Rossi abriu o arquivo do caso Meadows e suspirou. Ela não havia explicado com afinal tinha sequestrado Penelope e ele temia que ela fosse solta.

Olhando para a jovem técnica, sentada com Luke tentando acalmar ela depois de uma noite cheia de pesadelos, ele sabia que se isso condenasse Meadows poderia muito bem ajudar nos pesadelos dela, sem que a jovem se aventurasse em uma prisão outra vez.

Se dirigindo a sala de Emily, ele bateu e esperou. Ele ouviu a chefe o convidando para entrar.

— Ela vai sair, Dave. – Emily nem deu bom dia. – Mary Meadows vai conseguir uma fiança se não tivermos uma idéia de como ela sequestrou Penelope.

— Eu tentei fazer Pen se abrir comigo, mas ela evitou contar qualquer coisa. – Ele olhou de novo para o bullpen. – Ela está tendo pesadelos como no caso Baylor e eu não gosto.

— Caso Baylor? – Emily não sabia sobre isso. – Quem é Baylor? O homem que atirou nela?

— Foi quando Spencer levou um tiro no pescoço. – Rossi contou. – E ela atirou no homem para defender Spencer de ser morto no hospital.

— Deus. – Emily suspirou. – Precisamos fazer um jeito de Penelope desabafar.

— Eu sei de um. – Ele colocou um cartão na mesa. – Eu conheço alguém que pode hipnotizar ela, sabe? E então ela nos contaria tudo.

— É mesmo seguro? – Emily olhou para o cartão. – E podemos estar com ela por lá?

— Esse é o plano. – Rossi respondeu. – Acho que chegou a hora de trazer os fatos a luz.

Penelope foi levada por Rossi a um hipnotizador experiente e ficou com ela na sala, um gravador ao lado dela.

— Penelope, meu nome é doutor Shaw. – Ele viu a hesitação de Penelope. – Você não precisa ter medo.

— Não sei nem o que estou fazendo aqui. – Penelope suspirou. – Olha, não vai funcionar.

— Eu sei que esse tipo de coisa não é aceito como prova, mas se ajudar você a lembrar, então estou disposto a fazer isso.

— Tanto faz. – Penelope gemeu. – Onde está Luke? Eu preciso dele comigo.

— Eu só quero uma pessoa aqui dentro. – Ele fechou a cortina das janelas e abriu a cortina da janela com espelho falso. – Ele está na outra sala.

Ela deu de ombros, chateada com o rumo que isso iria tomar.

— Certo, Penelope. – Ele ligou uma música calma e um incenso. – Eu quero que você ouça a música e relaxe. Seus olhos estão ficando cada vez mais cansados e você os fecha totalmente agora.

Penelope se sentiu relaxando e Rossi ligou o gravador.

— Penelope, onde você está agora? – O hipnotizador perguntou. – Em que lugar do prédio do FBI você se encontra?

— Na minha sala. – A voz de Penelope era clara. – Estou na minha sala, desligando meus computadores porque a equipe está na casa de Rossi.

— Bom, vamos avançar para o minuto que você está em direção ao elevador. – Ele estalou os dedos. – O que está acontecendo?

— Eu estou correndo porque Meadows está com Quinn no elevador e ela segurou a porta para mim. – Penelope suspirou. – JJ me liga, mas a ligação cai assim que eu chego no elevador.

Rossi escreveu em sua caderneta de anotações.

— Ela deve ter usado um bloqueador de celular. – Emily constatou. – Porque aquele elevador tem um sinal melhor que o da minha casa.

— O que acontece logo depois que as portas se fecham. – O médico perguntou a Penelope.

— Ela parabeniza pelo meu time. – Penelope vê Emily suspirar.

— Eu nem posso a quão privilegiada eu me sinto em trabalhar com o esquadrão classe a. — A voz de Meadows ecoa em Penelope.

— Esquadrão classe a? – Penelope ri. – Esquadrão classe a.

— Você sabe Quinn? Talvez você possa sair daqui até o nascer do sol. – Meadows vê o comportamento de Quinn mudar quando o telefone de Pen toca.

— Saque sua arma. – Penelope grita para Meadows. – Saque sua arma.

Uma briga pela arma entre Meadows e Quinn se desenrola e Pen se encolhe no canto do elevador, com medo que pode acontecer e depois um tiro soa e Quinn cai no chão.

Meadows, com a arma em mãos, aponta para uma Penelope que agora sabe que Meadows é a responsável.

— Então senhorita Garcia? – Meadows se aproxima de Penelope. – Levante-se agora.

— Por favor, Mary. – Penelope ergueu as mãos com medo. – Não precisa fazer isso.

Quando as portas se abrem, um homem agarra Penelope e a força para o carro.

Na sala de observação, Luke encolhe e Matt decidiu que seria bem melhor não saber o que tinha acontecido.

Rossi está olhando para o hipnoterapeuta e fez sinal para ele avançar para o momento onde Reid aceito o acordo para salvar Pen.

— Penelope? – O homem a viu acenar. – Eu quero que você avance para o momento em que Spencer se ofereceu para salvar você.

Flashback...

Reid sabia que não teria chance de acertar um tiro limpo, sem pegar Penelope no meio. Abaixando lentamente a arma, ele a deixou no chão.

— Você disse que se eu te ajudasse a libertar ele, você a deixaria ir. – Reid disse a Meadows. – Agora, deixe-a ir.

— E por que eu desistiria da minha vantagem? – Meadows fez um sinal e Penelope foi pressionada no vidro dolorosamente. – Vocês dois vem comigo.

Quando Spencer e Meadows voltaram para o carro com Merva, Penelope estava inconsciente. Reid sabia que algo havia acontecido e sentiu seu próprio mundo ficar negro.

Presente...

Penelope queria sair desse lugar, ma sentiu seu corpo se desligar no meu da sessão e caiu para um estado inconsciente.

Rossi e o hipnoterapeuta perceberam o silêncio e viram que Penelope não estava acordando.

— Temos tudo o que precisamos. – Dave pegou o gravador desligou. – Penelope?

— Ela só está desmaiada. – O homem falou. – Se ela se lembrou de algo que ela não queria, isso se manifestou em um desmaio.

— Eu vou levar ela para o hospital de qualquer jeito. – Luke entrou na sala. – Matt, me ajude.

Depois que Pen foi checada, Luke a levou para sua própria casa e a deitou no sofá, a cobertando com uma coberta. Ninguém sabia que eles estavam juntos.

Penelope acordou no sofá de Luke e percebeu que em muito tempo sua alma estava limpa dos pesadelos.

Naquela noite, depois de fazer amor com Luke, eles conversaram sobre o assunto e Pen sabia que sempre poderia contar com o namorado.

— Eu tenho algo para você. – Ele abriu a gaveta e tirou uma caixinha de veludo e se ajoelhou na frente dela. – Penelope, depois de apenas dois meses eu sei que você é a minha mulher perfeita. Você vai se casar comigo e me tornar o homem mais feliz dessa vida?

Ela pegou a caixinha e olhou com um sorriso no rosto.

— Eu sempre serei sua mulher. – Ela o beijou. – Sim, Luke. Eu me caso com você.

Eles se casaram quatro meses depois. Toda a equipe estava lá apoiar Pen e seu agora marido.

Meadows foi considerada culpada por tentativa de assassinato de dois agentes federais e por assassinato de quase trezentas pessoas. Ela foi sentenciada a morte por injeção letal.