Beijos E Armas

Jenny Shepard, quase Gibbs, chegou ao estande de tiro logo cedo. Gibbs estava dormindo ainda e ela estava querendo experimentar o ar do lugar.

Hoje seria o dia em que ela iria começar seu treinamento obrigatório de requalificação. Entra ano e sai ano ela precisava fazer isso para que em alguma eventualidade, ela precisasse estourar os miolos de alguém que ameaça a vida de algumas pessoas e da equipe.

Gibbs chegou de fininho enquanto Jen atirava em um alvo de papel preso na parede. Olhando onde um tiro havia acertado, ele agradeceu por estar no lado bom dela.

— Bom dia, Jen. – Gibbs a viu parar e soltar a arma. – Acho que eu nunca vou te incomodar.

— Gibbs, eu nunca pensaria em fazer tocar flauta. – Jenny deu um beijo bem possessivo em Gibbs. – Eu achei que estivesse dormindo.

— Na verdade, é um velho truque dos fuzileiros. – Gibbs segurou Jenny contra a parede do estande, beijando seu pescoço. – Se chama “deixar a noiva pensar que você está dormindo quando na verdade, você a está olhando se trocar”.

— Que nome grande. – Jenny se soltou dele, o fazendo suspirar. – Embora eu prefira chamar de “meu noivo está me comendo com os olhos”.

— Vamos começar logo para que eu posso literalmente devorar você. – Gibbs pegou o rifle da parede. – Hoje vamos treinar com esse rifle aqui. Ele é um rifle de distância. Quer dizer...

— Você pode estar em uma montanha e atirar mais de 1.000 metros sem errar. – Jenny falou, deixando Gibbs impressionado.

— Perfeito, Jen. – Gibbs colocou o rifle na posição e colocou os óculos e os fones de proteção. – É melhor você colocar esses fones, faz um barulho alto mesmo.

Jenny observou Gibbs atirar com a arma e o chão literalmente tremeu no momento do tiro. A bala não demorou muito para perfurar o cartaz e Jenny trouxe a folha e percebeu que havia um belo buraco.

— Essa arma, Jen. É perfeita para atirar em alguém que tem uma arma mirada diretamente para alguém. – Gibbs pegou uma miniatura de rifle, que não disparava nada mais que bolinhas de papel. – Agora, eu vou pegar uma arma falsa, ok? Estou mirando para este boneco e você precisa atirar em mim com o rifle.

Jenny sabia que Gibbs era bem gráfico e esperou o comando certo.

— Agora eu vou me virar e você vai acertar minha testa com a bolinha de papel que tem dentro dessa miniatura. – Gibbs se virou e recebeu uma bolinha de papel no centro da testa. – Você é uma ótima aluna. Se eu fosse um assassino estaria morto agora.

— Mereço ganhar um beijo, professor Gibbs? – Jenny sorriu quando o homem a puxou para seus braços e a beijou. – Beijos e armas. Tudo o que eu gosto.

— Vamos esperar nunca precisar usar isso. – Gibbs recolheu o rifle e a beijou de novo. – Ótimo, agora vamos lá fora e fazer o treino ao ar livre.

— Ok. – Jenny sorriu ao perceber que não havia mais ninguém além dos dois naquele campo. – Eu achei que estaria cheio a uma hora dessas.

— Eu aluguei o espaço apenas para nós dois. – Gibbs piscou algumas vezes. – Você sabe? Eu tenho raiva dos outros homens te olhando.

— Sabe uma coisa que só você tem? – Jen viu Gibbs rosnar um pouco. – É que eles podem apenas olhar. Você pode me tocar.

Gibbs quase desmaiou quando ela disse aquilo. Sua boca salivava e ele deixou a arma de lado e a beijou.

Ele se encostaram na parede do lado de fora e foram descendo juntos até o chão. Jenny vestia um vestido floral naquele dia e Gibbs uma bermuda. Tudo o que foi preciso foi subir a saia do vestido, afastar a calcinha dela e ele abaixou a bermuda e a cueca e entrou nela com um golpe.

— Gibbs, eu achei.... – Jenny suspirou fundo quando ele entrou nela. – Oh, meu Deus, Jethro!

Os dois se perderam naquela sensação de serem pegos e de prazer ao mesmo tempo.

— Estou chegando lá, Jethro. – Jenny empurrou Gibbs com as pernas mais profundamente. – GIBBBSS!

— JEEENNN! – Gibbs chegou junto com Jenny ao orgasmo.

Os dois permaneceram no chão por dois longos minutos se arrumando.

— Ainda bem que aqui não tem câmeras. – Gibbs brincou e recebeu um soco leve no braço. – Para o que foi isso?

— Por você ter esse poder de me deixar solta em lugares que eu nunca deveria ter a princípio. – Jenny sorriu. – Mas ainda bem que não tem câmeras ou eu deveria ter que pedir a Abby para apagar as provas do crime.

— Ela não ficaria feliz em ver a gente... – Gibbs apenas acenou com as mãos. – Ela quase desistiu quando tivemos aquele caso de voyeurs, imagina vendo seus chefes transando?

Jenny levantou dando risadas daquela situação embaraçosa. Ela ajeitou a calcinha e pegou a arma para manusear e treinar. Gibbs guardou a terceira arma dentro da bermuda e os dois voltaram para o treinamento que eles estavam fazendo.

Ela esperava não precisar usar isso tudo algum dia. Mas parecia que o destino tinha outros planos.

Jenny, por outro lado foi para o outro prédio. Ela sabia que ele seria descuidado e em algum momento abriria a janela.

Ela sorriu quando terminou de montar o rifle e Scott abriu as janelas sem saber que estava no alvo dela.

— Aquele treinamento de beijos e armas com Gibbs funcionou. – Jenny pensou consigo mesma.

Depois de tudo o que aconteceu, Jenny estava sentada de frente a janela. Seu coração ainda palpitava rapidamente, mas estava literalmente aliviado em ver Abby salva.

Gibbs sabia que a noiva estava passando por uma luta interna. A primeira vez que ele atirou com um rifle também se sentiu perdido.

— Ei, está tudo bem? – Gibbs colocou outra xicara de chá na frente dela. – Depois de tudo o que aconteceu?

— Eu vou ficar bem, Jethro. – Jenny sorriu pela primeira vez. – Como Abby está?

— Bem, McGee vai ficar cuidando dela, mas ela tirou um mês de folga. – Ele se sentou. – Cortesia da pessoa que eu mais amo.

— Eu sei que Tim e ela vão ficar bem. – Jenny se aninhou nos braços de Gibbs. – Ter você comigo aqui fez aquilo tudo ficar suportável. E eu te agradeço por isso.

— Eu te amo, Jenny. – Gibbs beijou os lábios dela. – Quer se casar comigo depois de amanhã?

— De onde veio isso? – Ela estava feliz pelo pedido.

— Depois do que aconteceu com Abby eu só quero saber que nada poderá te machucar. – Gibbs retirou o par de alianças do esconderijo dentro do sofá. – Eu já tenho as alianças.

— Acho que preciso comprar um vestido para o casamento. – Jenny beijou Gibbs nos lábios.

Na data marcada, uma cerimônia intimista na casa de Gibbs, com todos presentes foi realizada por um Ducky muito orgulhoso.

— Eu os declaro marido e mulher. – Gibbs piscou para Gibbs. – Já pode beijar a noiva.

Gibbs beijou Jenny e na hora de pegar o buque quem o fez foi Ziva. Era uma mensagem bastante na cara para Tony.

Se eles foram felizes logo depois daquilo? Bem, se cinco filhos fossem uma bela indicação, então sim. Eles foram muito felizes, ainda mais quando eles tiveram os trigêmeos.