Olá, me chamo Kwon Ji Yong, também conhecido como GD. Moro em uma pequena cidade, no interior da Coréia do Sul, ou pelo menos morava, porque passei em um prova super difícil, com a melhor nota e estou indo para a melhor escola de Seoul como bolsista. Estou tão feliz de finalmente estar deixando minha pequena e cansativa cidade, o problema é que provavelmente sentirei saudades da minha tia. Sempre morei com essa tia do interior e com minha mãe, mas infelizmente ela morreu recentemente, que saudades eu tenho da minha mamãe. E meu pai, me abandonou quando eu era criança.


Cheguei à rodoviária, comprei minha passagem e entrei no ônibus que me levará até Seoul, do jeito que sou bobo e apressado, já estou com o uniforme da escola, estou muito ansioso. Sentei em meu assento e fiquei olhando pela janela, esperando o ônibus partir, nisso aparece um menino do lado de fora, na porta do ônibus, um menino alto, moreno e muito bonito, mas tinha uma “aura” de... “playboy”.

Não disse... Olha aquele playboyzinho discutindo com aquela ajhumma.

– Porque eu vim para esse buraco de lugar, mãe? Que inferno. Vá logo morar em Seoul, ou não te visito mais, velha! – Pobre ajhumma, só abaixou a cabeça, com uma carinha de choro.

Que menino grosso... E com a própria mãe. Só me fez ficar com mais nojo dele, odeio gente desse “tipo”. Enquanto ele está ali, gritando com a mãe dele, eu estou aqui, com saudades da minha. Vida injusta.

Só eu voltar a olhar pela janela, e o menino não estava mais lá, já estava dentro do ônibus procurando seu assento, espero que fique bem longe de mim, abomino esse menino.

– Posso me sentar ao seu lado?

– P-pode... – Fiquei assustado, apenas gaguejo e confirmo balançando a cabeça... Espera, porque eu disse sim? E desde quando ele é tão fofo?

– Está vermelho, se sente bem? – Foi estranho, ele olha tão profundamente em meus olhos, até colocou a mão em minha testa, para ver se eu estava bem.

– Si-si-si-sim! – Empurrei aquela mão de minha testa, não sei por que estava tão vermelho! Como ele consegue me deixar tão sem graça?

Ele então sorriu, colocou os fones de ouvido e virou para frente, maldito playboy, me deixou sem graça! Ficamos horas naquela viagem, e com exceção a primeira vez, não falamos nada. De tanto silencio acabei dormindo, e como meus sonos são pesados, dormi profundamente.

De repente acordei, o ônibus estava parado, e vazio, tão escurinho e tão quentinho esse colo, é tão bom de dorm-... ESPERA, COLO? Logo me assustei, estou dormindo no colo desse playboyzinho? Como vim deitar aqui? E ele também está dormindo, como ele se atreve a me puxar para deitar em seu colo? Que pervertido!

– Ei, você! – Grito, super nervoso e o cutucando de uma forma muito irritante.

– Em? O que foi? Cadê o povo desse ônibus? – Ele acorda assustado, afinal, era essa minha intenção.

– Não mude de assunto, seu pervertido! Eu sei muito bem o que você pretendia fazer comigo! Aqui, nesse ônibus escuro e vazio né, estou entendendo tudo, seu pervertido!

– Pervertido? Como... Ah sim, entendi. – Logo ele deu um sorriso, muito irônico por sinal.

– Sim, pervertido. – Aquele sorriso dele, era tão irritante que me deixou mais nervoso.


Logo entrou no ônibus o motorista do ônibus, gritando:

– O casal de namoradinhos ai do fundo já acordaram? Poderiam descer? Já chegamos faz horas.

Namorados? Como assim? Se eu já estava sem graça, agora então nem se fala, o quanto vermelho eu estava.

– Tudo bem, já estamos indo! – Disse o pervertido. Ao ouvir aquilo, logo o motorista foi embora, deixando a porta aberta para sairmos. – Então “namoradinho”, até a próxima. – Logo ao terminar de dizer aquelas palavras que eu mal escutei, ele selou os lábios dele aos meus.

– O-o-o-o que você está fazendo? - O empurro, estou tão sem graça que não sei mais que cor eu estou. – E como assim “até a próxima”?

– Estudamos na mesma escola. – Ele aponta pro nome da escola, estampado do lado esquerdo do meu uniforme. E de novo me encarando com aquele sorriso de deboche.

Ele se levanta e vai em direção a saída, apenas com uma mochila nas costas, antes de descer do ônibus, olha para mim e disse:

– Vai ficar ai vermelho até quando? “Namoradinho”.