O reinado

Capítulo 7


Capitulo 7

P.O.V MAXON

Porque sempre nos melhores momentos alguém atrapalha?

Eu tinha acabado de ter a primeira verdadeira conversa com America desde o acidente, contado para ele nossa história e coisas, que na época, parecia um enorme desafio. Hoje olhamos para traz e demos risadas, foram tantas as coisas que passamos juntos que eu vejo isso apenas como outra barreira que irá fortalecer nosso amor, assim como as outras, e lá na frente iremos relembrar desse dia e dar risada, assim eu espero.

Eu estava quase beijando America quando uma criada entrou, minha vontade era de manda-lá sair, mas sei que não é culpa dela. Parece uma eternidade, para mim, desde a última vez que toquei America.

A criada veio até mim.

–Desculpa interromper, Majestade, mas o senhor Leger está lá fora e alguns dos conselheiros estão querendo saber se ainda haverá a reunião.

A reunião! Eu tinha me esquecido completamente, perdi a noção do tempo enquanto estava com América.

–Obrigado, peça para o General Leger entrar, eu já irei para a reunião.

Eu havia subido a posição de Aspen para general mas eles estava de licença pelo acidente com sua perna.

Quando a porta se abriu e Aspen adentrou pude percebe uma mudança em America, ela estava branca e parecia que iria desmaiar. Fui correndo até ela já que eu havia me afastado um pouco, chegando lá a tomei no meus braços.

–Você está bem?

–Foi só uma tontura, mas já passou.

Ela ainda estava pálida, mas não apresentava sintomas de que iria desmaiar. Eu não queria deixa-lá, ela não parecia bem.

–Tem certeza?

–Pode deixar que eu cuido dela, qualquer coisa a levo à ala hospitalar.

Escutei uma voz grave atrás de mim, quase havia esquecido que Aspen estava na sala.

–Aspen.

America falou com uma voz tão doce, não pude deixar de ficar com ciúmes. Como ela se lembrava dele e não de mim, sei que ela era a minha esposa, que ela me escolheu e com tudo que aconteceu eu confiava em Aspen. Mas ainda ficava um pouco incomodado com a amizade entre eles, eu nunca iria entender a conexão que tinham. Mas eles são apenas amigos, ainda mais Aspen estava para pedir Lucy em casamento.

Acenei com a cabeça para Aspen e sai. Chamei a criada, eu queria ter certeza que America ficaria bem, mesmo confiando nele eu não pude deixar de me preocupar.

–Por favor, se qualquer coisa acontecer com a America a senhora me avise no mesmo instante.

–Ficarei de olho majestade, qualquer coisa irei chamá-lo.

Com isso virei e fui para reunião, eu não estava nem um pouco animado. Antes de entrar na sala já podia ouvir a discussão, fiquei parado alguns segundos na porta.

–Você não vai entrar?

Levei um susto com a voz da pessoa,me virei e percebi que era August.

–Você me assustou.

–E você está atrasado.- Sua expressão era de brincadeira misturado com tensão.

–Isso não vai ser fácil, vai? – Eu confiava muito em August, ele havia virado o meu amigo mais próximo, não que tivesse muitos.

–Queria dizer que sim, que tudo iria acabar bem. Mas estamos tendo muitas divergências de opiniões, então não, não será fácil na verdade nem sei o que esperar. Mas lembre-se você é o rei, a palavra final é sua.

Com isso ambos adentramos na sala, August foi se sentar juntamente aos outros conselheiros. Quando a porta se fechou as vozes cessaram, todo fizeram uma reverência e um dos conselheiro dirigiu a palavra para mim.

–Como a rainha está, Majestade?

–Ela está melhor, já recuperou um pouco da sua memória, creio que logo estará conosco novamente. Me desculpe pelo atraso, eu estava conversando com a minha esposa. Então, vamos conversa a reunião, eu gostaria de começar ouvindo a conclusão que os senhores chegaram durante a minha ausência.

Um dos conselheiros se levantou, andou até o centro da sala e começou a falar.

–Bem, nós achamos melhor, organizar um ataque. Mas não podemos conseguir sozinhos, já que creio que tem alguns infiltrados na nossa guarda, é a única explicação de como eles conseguiram nos invadir tão rapidamente.

Isso faz sentido, quando nós ainda não tínhamos parceria com os nortistas, eles sempre sabiam mais, sempre estava a um passo a frente. Depois descobrimos que havia vários deles trabalhando no castelo, não me surpreenderia ter sulista aqui.

–Nos precisamos pedir a ajuda de nosso aliados, nós pensamos na Itália, que tem se mostrado de grande ajuda desde a causa nortista.

Eu não queria guerra, nunca gostei, eu queria poder resolver pacificamente, como com os nortistas. Mas estava claro o que os sulistas queriam, isto era o trono, mas eu não podia simplesmente entregar o meu país nas mãos daquele povo. Os rebeldes também havia tirado de mim a única pessoa com que eu realmente me importava, America. Eles mataram meus pais e apagaram a memória da minha esposa e estragaram a minha lua de mel. Eu estava com raiva, raiva pelo que eles fizeram na minha vida, na vida de America, com os meus pais e meu país. Eles iriam pagar.

–Então está decidido, iremos atacar. Eu vou ligar para o rei da Itália para ver se teremos o seu apoio. August, Sebastian e Logan, faremos uma reunião amanhã para discutir a estratégia de batalha e posicionamento das tropas. Jonathan, Jonh e Tyler, faremos uma reunião na quarta para discutirmos a economia e os gastos necessários. O resto estão dispensados.

Todos na sala começaram a se retirar.

Será que tomei a decisão certa? Era isso que meu pai faria?

“Maxon você não é igual ao seu pai, você é doce, gentil, amoroso e sempre pensa o que é melhor para as pessoas” Pude ouvir a voz de America na minha cabeça. Será que isso era o melhor para as pessoas?

–Você fez a decisão certa.

August estava na porta, acenei com a cabeça e ele desapareceu no corredor. Fiquei sentado pensando, será que America aprovaria a minha decisão? Eu precisava da opinião dela.

Levantei da cadeira e fui em direção a porta, decidi passar no meu quarto primeiro e tomar um banho.Tirei minha roupa e entrei no chuveiro, deixei a água cair nas minhas costas molhando minhas diversas cicatrizes.

“Maxon algumas dessas cicatrizes estão na suas costas para que não estivessem nas minhas e eu amo você por isso”

Me lembro de estar tão feliz, era a primeira vez em que eu escutei em voz alta e clara que America me amava. Eu estava tão feliz que pensei que havia sido apenas um sonho, pedi para ela repetir “Maxon Schreave, eu amo você”. Eu estava relutante em dormir, com o medo de acorda e não ter America nos meus braços.

Sai do banho e quando olhei no relógio já havia se passado 1 hora, coloquei uma calça jeans e uma camiseta preta e fui a procura de America, desci as escadas em direção ao salão das mulheres, mas parei ao ouvir vozes vindas do jardim percebi que era a voz de America e fui até lá. Nosso lugar, onde nós encontramos pela primeira vez, mas o que eu não esperava era ver America e Aspen se beijando. E eu fui confiar nele, a raiva subiu a minha cabeça.

–O QUE ESTÁ ACONTECENDO AQUI ?

Tentei conter a raiva na minha voz, mas era difícil.

–Maxon eu posso explicar é que..

Aspen se afastou de America rapidamente e levantou, percebi que ele não olhava mais para mim, me virei e me deparei com Lucy, já com lágrimas nos olhos. Ela se virou e correu para dentro do castelo, percebi Aspen passando correndo ao meu lado atrás de Lucy.

–Eu sabia que não podia confiar nele, eu devia... devia..

–Não foi ele, fui eu.

America falou, meus sentimentos se misturaram, eu estava sentindo raiva e tristeza. Fui até ela e me sentei no banco ao seu lado, eu não conseguia olhá-la.

–Porque??...Como ?

As frases não saia da minha boca.

–Entenda, Maxon, eu e você temos algo, eu sinto isso. Mas até agora Aspen é a coisa mais real e constante na minha vida, é como se nossa vida fosse um nó e ninguém pode desengatar. Não que seja exatamente como antes, mas para mim é, pelo menos é o que eu lembro. Ele me contou o que sente por Lucy, mas.. mas...

Pude perceber que America também estava confusa, ela havia perdido a memória, estava assustada.

–Maxon eu quero ir embora, quero ir para casa.

–Mas essa é sua casa, sua vida.

–Não agora, não mais, minha vida esta tão confusa eu nem sei mais o que fazer ou quem sou eu.

Eu estava desesperado. Eu não podia deixar America ir embora e não podia prende-la aqui, segurei o seu rosto e a beijei, ela retribui, foi um beijo calmo. Eu precisava daquilo, daquela doçura.

–Por favor fique, só mais um pouco e se você ainda quiser ir...

–Okay, eu fico por enquanto.

Ficamos abraçados durante um tempo, foi quando ouvi um barulho, era o alarme, estava ocorrendo um ataque.

–O que é isso? - America me perguntou.

–Precisamos sair daqui agora.

Logos os guardas entraram no jardim, America se assustou com a agitação e começou a bater nos guardas

–Me soltem!! Me deixem em paz.

Fui até ela e a abracei

–Tudo bem, eles estão aqui para nos proteger

Quando passamos pelo salão que dava para a porta percebemos que havia varios guardas a posto a porta chacoalhava com os ataques contra a tal.Podia notar buracos de bala, America tremia e suava.Logo fomos escoltados para o abrigo real, só havia nos.

–Onde estão as outras pessoas?

–Tem abrigos espalhados por todo o palácio.

–São seguros?

–Sim

–Esses são os rebeldes que você me falou que querem o trono?

–Sim.

Ouvimos barulho de luta e tiro, America dava pequenos gritos a cada tiro que ouvia. Conduzi ela até o fundo da sala, sentamos em um colchão peguei um cobertor e a cobri.

–Vai ficar tudo bem, eu prometo.

As poucos ela foi se acalmando e logo ambos adormecemos. Ouvi ligeiras batidas na porta e me levantei. America estava acordando, beijei a sua testa e fui atender era um dos guardas.

–Eles já foram majestade, vocês já podem sair.

–Alguém se machucou?

–Alguns dos criados e até agora, 10 soldados mortos.

–MORTOS??

Só agora percebi que America estava no meu lado, segurei a sua mão.

–Vamos.

A subida até o quarto foi em silêncio, pude ver a tensão em America, o salão estava todo quebrado, alguns dos criados já trabalhava nos reparos mas mesmo assim era possível ver poças de sangues no chão, havia homens caido algums com arranhões e outros havia levados tiros, pude percebi que havia dois homens mortos.

Isso é... sangue??

–Provavelmente sim.

–E eles estão.... Mortos?

Balançei a cabeça em concordância.Pude perceber que escorria lágrimas pelo rosto de America, quando estávamos chegando no quarto percebi que havia uma mensagem na parede em vermelho.

“QUEREMOS O QUE É NOSSO”

Eles estavam se referindo ao trono, mas o trono não pertencia a eles, quanto mais cedo eu cuidasse desses rebeldes melhor seria para nós e para o país. Quando entramos no quarto America começou a chorar. Fui até ela e tentei abraçá-la mas ela não permitiu.

–Eu não posso, não dá Maxon, você viu... eles...

Eu estava assustado de mais para pensar, comecei a chorar também.

–America, por favor, eu preciso de você.

–Eu não consigo Maxon, não dá, eu vou embora e vai ser hoje.

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Então o que acharam?? comentem por favor!! eu escrevi aqui por que não sei se vocês olham as notas finais entao olhe lá!!!