Open your eyes

Capitulo 9 - Eu admito


[Tomas]

Aquilo me doeu, mas não como a traição da Rebeca foi bem pior! Minha vontade era de ir lá e dar um soco na cara do Matheus e levar a Carla de lá, mas decidi esperar. A Carla estava de cara fechada e se afastou quando o Matheus tentou abraçá-la, EBA!

[Carla]

Cheguei no local marcado e não demorou muito para o Matheus chegar, ele tentou me abracar, mas tudo oque eu mais queria dele era distância!

— Fala logo oque você quer, Matheus!

— Calma, gatinha! Calma

— Não me chama de gatinha, queridinho! - Sorri de uma forma falsa

— Carlinha – Ele mudou totalmente o tom de voz, agora com uma voz doce e amigável – Eu quero te pedi desculpas pelo oque aconteceu no domingo! Eu não sei oque deu em mim, eu tava com medo de te perder e quando eu te vi chegando aquela hora com aquele magrelo, não sei oque deu em mim! - MUITA CARA DE PAU PARA UMA PESSOA SÓ!

— Matheus, oque você fez não tem justificativa e independentemente de eu está com o Tomas ou não eu vou continuar com a minha decisão de que não somos mais namorados, você me magoou muito fazendo aquilo e eu não tô mais aguentando nossa relação! - Ele fechou a cara

— Carla, Carla... Eu acho melhor você mudar sua decisão...

— E oque você vai fazer? - Desafiei-o

— Bom, para começar vou dar um fim no seu Tomazinho e depois vai ser a vez do seu irmão, dos seus pais e quem sabe até de você... - OK. Ele tem problemas, mas oque eu posso fazer? Não posso deixá-lo machucar minha família e nem o Tomas. Preciso de um tempo para pensar, mas oque eu vou fazer? Seu eu aceitar hoje, amanha ele vai querer ir para Angra comigo e, sinceramente, não confio nele! - Responda logo, amorzinho. - Falou segurando meu queixo e me fazendo o encarar, que nojo dele! Queria sair dalí e corre para os braços do Tomas, para os braços do garoto que está cuidando de mim, para os braços que me confortam. Tudo para mim já estava perdido, quando escuto aquela doce voz, mas, ao mesmo tempo, imponente, dizendo:

— SOLTA ELA AGORA! - Aquilo soou como música para os meus ouvidos e quando viro para trás o Tomas está com policiais. Comemorei por dentro até o Matheus me segurar e eu senti algo colado em minha barriga, não tive coragem de olhar oque era, mas minha mente já imaginará, uma arma.

— Quem é você para me mandar fazer algo, mané?

— Bom, eu não posso fazer muita coisa, mas eles podem!

— Senhor, por favor, solte a moça e tudo ficará bem!

— Não, eu não soltarei a moça!

— Matheus, por favor! Obedeça-os e eu farei oque você pediu – sussurrei, eu não faria nada! Mas naquele momento era oque restava, sabia que os policiais não o deixaria sair ileso, então disse isso, já que no “contrato dele” não dizia nada que eu não poderia dá declaração na polícia. Ele passou um tempo me observando e eu só olhava para o Tomas e via sua expressão de extrema preocupação! Aos poucos senti um alívio e percebi que ele estava me soltando, mas antes de me libertar completamente, me deu uma facada. Não tão profunda, mas que estava doendo muito, desmaiei.

[Tomas]

Não estava mais aguentando ver a Carla naquela situação quando percebi que o Matheus estava a soltando, mas logo em seguida deu uma facada nela e a soltou de vez, os policiais foram atrás dele e eu peguei a Carla que já estava desmaiada e vi muita sangue. Peguei o primeiro táxi que vi e pedi que fosse o mais rápido para o primeiro hospital, chegando lá corri para dentro e não demorou muito para que um medico fosse cuidar dela, ele a tomou de meus braços e pediu para eu ficar onde estava. Liguei para o Lucas pedindo que vinhasse com o Diego para o hospital, afinal, isso não é coisa que se conte por telefone.

— Oque aconteceu? Onde está minha irmã? Fala, Tomas! - Falou o Lucas correndo até mim

— Calma, cara! Senta ai que eu vou contar tudo! - E ele sentou-se e eu contei tudo a ele e vi o desespero em seus olhos, ele estava quase chorando até que o Doutor chegou e disse:

— Família da Carla Ferrer Arruda?

— Aqui – Falamos juntos

—Como ela está, Doutor?

— Bom, agora ela está bem, a facada não foi tão profunda e por isso a recuperação vai ser rápida, mas ela terá que ficar em repouso por uma semana.

— Podemos vê-la, Doutor?

— Podem sim, mas um de cada vez.

— Eu vou primeiro – falou o Lucas

[Carla]

Minha cabeça doí, abri os olhos e não reconheci o lo, passei a mão em minha barriga e senti algo alto, olhei e vi uma tipo de atadura. Estava um pouco tonta e ao tentar sentar, minha barriga doeu muito e gemi. Ouvi a porta se abrir e ouvi a doce voz do Lucas.

— Carlinha, meu amor! - veio até perto de mim e beijou minha mão.

— Oi Bio! - Falei quase imoveis, porque qualquer movimento que eu fizesse, sentiria dor.

—Ô meu amor, como você está?

— Melhor agora, lindo. Eu não lembro de muita coisa, sabe?

— Não é hora de falarmos nisso, depois te contaremos tudo, o importante é que você está bem! Não posso passar muito tempo aqui, então, vou chamar o Tomas, certo? - assenti, ele me deu um beijo na testa e se foi. Logo em seguida o Tomas entrou, percebi o brilho em seu olhar.

— Tomas, desculpa por não ter te dito a verdade.

— Carlinha, isso não é coisa para agora! Você está bem?

— Sim, só sinto dores.

— Não se preocupe, eu continuarei cuidando de você, amor

— Obrigada! Você está sendo um anjo para mim, não sei nem como agradecer!
— Carla, só em você está bem já me deixa feliz! - COMO ELE PODE SER TÃO FOFO? MEU DEUS!

— Tomas, assim você me deixa sem jeito! Você fazendo tanto por mim e eu nada. - A cada palavra minha, ele chegava mais perto.

— Carlinha, eu – Fez uma pauso olhando no fundo dos meus olhos e depois para a minha boca. Odeio quando olham em meus olhos, eu sinto que estão descobrindo meus segredos. - Eu não tenho ação perto de você, tem horas que eu só quero te pegar no colo e te cuidar, te mimar, te amar – TE AMAR” Ele quer acabar comigo?

Não deu tempo de terminar, ele terminou as palavras com um beijo, mas não um beijo cheio de fogo e sim calmo, cheio de paixão. Depois do beijo ficamos nos olhando e nesse momento percebi. “ Estou apaixonada pelo Tomas”