A praça perto do meu cursinho era um lugar perfeito para os velhinhos jogarem dama e conversarem. A fonte vivia seca, os brinquedos infantis quebrados, e as plantas sobreviviam por um bravio natural.

Passamos algum tempo nos bancos de concreto, mas em dias de chuvas encolhíamos embaixo de um orelhão qualquer.

Ela começava a sorrir mais vezes, me encantando.

Estava se abrindo, um momento acroático que eu não resisti, então a beijei. A mão segurando seu pescoço, nossos lábios unidos, movendo devagar numa carícia apaixonada. Ela me abraçou, e senti meu coração acelerar. Eu não estava preparada para ir embora.