Foi durante um caso que eles se apaixonaram.

Spencer Reid e Abby Sciuto não esperavam conhecer um ao outro.

A equipe foi solicitada para ajudar em um caso da NCIS em que havia uma série de assassinatos de marinheiros e eles não conseguiam chegar a nenhum outro lugar.

Penelope e Reid ficaram na sede ajudando Abby. Penelope se ocupou com o trabalho um pouco mais afastada já que Reid e Abby pareciam interessados em conversar e ela estava esperando uma ligação de Luke, seu namorado.

— Então, como uma mulher linda como você chegou ao NCIS. – Reid foi atrevido. – Quero dizer, suas tatuagens são fora de padrão.

— Eu preenchi uma ficha. – Abby brincou. – Acredite se quiser, eu prefiro ficar aqui do que tirar a roupa.

— Que pena. – Reid corou com a insinuação.

Penelope revirou os olhos. Tinha sido a mesma coisa com Luke. Mas no caso do dois, eles demoraram um tempo até deixarem de serem idiotas e se unirem.

— Eu amo homens nerds. – Abby começou a se virar para Spencer. – Meu ex namorado, Tim era um pequeno nerd, mas ele se casou e em breve vai ter filhos. Meu outro ex, Burt era policial, mas você, Dr Spencer Reid, é um nerd e um agente maravilhoso em um só.

— Eu vou buscar café. – Penelope riu. – Não transformem esse lugar em uma arena de sexo.

Abby sorriu em agradecimento a amiga e Spencer corou. Ela realmente queria um tempo com Spencer.

— Então, você quer sair? – Abby foi direta. – Tem um bar legal na esquina agora.

— Bar de marinheiros? – Reid olhou com um meio sorriso. – Eu não sei se é uma boa ideia.

— Eu acho uma boa ideia. – Abby colocou as pesquisas em automático. – Vamos, Penelope pode vir depois e verificar elas para mim. Eu quero uma bebida.

Spencer foi tentar recusar, mas Abby o arrastou com ela. Penelope sorriu de volta com um café.

— Boa sorte, garanhão. – Penelope disse para Reid.

O gênio corou. Todos estavam jogando a favor de ele encontrar um amor.

Abby abriu a porta e pegou Spencer pela mão e entraram no bar. Era uma mistura de bar de esportes com clube casual. Mas Reid realmente gostou.

— Por favor, eu quero um martini duplo. – Abby olhou para Spencer. – E você Spence, vai querer o que?

— Uma taça pequena de scotch. – Reid falou, meio nervoso. – E canudinhos.

O garçom deu um olhar estranho para Reid e ele declinou no canudinho.

— Canudinhos, Spencer? – Abby riu um pouco. – Penelope me falou sobre o problema com germes, mas agora eu vejo.

— Não é com os germes. – Spencer suspirou. – Depois que fui preso injustamente, eu sinto dificuldades com certas coisas.

— Eu entendo totalmente. – Abby pegou uma das mãos dele. – Eu tinha receio em ir ao dentista, mas agora eu não sinto mais. Há coisas muito piores que ir ao dentista.

— Por exemplo? – Reid estava curioso.

— Ser levada da porta do seu dentista e ser quase obrigada a construir uma bomba biológica. – Abby balançou a cabeça. – Isso é ainda pior.

Reid não sabia como reagir a essa nova informação, mas ele decidiu deixar para perguntar quando tivesse oportunidades melhores.

— Então, me diga. – Abby mudou de assunto. – Como Penelope e Luke finalmente deixaram de serem lerdos?

— Eu achei que ela te contou. – Reid viu a dúvida na garota. – Bem, depois de descobrirmos que Lindsey era a cumplice de Cat, Penelope foi raptada por outro inimigo e Luke decidiu deixar de ser um completo idiota.

— Por que ela não me contou sobre isso? – Abby pareceu chateada. – A gente sempre foi próxima.

— Foi um momento difícil. – Reid suspirou. – Perdemos um agente durante o resgate dela e ela se culpa ainda.

— Acho que vou dar um abraço mais forte agora. – Abby sorriu tristemente. – Então, como ela e Luke se reuniram?

— Depois que ela foi resgatada, Penelope ficou no hospital e Luke se recusou a sair de lá. – Reid se sentia melhor. – Carlos, o meio irmão idiota da Pen quis levar Penelope embora, mas Luke deu um chega para lá nele.

— Eu odeio o Carlos. – Abby olhou para Spencer. – Eu te acho um homem lindo, Spencer Reid.

Reid corou e sorriu. Nenhuma mulher tinha dito isso para ele ainda.

— E eu quero que me desculpe, mas eu vou fazer algo que eu quero desde que você apareceu no meu laboratório. – Abby se levantou e contornou a mesa. – Venha cá seu lindo.

Ela beijou Reid nos lábios. O jovem doutor não sabia como reagir, porém, depois que o choque passou, ele passou seus braços ao redor do corpo de Abby e devolveu a mesma intensidade de beijo.

Eles se beijaram até ouvir a garganta do garçom soar. Rapidamente, Abby deixou algumas notas e saiu para fora com Reid.

Chegando na calçada, Abby foi apoiada na parede por Reid e os dois começaram a se beijar. Ambos claramente apaixonados um pelo outro.

— Você é tão linda. – Reid comentou, durante um segundo de separação.

— E você é tão bom em beijar. – Abby devolveu. – Pena que ainda é horário de trabalho.

— Podemos fazer disso uma rotina. – Reid a puxou mais uma vez para ele. – Eu não sentia isso desde uma mulher, mas você me fez esquecer o nome dela.

— Isso é bom, não é? – Abby sorriu. – O que vamos dizer aos nossos amigos?

— Bem, tenho certeza que a primeira pessoa a contar seria Penelope. – Reid sorriu. – Afinal de contas, ela nos deixou sozinhos e você me chamou para uma bebida, que nem tomamos.

— Depois seria Gibbs? – Abby perguntou. – Ele age como meu pai.

— Espero que ele não mostre a coleção de armas dele. – Spencer riu. – Ou eu não sei se fugiria ou começaria a falar aleatoriamente.

— Gibbs não vai mostrar suas armas. – Abby puxou Spencer pela mão. – Mas com certeza Tony e Ziva ficaria muito felizes em ver que eu tenho um par fofo. E talvez, Timothy deixe de ser superprotetor.

— Eu acho fofo, na verdade. – Reid suspirou. – Eu considero Garcia como uma irmã e quando ela e Luke começaram a namorar eu dei uma de irmão superprotetor.

— Deve ter sido impagável. – Abby sorriu. – Você o ameaçou se ele machucasse Penelope?

— Eu disse que como um agente federal eu poderia esconder um corpo perfeitamente e incriminar alguém. – Reid suspirou. – Acho que ele entendeu o recado.

Eles riram e foram até o NCIS conversando. Tony e Ziva estavam olhando para o casal mais fofo de todos bem ali na frente deles.

— Bem, olhe para vocês. – Tony brincou. – Acho que o lance dos dois meses não vale mais?

— Eu vou realmente te matar se repetir isso. – Abby sorriu. – Mas sim, o lance dos dois meses acabou.

— Eu preciso dar comida a Tali, mas eu volto. – Ziva se desculpou. – Parabéns Abby. Ele é lindo.

Penelope e Luke apareceram, felizes pelo novo casal e pelo caso ter acabado.

— Eu tenho algo a dizer. – Penelope falou. – Luke e eu estamos esperando um bebê.

Abby gritou de emoção e abraçou a amiga com calma. Spencer apertou a mão de Luke e Gibbs olhava de longe toda a agitação, sorrindo pelos dois casais.

— Você está pronto, Jethro? – Jenny perguntou, por trás de seu marido. – Essa moça precisa de seu homem.

Gibbs pegou a mão de sua esposa e foi para casa.

Eles estavam perfeitos juntos e seria assim por um bom tempo.