O Sonho

Capítulo 9 - O furacão Katrina


E cá estou eu parada em frente á casa onde houve aquele infeliz incidente... ou melhor...a minha casa, parece tudo tão normal quanto sempre esteve. Paro em frente à porta e tipo a chave de meu bolso eu a colocaria na fechadura, mas isso não é preciso, já que a porta já estava aberta. Fico parada na soleira enquanto espero a porta terminar de seguir sua rota

– Mãe? Pai? – Chamo.

Só por segurança minha família mantém um bastão de beisebol encostado ao lado do sofá, obviamente eu o empunhei olhando para cada cantinho onde possivelmente poderia haver escondido.

– Mãe? - Chamo mais uma vez.

O que ela disse? É mais fácil você perguntar se ela disse alguma coisa...

– Pai? – Dessa vez eu grito.

Isso é meio frustrante... nada...de novo...

Correndo pela casa em puro desespero é claro que alguma coisa tinha que dar errado...por começar á achar meus pais semiconscientes.

– Pai! – Digo eu enquanto balanço seus ombros.

– Ahn? – Diz meu pai inteligentemente. – Lizie?

Ok...deixa para lá, dele eu sei que não vou conseguir muita coisa...

– Mãe? – Alô? Tem alguém ai?

Ela resmunga alguma coisa incompreensível para os meus ouvidos.

Por favor...por favor...que isso tenha sido resultado de uma bebedeira daquelas...nada mais do que isso...

Com muita dificuldade , eu consigo deixa-los em sua cama. Agora eu vou... pausa tudo...o que é aquilo? Agora olhando melhor, vejo um filete de sangue pela testa de minha mãe. Não é um corte profundo, parece que foi mais de raspão...estranho...E meu pai tem algumas marcas roxas pelos braços... isso é ainda mais estranho...

Saio para ver o que aconteceu com o resto da casa.

Parece que o furação Katrina resolveu dar um “oi” lá pelo meu quarto, estava tudo revirado de ponta cabeça... e está faltando uma coisa...uma blusa minha com uma estampa escrito com letras douradas por cima do pano branco : “ I never give up” Acho que eu só baguncei mais quando falei isso á mim mesma: “essa coisa tem que estar em algum lugar por aqui” e...eu retiro o que disse, aquela coisa não estava em algum lugar por aqui...sumiu; evaporou.

Como eu disse em algumas horas meu pais acordariam e foi o que fizeram, é claro que eles estranharam os ferimentos, coisa e tals... mas eu e minha mente afiada conseguimos traçar uma história de que eles tinham se machucado num treino de Beisebol ... e eles acreditaram...como eu sou sortuda.

Passei o resto do dia correndo pela casa atrás de qualquer informação que pudesse me dar alguma explicação, mas não achei nada, então meus pais resolveram me levar para andar sem rumo pelas ruas, com uma casquinha de sorvete numa mão e na outra um guardanapo...

Quando eu estou em minha cama transitando entre o consciente e o inconsciente, ouço meu celular tocar, eu o coloco perto da orelha e ouço:

– Elizabeth? – Diz alguém. – Aqui é o Kale, Thomas Kale.

Ah, oi Kale. – Digo eu sonolentamente.

– Amanhã é para você voltar direto para cá – Esse povo não dorme? Você pro acaso sabe que horas são? –nós temos coisas importantes para lhe contar.

Nós quem?

– Você saberá assim que chegar.

Encerro a chamada e deixo o celular em meu criado-mudo. Dormir é minha melhor escolha agora...



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Assim que fiz minha rotina matinal, tomei meu café-da-manhã e falei com meus pais (sem conseguir informações) eu já estava com os pés fora de casa, indo para o casarão, agora que estava de dia, o casarão até que era...amigável (N/A: vamos...coragem , Effy!)

Quem me recepciona dessa vez é uma garotinha não com mais que dez anos e assim que consegue abrir a porta, ela sai correndo , brincando toda feliz...

Pelos corredores eu achei meu avô, ele me fala que soube que os Magdores foram até a minha casa e a viraram de ponta cabeça atrás de algo que tivesse o meu odor, para que assim eles pudessem saber me reconhecer. Isso explica porque o Katrina passou lá em casa e ninguém jamais saberá o trabalho que deu arrumando tudo aquilo...

Depois eu vou até uma sala onde encontro Kale e ficamos conversando coisas aleatórias e rindo como dois tontos e ficamos vendo um mapa da propriedade. E depois rimos ainda mais, mas até agora eu não sei do que estávamos rindo...

– Estamos sempre treinando, mas até agora não tivemos nenhuma batalha relevante – Disse Kale.

– E espera que tenha uma batalha assim? – Perguntei.

– Mas é claro que sim – Disse ele. - Assim saberemos se já estamos á altura ou temos que treinar mais.

Eu só pude rir com essa declaração.

– Mas vocês já treinam tanto – Falei. – Daqui á pouco vocês estarão suando sangue.

– Nós já suamos sangue – Disse Kale.

E novamente nós rimos, era bom poder rir de alguma coisa depois dos acontecimentos dos últimos dias...

Depois de vermos alguns milhares de mapas e quase derrubando chocolate quente em um deles... Eu voltei á andar abobalhadamente pelos corredores...

Até que eu vi um quadro e parei para observa-lo melhor, era um guerreiro que estava morrendo em batalha; morte de herói...

Meu avô se aproxima.

– As almas de todos os homens são imortais, porém as almas dos justos são imortais e divinas – Disse meu avô (N/A: gente... essa frase é do filme “Os imortais”, que eu particularmente adoro e eu como louca que só, fiz essa parte do quadro, só pra poder usar essa frase...).

– O que? – Falei.

– Essa é uma das frases que define este quadro – Disse ele roucamente.

– Quando um céu sem nuvens trovejar, resista! – Disse ele.( N/A: outra fase de “os imortais” , é que eu gostei do filme, ok?)

– O que isso quer dizer? – Perguntei.

– Quando os Magdores estão por perto – Disse Vovô. – O céu troveja, mas isso não querer dizerque vai chover ou...que há Magdores por perto

– Bom conselho – Disse eu.

– Mas... – Foi o que saiu de minha boca.

Quando me virei para ver meu avô... ele tinha sumido, simplesmente sumira...

– Ah..muito obrigada - Falei sarcásticamente