Fui para casa a pensar no rapaz que vira e na história que acabara de ouvir. Não queria acreditar em nada daquela história. Mas para falar a verdade o que me captava mais o pensamento era Louis…o rapaz novo. Era meio misterioso! Mas era lindo de morrer. Estaria eu a ficar apaixonada?

– Olha, olha. Esta já chegou… - disse Sophie (minha irmã) interrompendo-me o pensamento.

– Deixa-me Sophie. Só quero paz e sossego - disse eu com medo do que poderia acontecer.

– Mas tu pensas que és quem para me falar assim?

Nesse momento Sophie pega na faca e espetasse no braço começando a sangrar.

– Mãe, a Yuno espetou-me…ai que dores...mamã…

Minha mãe chegou e meu padrasto também logo de seguida. Meu padrasto agarra-me e me bate em todo o lado com muita força enquanto minha mãe me chama toda a espécie de nomes…

Isto durou para aí uns 30 minutos mas para mim… bem para mim foi uma vida. Pousei por fim a cabeça na almofada cheia de nódoas e altos em todo o meu corpo. Sentia-me tão zangada. Comecei a chorar e a chamar por minha tia que acabara de partir para um país distante.

De manhã acordei bem cedo. Preparei-me rápido e saí de casa sem ninguém reparar. Apanhei o autocarro e fui, antes de ir para a escola, ao hospital. O meu médico disse-me que tinha vários hematomas tanto na cabeça como no corpo todo. Fiquei lá um bocado para me receitar qualquer coisa e depois fui para a escola em vez de descansar como o médico me tinha dito. Tinha acabado de começar a minha dor…