Open your eyes

Capitulo 10 - Eu quero cuidar de você


[Carla]

Depois de muitos olhares ele me deu um selinho e disse:

— Deixa eu cuidar de você?

— Você já cuida de mim!

— Carla, eu quero cuidar de você para sempre! Na verdade, não só de você, mas de nossos futuros filhos também!

— Tomas, vamos devagar, ok? - Ele deu um sorriso encantador, aquele sorriso que me encantou no dia em que eu entrei naquele apartamento.

— Certo. Agora eu tenho que ir! Acho que o Diego quer falar com você! Se cuida, amor!

— Tá, papai – Rimos e ele me deu um beijo na testa e saiu da sala. O sorriso ainda estava em meu rosto quando o Diego entrou na sala, eu não percebi o momento exato porque estava com a cabeça no Tomas, claro.

— Carlinha, oi?

— Oi, Di!

— E esse sorrisinho? Tá apaixonada pelo cabeça de vento é?

— É oque, menino?

— Nada não... Então, você tá bem?

— Sim! - Sorri – Cadê a Roberta?

— Ela ia ficar para te ver, mas teve que ir pegar o irmão no aeroporto. Disse que depois passava aqui e mandou um beijão!

— Onw, linda ela!

— Carlinha, voltando ao assunto... Que sorriso era aquele quando eu entrei?

— Que sorriso, meu filho?

— Não se faça de bobinha! Você tava com o maior sorriso, tá tendo alguma coisa entre vocês?

— Ah Diego, eu vou ser sincera! Assim, no início, eu não queria nada, por causa de tudo que aconteceu, mas agora eu sinto algo por ele! Não sei bem, sabe? Vou deixar acontecer, não quero me precipitar!

— Entendo, espero que vocês se deem bem, afinal, formam um lindo casal! - Sorri só de pensar nisso

— É oque veremos... - Sorrimos e o Doutor entrou, dizendo:

— Rapaz, gostaria que você deixasse-me a sós com a paciente

— Sim, senhor! - Virou-se para mim – Tchau, Carlinha! - E deu um beijo em minha bochecha

— Tchau, Di! - E ele saiu.

— Então Doutor, quando eu vou sair daqui?

— Bom, tudo indica que hoje mesmo, mas só lá para as 22 h! Quero te observar bem!

— Certo! Desculpa, Doutor, mas que horas são? Eu estou meio perdida devido ao acontecido

— São 3 da manhã

— Será que você pode pedir para um dos meninos trazerem alguma coisa para eu tomar banho, meu celular, essas coisas?

— Claro, Carla!

O médico se retirou e eu adormeci

[Tomas]

O médico saiu do quarto e foi nos dá um aviso de que a Carla pediu que trouxéssemos para ela roupas, seu celular, etc. E disse também que só uma pessoa poderia a acompanhar no quarto e agora ela estava dormindo. Então, eu e o Lucas decidimos ir para casa ajeitamos uma bolsa e ele vim pela manha e eu a tarde. Quando chegamos em casa já era 4:30 da manhã e o Lucas recebeu uma ligação, durante a ligação, ele estava com uma expressão de preocupada e, por um minuto, pensei que tinha acontecido algo com a Carla até ele dizer “ Vou pegar o avião para ai agora!” , quando ele terminou a ligação, virou-se para mim e disse:

— Tomas, era minha mãe! Meu avô está muito mal e vou precisar viajar, não contei a eles sobre a Carla porque já é coisa demais para eles de uma vez só, então, preciso que você cuide bem da Carla, estou confiando em você, cabeça de vento!

— Lucas, claro que eu vou cuidar bem dela! Vai na paz!

— Eu espero, vá tomar banho enquanto eu faço a bolsa para ela e depois vou fazer a minha e você vai me deixar no aeroporto e vai para o hospital, ok?

Depois de fazer o combinado, fui para o hospital e quando entrei no quarto a Carla estava dormindo, ela é linda! Sentei na poltrona e depois de um tempo chegou a nosso café da manhã, comi e liguei a TV. Depois de uns 30 minutos, ouço a doce voz da minha princesa:

— Tomas? - Ela falou com voz de sono, uma voz manhosa e gostosa de se ouvir

— Bom dia, Princesa! - Fui até ela e dei um beijo em sua testa.

— Bom dia... - Olhou para o lado viu a bandeja do café – Tomas, tô com fome, pega a bandeja para mim – Peguei a bandeja e entreguei para ela- - Obrigada... Então, cadê o Lucas?

— É, ele precisou viajar!

—Sério? Por que? - Achei que não deveria mentir para ela, então, decidi contar para ela

— É, sua mãe pediu, seu avô tá um pouco mal

— OQUE? Meu Deus! Eu tenho que viajar também!

— Carla, você não pode ir agora! No máximo, próxima semana, ok?

— Certo, certo!

Depois de um dia de cuidados, o médico liberou a Carla e fomos para casa. Ela recebeu um atestado de 15 dias, ou seja, 15 dias dela só para mim! Chegamos no apartamento e sugeri comermos pizza, ela aceitou e foi tomar banho e eu pedi. Depois de uns 30 minutos, ela saiu do quarto e eu estava com meu violão na sala e a pizza havia acabado de chegar.

— Hmmmm, pizza com violão, que combinação perfeita!

— Pois é, tenho ótimas ideias- nos rimos e ela sentou do meu lado

— Então, qual vai ser a primeira música?

— Você que escolheu

— Ok! Então eu quero... Legião Urbana!

— Ótima escolha! - Daí começamos a cantar “Eduardo e Mônica”

Quem um dia irá dizer
Que existe razão
Nas coisas feitas pelo coração?
E quem irá dizer
Que não existe razão? “

Quando a música terminou, comecei a tocar uma música que, provavelmente, a Carla não conhecia… Papararurá.

Menina, por favor não fuja
Fique mais um pouco, quero te beijar na chuva
Menina, preciso de você
Me deixa ser seu brother 'tá ligado pode
crer’'

Meu coração pa pararurá
Meu coração fazia pararurá
Meu coração pa pararurá
Meu coração fazia pararurá”

De repente, as luzes se apagaram, nossos olhos estavam tão vidrados um no outro que não nos importamos com isso, ficamos dependendo da pouca luz que vinha da janela.

— Tomas... - Sua voz saiu tão baixa que foi quase como um gemido

— Carla, já te disse isso uma vez e vou repetir: Deixa eu cuidar de você, deixa eu acordar todas as manha e te ter do meu lado, deixa eu andar de mãos dadas com você pelo calçadão, deixa te viver no teu amor! Quer ser minha namorada?

Ela não me respondeu, apenas chegou mais perto - Se é que era possível- e me beijou, mais um daqueles beijos calmos e cheios de paixão! Aquele beijo, para mim, valia mais do que mil "sim". Carla Ferrer, eu te amo!