conosco pela morte de seu companheiro Laurent que foi morto por um de nossos aliados e nós não permitimos que ela se vingasse dele. — completou Jasper.

— E agora os Vulturi querem a cabeça de vocês em uma bandeja de prata. — concluiu Jack.

— Pedimos aos nossos familiares que reunissem o máximo de testemunhas possíveis quando partimos para encontrar você. Eu sei que você sabe de alguma coisa que pode nos ajudar com isso.

— Como pode ter tanta certeza? — perguntou com desdém

— Se você não pudesse ajudar, eu não teria visto o seu rosto nas minhas previsões. — Alice falou convicta.

Jack parou por alguns momentos para analisar a situação, uma vampira vidente havia o encontrado para pedir ajuda a ele, por conta de que sua família estava sendo ameaçada de morte pelo Vulturi por terem criado duas crianças imortais que na verdade não eram imortais e sim um humano talentoso e uma híbrida de humano e vampiro, assim como seus sobrinhos Helen e Harry Harper.

O dom daquela vampira parecia a ajudar de muitas formas, ela achou afinal e sabia que ele poderia ajuda-la com seu problema, isso era muito interessante. Porém, por quê ele deveria ajuda-los? Ele não tinha nada haver com isso, seus sobrinhos não tinham nada haver com isso. Ele não tinha a obrigação de ajudar o homem que havia se afastado a tanto tempo, Jack claramente não queria se envolver nisso.

Contudo, ele se lembrou de algo.

— Droga. — murmurou.

Ele já havia metido seus sobrinhos nisso, no momento em que recusou se juntar aos Vulturi a algumas semana quando haviam o vindo procurar, ele indicou seus sobrinhos para ajudar, não suspeito de nada, eles apenas haviam dito que era uma criança imortal e que um clã desordeiro a havia criado e ele nem mesmo se interessou em saber o resto, apenas os rejeito e sumiu.

Droga, droga, droga. Isso era terrível.

Seria um problema se eles soubessem assim como seria um problema para eles se os Vulturi ou o mundo dos vampiros no geral soubessem de suas possiblidades. Imaginem só, diversas humanas ficando grávidas de seres sobrenaturais apenas para satisfazer sua curiosidade, vários híbrido nasceriam em diversos lugares do mundo, isso seria um problema, pelo menos até que os Vulturi fossem obrigados a interferir, o que eles não fariam até ter seu próprio exército de humanos e vampiros.

Além é claro de que caso o disfarce de Harry e Helen fosse revelado, eles estariam sujeitos a fúria e a vingança dos Vulturi e Jack perderia todo o crédito que tinha com Aro. Carlisle também saberia da existência de seu filhos biológicos, mas esse era o menor dos problemas, com Carlisle, Jack sabia que podia lidar.

O que ele deveria fazer?

Bom, só restava duas coisas a se falar com seus sobrinhos e depois decidir o que fazer.

— Eu preciso de um momento para pensar. — disse ele, levantando-se e indo para outro cômodo da casa subindo as escadas e entrando na primeira porta a direita.

O quarto era pequeno, decorado em tons pastéis com uma varanda aberta. O vampiro abriu a gaveta de sua mesinha de cabeceira e tirou de lá um celular, discou um número rapidamente e ouviu tocar. Enquanto ele esperava, usou o poder de um de seus anéis e causou a ilusão de silêncio.

— Alô? Tio Jack? Precisa de algo? a voz perguntou do outro lado da linha.

— Harry, precisamos conversar é urgente.

— O que houve? — sua voz expressava preocupação.

— Eu estou com Alice Cullen e Jasper Hale na minha sala neste momento, precisamos ser rápidos.

— Espera aí, você acabou de dizer Cullen? O que um Cullen faz aí?

— Eles vieram me procurar para que eu testemunhe a favor deles e contra os Vulturi, eles sabem de algo Harry, a mulher pode prever o futuro e disse que me viu em uma de suas previsões por isso veio até mim, ela sabe que eu posso livrar eles das acusações dos Vulturi.

— Ela sabe de nós? Sabe o que realmente somos? Eu e Helen?

— Não, mas sabe que eu sei de alguma coisa que ela não sabe. Eu cometi um erro filho e mandei os Vulturi atrás de vocês.

— É mandou mesmo, eles nos pediram para testemunhar a favor deles e nós aceitamos.

— Vocês o que? Droga Harry!

— E o que você queria que eu fizesse? Suspeitamos que a criança seja como nós, por isso aceitamos ajudar para caso essa for a verdade impedirmos os Vulturi e suas testemunhas de espalhar isso pelo mundo, mas para isso precisamos conhece-la primeiro e por isso estávamos pensando em fazer uma visitinha aos Cullen.

— O que? Ficou maluco, Harry? Vocês não vão lá! Eu os proíbo! — esbravejou Jack, seu tom de voz era de alguém incrédulo e ao mesmo tempo nervoso.

— Eu já sou adulto tio, você não pode me proibir de fazer algo! Principalmente se o segredo da minha espécie corre risco!

— Então que tal eu te ajudar, a criança é sim uma híbrida! Alice me confirmou isso!

— Merda. — murmurou. — Isso é um problema, e dos grandes.

— Eu sei.

Um silêncio se instalou na linha por alguns segundos até Harry quebra-lo.

— Você tem que ajuda-los! Tem que dizer sim! Contar sobre nós, sobre o que realmente somos a eles e dizer que vamos até eles conhecer a criança e vamos dar um jeito de ajuda-los.

— Eu não vou fazer isso.

— Você precisa, não tem escolha e eu sei que Helen concordaria comigo se estivesse aqui agora.

— Onde diabos você e sua irmã estão?

— Na Volterra. Pensei ter deixado isso claro.

— Chame a sua irmã.

— Não posso, Helen saiu para comprar um vestido novo para ela e um terno para mim, ela está muito animada com o baile que vai acontecer amanhã à noite. E se você está planejando falar com ela sobre a visita aos Cullen e tals, saiba que foi ela mesma que sugeriu isso. Ela quer conhecer essa criança, tio Jack e acho que ela quer ver Carlisle também, então eu duvido que você consegui faze-la mudar de ideia, nós vamos continuar o nosso plano e vamos ir até aquela criança tio Jack, você gostando disso ou não.

Essa foi a última coisa que Harry disse antes de desligar o celular, deixando um Jack furioso para trás, os gêmeos não haviam deixado escolha para ele, Jack teria que ajudar os Cullen e teria que visitar Carlisle.

— Que droga Harry!

Então, ele desceu as escadas e reencontrou Alice e Jasper na sala, apesar de não querer ela sabia exatamente o que fazer, ele já havia cogitado a hipótese de ter que reencontrar Carlisle em algum momento, Jack pensara em tudo.

— Eu pensei que estivesse morto. — Foi a primeira coisa que disse ao entrar na sala.

— Quem? — perguntou Alice.

— Carlisle. Eu pensei que ele estivesse morto — continuo. —, pelo menos foi o que ela me disse quando voltou da Itália. Minha irmã, Elizabeth, me disse que ele estava morto, que os Vulturi haviam o matado. Eu não sabia que ele estava vivo, até o a metade do anos 70.

— Por que nunca foi atrás dele? — indagou Alice.

— Por que eles não queriam ficar perto dele, estavam magoado demais para isso, então eu fiquei ao lado deles, afinal, eu tinha que cuidar das meus sobrinhos, das minhas crianças.

— Seus sobrinhos? — perguntou Jasper.

— Sim, meus sobrinhos. Foi por causa deles que vocês vieram até mim, porquê eles são iguais a sua criança, metade mortal, metade imortal, carregados e concebidos por uma humana, minha irmã mais nova Elizabeth Harper. — esclareceu. — Criados e amados por mim como meus filhos, apesar de descenderam diretamente da linhagem sanguínea de Carlisle Cullen.

O choque percorreu o rosto de Alice e Jasper.

— Está dizendo que Carlisle tem filhos biológicos que estão vivos?

— Não apenas isso, Alice. Estou dizendo que Carlisle tem filhos híbridos, que já fizeram parte da guarda Vulturi ficando conhecidos após isso como “Os Gêmeos Harper”, descritos como sendo bons e gentis par alguns e cruéis e impiedosos para outros. Acredito que já devém ter ouvido falar deles não?

— Todos que conhecem os Vulturi já ouviram falar deles, mas os boatos dizem que eles apenas vampiros. — disse Jasper. — Onde podemos encontra-los?

— Eu sei disso. Eles não podem ajudar vocês agora, os Vulturi foram atrás deles para que testemunhem ao seu favor contra os Cullen e eles aceitaram, mas não se enganem eles não querem destruir vocês. Estão fazendo isso para ajudar vocês, do jeito deles, mas estão. Confie em mim, Alice e Jasper.

— Um pouco antes de partirmos, quando eu vi você, ele nos contou uma história sobre você, ele e sua irmã, mas não mencionou nada sobre filhos. Acho que ele sabe que os tem? — perguntou Alice.

— Eu não sei. — respondeu. — Quando Carlisle viajou para Itália Elizabeth escrevia para ele todos os dias, mas você sabe como eram as coisas naquela época, as cartas demoravam a chegar, algumas se perdiam nos navios e no mar. No começo, Carlisle respondia as cartas, mas um tempo depois ele parou, foi quando um tempo depois das crianças nascerem ela foi até a Itália e quando voltou disse que ele estava morto. Eu nunca soube se ele havia realmente recebido as cartas que mandávamos, mas pela maneira depressiva que minha irmã estava eu suponha que não.

— Aqueles nos quadros, são eles? — apontou Alice par ao quadros em cima da lareira.

— Sim, eles são os membros do meu clã. O loiro é Harry Jonathan Harper, a mulher é Helen Aurora Harper e o garoto negro é Damian Arthuru Harper, são todos híbridos.

— Você pretende contar a ele sobre isso?

— Eu pretendo ir até ele pessoalmente e contar desse grande mal entendido que ocorreu a tantos anos, podem contar comigo para isso. E para ajuda-los a encontrar outros meio imortais que possam testemunhar ao seu favor. No Brasil, procure as vampiras amazonas Kachiri, Senna e Zafrina, elas a ajudaram a encontram Nahuel, Huilen e Damian. — explicou. — Enquanto fazem isso, eu vou ir até o Cullen e esclarecer as coisas com Carlisle, esse engano não pode mais perdurar, ele não vai mais perdurar, isso eu garanto.

— Muita obrigada Jack, sem você eu não saberia mais o que fazer.

— Eu é quem agradeço, Alice por me proporcionar a chance de me reaver com meu velho amigo e irmão.

Alice e Jasper não tinham mais tempo a perder partiram logo após a despedida, de longe enquanto observava eles partirem Jack sorriu, um sorriso malicioso acompanhado de um balanço de cabeça.

— Idiotas. — murmurou ele, orgulhoso de si pelo teatro que organizara a tanto tempo. — Agora é a minha vez de jogar.

Jack bateu na porta da mansão, havia acabado de chegar em Forks, estava ansioso para ver o velho amigo que a tanto tempo havia o deixado, não demorou muito para que alguém viesse atender, com certeza haviam percebido a presença do vampiro a algum tempo e estavam apenas esperando sua chegada, eles talentosos e em maior número não tinham o que temer.

De todas as pessoas que haviam na casa, justamente a única que Jack queria ver foi quem abriu a porta naquela hora.

— Olá! Já faz um bom tempo não é mesmo, jovem Cullen?